Foi Na Prisão De Azkaban... escrita por Sensei, KL


Capítulo 14
Por que fazer carinho no livro monstruoso?


Notas iniciais do capítulo

Oie meninas! Eu gostaria de agradecer a minha leitora nova Bruna Black!
Ela deixou uma recomendação incrível para mim pessoal! Perfeita. Brigada liinda, capítulo em sua homenagem.
Para quem gosta de Lyco (LyraxDraco) esse capítulo a cheio disso! rsrsrs
Espero que gostem.
Beijoos



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PDV Rose

A notícia que Lyra e Draco haviam sido atacados por um Hipogrifo na aula de Trato de Criaturas Mágicas correu a escola rapidamente, então logo eu já estava sabendo das versões mais absurdas.

-Ah Meu Deus, você está me dizendo que arrancaram um pedaço do ombro da minha irmã? –Ofeguei assustada.

-Foi o que eu ouvi dizer. –Uma garota da Corvinal disse dando de ombros.

-Rose, você sabe que esse povo aumenta muito as coisas. –Gina falou tentando melhorar meu humor.

-Vamos à enfermaria. –Falei puxando Gina pelo braço.

-Calma Rose. –Gina disse.

-Ah meu Deus! –Parei de repente.

-O que foi?! –Ela perguntou.

-Hoje não é noite de lua cheia, certo?

-Não, a lua cheia é só na semana que vem! –Ela respondeu.

Suspirei tranquila e andei mais devagar, uma coisa a menos para se preocupar pelo menos.

-Por que a pergunta? –Gina arqueou a sobrancelha. –Por acaso conhece algum lobisomem Rose?

Gelei.

-Eu? De onde você tirou isso? –Perguntei rápido... Rápido demais.

-Era só uma brincadeira Rose. –Gina disse achando estranho minha atitude.

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PDV Lyra

Draco estava na cama ao lado da minha, ele ficava gritando e chorando feito uma menininha.

-Está doendo! –Draco reclamava quando madame Pomfrey procurava outra poção.

-Eu não entendo, não devia estar doendo mais! –Madame Pomfrey disse preocupada.

-É por que não está. –Eu expliquei. –Ele está fingindo.

Ela ficou irritada.

-Ora cale a boca seu idiota. Pare de fingir, houve alunos em condições piores por aqui!

Então ela saiu da enfermaria irritada.

-Quando o meu pai souber... Ele vai querer matar aquela galinha superdesenvolvida. –Draco reclamava.

-Por favor Draco, meu ombro não está doendo e aposto que seu braço também não. Para de reclamar, estou com sono. –Falei devagar.

Eu deitei na cama tomando cuidado de não encostar o ferimento no lençol, Draco ficou olhando para mim.

-O que foi? –Perguntei.

-Por quê? –Ele perguntou.

-Por quê oque?

-Por que você sempre tenta me salvar?

Eu não consegui responder, o sono estava começando a afetar meu raciocínio, por que eu ajudo ele mesmo? Ah é! Lembrei.

-Primeiro naquela vez quando a poção explodiu e agora isso... Você nem gosta de mim! Qualquer chance que tenha você faz alguma gracinha ou um comentário malicioso que tem a intenção de me humilhar. –Ele falou.

-Como se você não fizesse a mesma coisa! –Falei sarcástica.

Ele sorriu de lado com um tom de sarcasmo. Aquele sorriso era o que ele dispensava somente para mim, quando me via.

-Você ta certa! Mas eu tenho motivo. –Ele falou.

-Só por que sou filha de trouxa? –Perguntei.

-É! –Ele disse simples.

O olhei incrédula.

-Preconceituoso! –acusei.

-Como se você já não soubesse. –ele fez um som desdenhoso.

-Ah é? Draco você sabia que eu nunca conheci o meu pai? –Perguntei.

-Sério? Que dó de você! –Ele resmungou. –Mas o que eu tenho a ver com isso?

-No primeiro ano eu descobri que meu pai era um bruxo.

Ele me olhou incrédulo.

-Seu grande problema não era esse? O fato de eu ser uma sangue-ruim? Pois bem, pode mudar esse apelido, me chame agora de mestiça imunda. –Falei com a voz amarga.

-Quem é ele? –Draco perguntou genuinamente curioso.

-Está querendo saber demais! –Falei e bocejei no momento seguinte. –Eu estou com um pouco de sono.

