Let It Snow escrita por AliceFelton
– Ah não. - eu disse - Eu tenho que ligar pra ela.
– O que você vai falar? - perguntou Jack - Ei, a Fada do Dente passou aqui e nos avisou que você está grávida!
– Eu não sei o que vou dizer Jack - eu disse duramente - Eu só sei que ela é minha melhor amiga e vai ter um bebê.
– Você disse que estava tudo bem com isso. - disse ele
– Está tudo bem para mim, mas o bebê é dela. - eu disse
– Mas não pira, ok? - perguntou ele
– Na verdade, Jack - disse a Fada - Eu acho que a Alice deveria ligara pra ela.
– Você também? - perguntou Jack
– Ela precisa de apoio - disse a Fada - Mesmo sem saber.
– O que a gente pode fazer? - suspiro
– Eu tenho uma ideia - disse ela- Mas vocês não precisam topar.
Eu e Jack nos entreolhamos mas ela continua.
– O fato é que Bea está envergonhada. Não só com a gravidez mas o que ela fez pra tudo isso acontecer. Ela não vai te contar tão cedo, Alice, até ela saber que você não vai julgá-la.
– Eu não vou! - exclamei
– Prove isso para ela, não pra mim. - disse ela
– O que você quer dizer com tudo isso? - perguntou Jack
– Não é óbvio? - perguntou ela - Ligue para ela, ela tem dentista hoje. Combina com ela depois do dentista. Mas por alguma razão desconhecida, o dentista é cancelado e ela vem pra cá. Como ela sempre entra sem bater na porta, vai ser fácil ela pegar vocês.
– Pegar a gente fazendo o que? - perguntei
– Só tira uma peça de roupa de cada e faz cara de envergonhado. - disse ela
– Você é a Fada do Dente! - disse Jack - Como você bolou um plano desse?
Ela deu de ombros.
– Você acha que vai dar certo? - perguntei
– Acho que sim. - disse ela - Tenho que ir, beijos para os dois. Liga pra ela e combina depois do dentista que eu faço a minha parte.
Ela saiu voando e eu encarei Jack.
– Liga pra ela - sorriu ele
– Você está gostando dessa ideia, Frost! - cruzei meus braços
– Por mim tanto faz. - mentiu ele dando de ombros e rindo.
Peguei o telefone e disquei o número de Bea.
– Oi - eu disse assim que ela atendeu. - Vem aqui pra casa.
– Tenho dentista Lizzie, quando terminar eu vou direto para aí ok? - disse ela
– Tudo bem, vem assim que puder. - eu disse
Desliguei e olhei para Jack.
– Agora a gente espera. - eu disse - Como a Fada vai desmarcar o dentista dela?
– Ela é a Fada do Dente - disse ele - Ela consegue desmarcar um dentista.
– Faz sentido - ri
– Faz - disse ele
Vi que me celular começou a vibrar na cômoda, era Bea ligando.
– Deixa tocar - Jack disse - Estamos ocupados.
Ri e alguns segundos depois que parou de tocar, vi que ela tinha mandado uma mensagem.
" Sortuda, o dentista cancelou. Estou indo."
– Ela está vindo - eu disse - A gente tem uns 10 minutos. Quando você ouvir ela chegando, você me avisa.
– Tudo bem. - disse ele suavemente
Ele tirou a camiseta e chegou perto de mim.
– Por favor, não faça nevar. - sussurrei
Ele me segurou e me deitou na cama.
– Ela já entrou no quarteirão. - disse ele concentrado.
Assenti com a cabeça e observei seus lábios. Eu não acredito que tinha conseguido ficar perto de Jack todo esse tempo sem agarrá-lo. - Ela vai entrar agora. - sussurrou ele
Escutei o barulho da porta e beijei Jack.
Ele foi pego de surpresa mas logo assumiu o controle, colando nossos corpos. Ouvi Bea subindo as escadas e agarrei os cabelos de Jack. Ele levantou um pouco da minha camiseta e suspirou. Ele estava fazendo muita força para conter a neve.
A porta abriu e Bea entrou.
– Wow - disse ela - Desculpa gente.
Eu e Jack nos separamos ofegantes e olhamos para ela. Tirei minhas pernas de cima de Jack e ele abaixou minha camiseta.
– Como foi o dentista? - perguntou Jack com ironia
– Se você atendesse o telefone, Alice, saberia que foi cancelado. - disse ela - E seu short está aberto.
Olhei para Jack, irritada, mas ele desviou o olhar rindo.
– Eu estava prestando atenção em outra coisa. - suspirei
– Desculpa - disse ela
– Tudo bem - eu disse - Prefiro você aos meus pais ou meus irmãos.
Ela riu.
– Cuidado com isso ok? - disse ela - Um bebê não é bem vindo agora.
– Eu gosto de bebês. - disse Jack
– Mas vocês tem dezessete anos!
– Antigamente, garotos de 15 anos já eram reis! - disse Jack
– Mas você não pode cuidar de um bebê agora Jack! - disse ela
– Mas quando e se a Lizzie ficar grávida, eu vou aceitar o bebê! Não vai ser uma coisa ruim. - disse ele - Imagina uma mini-Lizzie correndo por aí!
