PDV Nate

Quando os alunos entraram na sala de DCAT o professor ainda não se encontrava presente, Harry e Rony tiraram os livros, penas e tinta e colocaram no balcão.

–Boa tarde.

Ouvi a voz do professor entrando na sala, Lyra sorriu brilhantemente quando ele entrou então olhou para mim.

–Eu fiz uma promessa. –Ela falou para que somente eu pudesse ouvir, mas tenho certeza que o prof. Lupin também ouviu.

–Por favor, guardem todos os livros nas mochilas. Hoje teremos uma aula práticas, só vão precisar das varinhas. –Ele falou sorridente.

Todos começaram a guardar os livros.

–Certo então. –Ele continuou. –Queiram me seguir!

A maioria dos alunos parecia intrigado, eu estava nervoso para caramba, sei lá, essa era a primeira aula do meu pai. E o pior é que ele nem sabia que era o meu pai. É eu finalmente aceitei, não tem condição dele se parecer tanto comigo e não ter pelo menos um parentesco. Se ele tiver um irmão gêmeo eu bato nessa tecla de novo, mas por enquanto...

Ele nos levou por um corredor deserto e virou num canto, não me surpreendi ao encontrarmos com pirraça entupindo uma fechadura com chiclete. Quando ele notou o professor Lupin junto conosco mexeu os pés numa dançinha esquisita e começou a cantar.

–Lobo, louco, Lupin. Lobo, louco, Lupin...

Lyra apareceu ao meu lado acompanhada de Hermione, todos esperavam a reação do professor, confesso que eu era um dos mais curiosos.

–Eu tiraria o chiclete do buraco se fosse você Pirraça. –Ele falou gentilmente com um sorriso no rosto. –O senhor Filch não vai poder tirar as vassouras dele.

–Como se ele fosse escutar! –Lyra comentou sarcasticamente.

E ela estava certa, o pontergeist não deu à mínima e fez um barulhinho desdenhoso com a boca. O professor suspirou cansado e puxou a varinha das vestes.

–Este é um feitiçozinho útil. –Ele falou por cima do ombro para nós, os alunos. –Prestem bastante atenção.

Ele ergueu a varinha na altura do ombro e pronunciou.

–Uediuósi! –Então apontou a varinha para Pirraça.

O chiclete disparou da fechadura direta no nariz de pirraça que virou a cabeça para trás e saiu disparado xingando, toda a turma começou a rir.

–Isso foi maneiro professor! –Dino exclamou.

–Obrigado Dino. –Ele sorriu pequeno. –Vamos prosseguir?

Lyra sorriu de orelha a orelha agora.

–O seu pai é demais Nate. –Ela sussurrou baixinho para que somente eu ouvisse.

Gelei! Lyra olhou para mim confusa e sua expressão se iluminou de repente, ela ficou arrependida. Ela havia esquecido que agora eu não era único lobisomem por perto, o professor Lupin olhava para nós por cima do ombro.

–Lyra, não fala nada está bom? –Reclamei.

–Desculpe. –Ela fez um muxoxo.

Ela andou até perto do professor Lupin.

–Professor? Quem ensinou aquele feitiço ao senhor? –Ela perguntou.

–Um velho amigo, Senhorita Anderson. –Ele respondeu vagamente.

–Velho amigo? –Ela perguntou confusa.

–É estranho, mas você se parece um pouco com ele. –O professor respondeu.

Lyra virou para olhar para mim... Um olhar cheio de significados.

Essa coisa de pai é mais complicada do que eu pensei.

–--

PDV Lyra

Eu me pareço um pouco com ele? Dá para ser mais óbvio que isso? Agora o Nate tem que acreditar!

Ele nos conduziu por um segundo corredor e parou em frente à sala dos professores.

–Entrem, por favor! –ele falou abrindo a porta para nós.

Fui a primeira a entrar já que estava ao lado dele. O professor Snape estava numa poltrona ali dentro.

–Professor Snape, já tem a resposta a sua pergunta de hoje de manhã? –Perguntei.

Ele me encarou por um segundo e então fez um barulhinho desdenhoso com a boca.

–Já, senhorita Anderson.

–E o que achou disso? –Perguntei verdadeiramente curiosa.

Há essa hora a maioria dos alunos que entraram olhava para nós.

–Acho idiotice. –Ele falou duramente.

–É uma pena! –falei tristemente. –Pois é essa mesma filosofia que uso com o senhor.

Quando todos os alunos já estavam dentro o professor Lupin fez menção de fechar a porta.

