Let It Snow escrita por AliceFelton


Capítulo 26
Capítulo 26




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Acordei com Jack beijando meu pescoço.

– Bom dia, luz do dia. - sussurrou ele - Literalmente.

– Bom dia, Jack - ri

– Ei, os guardiões me chamaram. - disse ele - Eu vou ter que ir para lá.

– Me deixando pela manhã… - eu disse - Isso é moderno demais pra você.

– Eu vou voltar. - sorriu ele - Fala pra sua mãe que eu faço o jantar, ok?

– Ok. Ela vai amar. - ri - Ela acha que você foi a melhor coisa que já aconteceu comigo.

– Ela tem razão. - ele deu de ombros

– Você é muito irritante.

– Ei, sabia que hoje é exatamente o meio do inverno? - disse ele

– Para a sua informação, é meio do verão aqui. - eu disse

– E é por isso que eu vou ter que ir para o Hemisfério Sul. - disse ele

Dei de ombros.

– Você tem muito o que fazer mocinha. - disse ele - O Verão tem que ser espalhado.

– Eu já estou indo. - eu disso - Vou só…

– Comer antes? - riu ele - Eu já sabia.

– Vai logo! - ri - Pra poder voltar logo.

– Você me ama muito. - sorriu ele

– Eu tenho escolha? - ri

Ele riu e saiu do meu quarto.

Levantei e alisei meu vestido. Ele nunca amassava mas eu não conseguia perder a mania de alisá-lo, mesmo depois de todo esse tempo.

Desci para a cozinha e minha mãe estava lavando a louça.

– Oi mãe. - eu disse

– Oi Lizzie - sorriu ela - Cadê o Jack?

– Ele teve que sair. Coisas com o Guardiões… - murmurei - Ele disse que faria o jantar.

– Eu amo esse garoto. - murmurou ela

– Eu sei. - ri

– Você vai sair hoje? - perguntou ela

– Vou - eu disse - Tenho que passear por um hemisfério todo.

– Boa sorte com isso. - disse ela

– Valeu. - eu disse - Quer alguma coisa de algum lugar?

– Chocolate?

– Eu passo na Suíça. - eu disse

Subi para o meu quarto e tirei minha roupa. Eu não precisava tomar banho mas era uma coisa que eu não tinha conseguido deixar de fazer. Enchi a banheira e entrei. A água não estava quente, mas eu podia ver o vapor saindo dela. Se eu ficasse mais de meia hora por lá, a água evaporaria.

Lavei o meu corpo e fechei meus olhos para relaxar. Jack tinha sido muito atencioso

nos últimos anos. Ele é, de longe, o melhor garoto que eu poderia ter arranjado.

Dei uma risada imaginando que ele me zombaria ao ouvir o que eu havia acabado de pensar.

Abri os olhos para sair da água e vi duas bolinhas na minha frente. Eram do tamanho de bolas de gude mas pareciam feitas de algum outro material. Uma era rosa claro e a outra era laranja.

Segurei as duas e as examinei. Não consegui descobrir do que eram feitas então as coloquei no chão, num lugar onde eu não pisaria.

Peguei minha toalha e me levantei. Em dois segundos eu já estava seca. Coloquei meu vestido novamente e fui para o quarto de Peter.Entrei lá e ele estava acordado.

– Bom dia raio de sol. - sorriu ele

( Todos adquiriram hábitos de me cumprimentar com coisas relacionadas ao sol e ao verão)

– Bom dia - sorri - Ei, Peter, eu achei duas bolinhas no meu banheiro. Por acaso são suas?

– Lizzie, deixa eu te explicar uma coisa. - riu ele - Eu tenho dezenove anos. Eu não deixo mais brinquedos espalhados pelo seu quarto. Você tem uma afilhada de oito anos, é mais provável que seja dela.

Olhei para ele e ri. Peter tinha se tornado um adolescente bonito. Os esportes e as línguas que ele fazia anteriormente tinham o transformado em um garoto interessante.

– Mas eu nunca vi essas bolinhas antes. - murmurei

Ele suspirou e levantou.

– Eu vou ver se são minhas. - disse ele

Segui ele até o meu quarto e entrei no banheiro para pegá-las. Elas estavam no mesmo lugar onde eu tinha deixado, mas estavam do tamanho de bolas de tênis. Peguei-as e mostrei para ele.

– Não, elas não são minhas. - disse ele e, vendo a minha expressão, acrescentou - O que foi?

– Elas eram do tamanho de bolas de gude. - eu disse

– Elas cresceram? - disse ele

– Elas não deviam ter crescido. - eu disse colocando-as na cama- Elas ainda não pararam de crescer. - disse Peter olhando para elas

Elas cresceram até o tamanho de duas bolas de praia e pararam.

– Isso pode ser alguma coisa do Jack - disse ele

Eu ia responder mas as duas bolas estouraram e revelaram dois bebês.

