Target escrita por Katherine, Katherine


Capítulo 6
Capítulo 5 - An Excess Company


Notas iniciais do capítulo

I'm back, bitches.



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Os últimos dias que se passaram foram os melhores de minha vida. Passaram-se exatamente cinco dias, que Jacob chegou a Forks. E preciso admitir, ele só trouxe alegria a mim. Me sentia completa perto dele, tirando a parte de meu rosto corar toda hora, eu me sentia mais feliz do que nunca. Percebi que meu pai odiava quando ele prendia seu olhar em mim, era como se pudesse ler seus pensamentos. E eu estava tento a vida perfeita... Até agora.

Já ouviram falar em excesso de companhia? Eu estava me sentindo assim. Não que pudesse reclamar de algo, não. Mas é... Completamente irritante. Jacob, a quem considero meu melhor amigo, simplesmente fica grudado em mim. Tenho medo de tomar banho e encontra-lo na banheira. Já tive o impulso de gritar com ele, ou até socar seu rosto, a vontade era mais do que provocante. Mas não teria coragem de fazer algo assim, pois, toda vez que seus olhos negros se prendiam aos meus, eu ficava completamente fora de meu mundo. Era como se existisse um laço entre nós, difícil e complicado esta parte. Acho que sou bipolar.

Eu estava estranha, nunca me senti assim. Nunca fiquei tão ansiosa para ver uma pessoa, meus pensamentos nunca pulavam de um assunto para ele, e eu nunca sentira um aperto no peito ao vê-lo partir, para longe de mim. Meus sentimentos estavam confusos, eu não era capaz de entender. Estava... Me apaixonando por Jacob? Oh, não! Que ideia estúpida, Cullen.

– Nessie? Pode ir, hoje é sexta-feira, lembra? – Sra. Petterson me tira de meus pensamentos idiotas, balanço a cabeça e me viro para ela, com um sorriso meio forçado em meu rosto.

– Oh, claro! Perdão, perdi a hora! Bom... Nos vemos amanhã! – me levanto da cadeira e pego minha bolsa; o que estava acontecendo era simples: Toda sexta-feira eu saía mais cedo, a biblioteca estava passando por uma reforma – literalmente -, estavam reformando tudo. E eu teria que refazer as fichas de mais de 107 livros, já que as mesmas se perderam, quando ocorreu uma chuva forte, e o telhado caiu. Estava terminando a quinta. Corro porta afora, sabendo o que eu encontraria: Um belo jovem, de cabelos escuros e pele avermelhada, num belo Mercedes Preto. O meu bebê... O carro, claro.

– Jake! – sorrio, abraçando-o com força, inalando seu cheiro. Era uma mistura, e mesmo assim, não era tão ruim. Forte como canela, com um leve toque adocicado.

– Oi, Ness. – sorriu – Vamos precisar almoçar fora hoje. Bella ficou em uma audiência e seu pai está fazendo cirurgias. Acidentes... Sabe como é, né? – perguntou, em seu mesmo tom brincalhão de sempre.

– É, sei como é. – ri – Então, vamos? – arqueei uma sobrancelha, meu estômago rugiu como um leão feroz, Jacob riu e então agarrou minha mão. Ele estava apertando meus dedos com os seus, gentilmente. Ele não poderia entrelaça-los, poderia? Não, ele não o faria. E era desse Jacob que eu tanto gostava. De um Jacob amigo e divertido, um que não era tão obsessivo com a questão de segurança. O meu Jacob.

– O que quer comer? – perguntou. Qualquer coisa, óbvio.

– Qualquer coisa, o dia foi cheio. E nem posso imaginar o trabalho que terei nas próximas semanas. Escrevendo fichas, alugando livros, organizando as prateleiras, tirar os livros velhos e substitui-los pelos novos... – fiz uma careta. Os próximos dias seriam longos. Mas não posso reclamar, a vida na biblioteca é mais interessante do que qualquer outro emprego, e eu adorava a companhia de Lara Petterson.

– Oh, quanta modéstia. – ele riu – Desculpe, é que... É estranho ver você trabalhando, nem vejo a necessidade disso! Seus pais são ricos, você poderia encher uma piscina com dinheiro. Não há nada que não esteja a seu alcance. Creio que poderia cuspir nesta calçada e sair nadando! – eu ri de sua comparação idiota. Boa parte era mesmo verdade, meus pais são mais do que ricos. Mas quem disse que eu me importava? Tenho meus direitos, e não iria passar minha vida inteira com Edward e Bella... Talvez sim. E seria estranho envelhecer ao lado deles, tendo as idades praticamente iguais, morrer em datas parecidas ou algo assim. A ideia me deixava apavorada.

– Pare de bobeiras e vamos comer. – reviro os olhos, enquanto entrava em um restaurante qualquer.

Nos sentamos a mesa e fizemos nossos pedidos. Jacob comia feito um boi, e não me importei muito... Hoje não. Estava com tanta fome, que me peguei comendo como ele. Quem nos visse, iria rir muito, afinal, não era uma atitude educada. Principalmente para uma Cullen.

A primeira coisa que aprendi dês de que entrei para essa nova família, é que eu deveria ser educada. Requintada, comportada, bem-vestida e sempre verdadeira. Não era um trabalho fácil de se fazer. Mas dava o melhor de mim, e descobri que não era tão ruim assim fazê-lo.

