Foi Na Prisão De Azkaban... escrita por Sensei, KL


Capítulo 1
Conversa estranha, conclusões mais estranhas ainda


Notas iniciais do capítulo

Eu estou de volta pessoal! YAAAAAAAAY! kkkkk Então minhas linda, que rufem os tambores...

Está oficialmente aberta e terceira temporada! Ta-dá!

Eu tava querendo postar no dia seguinte mesmo quando terminei a fanfic anterior, mas me segurei! kkk
Como é bom estar de volta!
Espero que gostem do capítulo.
Beijoos



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Era noite e o mar estava revolto ao redor da prisão de Azkaban, era uma construção antiga e feia que vivia sempre úmida, o lugar era rodeado de dementadores.

Dementadores são uma das piores criaturas que rondam a terra, se encontram nos lugares mais imundos e escuros, gostam de decomposição e desespero, acabam com toda e qualquer paz, amor e felicidade que encontram, se você se aproximar muito deles vão sugar suas esperanças e boas lembranças... Não deixará você com nada que não seja ruim. Essas criaturas são os guardas de Azkaban.

O frio predominava lá dentro, grande parte disso também era culpa dos dementadores, parecia que nunca havia sol por ali, por entre os corredores você podia ouvir murmúrios e até gritos de ajuda, as pessoas ficam loucas ali dentro. Numa cela em especial havia um homem, seu corpo tinha algumas tatuagens, ele estava deitado olhando para o teto, já não ligava se estava frio ou quente, ele suspirou, sua cabeça foi diretamente para uma lembrança, ele e seu melhor amigo deitados nos gramados de Hogwarts paquerando as garotas, a única coisa que o acompanhava ali dentro eram suas lembranças, mas nem isso ele tinha direito de aproveitar por que no momento em que ele deu um sorriso saboreando a saudade um dementador passou em frente a sua cela e sugou toda sua felicidade, se não fosse um dos guardas pará-lo ele teria perdido sua alma... Era a terceira vez essa semana. Já não conseguia lembrar o que estava pensando antes de o dementador aparecer.

Os guardas estavam conversando sobre alguma coisa, havia um que estava concentrado em uma leitura, o prisioneiro encostou o rosto nas grades e gritou.

-Hey! –O guarda que estava lendo colocou o jornal de lado. –Será que você poderia me passar um desses?

-Cala a boca Black! –Outro guarda gritou.

-Ah qual é! Sejam caridosos, não tem nada para fazer nesse lugar! –Ele gritou.

-Você é um assassino, por que seriamos caridosos com você?

Nesse momento o ministro da magia, Cornélius Fudge, apareceu no lugar, ele estava de passagem, inspecionando o lugar, as guardas pararam de conversar e cumprimentaram-no.

-Então ministro! –Black gritou. –Será que o senhor poderia me ceder um jornal?

-Cala a boca Black! –Outro guarda gritou e bateu no rosto dele o empurrando para dentro de novo.

-Deem um jornal a esse coitado. –Fudge disse.

Então um dos guardas passou o amontoado de papel pelas grades.

-Valeu hein! –Black falou deitando no chão.

Ele pegou o papel, na primeira página havia uma imagem de uma família se divertindo no Egito, mas o que chamou a atenção dele foi o garoto mais novo. Ele arqueou o corpo e se apoiou no cotovelo. Uma única palavra cheia de rancor saiu dos seus lábios.

-Peter!

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PDV Rose

Suspirei confusa, como eu vou explicar quais são os tipos de ervas que se usam numa poção para encolher? A professora Sprout poderia ter colocado alguma coisa mais fácil não é? O pior de tudo é que eu tenho dois irmãos que saberiam me responder, mas se recusam a fazer isso. “Se te dermos a resposta nunca vai saber fazer” Como se a Hermione não respondesse para eles.

