Spilled Blood escrita por Bella Croswell Mikaelson


Capítulo 7
Capítulo 6 - Interrogatory


Notas iniciais do capítulo

Volteiiiii
Como vcs estão? Espero que bem. Então vamos a mais capítulo /



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Definitivamente Forks não era assim tão diferente de Mystic Falls, cheia de lendas e mitos rondando toda a cidade. E agora tinha mais uma coisa em que pensar, quem havia feito aquilo com aqueles jovens, a cena do crime havia me deixado abismado de certa forma. Seria um humano? Talvez. Um vampiro? Não, já havia tirado essa ideia da cabeça, tinha muito sangue.... Então , quem? Fui interrompido pela campainha, quem poderia ser?! Abri a porta e me deparei com um jovem policial.
—Olá, o senhor é o Klaus? – perguntou o jovem um pouco hesitante e continuou – O xerife Swan disse que o senhor Klaus morava na antiga casa de Alfred...
Ele deixou as palavras morrerem e me olhou esperando uma resposta.
—Sim, sou eu.- Respondi educadamente
—Prazer, sou o policial Richard – disse ele estendendo a mão para um cumprimento, peguei-a e ele continuou. – O xerife Swan pediu para avisá-lo que hoje o senhor terá que se dirigir até a delegacia para dar o seu depoimento e como é um caso grande virá alguns investigadores de Port Angeles.
—É claro, que horas eu devo ir?
—13hr00, o Xerife pediu para te avisar bem antes, para o senhor poder almoçar antes com tranquilidade, esses interrogatórios demoram...
—Muito gentil da parte do xerife, realmente dará tempo de fazer um lanche. -Sorri , pensando em meus dentes cravando a garganta de alguém por aí. -Pode me passar o endereço? Sou novo na cidade e não conheço muita coisa.
Algumas despedidas, fiquei sozinho novamente e decidi procurar meu almoço. Fui até a casa do vizinho e bati na porta esperando pacientemente, até que ouvi o som de passos e a porta se abrindo.
Era uma mulher de meia idade, cabelos claros e longos cabelos castanhos, ela me olhava com curiosidade e ouvi seu coração acelerar.
—Olá,eu sou o seu novo vizinho, me chamo Klaus – Falei sorrindo e tentando ser simpático.- Me mudei recentemente para a casa de Alfred, e queria saber se a senhorita podia me emprestar uma xícara de açúcar?
Falei o mais convincente possível e a vi corar quando a chamei de senhorita. Ponto pra mim. Humanos são tão fáceis de se comprar, ainda mais quando quem os elogia tem um sorriso cativante como o meu, modéstia parte.
—Oh sim, claro, por favor entre. – Disse ela me dando passagem para entrar – Então, Alfred se mudou? Ele andava tão deprimido desde a morte da esposa ...
—Sim, me vendeu a casa às pressas já toda mobiliada, ele não queria mais recordações dela -Eu disse me explicando e exagerando nos detalhes. -Ele foi amigo de faculdade do meu primo, que comentou que eu procurava uma casa para comprar e Alfred disse que queria vender a sua, então o resto a senhorita já sabe...
Falei e dei um sorriso cativante à ela, que corou e abaixou a cabeça desajeitada, procurando algo.
—Açúcar, não é mesmo? -Ela disse tentando se desviar de mim, indo em direção à cozinha.
Usando minha velocidade a interceptei antes que ela desse mais um passo, ela me olhou assustada e olhou onde eu estava antes, provavelmente tentando entender como cheguei tão rápido.
—Mas com...- Antes que ela pudesse terminar mostrei minha presas a minha mais nova vizinha e ela ofegou, antes dela tentar fugir a segurei firmemente e ataquei sua jugular, sugando o se sangue.
Terminei e tratei logo de hipnotizá-la, antes que ela resolvesse gritar
—Você irá se esquecer disso, irá apenas lembrar que eu sou seu novo vizinho e que pedi emprestado uma xícara de açúcar, entendeu? – Disse olhando para seu olhos
—Você é meu mais novo vizinho e quer uma xícara de açúcar – Disse ela repetindo, me afastei e ela me olhou voltando a agir naturalmente. – Açúcar , não é mesmo ? Eu já volto, por favor sente-se e se sinta em casa
Sorri e me sentei, observando ela entrar na cozinha.
—Que má educação é minha, esqueci de dizer o meu nome, me chamo Mary Johnson. – Falava em um tom mais alto para eu escutá-la.