~~X~~

A tarde se arrastava como nunca. Não trabalhava a tarde pelas sextas, infelizmente não. E ficava com os Cullen. Que haviam saído, para fazer sabe lá a Deus o que. Estava sozinha, tocando uma música no piano de Edward, que estava em um ótimo estado e que praticamente implorava para ser tocado. Eu sentia falta de meu pai, o homem mais maravilhoso do mundo. Quando ele tocava comigo, era como se a música seguisse sua perfeição, ele parecia tão despreocupado e aliviado enquanto prestava atenção nas notas, mínimas que fossem, e mesmo assim, conseguia parecer completamente natural. Com um rosto, seguindo o modelo de Edward Cullen. Como sempre fazia.

Enquanto tocava a minha música, a que Edward me ensinou, a coloquei em um ritmo mais lento. Sofrendo, pois o fim logo chegaria, e eu ficaria sozinha, sem nada ou ninguém, novamente. O que eu faria? Simples, começaria uma nova melodia, e assim foi. Meus dedos deslizaram novamente para o piano, e os deixei no comando, para tocar seja o que for.

A música eu conhecia bem, e para minha sorte, eu amava toca-la. O piano era o que aprendi a dominar com Edward, eu decorara mais de quinze músicas em menos de três dias, tenho uma boa memória. Eu tocava lentamente, Piano Duet – Danny Elfman, a melodia é totalmente perfeita. Com apenas um problema, ela é um dueto, e eu não tinha par algum.

Meus dedos foram reduzindo o ritmo, ainda mais. A melodia era tão lenta e dramática que eu queria chorar. Quando estava prestes a parar, um vento soprou pela casa, e um cheiro doce, no qual eu amava, encheu o local. O piano tomou outro ritmo, mais lento que o meu e, ao mesmo tempo, perfeito. Era Edward em meu lado. Sorri, e observei seus dedos se movimentando graciosamente pelo instrumento. Ele estava fazendo sua parte do dueto, na qual eu sempre o copiava. Movimentei meus dedos como os dele, parando para observa-lo novamente, eu não conhecia essa parte da música, papai sempre a tocava. Devia imitá-lo? Posicionei minhas mãos, e inesperadamente, as deles ficaram mais rápidas. O olhei, assustada, enquanto um sorriso de anjo surgia em seu rosto. Tocou mais algumas notas, e minha memória logo voltou; se ele pensava que eu não tocava dignamente, estava enganado.

Pressionei as teclas, um pouco rude demais. Enquanto minha parte aumentava seu ritmo, a melodia preenchendo a casa novamente, o doce som ecoava e estava em todo o lugar. Edward e eu possuíamos a sintonia perfeita. Eu tocava muito melhor ao lado dele, talvez pela vontade de tocar tão bem quanto ele.

– Vocês tocam muito bem – Bella de repente estava sentada a janela.

– É, eu sei – sorri para meu pai – Obrigada, eu iria parar de tocar, não me lembro desta parte muito bem. – corei, levemente.

– Veja – ele repetiu as notas, e seu olhar dizia que eu deveria acompanha-lo, eu teria uma nova aula de piano.

Eu errei umas três vezes nas notas mais rápidas, e precisei utilizar as duas mãos, enquanto decorava os acordes de “dó” ou “ré” . Era uma letra fácil de se decorar, apenas não me entreguei a música como merecia.

– Nessie? – Alice me chamou, aparecendo do nada. De certa forma, eu me acostumei com o jeito “ fantasma ” de minha família.

– Oi – murmurei, sorrindo.

– Gostaria de passar este final de semana conosco? Uma festa de pijama, apenas eu... Você... E os Cullen,

– Claro que sim, Allie! – olhei para Edward, com o olhar suplicante – Por favor?

– Lógico que pode, Nessie – ele riu – Bella e eu vamos arrumar suas coisas, já voltamos. – sorriu, deixando-me sozinha na pequena banqueta do piano.

– Será uma noite divertida – Rosalie murmurou. Emmett riu e murmurou alguma coisa do tipo “ E como ”.

– Espero que sim. – sorri – O que vamos fazer, agora?

– Jacob irá vir aqui, tome um banho e se arrume logo. Assim que voltarem do encontro poderemos aproveitar a noite de verdade.

– Nós não iremos a um encontro, hoje no almoço, ele me convidou para uma tal de festa na fogueira, junto com os outros Quileutes. Nunca fui a La Push, deve ser um lugar lindo. – imaginei a praia, com a lua cheia iluminando todo o lugar, enquanto eu andava, sendo seguida por Jacob, nas finas camadas de areia.

– Vá, garota! – Alice me empurrou escada acima.

~~X~~

– Está perfeita – Jacob sorriu, depois que terminei de me arrumar.

– Obrigada – corei, como sempre – Estou curiosa, vamos?

– Vamos, pequena. – pegou minha mão e então deixamos a mansão Cullen.

Andamos pela floresta, num ritmo rápido, e ao mesmo tempo calmo. Meu coração batia lentamente, e eu me sentia bem; como em qualquer dia normal. Talvez um tanto ansiosa demais, suponho. E minha curiosidade – cuja já estava me matando – ficou evidente em meus olhos, quando percebi uma claridade em nossa frente, junto de algumas casas, não muito grandes, que se destacavam na luz da lua.


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