The Secret escrita por Secret Midnight


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bom, está é minha primeira fanfic no perfil, mas não é minha primeira fanfic que eu escrevo. Eu espero que gostem e o prólogo está meio...ruim, mas com o passar da fic melhorará, então espero que gostem.



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                                    Prólogo:

                          Continuando a viver.

P.O.V. Bella:


Fechei meus olhos com força e fiz uma careta ao sentir a mesa vibrar abaixo da minha mão.Respirei fundo e abri os meus olhos, encarando o meu pai. Seu punho ainda estava encostado na mesa, no lugar que eu acreditava que ele tenha socado. O rosto dele está contraído, e sinto meu coração aperta ao observar o quão mais velho ele parece do que realmente é. Seus olhos estão transbordando de emoções que eu gostaria de não perceber; preocupação, medo, raiva, frustração, desistência... Mordo o lábio inferior e pisco tentando evitar as lágrimas ao pensar o jeito que meu pai deve estar se sentindo, olho para minhas mãos atrás de algo para me distrair; elas são pálidas e com dedos longos, com uma cicatriz branca e fina, que brilha na luz do sol em um formato de meia-lua.
–Pai...-eu começo o discurso que repito quase todas as manhãs desde que todos aqueles problemas começaram. Meu pai levanta uma mão me pedindo para parar e eu me calo olhando novamente para ele. Sei que o que ele vai falar e sei que isso só vai piorar a ferida em mim.
–Não, Bella, sem desculpas- ele diz com a cabeça abaixa e eu posso sentir o verdadeiro remorso dentro de mim ao pensar o quão mau estou fazendo ao meu pai. Posso até sentir a dor que ele está sentindo, vendo a própria filha perdendo a vontade de viver, pelo fato de ter o coração partido, na verdade melhor dizendo, completamente destruído por causa de um garoto que foi embora... para sempre- Bella, você não está bem e ficar em Forks só irá piorar as coisas. Você sabe que isto é verdade, então não me venha com essa cara ou comece um dos seus discursos, mentindo para mim e para si mesma que está bem.
–Pai, eu estou bem, acredite em mim! E, além disso, eu não acho que me mudar para a casa da minha mãe ajudará- digo tentado colocar o máximo de persuasão na minha voz, como fazia quando eu era criança. Aquilo sempre ajudou quando eu queria convencer alguém de que não tinha feito algo ou teria feito algo.
Meu pai suspirou e olhou para cima, vi algo brilhar em seus olhos e mordi o lábio com força, ao perceber que eram lágrimas.
–Isabella- encolhi, sempre que ele dizia meu nome inteiro eu percebi que ele realmente estava falando sério, e eu realmente não estava preparada para algo sério- Você não come direito, você não dorme e só tem pesadelos, você não vive! Você nem fala mais com seus amigos, você os esqueceu! Entenda, Isabella, ele não vai voltar. Os Cullens foram embora e não voltarão.
As palavras derem perfuraram meu coração, e eu me senti sem fôlego , principalmente porque eu sabia que tudo aquilo era verdade e por isso aquilo me machucava mais que nunca. Fechei meus olhos e lutei contra as lágrimas, elas não ajudariam, nunca ajudaram e não iriam ajudar agora. Passo minhas mãos em meus cabelos, um ato que ganhei recentemente para quando fica nervosa e abro meus olhos encarando qualquer lugar e qualquer coisa, menos o meu pai. Respiro fundo e tento ver alguma maneira de sair daquela conversa, sem me machucar mais do que já estou por tão poucas palavras.
–Eu falo com meus amigos- eu digo a primeira coisa que vem em minha mente, e finalmente me obrigo a olhar para o meu pai. Ele está me olhando em algo entre cético e frustrado. Mordo o lábio e penso em algo ou alguém para me salvar daquilo- Ãnn... vou sair com... a Jéssica, nós vamos... ao cinema, comer algo fora...noite das garotas, sabe? No sábado.
–Isso é verdade?- perguntou meu pai, após alguns estantes de silêncio em que ele me olhava desconfiado. Assenti com a cabeça e vi seus olhos ganharem um pouco de brilho de esperança ao imaginar que talvez eu ainda tivesse salvação.- Então, tudo bem... noite das garotas, O.k? Este sábado?
–É- respondi começando a olhar avidamente para o meu prato de panquecas. Odiava mentir para Charlie e sabia que se ele olhasse em meus olhos saberia a verdade, e tudo que eu menos precisava agora era que ele começasse uma nova discussão sobre me mandar para a casa da minha mãe. Não que eu não ficaria feliz em ficar uns tempos com a minha mãe, mas era mais o fato de que eu poderia acabar trazendo uma nuvem carregada de tristeza para a vida dela que até agora era... perfeita. Charlie pelo menos não passava tanto tempo em casa e já estava um pouco acostumado, mesmo que eu também não me sentisse nada bem ao pensar o quão mau eu estou fazendo a ele. Meu Deus! Edward, o que você fez na minha vida?


