Foi Na Prisão De Azkaban... escrita por Sensei, KL


Capítulo 10
Nós já nos vimos antes?


Notas iniciais do capítulo

Gente eu demorei três dias... Mas tenho bons motivos. Tô passando por umas coisas na vida pessoal, eu e meu namorado terminamos e ele está meio obcecado falando que vai ficar o resto da vida atrás de mim e que nunca vai me esquecer... Estou com medo. Então espero que entendam e eu sobreviva para terminar a história! kkkkk Curtam o capítulo E gente, pode parecer brincadeira, mas eu falei sério, meu ex é louco. Então se eu demorar as vezes você entendam por favor.Beijoos



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PDV Lyra

Eu levantei do meu banco e saí da cabine.

–Vou procurar a Rose e a Gina. –Avisei. –Quero saber se elas estão bem.

O pessoal todo da cabine acenou e continuou conversando, andei pelos corredores, a maioria do pessoal estava conversando e brincando, às vezes encontrava algumas pessoas conhecidas e acenava... Eu acenava a cada dois segundos se querem saber, todo mundo me conhecia, incrível! Encontrei Gina e Rose numa cabine com uma garota da corvinal.

–Hey meninas. –Falei.

–Lyra! Essa daqui é a Luna Lovegood, ela faz o mesmo ano que a gente. –Rose disse.

–Muito prazer Luna, meu nome é Lyra.

–Sua cabeça está cheia de zonzobólus. –Ela disse simples.

Eu fiquei parada, um segundo depois olhei para Rose procurando respostas.

–Também não sabemos o que é! –Rose respondeu.

–OK então. Vou indo, até logo. –Disse saindo, dando passos devagarzinho para fora da cabine.

Saí pelos corredores, pouco depois voltei para a cabine, qual não foi minha surpresa ao encontrar Draco na porta junto com Crabbe e Goyle, ele tinha que vir dar as boas vindas, claro... Uma simpatia!

–Ouvi dizer que seu pai finalmente pôs as mãos em dinheiro esse ano Weasley, sua mãe não morreu de choque? –Ele disse de um modo nojentinho.

Abri a boca chocada. Aproximei-me irritada.

–Quem é esse daí? –Ele perguntou.

–Professor novo! –Eu disse.

Draco deu um pulo ao ouvir a minha voz.

–Lyra! –Ele falou fazendo uma cara feia.

–Olá Draco.

As pessoas nos olhavam meio surpresas. O lance é que no ano passado eu e ele fizemos um acordo, eu o chamaria pelo primeiro nome e em troca deixaria que ele me chamasse também. Mas meus amigos não sabiam disso e nem os dele.

Draco estreitou os olhos em direção ao professor, ele não é maluco de puxar briga debaixo dos olhos de um professor.

–Vamos. –Ele disse para Crabbe e Goyle.

Quando ele já estava longe Nate me encarou.

–O que foi isso? –Ele perguntou.

–O que? –Fiz cara de confusa, mas sabia do que ele estava falando, qual é, tenho que fazer a dramatização.

–Desde quando ele te chama pelo primeiro nome? –Hermione falou num tom que indicava que isso era óbvio.

–No ano passado eu comecei a chamá-lo assim para irritar, então ele começou a me chamar também. –Falei simples, cara quanta mentira, eu não acredito que eles vão engolir essa.

Eles deram de ombros sem ligar muito para isso, notei que Rony massageava os nós dos dedos de modo ameaçador.

–Não vou aturar nenhum desaforo dele esse ano. Estou falando sério, se ele disser mais uma piadinha sobre minha família eu vou agarrar a cabeça dele e...

Rony fez um gesto violento no ar.

–Vai com calma super homem. –Falei sarcástica.

–Quem? –Ele fez uma cara confusa.

–Ninguém. –Falei fazendo um gesto displicente com as mãos.

–Gente! –Hermione reclamou. –O professor Lupin...

Mas o professor continuava no sétimo sono, não iria acordar tão cedo.

O Expresso continuava no caminho e logo eu também cochilei encostada no ombro de Rony, eu sonhei com a chuva caindo, eu estava correndo numa clareira, na floreta proibida, muito parecida com a que Aragogue vivia, mas essa estava vazia, era noite e eu estava encharcada, de longe eu consegui ver alguma coisa vindo em minha direção, era um cachorro.

