Spilled Blood escrita por Bella Croswell Mikaelson


Capítulo 15
Capítulo 13 - New Beggining


Notas iniciais do capítulo

Sei que prometi postar ontem, mas teve uma chuva muito forte na minha cidade ontem e a internet estava muito ruim ;)



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Pov Klaus

Acordei com a bela morena ressonando nos meus braços. Tão linda, dormia tranquilamente como se não tivesse problemas, estava tão em paz. Um calor invadiu meu corpo, minha consciência dizia que eu era responsável de dar um pouco de conforto e refrigério do sofrimento para a Bella e me senti bem com isso.

No entanto, eu ainda devia um pedido formal de desculpas à ela. Na última vez, eu havia sido ríspido com a garota, mas era só porque não importa o quanto e me esforce é sempre sobre Edward, assim como com Caroline era sempre sobre Tyler e com Tatia sempre sobre Elijah... Eu era sempre a segunda opção, mas com Bella vai ser diferente, esse tal Edward saiu do caminho e não voltará mais.

 

Abracei mais forte Bella. E se ele voltasse? Eu não poderia permitir, a garota está se afeiçoando a mim e disso eu tinha certeza, senão ela não teria correspondido ao meu beijo. E que beijo! Os lábios macios, seu cheiro inflando minhas narinas, suas mãos correndo pelo meu cabelo, tão linda, tão entregue, tão minha...

 

 

Bella se remexeu e por algum motivo sabia que estava acordada, comecei passar a mão por seus longos cabelos e a senti se encolher ainda mais perto de mim. Um calor invadiu todo meu corpo, ela confiava em mim para protegê-la e seria isso que eu faria; porém ficar perto dela implicaria em muita coisa: minha imortalidade, a sede de sangue, meus inimigos que poderiam vir atrás dela...

 

Eu precisaria contar a verdade, mas se ela sabia que Edward era um vampiro e disso eu tinha quase certeza, talvez ela não se assustasse tanto comigo. Ou se assustaria e ficaria longe de mim para sempre? Ansiedade tomou conta de mim, isso não podia acontecer, eu já não imaginava ficar sem ela por perto.

 

—Eu te devo um pedido de desculpas - falei na tentativa de afastar os pensamentos ruins - eu fui muito grosseiro de  ter falado com você daquela maneira

 

 

—Está tudo bem, você ficou com raiva de eu ter falado sobre o meu ex e acredite eu sempre fico com raiva de mim mesma - falou num fio de voz

 

—Mesmo assim, foi rude da minha parte. Então, eu te peço desculpas e prometo não me intrometer mais 

 

Bella levantou a cabeça e olhou para meus olhos, encarei a aquele par de olhos chocolates por um tempo até ela suspirar e dizer:

 

—Eu te perdoo, embora eu saiba que você vai se meter de novo - abri a boca para protestar e Fechei novamente quando percebi que ela tinha razão.

 

—Eu sabia -sorriu vitoriosa e sorri da felicidade dela, tão linda.

 

—Então, senhorita-sabe-tudo... - ela fez um biquinho e isso só me deu mais vontade de beijá-la - o que faremos hoje?

 

—Esperava que tivesse um ideia, mas nada muito cansativo, meu corpo ainda dói - chora minguou

 

Passei a mão na face que estava com uma leve cor roxa e a vi tremer. Eu iria até La Push e daria um breve recado a Leah.

 

—Está roxo - constatei e Bella levantou num pulo em direção ao espelho

 

—Ai droga, meu pai vai me matar 

 

Me levantei e me pus atrás dela, coloquei minhas mãos em seus ombros e a senti relaxar.

 

—Eu não vou deixar acontecer nada com você e acho que não é nada que uma maquiagem esconda, não é?