–Pode deixá-la aberta Lupin, prefiro não estar presente. –Professor Snape falou.

Então ele se levantou e saiu com as vestes tremulando, quando chegou à porta parou.

–Provavelmente ninguém lhe avisou nada professor, mas essa turma tem Neville Longbottom. Eu o aconselharia a não confiar a esse menino nada que apresente um grau de dificuldade. A não ser que a senhorita Granger esteja ali para cochichar instruções ao ouvido dele. –ele falou.

Neville ficou tão vermelho quanto rose e abaixou a cabeça, envergonhado. Mandei um olhar de censura ao professor e fui brutalmente ignorada.

–Pois eu pretendia chamar Neville para me ajudar na primeira etapa da operação e tenho certeza que ele irá se sair excepcionalmente bem. –Professor Lupin respondeu sem se abalar.

Olhei para Nate, ele estava encarando o pai com admiração e sorriu pequeno. Snape fez uma careta de desdém e saiu batendo a porta de leve.

–Agora então. –o professor Lupin falou chamando os alunos para o fundo da sala onde havia um armário velho.

Quando ele se colocou ao lado do armário ele balançou subitamente batendo na parede, a maioria dos alunos deu um passo para trás assustado.

–Não se preocupem, há um bicho papão aqui dentro. –ele falou simples.

Alguns alunos acharam que isso era sim um bom motivo para se preocupar, pois Neville encarava o armário com um horror crescente e Dino encarava o puxador como se ele fosse uma cobra.

–Bichos-papões gostam de lugares escuros e fechados. –O professor começou a explicar. –Guardas-roupas, o vão debaixo das camas, os armários sob as pias... Uma vez encontrei um dentro de um relógio de parede antigo. Este daí se mudou para cá ontem a tarde então eu perguntei ao diretor se os professores poderiam deixá-lo para eu dar uma aula prática aos alunos do terceiro ano. Então a primeira pergunta que devemos fazer é o que é um bicho-papão?

Hermione levantou a mão rapidamente.

–É um transformista. –respondeu ela. –É capaz de assumir a forma do que achar que pode nos assustar mais.

–Eu mesmo não poderia ter dado definição melhor. –Lupin respondeu e Hermione se encheu de orgulho.

Dei uma risadinha, ela me olhou reprovadora e eu levantei os polegares indicando que adorei a resposta dela.

–Então o bicho papão que está sentado no escuro ai dentro não assumiu forma nenhuma. –O professor continuou. –Ele ainda não sabe o que pode assustar a pessoa que está do lado de fora. Alguém sabe qual a forma de um bicho-papão quando ele está sozinho? –Ele perguntou.

Hermione levantou a mão.

–Nathaniel. –O professor falou.

Nate ficou um pouco vermelho.

–Ninguém sabe qual é a aparência de um bicho papão quando ele está sozinho por que quando o deixar sair ele se transformará naquilo que cada um de nós mais tem medo.

–Exatamente. Isto significa-Ele continuou a explicar ignorando a exclamação de terror que Neville soltou. - Que temos uma vantagem sobre ele. Você já sabe qual é Harry?

Hermione estava com a mão levantada o mais alto que podia, subia e descia os calcanhares impacientes.

–Hermione! –Eu exclamei num tom de censura.

Harry bufou.

–Hum... Por que somos muitos e ele não vai saber que forma tomar. –Harry respondeu.

–Precisamente. –O professor sorriu.

Hermione baixou a mão parecendo um pouco desapontada, fui para o lado dela e apertei suas bochechas.

–Você é uma sabe-tudo adorável! –Resmunguei numa voz de bebê.

Ele deu tapas em minhas mãos e toda a sala começou a rir, inclusive o professor.

–Enfim, - Lupin continuou. –É sempre melhor estarmos acompanhados quando formos enfrentar um bicho-papão. Assim, ele se confunde. No que deverá se transformar? Numa lesma carnívora ou num corpo sem cabeça? Uma vez vi um bicho-papão cometer exatamente esse mesmo erro, tentou assustar duas pessoas e se transformou em meia lesma. O que, nem de longe pode assustar alguém. O feitiço que repele o bicho-papão é simples, mas exige concentração. Vejam, a coisa que realmente acaba com o bicho-papão é o riso, então o que precisam é fazer é forçá-lo a assumir uma forma que vocês achem engraçada. Vamos praticar o feitiço com a varinha primeiro. Repitam comigo... Riddikulus!

–Riddikulus. –A turma repetiu.

–Ótimo. Muito bom. Mas receio que esta seja a parte mais fácil. Sabem a palavra sozinha não basta. E é aqui que o Neville entra.