– Ou um mini-Jack - sorri
– Eu adoraria ter um bebê com você. - suspirou ele com olhos tristes.
Abri a boca para respondê-lo mas Bea começou a chorar.
– Jack, não é bem assim. - disse ela - Eu não tenho um namorado. O pai da criança foi um erro, eu nunca deveria ter ficado com ele. Meus pais vão me matar e eu não vou poder ir pra faculdade.
– A gente vai conseguir, Bea - suspirei e abracei ela - Vai ficar tudo bem.
– O Dave já sabe? - perguntou Jack
– Não. - disse ela - Eu acabei de descobrir.
– Quer que eu ligue pra ele? - ele perguntou
– Tudo bem. - disse ela - Eu vou ter que contar pra ele.
– É dele mesmo? - perguntei
– Só pode ser - disse ela dando de ombros.
– Boa Bea - disse Jack - De primeira. Bum. Grávida.
– De segunda. - disse ela
Arregalamos os nossos olhos e ela deu de ombros.
Jack pegou o telefone e pediu para Dave encontrar com a gente na minha casa. Em menos de vinte minutos, ele chegou.
– O que foi? - sorriu ele ao entrar no meu quarto
– A gente precisa conversar. - disse Bea
– Ok - disse ele
Eu nunca tinha percebido o quanto Dave parecia gostar de Bea. O seu corpo estava diferente, como se estivesse puxando por ela. E seus olhos estavam tão suaves, como se pudesse olhá-la para sempre.
– A gente sair daqui. - disse Jack
Ele me puxou pro quarto dele e eu abracei ele.
– A gente nunca vai ter um bebê, né? - eu disse com a voz fraca
– Não Lizzie, não vai. - disse ele - Mas não se preocupa com isso. Quando a gente se formar, você vai pra uma faculdade e vai conhecer um cara muito legal. Ele vai amar fazer tudo o que você gosta e vai te dar quantos bebês você quiser!
– Jack... - eu disse
– E eu prometo que não vai nevar no aniversário deles. Quer dizer, só em um. Eu ganhei aquela aposta.
– Jack - repeti - Você ficou doido?
– Eu só estou sendo realista Lizze. Eu sou história para criança dormir e logo, você não vai ser mais criança.
– A gente vai achar algum jeito. - eu disse
– Não vamos discutir isso agora, Wendy. - disse ele - Mas o Peter não cresce e você sabe disso.
Abri a porta e deixei ele parado lá. Espiei pela fresta da porta do meu quarto e vi que Dave e Bea estavam se beijando apaixonadamente. Sorri e me virei para trás, Jack, obviamente, estava ao meu lado.
– É lindo, não é? - disse ele
– É - eu disse sem olhar em seus olhos.
– Ei - disse ele - Me desculpa por ter falado aquilo, eu acho que só estou com ciúmes dos dois. Por serem normais.
Beijei seu nariz.
– Vamos ficar bem. - eu disse
Ele concordou com a cabeça e me beijou.
– Hã, vocês podem entrar, se quiserem. - disse Dave parado na frente da porta.
Me afastei de Jack e entrei no quarto. Dave sentou ao lado de Bea, silenciosamente, e percebi que ele segurava a mão dela.
– Como foi a conversa? - sorriu Jack encostando no batente da porta.
Dave bufou.
– Foi bem legal - disse ele - Não é necessariamente um problema.
– Vocês vão ser ótimos pais. - eu sorri
– Nada está certo. - disse Dave - A única coisa que a gente sabe de verdade é que vocês vão ser os padrinhos, se quiserem.
Sorri para Jack, que respondeu:
– A gente adoraria.
– Bom - eu disse - Temos novidades também
– Temos? - perguntou Jack
– Vamos fazer uma peça de teatro. - eu disse
– É sério? - perguntou Dave
– É - disse Jack - A Lizzie que escreveu.
– Wow, isso é muito legal, Lizzie. - disse Dave - Eu não sabia que vocês dois gostavam de teatro.
– A gente adora - disse Jack com ironia
– Ok então - disse Dave - A gente tem que ir.
– Onde vocês vão? - perguntei
– A gente não sabe. - disse Bea - Talvez assumir para os nossos pais que estamos juntos, antes de soltar a bomba.
– Boa sorte - eu disse e abracei ela - Vai ficar tudo bem.
Ela olhou para Dave e sorriu.
– Eu sei.
Ele saíram e eu abracei Jack.
– Eles cresceram tão rápido. - eu disse
– Vão trocar a gente pelo pimpolho que vai nascer. - brincou Jack
Ri e olhei nos olhos dele.
– Tem uma vantagem nesse negócio de nunca ter bebês. - sorri
Ele riu e me agarrou, mas me soltou poucos minutos depois.
– Seus pais - disse ele
– Certo - eu disse me aprumando - Minha mãe vai contar pro meu pai assim que eles se encontrarem. Boa sorte.
– Não preciso de sorte. - riu ele
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Me deixem reviews que eu to triste, beijo!