 

—Talvez - falou incerta

 

—O que me leva a perguntar porque estava andando sozinha na chuva? - a vi se encolher 

 

—Charlie me deixou em La Push e pediu para ligar quando eu quisesse voltar - sentou-se na beirada da cama e acompanhei - Meu celular tinha acabado a bateria e disse que ligaria da casa de Jake, mas não pensei que a vila inteira estaria com raiva de mim

 

—Então, decidiu andar 15 km sozinha na chuva - falei concluindo o raciocínio

 

—Não. - ela subiu a voz e me assustei - Primeiro: quando saí de La Push não estava chovendo e Segundo: tinha uma mercearia no caminho e eu pediria o telefone emprestado.

 

— E terceiro: a mercearia estava fechada e seu plano teria dado errado - continuei sorrindo e ela não entendeu - Na volta, eu vi a mercearia e tinha uma placa escrito ''Luto'' na frente

 

—Por que eu não vi isso? - perguntou mais para si mesma

 

—Estava absorvida demais pensando

 

—Pensar é bom

 

—Depende no que se pensa - olhei para o vazio

 

Fui até a grande janela e acabei me perdendo em pensamentos até que pelo canto do olho avistei um arbusto se mexendo e fez me despertar do transe, observei mais a fundo a janela em minha frente e não achei nada. Provavelmente seria um animal, mas então porque eu estava com uma sensação de estar sendo observado? 

 

—Algum problema? - Bella perguntou com um leve tremor na voz e levei um leve susto a

o perceber que estava bem ao meu lado

 

—Nada, amor - tentei adotar um semblante mais calmo - era só um gato tentando pegar um pássaro

 

A observei e ela pareceu não acreditar muito. Talvez não fosse nada, podia ser só o vento ou não, porém não iria ficar assustando minha visitante.

 

—Venha, vamos conversar - a afastei da janela, não sem antes olhar novamente por cima dos ombros

 

Se fosse alguém espiando, eu faria pagar caro, porém era um assunto que eu resolveria depois.

 

Pov Bella

 

—Depende no que se pensa 

 

O loiro se dirigiu até a janela com um olhar vago, fui ate ele e senti que ele sofria. Levantei minha mão para tocá-lo, porém  mudei de ideia; Klaus estava tão absorvido num mundo paralelo que parecia ter esquecido  tudo a sua volta. 

 

Klaus era tão bonito que fazia meu coração disparar só de pensar nele, mas não era só isso, ele me protegia,me fazia rir, confiança em mim e me apoiava. E era tão dolorido quando ele entrava nesse "transe", pensando sabe se lá o quê, dava vontade de o abraçar e dizer que tudo iria ficar bem. 

 

 

Encarei a grande janela a minha frente no momento exato que uma pessoa se escondeu atrás dos arbustos. Gelei.

 

Havia sido tão rápido, mas era uma pessoa ou era só minha mente me pregando peças? Aquela coisa, era grande e se vestia como um maltrapilho. 

 

Olhei para Klaus afim de saber se ele tinha visto algo. Ele virou a cabeça rapidamente na direção da janela, somente um segundo depois de eu ter visto. Era tão estranho, talvez fosse por causa do medo, mas nossos movimentos pareciam estar em câmera lenta e eu observava cada um deles no loiro ao meu lado.

 

Sua postura agora era de defesa, os dentes trincados, as mãos se fecharam firmemente e seus músculos estavam rígidos. Ele viu, talvez não o mesmo que eu, porem definitivamente ele viu algo que prendeu sua atenção.

 

—Algum problema? - perguntei receosa

 

—Nada, amor - ele relaxou e por um instante esqueci a preocupação e deliciei-me ao ouvi-lo me chamar assim - era só um gato tentando pegar um pássaro

 

—Venha, vamos conversar - continuou

Tentei me convencer que não era nada, bem havia tido um massacre na cidade e provavelmente era algum repórter atrás de um furo da única sobrevivente. Tinha que ser isso, afinal porque alguém estaria nos vigiando?

 

Conversamos por um bom tempo sobre coisas aleatórias, Klaus me deixou sozinha para por minhas roupas que já estavam secas, depois o encontrei sentando no sofá da sala. 

