Passaram-se algumas horas. Carlos Daniel e Paulina ainda estavam dormindo, abraçados um ao outro. Com um leve trovão que desceu por aquela gigantesca tempestade, Carlos Daniel acordou. Paulina, acostumada com as tempestades, nem se moveu. Ele com todo o carinho do mundo, afastou seu corpo do dela, deixando-a aconchegada entre os travesseiros e cobertas vermelhas.  Ele percebeu que o fogo da lareira que aquecia o quarto havia apagado, deixando o quarto completamente frio. Ao tocar as costas de Paulina que estavam descobertas, sentiu sua pele úmida e fria. Aquele ato de tanto amor e desejo havia ensopado sua pele de suor, e com o frio que havia tomado o ambiente, ela estava completamente gelada. Carlos Daniel Levantando-se vai em direção ao baú com cobertas, pega alguns edredons e acolchoados e coloca sobre o corpo da amada que levemente abre os olhos, sussurrando algumas palavras.

-Amor, aonde você vai?

Carlos Daniel senta-se ao lado da cama acariciando os cabelos de Paulina e a ajeitando nas cobertas, deixa apenas sua cabeça fora delas.

-Eu só vou tomar um banho... –Ele aproxima-se do ouvido dela -você acabou comigo...

Paulina não teve forças para brigar com ele por usar aquelas palavras que a envergonhavam. Estava muito sonolenta e cansada.

-Eu já volto. Dorme mais um pouquinho, ok? Te amo...

Ela balança a cabeça concordando. Carlos Daniel a beija na bochecha com leveza, Ela fecha os olhos e em questão de segundos cai em um sono profundo. Estava completamente exausta.

Carlos Daniel vai para o banho. Ele também estava cansado, aquela manhã de provocações e a tarde de amor, haviam acabado com ele.  O banho foi demorado. Ele tentava relaxar seu corpo ao máximo. Deslizando o sabonete pelo seu peito másculo e completamente perfeito, lembrava as caricias das mãos da amada percorrendo seu corpo.

Ele não imaginava Paulina daquela maneira, pelo menos não ainda. Aquelas imagens gravadas em sua mente da esposa vestindo lingerie vermelha, possuíam sua cabeça. Ela era linda, perfeita.

Ele não pode deixar de comparar em seus pensamentos: “Paulina mesmo assim, provocativa, jogando comigo, é totalmente o inverso de Paola. Eu sempre pensei que Paola fazia amor comigo, mas hoje sem duvida alguma sei que ela apenas transava para saciar-me. Paulina é perfeita, seus olhos me transmitem uma mescla de sentimentos incrível, Ela me transmite desejo, amor, paixão, tudo em um simples olhar. Eu não preciso fazer amor com ela para senti-la minha, sentir prazer. Um simples abraço me basta. Mas diante daquele corpo perfeito, daquelas curvas excepcionais, ah e que curvas, é impossível não querer ama-la centenas de vezes. Como eu amo essa mulher. Ela é meu tudo, minha vida. Definitivamente, sem ela não sobreviveria.”

Carlos Daniel desligou o chuveiro. Vestiu um roupão e foi para o quarto. Chegando lá, observou Paulina acordada. Ela, com o pensamento distante, nem se quer se deu conta da presença dele ali. Carlos Daniel encostou-se a parede e começou a admira-la. Aquele era um ato que ele jamais cansaria de repeti-lo. Nos lábios da amada esposa havia um pequeno sorriso, que o deixou curioso para saber o motivo.

Paulina havia sonhado com uma gravidez. No sonho, não sabia que era a mulher grávida que via.  Sua barriga estava linda, parecia estar com aproximadamente 8 meses. As mãos daquela mulher percorriam cada cantinho daquele ventre, acariciando-o ansiosamente pela chegada do seu bebê. Ela vestia um leve vestido de cor amarelo claro. Nele havia pequenos detalhes florais, dando um tom de delicadeza e romantismo. Aquela mulher parecia estar em um quarto. De repente ela escuta o som da porta, alguém havia adentrado o ambiente. Aquela Pessoa que acabara de Entrar, lhe abraçou pelas costas, depositando suas mãos sobre aquela bela barriga. Ele caminhou com a mulher até a frente do espelho, onde Paulina percebeu que aquele casal era nada mais nada menos que ela e Carlos Daniel.

Como se uma leve brisa dos anjos tocassem seu rosto, Paulina despertou. Demorou alguns segundo até raciocinar aquele belo sonho. Ela estava confusa. No fundo seu instinto materno já aflorava. Ela sabia que tinha todas as possibilidades daquele pequeno ser estar se formando em seu ventre, mas também tinha medo de criar falsas esperanças e tudo passar de um sonho bobo.

Carlos Daniel, percebendo o quão longe os pensamentos dela estavam, a puxou de volta para a realidade.

-Descansou vida minha?

Ela demora a escuta-lo.

-Ah?

-Onde você estava com esses pensamentos hein?

-Em um lugar maravilhoso. -Ela sorri com firmeza e felicidade.

Carlos Daniel vai até a cama e aproxima-se dela, alisando suas pequenas curvas faciais.

-Posso saber que lugar é esse?

Ela coloca a mão sobre a de Carlos Daniel.

-Ainda não...

-Mas por quê?-Pergunta ele fazendo um beicinho triste.

-Não seja bobo, -Ela sorri. –No momento certo te contarei, só não quero criar falsas esperanças.

-Hum... Tudo bem.

Carlos Daniel levanta as cobertas e deita-se próximo a ela. Quando vai puxa-la para si, Paulina levanta da cama, enrolando-se em um lençol.

-Aonde vai meu amor? –Pergunta ele intrigado.

-Vou fazer o mesmo que você! –Diz ela correndo em direção ao banheiro.

Carlos Daniel fica observando o estado em que ficou o quarto após aquele ato de amor selvagem, porem extremamente amoroso.

Havia coisas espalhadas pelo quarto inteiro.  A lingerie que a amada usava estava uma parte em cada canto do quarto. Os objetos que estava sobre a penteadeira foram arremessados para longe. A bagunça no local era enorme.

Carlos Daniel levantou-se e rapidamente ajeitou um pouco daquela baderna toda. Recolheu as roupas e ajeitou os objetos sobre o móvel.

Novamente deitou-se e ligou para a cozinha do restaurante do hotel, pedindo que levassem um belo jantar até o quarto.

Aquela era a última noite do Casal no hotel. Carlos Daniel queria que mesmo com aquela chuva toda, fosse uma noite maravilhosa.