Após algum tempo e muito mais feliz do que antes, meu pai terminou seu café da manhã e saiu para trabalha, me dando espaço para chorar e pensar no que estava acontecendo. Entrei em meu quarto e me senti na cama, abraçando meus joelhos e chorando até não ter mais lágrimas para isso. Aquilo já estava se tornando quase uma rotina desde a saída de Edward. Todos os dias eu chorava e a noite tinha pesadelos, onde eu o via me deixando o que antecipava outra roda de lágrimas a noite após a saída de Charlie depois de checar se eu estava bem. Passei a mão no meu cabelo e o senti em péssimo estado. Fiz uma careta e olhei para o meu espelho que estava coberto por um pano. Desde que "ele" foi embora eu perdi a vontade de viver, e o que era antes um simples caso de não se preocupar com a aparência se tornou algo preocupante.
Quase rio, com este pensamento. Minha aparência era o que menos me importava agora, eu tinha problemas maiores com a dor em meu peito ou o fato de eu sentir que meu coração estava se despedaçando aos poucos e que daqui algum tempo talvez ele nem mesmo existisse. Suspiro, era melhor não pensar nisso. Quanto mais penso, mais senti-me triste e mais lágrimas viram, e eu, como tenho a certeza que acontecerá, entrarei de volta ao meu estado quase morto.
Me levantou e vou até até cozinha. Não pense, não sinta, só faça! Usa a ordem que virou meu comando e manto da sorte desde que os Cullens se foram, quando pego o telefone da cozinha e digito com os dedos trêmulos o número da Jéssica.E se ela não aceitar?pergunta uma voz irritante na minha cabeça, enquanto seguro o telefone com a minhas mão tremendo. Bom, se ela não aceitar, será uma grande droga.
–Alô?
Engulo em seco, ao ouvir a voz da minha antiga amiga. Respirando fundo, eu me obrigo a falar.
–Oi, Jéssica. É a Bella. Bella Swan- eu digo agradecido por minha voz não ter soado trêmula ou mortalmente desesperada. O telefone fica em silêncio por um tempo agonizante e eu começo a sentir o aperto no meu coração doer cada vez mais. Se ela não aceitar, eu teria que sair de Forks.
–Oi, Bella, como vai?- sufoquei um suspiro de alívio ao voltar a ouvir a voz animada de Jéssica e sorri.
–Ãnn, bem... eu acho. Mas não foi por isso que eu te ligue...er...eu queria saber Jéssica...- sinto um nó em minha garganta dificultando a minha respiração e a minha fala e respiro fundo.Vamos eu preciso fazer isso- Se você está livre para sair no sábado? Sabe a gente podia ir no cinema, comer alguma coisa... que tal uma noite das garotas?
O telefone fica de novo mudo e o nó da minha garganta aumenta cada vez mais. Por favor que ela aceite, por favor, por favor...
– Ah... tudo bem, Bella- eu sinto um alívio em meu peito, mas a insegurança em sua voz não me deixa me sentir completamente bem- Mas, por que você quer sair, Bella?
Desta vez eu que fico muda. Por que eu quero sair? Bom, eu quero sair para não ter que me mudar de Forks, mas eu não posso contar isto para Jéssica, ela com certeza não faria nada de bom com essa informação. Suspiro, ao tentar imaginar porque eu gostaria de voltar a ser como antes...
Respiro fundo e respondo com a voz mais confiante que tive nesses meses:
–Eu quero voltar a viver.
 


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