A noite passou como um piscar de olhos. Logo o dia amanhecia. O dia estava frio e chuvoso, uma névoa negra cobria a cidade, mostrando que uma grande tempestade se aproximava.

Ao escutar o som forte da chuva que batia intensamente contra os vidros do quarto, Carlos Daniel acabou acordando. Eles estavam deitados da mesma maneira que dormiram. O Cansaço naquele dia havia sido tanto, que o casal caiu em um sono profundo.

Carlos Daniel, sentindo o corpo da amada contra ele, permaneceu imóvel. O roupão que Paulina vestia havia aberto durante a noite. As mãos de Carlos Daniel estavam na cintura da esposa, ele sentia sua pele macia e quente. Com as mãos tocando o ventre da amada, era impossível não lembrar daquilo todas aquelas frases trocadas no dia anterior. Imaginar o fruto daquele amor crescendo dentro de sua esposa, deixava Carlos Daniel com cara de bobo. Ele sabia que aquele pequeno ser já tinha possibilidades de estar crescendo, mas mal sabia ele que ele já estava lá, sendo cuidado e protegido pelo corpo de Paulina.

Carlos Daniel começou a acariciar a barriga de Paulina imaginando como ela iria ficar mais linda gravida. Ela, ao sentir as mãos quentes do amado percorrendo seu abdômen, acordou. Suavemente abriu os olhos e suspirou.

-Bom dia meu amor – Disse Carlos Daniel percebendo que a amada havia acordado.

-Oi meu amor, bom dia. –Disse Paulina colocando suas mãos sobre as de Carlos Daniel.

-Dormiu bem minha vida?

-Como não dormiria? Dormir e acordar em seus braços é maravilhoso. –Disse paulina alisando as mãos do amado que permaneciam em sua barriga.

Carlos Daniel beija o pescoço de Paulina.

-Sabe o que estava pensando meu amor? –Diz Carlos Daniel virando Paulina de frente para ele.

-Nem faço ideia meu amor... diga-me. –Disse Paulina colocando seu olhar de encontro com o do esposo.

-Você vai ficar ainda mais linda gravida sabia? –Carlos Daniel sorri e encosta sua testa na da amada.

Paulina ri.

-Será? –Pergunta ela acariciando os cabelos de Carlos Daniel.

-Tenho certeza.

Carlos Daniel sentasse na cama e olha para a amada. Ela estava deitada de costas na cama, com uma das pernas ligeiramente encolhidas. Seu roupão estava um pouco aberto, deixando visível um pouco de seus seios e abdômen. Seu olhar permanece nela.

Paulina fica intrigada com a maneira que ele a olhava.

-O que foi meu amor? Por que me olhas dessa maneira.

Carlos Daniel fica alguns segundos em silêncio e pega a mão de Paulina.

-Você já parou pra pensar mesmo, que nosso pequeno presente pode estar ai, dentro de você? –Diz ele com um olhar de “Pai bobo.”

-Sim meu amor, já pensei sim. Mas não alimente faltas esperanças... assim como pode estar, pode ainda não estar. –Diz Paulina com um leve sorriso ao amado.

-Deixe-me ver.

Carlos Daniel deita-se sobre o ventre de Paulina, colocando seu ouvido sobre a barriga da amada, fazendo-a rir e uma pequena lágrima descer de seus olhos.

-Não seja bobo Carlos Daniel! –Disse Paulina rindo da maneira como Carlos Daniel agia pelo simples fato de sonhar com um bebê.

-Shiiii! –Diz Carlos Daniel sem se mover. –Eu estou me comunicando com ele, fique quietinha ai..

Paulina começou a rir novamente e lagrimas de felicidade escorreram pelo seu rosto novamente.

-Viu filho, sua mãe não fica quieta e não deixa agente conversar. –Disse Carlos Daniel com uma voz infantil,  levantando a cabeça e olhando para a barriga de Paulina.

Ela sorriu para ele e buscou seu olhar.

-Eu te amo Carlos Daniel, te amo tanto.

Carlos Daniel deu um leve beijo na barriga da amada e colocou seu olhar de encontro com o dela.

-Eu também te amo minha vida, tu és minha alma, meu ar...

Carlos Daniel sobe o corpo deitando ao lado da amada apenas trocando um beijo com o olhar. Seus lábios levemente foram se buscando, tentando se encontrar. Não demorou, Logo aqueles lábios apaixonados começaram a se encaixar, fazendo um encaixe perfeito. Um lindo e apaixonado beijo se formou. Foi um beijo curto, porem terno e carregado de amor.

As mãos de Carlos Daniel começaram a acariciar o rosto de Paulina e logo foram descendo despindo os ombros da amada. Paulina colocou a mão na nuca de Carlos Daniel, e lentamente o puxou para ela, fazendo-o beija-la com leveza. Rapidamente o beijo tornou-se apaixonado, os fazendo perder o ar, e deixando a vontade de amar consumi-los.