Olhei para a janela do quarto e lembrei-me de Harry, no ano passado eu descobri que era uma Potter, que por um acaso eu e o amigo de Lyra, Harry, éramos meio-irmãos. Harry é uma lenda no mundo bruxo, pois quando tinha um ano derrotou o maior bruxo das trevas já visto, não me perguntem como, nem mesmo ele sabe, nesse mesmo dia sua mãe e nosso pai foram assassinados pelo mesmo, foi uma surpresa para nós dois descobrir esse parentesco, mas no ano passado ficamos presos na Câmara secreta, uma sala subterrânea criada por um dos fundadores de Hogwarts, Salazar Sonserina. Harry e eu conseguimos sobreviver a um Basilisco e uma memória revoltada de Voldemort. As lembranças são meio embaçadas para mim agora, mas pela terceira vez o lord das trevas foi derrotado pelos Potters e eu me sinto orgulhosa por fazer parte dessa família.

Desde aquele dia eu e Harry temos nos comunicado por cartas e estamos nos conhecendo melhor, apesar do aparente desconforto de eu ser filha de outra mulher. Quando eu finalmente contei para minha mãe sobre o meu pai e Harry foi uma confusão.

-Como assim você conseguiu descobrir quem é o seu pai? Nem eu consegui fazer isso!

-Magia! –Falei dando de ombros.

Depois que eu contei a ela sobre tudo o que aconteceu no ano passado, omitindo, é claro, as partes em que eu quase morri ela conseguiu aceitar o fato de eu ter um irmão e ficou muito afim de conhecer ele.

A coruja de Lyra bicou minha janela, ela trazia uma carta de Harry.

Olá Rose,

Respondendo a sua última carta: Não, os Dursley nunca foram nem um pouco legais comigo, nem um pouquinho.  Para você ter uma ideia na primeira semana de férias o Rony ligou para cá, quem atendeu foi o meu tio, quando Rony começou a gritar no telefone eu gelei. “QUERO-FALAR-COM-HARRY-POTTER! SOU UM AMIGO DO CO-LE-GI-O!”  Foi horrível! Acho que ele contou para a Hermione que não devia ligar, o que é uma pena, pois Hermione é muito inteligente e teria o bom senso de não falar sobre Hogwarts.

Ontem a noite estava pensando sobre essa coisa de ter uma irmã, é bom saber que os Dursley não são os únicos parentes vivos que eu tenho, temos o mesmo pai e assim como eu você também nunca o conheceu. Queria saber como ele era... Você não? Mas enfim, queria muita coisa... Queria também que você morasse comigo. Não posso ter tudo o que quero.

Mas não importa, estou com saudades, diga a Lyra e Nate que mandei um abraço.

Do seu irmão (nunca me canso de dizer isso!), Harry.

Sorri bobamente.

Eu também gostaria que ele morasse comigo, mas infelizmente isso não era possível, pelo simples fato que a única pessoa que tem o mesmo sangue que ele nessa casa era eu, uma garota menor de idade. Olhei para a janela suspirando, Lyra estava lá fora e a mãe dela gritava dentro de casa por um sapato, eu sorri. Lyra era minha irmã de coração, no ano passado ela me ensinou que devia confiar nos amigos por que sem eles não somos nada.

Ouvi a voz de Nate gritar na sala, ele chamava Lyra para ajudá-lo com alguma coisa... Nate... Olhei para os meus pés meio desconfortável, a briga que tivemos foi muito grande, graças a Deus nós fizemos as pazes, mas as coisas ainda ficavam um pouco estranhas, principalmente quando ele encarava meu rosto por muito tempo, mais precisamente minha cicatriz e baixava o rosto envergonhado. O que ele vê quando olha para mim e o que eu gostaria que ele visse, infelizmente são duas coisas diferentes.

-Hey Rose. –Minha mãe bateu na porta. –Nate e Lyra estão saindo para... O que é isso?

Ela olhou a carta.

-Carta do Harry. –Sorri mais ainda.

-Quando será que ele vai poder vir aqui, quero conhecê-lo.