– Isso é, definitivamente, coisa do Jack. - riu Peter

– Peter! - exclamei - Como isso aconteceu?

– Eu não sei! - disse ele - Talvez pelo modo tradicional.

– Eu preciso falar com o Jack.

Peguei o telefone e disquei o número de Bea.

– Bea! - eu disse assim que ela atendeu - Eu preciso que você traga a Gabi aqui agora.

Desliguei o telefone e suspirei.

– Ei, fica calma. - disse Peter - Você não vai ser uma mãe adolescente. Opa, vai ser sim.

Dei uma risada e bati nele com o telefone. Abri meu armário, peguei duas bonecas que eu tinha quando era pequena e tirei suas roupas. Não eram exatamente do tamanho dos bebês mas, pelo menos, eles não ficariam com frio.

Sentei na cama e segurei os dois bebês. Eles estavam calmos e dormindo. Eram um menino e uma menina. O garoto tinha cabelos ruivos e uma expressão calma enquanto dormia. A garota sorria dormindo e tinha cabelos incrivelmente loiros, só não chegavam a ser que nem os do Jack.

– Eles são lindos, Lizzie. - Peter sorriu

– São. - eu sorri

– Nem parece que são seus. - zombou ele - Brincadeira.

– Obrigada - bufei

Ouvi a campainha e ouvi a voz de Bea cumprimentando minha mãe. Também ouvi a voz de Gabi. Elas subiram as escadas e vi o rosto preocupado de Bea.

– O que foi? - perguntou ela

– Oi Tia Lizzie - disse Gabi me abraçando

– Oi meu amorzinho. - sorri

– De quem são essas bonecas? - sorriu ela inocentemente

– Na verdade, eles são de verdade. - ri

Bea me encarou. Ela estava com vinte e cinco anos. Seu cabelo estava mais curto do que ela usava na adolescência e suas roupas eram mais sérias. Ela havia crescido.

– Deixa eu advinhar. - sorriu ela - Aconteceu?

Dei de ombros e segurei o choro. Ela me abraçou.

– Está tudo bem. - disse ela - Você não é uma mãe adolescente, por dentro.

Ri.

– Posso usar a Gabi para chamar Jack? - perguntei

– Pode - riu ela

Todas as crianças podem chamar os Guardiões, Gabi tinha um conexão ainda mais forte por ser nossa afilhada.

– Ei Jack. - eu disse no ouvido dela - Eu preciso que você volte aqui pra casa agora.

É importante? ouvi a voz dele na minha cabeça

– Muito - sussurrei

Contei até dez mentalmente e ele estava na janela.

– O que foi? - perguntou ele

– A gente vai lá pra fora, Lizzie. - disse Bea puxando Gabi e Peter.

Assenti e abracei Jack.

– O que foi? - perguntou ele beijando meu rosto.

Olhei para a cama e ele seguiu meu olhar.

– Eles são nossos? - disse ele

– São. - sorri

– Lizzie, isso é maravilhoso. - disse ele me beijando - E mais uma vez, fizemos o impossível.

Ele pegou os dois no colo e sorriu.

– Eles se parecem comigo? - perguntou ele

– Um pouco. - ri

– Você já pensou em algum nome?

– Eu pensei em Augustus e Posy. Augustus me lembra Autumn, o outono, e ele tem os cabelos laranjas como as folhas que caem no chão. Quando ele estava dormindo ele estava tão calmo, como se fosse feito pra dormir, assim como as árvores que vão dormir no outono. Posy significa ramalhete de flor e ela me lembra a primavera, com seu cabelo claro e a pele lisa como uma pétala de flor.

– São nomes perfeitos. - sorriu Jack

Então eles abriram os olhos.

Eu não sei descrever como foi a sensação de olhar nos olhos dos dois pela primeira vez, os olhos de Augustus eram castanhos como os meus, os de Posy eram azuis como os de Jack. Foi um momento lindo.

Até eles começarem a chorar.

– Não, não. - eu disse pegando a garotinha. - Mamãe e papai estão aqui com vocês.

– A gente ama vocês. - disse Jack

Ao ouvir isso eles pararam de chorar e deram risada. Ri ao rir a risada deles e Jack riu ao ouvir a minha. Abracei ele, com os pequeninos no nosso colo.

– Ei, eu vou ficar aqui hoje. - sussurrou ele - Mas amanhã eu vou ter que passar o dia com os guardiões, tudo bem?

– Tudo - sorri

– Vamos mostrar eles para a sua família? - sorriu ele

– Vamos. - eu disse sorrindo

Ele abriu a porta do quarto e descemos para a cozinha. Minha mãe ficou em prantos quando nos viu entrar. Demorou uns dez minutos para conseguirmos acalmá-la. (Detalhe: demorou menos para acalmar os bebês.)