-Você acha mesmo que eu vou te deixar dormir sem me dizer quem ele é? –Ele perguntou sarcástico.

-Por favor Draco! –Pedi com a voz doce e fiz a carinha.

-Viu? É por isso que eu nunca te entendo Lyra! –Ele falou frustrado e passou a mão no cabelo, sorri ao ouvi-lo falar meu nome. –Você me trata mal, briga comigo, me xinga e depois vem toda cheia de dengo: “Por favor Draco!”

Ele fez uma imitação pobre da minha voz.

-Eu não falo assim. –Ri baixinho.

-Ah Lyra! –ele reclamou irritado. –Esquece! Vai dormir.

Ele virou de costas para mim.

Eu encarei as costas dele sorrindo, quando foi que começamos a conversar como duas pessoas normais? Quando deixamos de lado as brigas e trocamos confidências? Eu acabei de contar a ele que sou uma mestiça... O que tinha naquela poção que madame Pomfrey me deu? Veritasserum?

-Draco, você sabe por que o livro monstruoso dos monstros só abre depois que você faz carinho nele? –Perguntei depois dei um bocejo.

-É claro que não! –Ele disse num tom frio.

-É uma forma de mostrar que até mesmo os monstros precisam de carinho. Essa é a filosofia que eu uso com você. Talvez se eu for carinhosa com você... Você também vai ser comigo. –Eu disse sonolenta.

Lutei para manter os olhos abertos, a última coisa que vi foi Draco deitar na cama e virar o rosto para mim.

-Obrigado. –O ouvi dizer, mas não tenho certeza se era de verdade ou apenas alucinação minha.

Então apaguei.

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PDV Nate

Madame Pomfrey não permitiu que nenhum de nós visitasse a Lyra. Rose, Harry, Mione, Ron e Eu montamos guarda em frente a enfermaria na esperança de vê-la mas não conseguimos. Draco e Lyra só apareceram nas aulas no fim da manhã de quinta-feira. Estavamos na aula de poções com a Sonserina, já na metade.

Draco apareceu com o braço enfaixado e uma tipoia, Lyra tinha uma faixa no ombro também, mas ela trazia a tipoia na outra mão.

-Você não devia estar usando isso? –Perguntei apontando para a tipoia quando ela apareceu atrás de mim.

-Não é realmente necessário, mas ela pediu para que nós usássemos por um tempo. –Ela disse tentando dar de ombros depois fez uma careta de dor por causa do movimento.

Não pude evitar rir.

-Como você é burra.

-Vai terminar sua poção! –Ela reclamou batendo com a tipoia na minha cabeça então foi em direção a bancada onde Harry e Rony estavam.

-Como vai o braço Draco? –Pansy perguntou com um sorriso afetado. –Está doendo muito?

-Está! –Draco respondeu fazendo uma careta corajosa.

-Vá com calma! Vá com calma! –Prof. Snape disse.

Fiz uma careta.

-Senhorita Anderson está apta para fazer a poção eu espero. –Ele falou com a voz fria.

-Claro que sim, ao contrário do Draco eu não sou um bebê chorão. –Ela falou sorrindo docemente.

Draco pegou um pedaço de semente de girassol e jogou na cabeça de Lyra. Ela deu língua para ele então os dois viraram os rostos como duas crianças birrentas.

-O que foi isso? –Perguntei.

Harry olhava confuso, assim como o resto da sala.

-Vai ficar todo mundo parado olhando? –Lyra perguntou.

Draco colocou o caldeirão ao lado de Harry e Rony também, fazendo com que os quatro fizessem a poção na mesma mesa, Lyra, Harry, Ron e Draco, respectivamente.

-Professor! –Draco chamou. –Vou precisar de ajuda para corta as raízes de margarida, por que o meu braço...

-Weasley, corte as raízes para Malfoy. –O prof respondeu sem nem levantar a cabeça.

-Seu braço não tem nenhum problema. –Ron sibilou irritado.

-Você ouviu o professor, Weasley, corte as sementes. –Draco respondeu.

Ron foi totalmente irritado e começou a cortar de qualquer jeito, quando estava na metade Lyra o parou. Fiquei prestando atenção enquanto eu mesmo cortava as minhas sementes.

-Rony, deixa que eu faço isso está bem? –Falou tomando a faca dele e cortando as sementes de modo certo.

-Por quê você faz isso? –Draco perguntou baixinho, de um modo quase amigável.