—O prazer é todo meu, senhorita Johnson
—Me chame apenas de Mary, já é o suficiente. Aceita uma xícara de café?
—Nunca fui de recusar cafeína.
Logo, ela me serviu e conversamos um pouco, e eu mentindo a maior parte do tempo, desenhando à ela que eu era o vizinho perfeito. Me despedi e sai com a xícara de açúcar, Mary abriu a porta para eu sair.
—Adeus Mary, muito obrigado e cuidado com os estranhos – Disse a olhando e ela se retraiu. – Houve mortes na cidade... – Me expliquei e ela pareceu entender
—Nem me fale, Forks já não é mais a mesma.
Entrei na minha nova casa e fui tomar um banho e trocar de roupa já estava quase na hora de ir para a delegacia. Depois de me aprontar, entrei no carro e fui procurando o local escrito no papel que Richard havia me dado. Talvez essa ida para a delegacia tivesse sua vantagem, seu eu fui chamado provavelmente Bella também, mas será que ela iria? Se fosse só seu pai cuidando do caso eu tinha quase certeza que não, ele ira querer que ela se recuperasse primeiro, no entanto havia investigadores de fora e eles não iriam ter a mesma compaixão do xerife pela sua filha.
Eu iria me aproximar dela e hipnotizá-la para descobrir tudo que ela sabia sobre o ex namorado e os lobos, iria fazê-la falar até os mínimos detalhes, quem sabe assim eu esqueceria um pouco Caroline... Me lembrei dela e me senti um pouco mal, a loira havia trocado por Tyler, um inútil sem precedentes! Eu estava com raiva , raiva por ela ter me trocado, raiva por ela ter escondido o que sentia por mim e reprimir isso, raiva por ela e seus amiguinhos sempre atrapalharem meus planos de formar mais híbridos. Mas a minha vingança seria plena, se eu descobrisse o segredo para controlar aqueles lobos eu ficaria ainda mais invencível e no final eu não mais estaria só.
Cheguei na delegacia e já percebi o movimento, alguns carros, dias viaturas, um furgão escrito IML e vários policiais andando de um lado para outro com fotos, pastas , fazendo ligações. Entrei e fui direto na recepção falando o porquê de eu estar ali, o rapaz me pediu para esperar e que ele comunicaria os seus superiores.
Me sentei esperando, e ouvi passos , me virei na direção da porta e vi Bella, ela estava com os olhos inchados, mas não estava mais com olheiras profundas igual ontem à noite. O policial que havia ido em minha casa mais cedo a acompanha.
—Está entregue e não se esqueça: se seu pai perguntar se eu me comportei bem, diga à ele que fui perfeito como sempre. Me ajude a ganhar uns pontos aqui dentro do departamento – Disse Richard brincando e a garota sorriu fracamente, o sorriso dela não chegou aos olhos , mas mesmo assim era um sorriso bonito. – Vá sentar quando espera aqui que eu vou em busca de resolver esse grande mistério e ser uma lenda na cidade – Ele disse estudando o peito e fingindo ser um grande ator de tele novelas , e dessa vez fui eu que sorri divertido com essa estupidez.
Vi a garota vir em minha direção, com passos indecisos e se sentar ao meu lado, ela me olhou e desviou o olhar, parecia que estava travando uma luta interna , quando ela me olhou de novo ela disse.
—Olá, eu me chamo Bella , mas você já deve saber – ela corou abaixando a cabeça e seus longos cabelos cobriram seus rosto por uns instante, antes dela colocá-los atrás da orelha. Ela era adorável, balancei a cabeça por um momento tentando tirar esse pensamento da minha mente.
—Olá, eu me chamo Klaus, mas você também já deve saber – Eu disse dando um sorriso de canto imaginando que seu pai já havia falado de mim.
Ela me olhou e sorriu fracamente com a minha escolha de palavras.
—Você fica mais bonita quando sorri, devia fazer isso mais vezes.- Disparei sem pensar e me achando um estúpido depois, eu devia tê-la assustado.
— Errrr, obrigada – Ela gaguejou ficando sem jeito, desviou o olhar e suspirou .- Eu só queria te dizer obr...
Ela não continuou, a porta da frente do corredor onde estávamos se abriu e nos olhou rapidamente, era o investigador eu presumi, usava terno e um crachá, era um homem com aparecia de uns 54 anos , careca, com cabelos só nas laterais da cabeça.
—Isabella Marie Swan? Por favor entre e já iremos atender ao senhor. – Na última parte ele dirigiu seu olhar a mim.