–Maroto? Maroto! –Gritei.

Ele veio em minha direção e parou sentado em minha frente batendo o rabo, de repente tudo começou a ficar frio e as árvores pararam de se mexer, a chuva parou tão rápido que me deixou tonta havia tanto silêncio que meus ouvidos zumbiam, a única coisa que eu podia ouvir era o som da minha respiração e o batido do rabo do maroto na grama molhada. Olhei ao redor, a floresta escura e vazia, ouvi um rosnado, maroto começou a latir em direção a escuridão.

–Lyra... –Ouvi alguma coisa me chamar. –Lyra!

–Não a acorde! –Alguém disse.

–Tem alguma coisa embarcando. –Outra voz... Rony?

De repente me dei conta que estava sentada, encolhida, melhor dizendo e havia uma manta nos meus ombros, eu reconhecia aquele cheiro, era a manta do Nate, me cobria até os joelhos.

–O que houve? –Perguntei ainda de olhos fechados. –Por que paramos?

Sem dar tempo de responder a porta da cabine se abre e alguém caiu no meio.

–O que diabos...? –Reclamei levantando assustada segurando a manga que estava nos meus ombros. Notei que o trem todo estava na escuridão.

–Desculpem... Vocês sabem o que está acontecendo? Ai... Desculpe... –A voz de Neville soou.

Neville era um garoto da grifinória desengonçado e que adora herbologia.

–Ai Neville. –Harry exclamou.

–Desculpe... Harry é você? –Ele perguntou.

–Sim, é ele. –Falei irritada, tateei no escuro e levantei o garoto pela capa. –Vai, senta aí.

–Vou perguntar ao maquinista o que está acontecendo! –Hermione falou decidida, ouvi-a levantar.

Então a porta foi aberta depois ouvi um baque e dois gemidos de dor.

–Quem é?

–Quem é?

–Gina?

–Mione?

–Tudo bem aí? -Outra voz no corredor.

–Rose? –Chamei.

–Lyra!

–Que é que vocês estão fazendo? –Perguntei.

–Procurando nossos irmãos. –Elas disseram juntas.

–Entrem aqui e sentem... –Hermione falou.

–Onde? –Nate perguntou.

–Aqui não, eu estou aqui! –Harry disse rápido.

–Ai! –Neville ganiu de dor.

–Silêncio! –Uma voz rouca ordenou de repente.

Toda a cabine ficou calada, o professor Lupin havia acordado.

Ouvi um estalido e de repente uma luz parca apareceu, iluminava o rosto cansado, mas com uma expressão preocupada e cautelosa. Ele tinha um feixe de chamas na palma, era incrível.

–Fiquem onde estão. –Ele disse.

Começou a levantar lentamente, mas antes que chegasse a porta a mesma se abriu revelando uma coisa escura que chegava até o teto, a pessoa... não, aquilo não era uma pessoa, aquela coisa estava oculta por uma capa e não dava para ver o rosto, o ambiente se tornou mais frio do que antes, aquilo parecia olhar o lugar, então começou a dar uma respirada ruidosa, naquele momento Gina começou a tremer o copo inteiro, Nate se afastou e pegou a minha mão, seu rosto iluminado parcialmente parecia branco feito gelo, então Harry começou a convulsionar.

–Harry! –Rose exclamou preocupada.

Eu levantei para ir ajudá-lo, mas o professor Lupin foi mais rápido. Ele foi para frente do dementador enquanto eu pegava Harry e abraçava.

–Nenhum de nós está escondendo Sirius Black na capa, Vá! –Ele gritou.

Mas a coisa não pareceu dar ouvidos, se é que aquilo tinha ouvidos, então o professor levantou a varinha e uma luz fininha e prateada saiu dela, aquilo virou as costas e saiu deslizando, senti como se quanto mais ela se afastava menos triste eu me sentia.

–Harry? Harry! HARRY! –Tentei acordá-lo.

–Ele está bem? –Rose perguntou chorosa.

–Me ajudem a acordá-lo. –Pedi.

De repente as luzes se acenderam, notei que a cabine estava muito cheia, Gina estava encolhida onde o professor estivera deitada, ela ainda tremia um pouco, Mione estava ao lado dela, Rony, Rose e Neville vieram me ajudar enquanto Nate estava olhando para o professor.