Neville deu alguns passos em direção ao armário como se estivesse indo para a forca.

–Certo, Neville. –disse o professor. – Vamos começar pelo começo: Qual, você diria, é a coisa que pode assustá-lo mais nesse mundo?

Neville mexeu os lábios mas nenhum som saiu deles.

–Não ouvi o que você disse Neville, me desculpe. –Disse o professor animado.

Neville olhou de um lado para o outro, completamente desesperado.

–O prof. Snape. –ele disse baixinho.

Não vou mentir, dei uma gargalhada estrondosa. Até o próprio Neville riu nervoso como se estivesse se desculpando.

O prof. Lupin ficou pensativo.

–O prof. Snape... hum... Neville eu creio que você mora com a sua avô.

–Sim, moro. –ele respondeu nervoso. –Mas não gostaria que o bicho-papão se transformasse nela.

–Não, você não entendeu! –O professor riu. –Será que você poderia nos explicar que tipos de roupa ela geralmente usa?

–Bem... –Neville começou meio incerto. –Sempre o mesmo chapéu, um bem alto com um urubu empalhado na ponte e um vestido verde, longo... as vezes uma raposa...

–E uma bolsa? –Ele perguntou.

–Vermelha e bem grande.

Certo então. –O professor disse. –Você é capaz de imaginar essas roupas com clareza? Consegue vê-las mentalmente Neville?

–Consigo. –Ele respondeu nervoso.

–Quando o bicho-papão irromper naquela porta ele vai assumir a forma do professor Snape... Você vai levantar a varinha e grita... Riddikulus... E se concentrar com todas as suas forças nas roupas da sua avó. Se tudo correr bem o Bicho-papão-Snape será forçado a vestir aquele chapéu, aquele vestido e usar aquela bolsa vermelha.

Nessa hora os alunos irromperam em risos, não pude deixar de imaginar a cena. Nate apareceu do meu lado sorrindo.

–Ele realmente é incrível Lyra. –Ele sussurrou ao meu ouvido.

O guarda-roupa sacudiu com violência.

–Se o Neville acertar o bicho-papão provavelmente vai voltar à atenção para cada um de nós individualmente. Por isso eu peço que todos gastasse algum tempo, agora, para pensar na coisa que tem mais medo e como torná-la engraçada.

A sala toda ficou silenciosa. Então eu tentei pensar em algo que eu tinha medo e... Fui um fracasso. Motivo? Eu não tenho medo de nada.

–Todos prontos? –Ele perguntou.

Não! Eu não estava pronta, mas estava no mínimo intrigada. Se eu não sabia do que tinha medo o bicho papão saberia, só me restava esperar e improvisar na hora.

–Neville, nós vamos recuar. –O professor avisou. –Assim você fica com mais espaço. Vou chamar o próximo a frente. Quando eu contar até três, Neville. Um... Dois... Três... Agora.

Com um floreio saíram faíscas da varinha do professor e foram direto para o armário, a porta de abriu com violência. De lá de dentro saiu o professor Snape com seu nariz curvo e um olhar ameaçador.

Neville levantou a varinha.

–R...r... Riddikulus! –Ele gritou.

Com um chiado o bicho-papão tropeçou e estava vestindo um chapéu grande com um urubu empalhado e cheio de plumas, um vestido verde e comprido, uma bolsa vermelha brega, devo dizer que ver o professor Snape naquelas condições era ilário! Houve uma explosão de risos e o bicho-papão parou, confuso.

–Parvati, avante! –Professor Lupin gritou.

Com um estalido o bicho-papão se transformou em uma múmia cheia de bandagens e suja de sangue.

–Riddikulus. –Parvati gritou.

Uma bandagem se soltou da múmia, ela tropeçou e ciua no chão, a cabeça rolando para longe do corpo, mais risadas.

–Simas! –Brandou o professor.

Simas foi para frente de Parvati, com um estalo o bicho-papão se transformou numa mulher com cabelos longos e negros, usava uma roupa branca e tinha um rosto esverdeado, meio esquelético. Ela abriu a boca e soltou um grito que me gelou inteira, era um espírito agourento.

–Riddikulus. –Simas gritou. No mesmo momento o grito parou, o bicho-papão colocou a mão na garganta, havia perdido a voz.

Então um estalo e ele era um rato que ficou correndo atrás do próprio rabo, outro estalo, era uma cobra que ficou se contorcendo, outro estalo, era um único olho sangrento.

–Confundimos o bicho! –O professor gritou. –Já estamos quase no fim. Dino!