-Ele não pode sair de casa ainda, vou falar com Lyra para saber se ela pode ajudar. –Falei para minha mãe.

-Como ele é?

-É um garoto maravilhoso mãe, a família o maltrata muito, mas isso nunca o fez ficar ruim. Mas o que a senhora queria me dizer? –Perguntei.

-Nate e Lyra vão sair, estão pensando em passar na casa dos Weasleys já que eles disseram que voltariam do Egito e te chamaram para ir. –Ela explicou.

-Oba! Vou ver a Gina! –Dei um pulo e guardei a carta de Harry na minha gaveta onde deixo as outras, era uma gaveta trancada a chave.

Desci as escadas escorregando pelo corrimão e dei um pulo no final, dava para ver a porta de casa e lá fora onde Lyra e Nate estavam gritando um com o outro.

-Caramba entra logo Nate! Mais lento que uma lesma! -Ela reclamava.

Nate amarrava o sapato na varanda de casa.

-Já vai, já vai! –Ele disse.

-Ela está mais irritada que de costume. –Falei.

-Ela tá é de TPM. –Nate falou.

-EU OUVI ISSO! –Lyra gritou colocando as mãos na janela do carro e colocando a cabeça para fora. –ACHO BOM VOCÊ RETIRAR O QUE DISSE SE NÃO QUISER SER UM CACHORRO DESPELADO.

-Desculpe! –Ele falou levantando os braços.

-Vamos logo! –A mãe de Lyra, Tia Kate, gritou, buzinando loucamente. Eu dei uma gargalhada.

-Vamos Nate. –Dei uma batidinha nas costas dele e rumei para o carro.

-Não volte tarde com a minha filha Kate! –Minha mãe gritou colocando a cabeça para fora da janela da cozinha.

Bem, essa é a minha família.

---

PDV Lyra

Mamãe acabou demorando muito no trabalho e não pudemos ir visitar os Weasleys, mesmo assim eu acabei descobrindo que eles ainda não tinham chegado, Nate, Rose e eu estávamos dentro do carro esperando ela ir buscar a bolsa.

-Próxima semana é o aniversário do Harry. –Rose disse.

-Eu sei! –Sorri. –Compre uma coisa para ele.

-Ele acha que ninguém vai lembrar. –Ela disse rindo. –Como ele é bobo.

-Como anda a relação de vocês agora que ele sabe que são irmãos? –Nate perguntou.

Quando Rose contou sobre isso para Nate ele ficou chateado por ser o último a descobrir, mas ficou feliz ao saber que Harry tinha aceitado bem a história.

-Estamos relativamente bem, foram muitos anos. –Rose disse dando de ombros.

-Ah, legal... –Nate disse um pouco desanimado.

-O que houve Nate? –Perguntei.

Ele olhou para mim alarmado.

-O que? Não houve nada! Por que você acha que houve alguma coisa? –Ele começou a gesticular com as mãos, me afastei assustada. –Não aconteceu nadinha! Está tudo na maior paz, tudo azul com bolinhas brancas, tudo beleuza sua Creusa, De. Boa. Na. Lagoa.

Então ele abaixou as mãos e suspirou baixando os ombros também.

Rose e eu o olhávamos como se ele fosse um extraterrestre.

-Então tá. –Falei de modo arrastado.

-O que foi isso? –Rose se perguntou.

Mas não deu tempo dele responder, pois mamãe voltou com a bolsa e fomos para casa, o caminho foi silencioso, Nate estava de cabeça baixa, Rose e eu ficávamos dando espiadas nele achando aquele comportamento estranho.

-Lyra querida, Cassie mandou avisar que Karina vai vir passar a semana lá em casa, infelizmente ela não poderá ficar muito tempo. –Mamãe avisou quando eu estava saindo do carro para entrar em casa.

-Quando ela vem? –Perguntei, no meu rosto um sorriso se abria.

-No próximo domingo.

Hoje era segunda, eu tinha uma semana para aprender o máximo de búlgaro que eu pudesse para quando Karina chegar.