O trem recomeçou a andar.

–Harry! Harry! Você está bem? –Rony deu umas batidas no rosto dele.

Harry abriu os olhos assustados e olhou ao redor.

–Venha me ajude a colocá-lo no banco. –Eu disse.

Ele sentou e mexeu no cabelo meio confuso.

–Você está bem? –Rony perguntou.

–Estou. –Ele disse. –O que aconteceu? Onde está aquela coisa? Quem gritou?

–Ninguém gritou Harry! –Eu disse franzindo o cenho.

Todos se olharam, pareciam preocupados com Harry.

–Mas eu ouvi gritos. –Ele disse, parecia desnorteado.

Um forte estalo fez todo mundo dar um pulo. Olhei na direção do som e o professor Lupin quebrava uma grande barra de chocolate. Naquele momento eu me lembrei dos bolos e pasteis que eu comprei para ele. Segurei a manta nos meus ombros com força, ajudava no frio que eu sentia.

–Tome. –Ele ofereceu um pedaço para Harry. –Vai fazer você se sentir melhor.

–O que era aquela coisa? –Harry perguntou.

–Um dementador. –Ele explicou agora entregando chocolates a todo mundo. –Os dementadores de Azkaban.

Todos pareceram surpresos, inclusive eu, então aqueles eram os guardas de Azkaban? Agora entendo por que todo mundo treme quando fala deles. Lupin amassou a emblagem vazia de chocolate e colocou no bolso.

–Coma. –Lupin disse. –Vai lhe fazer bem. Tenho que falar com o maquinista.

Então ele se foi. Fiquei olhando para a porta da cabine.

–Você tem certeza que está bem? –Perguntei a Harry.

–Estou, mas...

Então eu levantei e peguei os bolos, saí da cabine e deixei Nate, Hermione e Rony explicarem a ele o que houve, fui em direção ao maquinista, mas o professor já estava voltando.

–Professor! –Chamei.

E pela primeira vez desde que acordou o professor Lupin olhou para mim, ele ficou parado por um segundo e franziu o cenho, então pareceu recobrar a voz.

–Sim?

–Eu comprei uns bolos e pasteis para o senhor quando estava dormindo. Achei que estaria com fome.

Então entreguei a sacola com o lanche para ele, com um pequeno sorriso ele aceitou.

–Foi muito gentileza. Senhorita...?

Fique tentada a dizer Black, confesso. De uma mordida no chocolate que ele havia me dado. Ah, que sensação, se chocolate me enviasse flores eu casava com ele.

–Anderson. Lyra Anderson. Sou amiga do Harry. –Falei.

–Obrigada senhorita Anderson. –Ele disse.

Eu fui em frente voltando para a cabine.

–Senhorita Anderson? –O professor chamou. Apertei a manta entre os dedos.

–Sim?

–Nós já nos vimos antes? –Ele perguntou.

Eu sorri.

–Acredite, gostaria de ter conhecido o senhor antes, mas não... Nunca nos vimos.

Então continuei o caminho o deixando confuso, há, estava cada vez mais parecida com Dumbledore.

Quando cheguei à cabine o pessoal parecia meio deslocado, cada um olhava em uma direção todo pensativo, o professor apareceu logo depois de mim.

–Eu não envenenei o chocolate sabe? –Ele falou com um sorriso pequeno.

Somente naquele momento eu notei que todos seguravam um pedaço de chocolate nas mãos, mas ninguém havia comido.

–Vamos chegar a Hogwarts dentro de dez minutos. –Ele disse. – Você está bem Harry?

–Muito bem. –Harry respondeu constrangido.

O professor Lupin sentou no lugar onde estava antes, Gina, Rose e Neville já haviam ido embora e só restaram Harry, Rony, Hermione, Nate e eu na cabine. O resto da viajem foi silenciosa, mas eu notei um olhar curioso do professor para Nate e eu.

Quando desembarcamos em Hogsmead foi uma correria, mas eu notei que estava frio demais, anormalmente frio devo dizer, naquele momento notei que aquela não seria a última vez que eu encontraria os dementadores.

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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.Para quem não deixa por preguiça:Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?BEIJOOOS LIINDAS *----------*Câmbio e desligo