Dino foi para frente, um estalo e o bicho-papão se transformou em uma mão decepada que ficou andando que nem um caranguejo.

–Riddikulus.

Então a mão ficou presa em uma ratoeira.

–Lyra! –Lupin gritou.

Fui para frente. Qual não foi a minha surpresa quando com um estalo o bicho-papão se transformou em mim.

–O que?! –Gritei.

Todo mundo estava impressionado. Mas não era bem eu, estava descabelada e meio louca, ela olhou para mim e começou a rir... Parecia com... Com... Então naquele momento eu percebi qual era o meu maior medo: Tornar-me Sirius Black.

–Riddikulus. –Gritei.

Então a risada do bicho-papão-Lyra-Maluca foi interrompida por um acesso de tosse.

–Rony! –O professor gritou.

As pessoas me olhavam como se eu fosse uma aberração, sentei na poltrona onde o professor Snape estava. Mas quando Rony foi para frente a maioria deles começou a gritar, esquecendo-se de mim. Uma aranha de quase dois metros avançou para Rony batendo as pinças furiosamente.

–Riddikulus! –Rony gritou com raiva.

Então as pernas da aranha sumiram e ela começou a rolar, Lilá gritou feito uma galinha e se afastou correndo quando a aranha foi na direção dela, mas então parou aos pés de Harry.

Quando Harry levantou a varinha...

–Aqui! –O professor gritou indo para frente dele.

Então um globo de luz envolto em nuvens apareceu na frente dele... Era uma lua cheia, mas tenho certeza que a maioria dos alunos não percebeu isso. Quase descansadamente o professor brandiu.

–Riddikulus!

Então a lua se transformou em uma barata que parou aos pés de Neville.

–Riddikulus. –Neville gritou confiante.

Então com um último vislumbre do professor Snape vestido com as roupas de renda de uma velha bruxa Neville soltou uma sonora gargalhada, o bicho-papão explodiu em milhares de fiapinhos de fumaça e desapareceu.

–Excelente! –O professor falou, a sala toda estava batendo palmas. –Excelente Neville... Muito bem pessoal... Deixem-me ver... Cinco pontos para cada aluno da grifinória que enfrentou o bicho-papão... Dez para o Neville já que o enfrentou duas vezes... Cinco para Harry, cinco para Hermione e cinco para Nathaniel.

–Mas eu não fiz nada. –Harry reclamou.

–Nem eu professor. –Nate completou.

–Você dois e Hermione responderam minhas perguntas corretamente no inicio da aula. –ele respondeu gentilmente. –Muito bem, pessoal, dever de casa: Por favor leiam o capítulo sobre bichos-papões e façam um resumo para me entregar... Na segunda-feira. E por hoje é só.

Os alunos começaram a sair da sala dos professores, eles conversavam animados, Harry parecia chateado por não ter enfrentado o bicho-papão. Nate veio até mim.

–Vamos? –Ele perguntou.

–Tudo bem.

Levantei da poltrona e peguei minhas coisas. Nate ficou parado olhando para o professor que arrumava tudo.

–Por que você não vai falar com ele? –Perguntei.

–Falar sobre o que? –Ele me olhou angustiado.

O puxei pelo braço.

–Com licença professor, quer ajuda? –Ofereci.

–Não precisa Lyra, mas obrigada mesmo assim. –Ele sorriu carinhosamente.

–Tudo bem então. –dei de ombros.

–Professor? –Nate chamou com a voz vacilante.

–Sim Nathaniel? –Ele olhou para Nate sorrindo.

–Me chame de Nate tudo bem? Nathaniel é muito grande! –Ele falou.

–Tudo bem então... Nate.

Então meu irmão ajeitou a mochila no ombro e foi saindo, dei um aceno de despedida para o professor antes de seguir Nate.

–Foi um ótimo começo. –Falei quando estava ao lado dele.

–É... Foi. –Ele respondeu.

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Então meninas, eu estou fazendo uma nova história! Ebaaaa, eu e a NathaliaLopezLobo. rsrsr As meninas ficam me chamando para ajudar nas histórias e o que eu faço? Eu ajudo neh gente, por que amo escrever! Quem quiser ajuda então é só me chamar que eu tô aki rsrsr

Será então que vocês poderiam dar uma olhadinha? Leiam gente, vale a pena, vocês sabem que eu sou boa nisso (nem me acho!) rsrsr Brincadeira. Mas deem uma chance, de verdade, a Nathalia escreve muito bem.

http://fanfiction.com.br/historia/382436/Gemini_Dragoon

Câmbio e desligo