Spilled Blood escrita por Bella Croswell Mikaelson


Capítulo 9
Capítulo 8 - Attitudes


Notas iniciais do capítulo

Volteiiiii com mais um capítulo revisado pela linda Izzy Ramos*--*
E obrigada a cada um de vcs que estão comentando, isso é mto importante para mim ;)



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OV Klaus

–Já amou tanto alguém a ponto doer? – Ela me perguntou com uma voz fraca e me olhando buscando compreensão.

–Sim, há muito tempo e depois ela morreu. – Eu disse me lembrando da primeira original, Tatia que havia me trocado por meu próprio irmão Elijah, mesmo se passando séculos eu ainda me sentia magoado por isso e quando olhava as cópias, Elena e Katherine era inevitável não reviver as lembranças do passado. – E passei a mesma coisa há pouco tempo atrás, foi um dos motivos para eu ter vindo para essa cidade – continuei me explicando a ela.

Caroline, a bela loira também havia me trocado e não era nem de longe por alguém no mínimo decente, era Tyler um verdadeiro inútil que sempre ousava me desafiar, eu deveria tê-lo matado na primeira oportunidade e evitar todo o caos, mas humilhá-lo dizendo que eu o deixo viver por pura pena era muito melhor, ele tendo que olhar para seu próprio reflexo no espelho e se lembrar que ele é um nada apenas uma de minhas marionetes e ter que conviver com aquilo todos os dias da sua miserável existência não tinha vingança melhor.

–Quem é a louca? – Ela disse de repente me tirando de meus devaneios e eu a olhei assustado sem entender e ela continuou – Você é uma boa companhia, é inteligente, legal e bonito.

Ela disse corando e me dando uma cotovelada de leve sorrindo e devolvi a ela o meu maior sorriso, a encarei por um instante e pousei meu braço direito em seus ombros como se a estivesse a abraçando.

–Você percebe que acabou de se descrever, não é?

Eu disse a querendo fazer entender que ela era muito mais do que achava ser e que não deveria ficar sofrendo por alguém que não a queria mais, pensei tentando me convencer também daquilo, e depois de Bella passar alguns segundos muda ela se jogou em meus braços e me deu um abraço apertado e caloroso do qual a tanto tempo eu não recebia, fiquei feliz com a atitude da humana e sorri a apertando ainda mais em meus braços.

Ficamos assim por algum tempo, eu sentindo o cheiro do perfume de seus cabelos eram de morango e tinham um aroma tão agradável, imaginei o gosto de seu sangue e agradeci aos céus por ter ido me alimentar mais cedo naquela manhã, a garota se desprendeu dos meus braços cedo demais e eu a soltei.

–Obrigada por isso, de verdade – ela me olhou verdadeiramente grata e então eu pousei minhas mãos em cada lado do seu rosto a segurando firmemente e ouvindo seu coração disparar e disse

–Você é muito especial Isabella, não aceite nada menos que isso. As pessoas sempre irão querer que você desista, que tal darmos a elas um pouco trabalho?

Ela assentiu e eu a soltei relutante, percebi que ela corava e dei um sorriso torto.

–Que tal assistirmos um pouco de TV? -Ela sugeriu procurando o controle remoto

–Pode ser, o que vamos assistir? –Eu perguntei a ajudando procurar o controle, encontrei debaixo de umas das almofadas e dei a ela que estendeu o braço para pegar.

–Obrigada, não sei ainda -ela disse incerta ligando o aparelho e procurando algo para se ver, após um tempo mudando de canal repetidas vezes a morena deixou numa série antiga I Love Lucy me lembrava dele havia sido febre na década de 50 e também porque eu havia experimentado o sangue de Lucille, a protagonista, uma vez em seu camarim antes da gravação do episódio, ela tinha um sangue horrível!

Fui tirado de minhas lembranças quando ouvi Bella gargalhar de uma das piadas que havia visto, após algum tempo eu a acompanhava gargalhando até mais do que ela, ficamos um bom tempo assim rindo com as peripécias dos personagens e me senti estranhamente feliz enquanto a isso já que esse era um prazer diferente da qual Caroline me proporcionava, a loira sempre achava um defeito em mim e não perdia a oportunidade de me humilhar se bem que eu não podia culpá-la eu estava querendo matar sua melhor amiga e todos daquela cidade infeliz.

Olhei o meu relógio e já eram 16:30 e achei melhor ir embora.

–Já está tarde, eu já vou indo e deixarei descansar – eu disse me levantando e ela me acompanhou

–Mais já? -Ela respondeu com um pouco de tristeza.

–Poderemos repetir isso quantas vezes desejar, que tal me dar o seu celular para mim marcar o seu número e vice-versa? –Sugeri em expectativa e ela não me decepcionou, seus olhos castanhos mostraram sua grande aprovação com o que eu tinha sugerido.

Ela pegou o celular do seu bolso e me estendeu, o peguei entregando o meu a ela e adicionamos nossos contatos nos celulares um do outro em silêncio e depois devolvemos os celulares.