A garota levantou , o homem deu passagem para ela entrar. Ouvi sons de cadeira se arrastando e mesmo com a porta fechada e um pouco distante eu conseguia ouvir tudo com minha audição aguçada e então me concentrei.
—Fique calma, filha, são só formalidades, quero que responda todas as perguntas dos investigadores.
Bella não respondeu, mas podia imagina-la acenando a cabeça e com olhar assustado.
— Prazer Isabella, sou investigador Benson e esse é o investigador Thompson. Para começar eu quero esclarecer alguns pontos tá bem? Essa câmera que o xerife Swan está ligando vai gravar seu depoimento, o xerife não ira fazer perguntas por você ser a filha dele e quero que a senhorita seja totalmente clara quanto o que viu na noite passada, seu que não deve ser fácil, mas faça o seu melhor, tudo bem? – Disse o homem que havia antes interrompido minha conversa com Bella
— O que fazia ontem na floresta, Isabella?- perguntou uma voz diferente, presumi que era o investigador Thompson
— Eu, eu ia lá para pensar. – Ela dizia devagar, escolhendo as palavras e continuou.- Eu sempre ia andar numa campina que há dentro da floresta
—E o que espera encontra lá? – respondeu Benson
—Nada.
—Tem certeza? Só podemos ajudar se for totalmente transparente conosco – disse Benson
Por alguns instantes não ouvi nada, a garota devia estar indecisa se falava ou não, até que ela se pronunciou.
— Meu namorado terminou comigo há algumas semanas atrás naquela campina – Ela falava com dificuldade – eu só queria ir para lá e talvez desejar que tudo era um pesadelo.
—Você me disse que ele não tinha a deixado sozinha na floresta, Bella! – Rompeu o silêncio com Charlie falando furioso. – Me desculpem. – Ele disse por ter interrompido, com certeza a garota estaria encrencada por ter mentido para seu pai e eu não o culpava, o tal ‘frio’ havia a deixado sozinha numa floresta que podia esconder vários perigos? É, definitivamente Bella não deveria sofrer por um homem assim
—Tudo bem, mas não vamos deixar isso se repetir, ok? – O tal Thompson disse gentil e Benson limpou a garganta chamando a atenção para ele.
—Você ficou lá por muito tempo?
—Eu nem cheguei, me perdi no meu do caminho, achei que sabia o caminho, mas parecia que não...
Ela admitiu, realmente não era uma atitude muito boa a qual ela teve.
—Certo, então o que você fez depois disso? – Continuou Benson
—Quando eu percebi que estava perdida, parei por um momento tentando lembrar o caminho de volta, mas eu já estava com medo, meu celular não tinha sinal e eu comecei a andar . Eu não fazia ideia para onde estava indo, então eu comecei a correr só que tropecei numa pedra que fez um corte no meu joelho, me levantei e continuei andando com dificuldade.
Ela suspirou, estava sendo difícil.
— Vi um rastro de sangue e fui me aproximando devagar, quando eu o vi ...
Ela parou , e soluçou, devia estar chorando. Pensar nisso me fez querer entrar naquela sala e levá-la embora, mas eu não podia, eu nem sei porque eu me importava com ela.
—Era um rapaz, todo machucado e ensanguentado, a boca dele estava.... estava com algumas linhas, quando eu cheguei mais perto pude ver a que a boca dele estava costurada!
Agora ela chorava um pouco mais alto, eles deram a ela um momento e quando ela voltou a falar foi mais firme.
—Ele morreu ali mesmo, eu não consegui fazer nada a não ser correr, tropecei mais algumas vezes , me cortando em galhos e causando alguns hematomas. Eu achava que tinha alguém me seguindo, então me escondi debaixo de um galho de árvore grande e retirei a blusa que eu vestia e a rasguei para colocar no meu joelho que sangrava. Então, eu ouvi passos e fiquei quietinha, e veio um homem, e ele me ajudou a sair da onde eu estava escondida me prometendo que ia nos tirar daquele lugar e então eu desmaiei.
Ela terminou o seu relato.
—Certo , muito obrigado pela sua colaboração senhorita Swan. – Disse Benson
—Sim, por favor é só assinar esse documento alegando que esteve aqui. É só, pode ir para casa e descansar um pouco – Disse Thompson educado
Mudei rapidamente de posição e peguei um jornal que estava do meu lado e fingi ler enquanto a porta se abria. Dobrei o jornal e coloquei no meu assento enquanto me levantava e via Bella sair enxugando as lágrimas da sala de interrogação.
—Como foi? – Tentando parecer que eu não sabia de nada, mas me preocupou ainda mais vê -la naquele estado.