-Que coisa estranha. Ninguém revela nada sobre esse foragido. –Mamãe resmungou olhando o jornal.

-Que foragido? –Perguntei.

Ela me mostrou o jornal onde havia uma notícia sobre um homem que estava armado e fugiu de uma prisão de segurança máxima. Havia uma foto de um homem branco e de cabelos bagunçados, tive a impressão de que o conhecia de algum lugar.

-Provavelmente ele nem é tão perigoso.

-Valeu mãe! –Falei correndo escada acima e rindo, logo me esqueci disso.

Entrei no quarto e peguei toda a minha tarefa de casa que ainda estava para ser feita, Hermione estava na frança e eu já não a via a algum tempo, ela mandava algumas cartas de vez em quando e eu também, somente para nos comunicarmos, somos melhores amigas.  Geralmente ela que me lembrava de fazer isso, mas como ela está indisponível eu tinha que lembrar eu mesma, comecei a ler e tentar traduzir tudo para Búlgaro era um exercício incrível esse, aprendo duas coisas ao mesmo tempo.

-Lyra, hora de comer, já está ai a horas. –Tia Andrea chegou batendo na porta do quarto.

Olhei ao redor, já tinha terminado de fazer o dever de poções e história da magia (chato!), então suspirei.

-Já estou descendo tia. –falei dando um sorriso pequeno.

Ela sorriu de volta e então sua expressão mudou para um pouco preocupada.

-Lyra... Aconteceu alguma coisa errada entre você e Nate? –Ele perguntou.

-Como assim? –Perguntei, meu coração estava acelerado, será que ela descobriu sobre o lance da lua cheia?

-Não sei. Ele anda meio nervoso quando você se aproxima. –Ela disse meio receosa de perguntar. -Por acaso vocês estão... Namorando?

Senti meu rosto ficar quente.

-O que?! Não tia! Não, eu e Nate definitivamente não temos nenhum tipo de relacionamento amoroso. –Falei gesticulando com as mãos, nervosa.

-Querida, não ache que eu estou reclamando, não, se o Nate quisesse namorar alguém não existiria pessoa melhor que você. –Ela tentou se explicar.

-Não tia! Sério. Eu e Nate? Não rola! Somos irmãos. –Falei.

-Tudo bem então. –Ela disse sorrindo. –Venha comer.

Ela virou as costas e saiu andando, me deixou para trás com o rosto vermelho e uma vergonha que não era minha.

-Que situação embaraçosa. –Falei para mim mesma.

Desci as escadas fui até a cozinha, todo mundo estava lá e eu sorri pequeno para tia Andrea que falava e olhava para mim como se a nossa conversa nunca tivesse existido. Tenso! Sentei ao lado de Rose.

Cutuquei-a pela cintura, ela olhou para mim, indiquei Nate com a cabeça e fiz uma pergunta muda com o olhar, Rose pareceu entender. Ela deu de ombros como se não soubesse o que tinha de errado com ele. Olhei para tia Andrea e voltei a olhar para Rose, fiz uma careta como se dissesse que aconteceu uma coisa desconfortável, vermelha fez uma expressão confusa como se perguntasse o que aconteceu, eu dei de ombros e fiz um gesto com a mão indicando que contaria depois.

-Por que vocês estão fazendo essas caretas? –Nate perguntou confuso, olhando para nós duas.

-Elas estão conversando pelo olhar Nate. –Tia Angela explicou.

-Coisa de mulher filho. –Tia Andrea falou.

-Eu hein, vocês são estranhas. –Nate falou olhando para nós como se tivesse nascido uma árvore na cabeça de cada uma.

Todas riram, devia ser complicado para ele viver com tanta mulher. O olhei meio curiosa, eu iria descobrir o que tem de errado com ele ou não me chamo Lyra.


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Notas finais do capítulo

RECOMENDEM PLEASE!
Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça:Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
Câmbio e desligo