-Livro monstruoso dos monstros Draco. –Ela respondeu simples.

Draco suspirou e ficou calado com uma expressão emburrada. Eu não entendi... Livro monstruoso dos monstros? O que aquilo tinha a ver?

-Senhorita Anderson, eu me lembro de ter pedido que o senhor Weasley fizesse isso. –Prof. Snape falou levantando da cadeira e se aproximando de onde Lyra terminava de cortar as sementes do Draco.

-Mas o Draco pediu que eu fizesse isso por ele, não foi Draco? –Lyra disse simples sem parar de fazer o que estava fazendo.

Todo mundo ficou calado, esperando a resposta.

-Foi sim professor. Eu pedi a Lyra que fizesse isso. –Draco respondeu mal humorado.

O professor Snape pareceu momentaneamente chocado.

-O que está acontecendo com eles dois? –Mione perguntou, ela estava ao meu lado. –Parecem até... Amigáveis... De um jeito meio arisco, mas amigáveis!

-Parece até a Lyra está obrigando o Draco a ser amigável não acha? –Sugeri.

-Quase isso! –Mione concordou. –Mas desde quando Draco obedece a Lyra?

-Ultimamente nada tem feito sentido Hermione! –Respondi balançando a cabeça.

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PDV Lyra

Draco estava tentando ser amigável, isso era novo.

-Fatia as lagartas Lyra. –ele pediu.

-Pega para mim, por favor.

Ele me passou um punhado de lagartas que eu comecei a cortar, senti o olhar de todos os alunos em cima de nós, mas ignorei assim como Draco estava fazendo. No final da sala Neville estava em apuros, já que o professor Snape estava indo verificar a poção dele, a cor exata que ela devia estar era verde ácido e berrante, mas estava...

-Laranja, Logbottom! –Snape exclamou.

-Esse garoto é um idiota! –Draco riu.

Eu olhei para ele arqueando a sobrancelha.

-Ele é melhor em Herbologia do que nós dois juntos. –Falei.

-É uma pena que estejamos na aula de poções. –Draco disse sarcástico.

-Por favor professor, eu poderia ajudar Neville a consertar! –Hermione tentou ajudar.

-Eu não me lembro de ter pedido para se exibir senhorita Granger. –Prof. Snape respondeu severo. (piadinha sem graça!)

-Sr. Longbottom, no final da aula daremos umas gotas dessa poção ao seu sapo e ver o que acontece. Quem sabe isso o estimule a preparar a poção corretamente.

Neville ficou branco.

-Hey Harry, você ja soube?-Simas Finnigan chamou atenção de Harry, eu ainda olhava para Neville. –No profeta diário dessa manhã, eles acham que avistaram Sirius Black.

-Onde?! –Harry, Rony e eu perguntamos ao mesmo tempo.

-Não muito longe daqui. –Ele respondeu animado. – Foi visto por uma trouxa, é claro que ela não entendeu, só ligou para o número da emergência. Mas até o ministro da Magia chegar lá ele já tinha sumido.

-Não muito longe daqui... –Rony disse sugestivamente olhando para Harry e em seguida para mim.

Somente naquele momento notei que Draco olhava para nós como se soubesse de algo que não sabíamos.

-Que foi Draco? –Perguntei.

-Pensando em apanhar Black sozinho, Potter? –Draco perguntou sarcástico.

-Acertou. –Harry disse displicente.

-É claro, se fosse eu já teria feito alguma coisa há muito tempo. Eu não ficaria na escola como um bom menino, estaria lá fora procurando o homem. –Ele disse maldoso.

-Do que você sabe? –perguntei curiosa.

-Do que você está falando? –Harry perguntou confuso.

-Vai ver você prefere não ariscar o pescoço. Quer deixar os dementadores resolverem o casa, não é? Mas se fosse eu iria querer me vingar, ia atrás dele pessoalmente.

-Você sabe por que Black quer vir atrás dele! –Acusei. –Como?

-Ninguém contou a ele não é? –Draco falou desdenhoso.

-Do que vocês estão falando? O que ninguém me contou Lyra? –Harry perguntava confuso e irritado.

Mas antes que qualquer um de nós pudesse falar alguma coisa o prof. Snape falou.

-Os senhores já terminaram de misturar os ingredientes eu suponho. Essa poção precisa cozinhar antes de ser bebida, por isso guardem o material, agora vamos testar a poção do Sr. Longbottom.