–Bem, adeus e mande lembranças ao seu pai – eu disse e observei-a ficar tensa -Algum problema?

–Eu menti ao meu pai e hoje no interrogatório eu tive que dizer a verdade – ela me respondeu meio sem jeito e eu fingi que não sabia de nada, Bella não tinha contado ao pai que o canalha do Edward a havia abandonado no meio da floresta e ela tinha ficado perdida. – Charlie já havia me dito que se eu ficasse defendendo Edward ou continuasse triste ele me mandaria morar com a minha mãe na Flórida novamente.

Ela disse com a voz fraca procurando ajuda e sem saber o que fazer a respeito, não era tão difícil assim, o sr. Swan amava muito sua filha e não a mandaria ir embora assim, ele só estava a ameaçando para que ela mudasse de atitude.

–Então não fique triste, peça perdão ao seu pai pelo o que você fez e prometa melhorar. Você é uma garota jovem e bonita que tem toda uma vida pela frente e que não deve perder tempo de ser feliz, Charlie a ama e ele não irá deixa-la partir se você for sincera – Ela ouvia atentamente tudo que eu dizia e eu tive certeza que ela fazer o que eu havia dito.

–Sim, você tem razão e obrigada de novo, Klaus –Ela me olhava com admiração enquanto dizia. – O dia era para ser um verdadeiro inferno e você tornou tudo melhor.

–Fico feliz em poder te ajudar, também fiquei muito feliz por hoje. –Eu a encarei vendo ela abaixar a cabeça envergonhada e seus longos fios castanhos cobrirem seu rosto no qual ela os arrumou com delicadeza.

Fui em direção a porta e ela me acompanhou abrindo a mesma, me virei e disse.

–Não hesite em me procurar, não importa a hora ou o motivo. – Disse com convicção.

–Tudo bem e obrigada de novo. – Ela falava timidamente.

– Amigos são para essas coisas, não? –Eu disse sorrindo e sendo correspondido – Tchau, Bella.

–Tchau, Klaus.

Ela acenou para mim e eu fui em direção ao meu carro.

POV Bella

Observei o meu mais novo amigo partindo com seu luxuoso carro e depois entrei para dentro indo até a cozinha para preparar o jantar, abri a geladeira e peguei o arroz e o demais ingredientes e utensílios para fazer um arroz de forno. Fiquei ali por alguns minutos concentrada e depois coloquei a assadeira no forno e me dirige até a sala desligando a televisão e me sentando no sofá, peguei celular fuçando os contatos e chegando na letra K encontrei o número que eu tanto queria e lá está também o seu nome completo: Klaus Mikaelson.

Tinha sido um dia tão especial, eu estava tão feliz por ter alguém me compreendendo e não me julgando como a maioria fazia comigo nessas últimas semanas! Klaus me fazia bem, me fazia querer viver e ele era tão gentil e educado e por cima ainda estava me ajudando com meu pai! Meu pai, pensei por um instante e me lembrei da conversa que teria com ele mais tarde e resolvi que seria melhor eu seguir o que Klaus havia me aconselhado, fiquei pensando em como seria a conversa com Charlie até que ouvi um carro sendo estacionado, olhei a tela do celular 17:10, a cada segundo eu me sentia mais nervosa e meu coração acelerava cada vez mais.

Ouvi a maçaneta se abrir e logo Charlie entrara com uma cara nada agradável pendurando o seu casaco e continuando com sua arma, desde a partida de Edward ele nunca mais deixava a arma perto de mim provavelmente me achava com tendências suicidas, senti meu coração apertar com tanto sofrimento que estava causando nele e resolvi me pronunciar.

–Olá pai, o jantar já está quase pronto –O observei assentir com a cabeça e sentar em sua poltrona.

–Temos que conversar, sobre Edward, suas menti...

–Eu sei –O interrompi e continuei. – Pai, eu sei que tem sido difícil para o senhor me ver desse jeito é também sei que entende o que estou passando já que sofreu a mesma coisa quando Renée foi embora e me levou com ela. –Me levantei o encarando já com olhos marejados. – Hoje eu conversei com Klaus e ele me fez enxergar que não precisa ser assim, eu não preciso passar a minha vida num quarto fechado chorando, que eu posso ser feliz e que devo continuar com a minha vida independentemente dos acontecimentos. Eu sei que menti para o senhor e eu peço que me perdoe, eu não vou esquecer Edward de uma hora para outra, mas eu prometo mudar e eu quero tentar fazer que as coisas funcionem. Pai, eu só preciso de um tempo para me recuperar e por favor não desista de mim.

Acabei com meu discurso com as lágrimas já caindo, enxuguei as com a manga da blusa e encarei Charlie, ele também me encarava com os olhos marejados tentando controlar seus sentimentos pelo o que eu o conhecia e veio me abraçar, o abracei também e ficamos ali por um tempo, Charlie limpou a garganta desconfortável e me soltou e eu fiz a mesma coisa.

–É bom te ter de volta, garota –Ele disse desviando o olhar, mas senti uma pontada de felicidade em sua voz.

–Então eu vou poder ficar? – Hesitei por um momento.

–É claro que sim, afinal quem mais iria cozinhar nessa casa? –Ele disse gargalhando e eu o acompanhei até que me lembrei que nosso jantar estava no forno

–Ai meu Deus, esqueci o arroz de forno no forno! –E sai desesperada até a cozinha é enquanto meu pai ria e se recostava na pia, vi o nosso jantar e que dei graças por estar intacto.

–Nenhum dano, meu time foi perfeito – eu disse convicta colocando o jantar na mesa enquanto Charlie colocava os pratos e talheres.

–Então vamos comer, o dia foi muito exaustivo hoje. –Disse ele se servindo.

–Alguma novidade no caso? – Perguntei me servindo.

–O legista está tentando descobrir a identidade dos jovens agora, e temos aquele bando de abutres na cidade

–Jornalistas? –Ele afirmou com a cabeça engolindo a comida

–Chegaram logo depois de você e Klaus irem embora, como testemunhas eles irão querer vê-los, mas estou os afastando, não divulguei o nome de vocês a eles.

–Mas é questão de tempo até eles descobrirem, várias pessoas viram Klaus e eu chegando ontem à noite. –Eu disse um pouco nervosa.

–Ninguém chegará perto de você, garota, o que me faz lembrar que eu ainda não contei nada a Renée sobre isso.

– Fez bem e se ela ficar sabendo pelos jornais eu falo que não era eu ou algo do tipo, não quero preocupá-la.

Mudamos para assuntos mais leves até o resto do jantar, Charlie comeu mais dois pratos e eu fiquei fazendo algumas piadas com isso e rimos bastante durante todo o jantar. Fiquei grata a Klaus pelo conselho que havia me dado e procurei uma maneira de retribuir, mas não tinha ideia como... meus pensamentos foram interrompidos por meu pai.

–Então, você tem conversado com Klaus? Ele me parece um ótimo homem. –Ele dizia hesitante.

–Sim, ele é. –Respondi sem me comprometer.

–Talvez devesse sair com ele mais vezes. –Sugeriu me fazendo corar, – Ele me disse hoje que gostaria de ser seu amigo,

Um misto de nervosismo e alegria me invadiram, me levantei com o prato e talher os depositando na pia. Era isso mesmo ou eu estava enganada? Meu pai estava me dando uma indireta que gostaria de me ver com Klaus? Ou ele só estava tentando fazer eu esquecer Edward Independentemente com quem?

–Eu também gostaria disso, ele é bem divertido! –Corei ainda mais quando falei isso e comecei a lavar a louça suja.

–Fico feliz por isso, e quero que o ajude com tudo que precisar, está entendido? Ele é novo na cidade e você também já passou por isso.

–É claro, pai. –Comecei a ensaboar o prato que ele me deu e o olhei ir para a sala ligar a TV.

–Não estava nesse canal ontem. –Disse sem entender

–É que Klaus e eu estávamos assistindo I Love Lucy... – dei um sorriso amarelo e Charlie me olhou malicioso.

– Sei, fazia tempo que você não assistia comédia, quer dizer fazia tempo que você não assistia nada para falar a verdade. –Ele me olhou procurando entender minha súbita mudança.

–Eu te disse, Klaus me fez ver que ainda posso ser feliz e voltar a ser o que era antes.

–Então eu devo minha eterna gratidão ao mais novo morador de Forks, –Ele disse murmurando mais para si mesmo do que para mim e eu terminei de lavar a louça e disse à Charlie que iria tomar um banho, estudar e depois iria dormir.

Subi até o meu quarto e fiz tudo conforme o que havia falado para Charlie, resolvi abrir o meu e-mail e vi uma mensagem de Jacob de uns dois dias atrás e pensei nele, ele era um irmão que eu gostaria de ter tido e tê-lo ignorado não só ele, e sim a todos meus amigos, me fez sentir mal e responder sua mensagem.

Fui percorrendo todos os e-mails não lidos dos últimos 3 meses, vários de Renée, Phil, Mike, Jéssica, Eric e Ângela... mesmo inconsciente eu procurava alguma notícia de algum membro de uma certa família no qual não tinha nada, senti o coração apertar e logo tratei de responder o de Ângela.

Olá Angie, como você vai? Espero que bem, sei que não tenho me comportado bem nas últimas semanas e peço perdão por isso, é só que o rompimento com Edward me fez mal e eu não quero mais ficar de luto...

Nós vamos amanhã na trigonometria, tenha uma boa noite!

Bella

Fui me deitar pegando o celular, ainda eram 20:37 e, no entanto, eu já me sentia muito cansada, deitei na cama e me cobri, digitei uma breve mensagem enviando logo em seguida do qual não demorou para ser respondida e feliz eu caí no sono.

Boa noite, love.


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