– Eu tinha esperança de que isso ia acontecer algum dia. - sorriu ela secando as lágrimas

Jack beijou minha testa e ouvimos o barulho de carro.

– Deve ser a Carol. - disse Peter - Chegando do emprego novo dela.

– Ela está tão irritante. - eu disse

– Não falem assim da sua irmã.

– Eu falo! - ri - Ela vai chegar falando de como a chefe dela é uma piranha ou que a máquina de cappuccino do quinto andar é deliciosa.

– A máquina ou o cara que fica na máquina? - riu Peter

Ri e ou vi ela abrindo a porta. Carol também tinha crescido. Tinha trocado as calças Jeans por ternos femininos que eram obrigatórios no novo emprego.

– Oi gente - disse ela entrando na cozinha. - Por que está todo mundo aqui?

Ela olhou para mim e Jack e arregalou os olhos.

– Bebês. - disse ela - De quem são esses bebês?

– Da sua irmã. - disse minha mãe sorrindo

Carol sorriu e abraçou a gente.

– Vocês são dois otários! - disse ela secando as lágrimas - Ficam fazendo essas coisas impossíveis!

Ri e me aninhei em um dos braços de Jack, o outro estava ocupado por Gus.

– Quais são os nomes? - riu ela

– Augustus e Posy. - sorri

– Eles se parecem muito com vocês. - disse Peter.

– Obrigada - sorri

Peter piscou pra mim.

Ouvi passos perto do portão e sorri para Bea.

– Dave chegou. - eu disse

Ela foi abrir a porta e Dave apareceu sorrindo, trazendo duas embalagens de presente.

Ele veio correndo me abraçar e depois abraçou Jack,

– Eu não acredito nisso. - disse ele sorrindo

– Nem eu - ri

– Eu trouxe isto. - disse ele - Bea me contou e pediu para eu vir para cá.

Peguei o presente que ele estava me estendendo e tirei uma bonequinha de pano rosa. O presente que estava com Jack tinha um bonequinho laranja.

– Foi uma bela coincidência. - disse Dave - Eram os dois últimos da loja.

– Eles são ótimos, Dave. - sorri - Obrigada, a vocês dois.

– Vocês deram a primeira boneca da Gabi, achamos justo fazermos o mesmo.

– Falando nisso, - disse Jack - A gente quer que vocês sejam os padrinhos.

– É sério? - sorriu Bea

– Claro - ri

– Nós somos os padrinhos dos filhos de Jack Frost e Alice Summers. - disse Dave - Zeramos a vida.

Ri e vi que Posy havia dormido outra vez.

– Eu vou levar ela la pra cima. - eu disse suavemente

– Gus está quase dormindo também. - disse Jack - Vamos subir.

Saímos da cozinha e ele me deu um beijo.

– Voltamos pra adolescencia? - ri

– Nunca saímos dela. - disse ele

Subi as escadas e coloquei ela na minha cama.

– Precisamos sair para comprar roupas para eles, um berço, fraldas. - murmurei

– Bom. - ouvi alguém dizer - Nós viemos te poupar te todo este trabalho.

Olhei para a janela e vi os Guardiões entrando. Ele vieram correndo nos abraçar.

– Eu não acredito! - sorriu a Fada - Eu vi que estavam chegando bebês diferentes mas eu nunca ia imaginar que eles eram de vocês.

– Demoramos para chegar porque tivemos que passar la na fábrica. - disse Norte segurando dois berços. - Esses são meu presente para vocês.

– Eles são lindos, Norte. - sorri - Muito obrigada mesmo.

– Não foi nada. - disse Norte - Podemos pegar eles?

– Claro - ri - Fiquem a vontade.

Ele, Fada e Sandy correram para pegar os bebês e eu encostei em Jack.

– Quem diria, Frost. - disse o Coelhão. - Aquele garoto irritante que só sabia fazer nevascas desnecessárias agora é pai.

– É - suspirou Jack - Olha onde eu estou agora.

– Parabéns. - disse o Coelhão - De verdade.

Jack sorriu e enfiou o rosto nos meus cabelos, me fazendo cócegas com a sua respiração.

– Você deu um belo jeito nele, Lizzie. - disse o Coelhão

– E você vai dar um belo jeito nas crianças quando eu e o Jack não aguentarmos eles brigando em manhãs chuvosas.

– Pode deixar. - riu ele - Vai ser páscoa todos os dias.

Ri.

Jack saiu de casa na manhã seguinte antes que eu acordasse. Eu esperei que ele voltasse à noite mas ele não o fez. Nem no dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

AE GENTE, FICOU ENORME AI EU RESOLVI DIVIDIR EM DOIS... OU SEJA, ESSE É O PENULTIMO. BEIJOS, DESCULPA A DEMORA E POOOOOR FAVOR, DEIXEM REVIEWS.



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