Todos começaram a guardar os materiais e eu fui em direção a Hermione.

-Conseguiu ajudá-lo? –Perguntei.

-Fiz o que pude. –Ela disse.

-Venham todos para cá. –O professor Snape chamou. –E observem o que acontecem com o sapo do Longbottom. Se ele preparou a solução redutora corretamente o sapo vai se tornar um girino, mas se ele não fez isso provavelmente o sapo vai ser envenenado.

Todos os Grifinórios pareciam temerosos, mas os Sonserinos esperavam, excitados, o show.

O professor pegou Trevo, o sapo, na mão esquerda e com a mão direita pingou umas gotas da poção na garganta dele, com um momento de tensão e um estalido Trevo se tornou um girino e começou a se contorcer nas mãos do professor.

Todos os grifinórios começaram a aplaudir e eu era um deles. Snape pegou um frasco no bolso e pingou no girino fazendo-o voltar a ser um sapo.

-Cinco pontos a menos para a grifinória. Eu disse para não ajudar senhorita Granger, a aula está encerrada.

Os sorrisos de todos os rostos sumiram. E os alunos foram saindo aos pouquinhos.

O professor Snape se aproximou de mim e sussurrou baixinho.

-Eu não sei o que a senhorita fez com o senhor Malfoy para que ele concordasse com a senhorita naquele momento.

-Professor, o senhor sabe por que o livro monstruoso dos monstros só abre depois que fazemos carinho nele? –Perguntei.

Ele me olhou confuso por um segundo.

-Não. –Ele respondeu.

-O Draco sabe. –Eu respondi sorrindo. –Até o jantar professor.

Fui saindo da sala e encontrei Mione atrás de uma pilastra, ela tirou alguma coisa da roupa, uma espécie de colar, então começou a mexer nele.

-Mione?

Mas antes que ela se quer conseguisse me ouvir já tinha sumido.

-O que?!

Corri mais para frente onde Harry, Nate e Ron subiam as escadarias.

-Ela estava logo atrás da gente! –Ouvi Rony dizer.

-Oi gente. –Falei.

-Você viu a Hermione? –Nate perguntou.                                                       

-Olha lá está ela. –Harry apontou para frente aonde Hermione vinha correndo.

-Como foi que fez isso?- Rony perguntou.

-Fiz o que? –Ela se fez de confusa.

-Em um minuto está bem atrás da gente e no minuto seguinte está de volta ao pé da escada. –Nate explicou.

-Que? –Ela pareceu meio confusa. –Ah... Eu precisei voltar para pegar uma coisa.

Os garotos pareceram engolir a desculpa de Hermione, mas eu não. Deixei os meninos irem na frente e fiquei atrás ajudando-a a levar os livros, usando somente a mão esquerda já que meu ombro direito ainda doía.

-Mione, você pode ter enganado os garotos, mas eu sou uma mentirosa muito melhor. Então me diga, o que é isso que você esconde na roupa?

Ela me olhou espantada por um segundo e franziu o cenho.

-Não sei do que você está falando. –Ela disse.

-Ah, qual é, você sabe que eu não vou contar a ninguém! –Resmunguei irritada.

Ela suspirou.

-Está bem. No início do ano a professora Minerva me entregou isso.

Ela puxou um colar de dentro da blusa, era uma espécie de mini-ampulheta.

-O que isso tem demais?

-Isso é um vira-tempo! Faz-me voltar no tempo algumas horas.

Minha mente deu um estalo.

-Por isso você estava na aula de Aritmancia e na de Adivinhação. Você voltou no tempo. Ela dá isso para qualquer um? –Perguntei.

-Não! Ela teve que assinar um monte de papéis se certificando que eu só o usaria para a escola. –Explicou Mione.

-Por um momento eu achei que você estava se dividindo em duas! –Falei suspirando.

Ela deu uma risadinha.

-De certo modo eu estou.

-Qualquer dia desses você tem que me levar numa de suas viagens. –Pedi.

-Vamos logo ou vamos nos atrasar para a aula de DCAT! –Ela resmungou dando uma corridinha para alcançar os outros.

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Então meninas, eu postei uma One-shot sobre PJO, alguém gosta de PJO aqui? Poucas foram as leitoras que viram, eu queria saber a opinião de vocês.

Deem uma passadinha por lá, é pequenininha!

http://fanfiction.com.br/historia/389373/Com_Outros_Olhos/

Câmbio e desligo


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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforçinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo