Parecia Que o tempo não passava. A ansiedade de Carlos Daniel só aumentava. Ele queria vê-la, admira-la, senti-la. Ele acabou deitando-se na cama enquanto a esperava.

Paulina estava apavorada no banheiro. Ela queria demorar ao máximo no chuveiro para que Carlos Daniel se esquecesse da história da lingerie. Mas ela sabia que ele não esqueceria, acabou se conformando e desligando o chuveiro.

Carlos Daniel ao perceber q o chuveiro havia desligado sabia que o momento de tê-la ali estava mais próximo...

Paulina sabia que não havia problema algum em Carlos Daniel vê-la de roupas intimas, afinal por debaixo delas, ele já a conhecia por inteira... Paulina abriu a caixa e foi ver o que havia exatamente dentro dela. Dentro da caixa havia quatro lingeries, todas diferentes uma da outra.

A primeira era vermelha. Era um conjunto, uma calcinha bem transparente e um sutiã todo vermelho com flores apedrejadas.

A Segunda era Rosa. Era um espartilho com rosas de renda apedrejado. A Calcinha era rosa também, com lacinhos, rendas e fitas. Não era muito ousada, porem muito charmosa.

A terceira era Branca. Era simplesmente sensual, era quase invisível de tão transparente que era, a única coisa visível era as pedras e os detalhes em dourado.

A quarta era preta com detalhes em onça. O sutiã era todo bordado e desenhos em onça faziam um charme, a calcinha era totalmente com estampa de onças, nela haviam fitas em preto, a qual se amaravam ao lado da cintura.

Paulina ficou um pouco assustada com o que viu, não a imaginava vestindo aquilo, mas ela queria muito agradar o marido e acabou escolhendo a segunda, a lingerie rosa. Era de um tom rosa bebê, um pouco mais escuro. Entre as quatro, a que mais fazia o estilo de Paulina sem dúvidas era a rosa, e também ela esconderia um pouco mais de seu corpo.

Ela teve um pouco de dificuldade de vestir a lingerie, ela nunca tinha usado nada assim. A Calcinha era prendida a cintura com uma fita, parecida com fita mimosa, porem mais larga. Já o espartilho foi mais difícil, ele era fechado pela frente, ele era todo fechado apenas com fitas. As tiras de fitas eram transpassadas por pequenos elos, que ao puxar, apertavam o espartilho contra o corpo. Paulina demorou para conseguir encontrar todos os minúsculos elos. Ao terminar de fechar o espartilho, era notável até a ela mesma a beleza como tinha ficado aquela peça sensual ao seu corpo. Sobre o espartilho, ainda havia um pequeno bolero de mangas curtas que cobria apenas os ombros. Ele era todo de uma renda floreada em rosa, era bem transparente e com algumas pedrinhas em tons claros, como bege e pérola.

Carlos Daniel não aguentava mais a espera, estava até ficando preocupado...

-Meu amor esta tudo bem? Perguntou Carlos Daniel a chamando.

Paulina consegui responder apenas uma palavra.

-Sim!

Carlos Daniel se contentou com aquele ‘sim’. Sabia que ela estava demorando por sua causa, e que logo a teria ali, perfeita.

Paulina estava com borboletas passeando pelo seu estômago. Nunca tinha se sentido assim antes. Já que aquela situação já era inevitável, Paulina resolveu embarcar nela com vontade. Colocou o perfume mais cheiroso que ela tinha. Um perfume floral, que desde que estava na mansão como a usurpadora, o usava e Carlos Daniel adorava. Resolveu também se maquiar. Aplicou uma leve camada de blush e um batom rosa Pink, deixando seus lábios volumosos e apaixonantes. Nos olhos uma leve sombra em tom rosa e perolado, fechou a maquiagem com perfeição.

Agora só o que faltava a ela era a coragem de ir para o quarto, e deixar que Carlos Daniel a admirasse de uma maneira diferente. Ela sabia que aquele momento seria único e que ficaria guardado na memória para sempre.