—Horrível. Nunca passei nada parecido. -Ela me olhou. – Nós podemos conver..
E mais uma vez fomos interrompidos pelo investigador Benson . Aquilo já estava ficando chato. Ele colocou a cabeça para fora da porta e disse:
—Sua vez senhor Klaus.- Ele disse é entrou depois que eu assenti
— Vou te esperar lá fora – Me surpreendi com isso e depois entrei na sala.
Depois das devidas apresentações e explicações de como iria funcionar, comecei o meu relato muito bem contado e claro mentindo e omitindo grande parte dele:
Eu era um novo proprietário da casa de um depressivo, comprei a casa para ficar de férias e procurava uma casa que não fosse tão longe da floresta, pois gostava de pintar quadros de paisagens como um hobby. Andei na floresta pela trilha e tive um choque quando vi vários corpos na minha frente, é óbvio que dramatizei bastante nessa parte dizendo o quanto foi um choque para mim, e enquanto eu tentava achar a trilha para voltar achei Bella e a ajudei e liguei para a polícia e blá blá blá
Eles confiaram no meu relato e somente fizeram uma pergunta ou outra e me liberaram. Saí da sala rapidamente e fui para o estacionamento procurando Bella, ela estava perto do meu carro e de costas para mim quando a surpreendi.
— Já acabei – disse fazendo a sobressaltar
—Foi difícil? – ela me olhou franzindo o cenho, a observei brevemente, ela já tinha parado de chorar e dava para ver que havia sido difícil isso
—Um pouco, lembrar sobre aquelas pessoas – Eu menti, na verdade eu não me importava com elas
— Sim, eu entendo. Bem, eu só queria te agradecer por ter me ajudado e cuidado de mim – Ela olhou para os meus olhos, e senti um calor correr sobre o meu corpo, a sensação era estranhamente agradável.
—Não foi nada, eu faria de novo – Garanti à ela.
—Mesmo assim- Ela disse e ficou pensando, olhando vagamente
—Você não gosta muito dessa situação, não é? – Arrisquei
—Estou cansada de ser sempre a mocinha indefesa, eu sempre me meto em maus lençóis e sempre alguém tem que me resgatar -Ela disse a contragosto e fiquei curioso
—Eu ouvi dizer que terminou com seu namorado e isso não te fez bem- Disse analisando suas feições
— Não era de se esperar, a cidade toda sabe, mas pode falar a verdade quem tem falou foi Charlie não é?- Ela me pegou desprevenido e eu abaixei a cabeça , ela tomou isso como um sim.
— Ele sempre fala de mim para todo mundo.- ela disse a contragosto
—Talvez ele só estivesse pedindo ajuda, ele não sabe o que fazer para sua filha melhorar – Eu disse tentando fazê-la entender e me sentando no capô do carro, ela imitou meu gesto
—Eu não tinha pensado por esse lado- Ela admitiu.- Eu não consigo fazer parar essa dor.
Ela me olhou com os braços cruzados e olhos marejados, não era só Charlie que pedia ajuda , sua filha estava desesperada gritando socorro e eu fiquei com certa raiva de Edward machucá-la desse jeito e achei que era hora de agir.
—Você não vai mais sofrer por ele, continuará sua vida plena e feliz – Eu disse usando minha hipnose, porém eu não estava preparado para o que vinha a seguir
—Não sei se um dia eu conseguirei me reconstruir, dói demais.
Minha hipnose não havia feito efeito nenhum com ela, e eu não sabia o porquê disso, estava abismado. Não poderia ser verbena, eu era um original, uma simples erva não podia fazer eu perder meus poderes. Olhei a garota e concluí : ela era totalmente diferente de qualquer outro humano do qual eu já havia visto. E perto dela agora eu teria que agir como um ser humano qualquer para poder alcançar meus objetivos de saber mais sobre os frios e os lobos, mas quem sabe eu gostasse disso.
—Eu vou te ajudar, pode ter certeza que sou uma ótima companhia – Eu Garanti, algo dentro de mim já fazia eu me sentir melhor perto da garota e eu me sentia bem assim.
Era uma sensação que nem Caroline podia me fazer sentir, vi Bella me dar um sorriso e esse chegava aos seus olhos, devolvi o sorriso. Eu definitivamente iria fazê-la sair da depressão e restaurar seu coração deixado pelo idiota do vampiro frio, era uma loucura , mas ver aquele sorriso me deu vontade de mover o mundo para vê-lo repetidas vezes!


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Notas finais do capítulo

O que acharam?