 

Comecei a pensar no que Ângela tinha sugerido, que Klaus talvez gostasse de mim... Bem, nós nos beijamos, então ele deve sentir algo por mim, certo? E se fosse isso, eu não deixaria de perder essa segunda oportunidade que a vida estava me dando.

 

Desci as escadas com o coração a mil, era hora de saber se meu anfitrião realmente estava a fim de mim.

 

—Eu acho que ainda temos um assunto não resolvido, não é? - ele disse sem me olhar enquanto tomava alguma coisa 

 

Klaus parecia estar... Com medo! Ele estava com medo de ser rejeitado novamente, só isso podia significar tantos períodos calados e absortos em pensamentos, eu já havia ouvido a historia de suas maiores paixões terem o trocado por outros. Klaus estava com medo de sofrer novamente! Senti meu coração parar e depois voltar num ritmo desconcertado quando ele continuou:

 

—Sobre o nosso beijo. Eu vou entender se você só quiser esquecer - tomou um gole da sua bebida e deu um sorriso triste - é claro que você ainda não esqueceu o Ed....

 

Não sei da onde saiu tanta coragem, mas o interrompi e colei nossas bocas. A resposta foi imediata, Klaus me puxou mais perto dele, e ouvi o copo cair num baque no chão, nem me importei tinha coisa mais  importante acontecendo.

 

Minhas mãos iam direto para seu cabelo o puxando para mais perto se é que era possível, seus lábios macios me faziam não querer mais parar, suas mãos passavam com urgência sobre todo o meu corpo e me fazia ferver. Desgrudei nossas bocas quando precisava de mais ar, o que pareceu não afetar Klaus já que ele desceu seus beijos quentes e urgentes para o meu pescoço sem deixar de acariciar minhas pernas. Voltei a beijá-lo com mais urgência e era tão diferente , ele poder me corresponder da mesma forma, era tão fácil.

 

—Amor - ele tentou se afastou e o puxei novamente 

 

—Amor - tentou novamente entre meus lábios - é melhor a gente parar 

 

Gelei.

 

—Se continuarmos não tenho certeza se vou conseguir parar - respirei mais aliviada por saber que ele não tinha desistido e continuou:

 

—Eu não tenho certeza, mas essa seria sua primeira vez, não é? - assenti - Você merece mais do que uma rapidinha no sofá, e quando formos fazer, vou garantir para que seja especial

 

Ele declarou e me perdi naqueles olhos azuis

 

—Eu sei que vai ser, porque você é especial 

 

Klaus se jogou nos meus braços e me abraçou com tanta intensidade que eu senti que aquele era o meu porto seguro e para sempre seria assim.

 

 

Pov Narrador

 

Seu corpo todo era formado por cicatrizes e partes faltando, era um verdadeiro monstro, não só na aparência como no caráter. Desde cedo aprendeu a matar e torturar, sua sede de sangue era descomunal, sabia se esconder, durante toda sua vida fez isso. Na verdade, seria ridicularizado por sua má formação...

 

O estranho olhava para a casa onde estava o loiro e a garota. As mortes na floresta eram só aviso de que algo ruim estava chegando, sua verdadeira missão era a garota, não iria matá-la esse seria o dever da sua amada. A que ele achava que sentia algo por ele , pobre mortal , não sabia que só estava sendo manipulado a favor dela, porém o que ela o ofereceu não tinha valor no mundo que pagasse esse desejo : ter todas suas feridas saradas, sua má formação consertada e de quebra ser imortal. O estranho com face deformada lembrou se do prometido.

 

 

 


Flashback On

 

—Meu querido, se você trazer ela ate mim, terá o que tanto deseja - a bela mulher ronronava com a voz delicada, enquanto o mais alto se torturava olhando no espelho sem sua máscara –Te transformarei no mais belo dos vampiros e essas cicatrizes desapareceram por completo

 

Grunhiu, ainda estava incerto

 

—Não estou mentindo - o olhei- é  parte da transformação e depois disso iremos ao quatro cantos do mundo

 

Seus cabelos ruivos como o fogo caiam em perfeitos cachos, era um anjo maligno

 

—Eu provavelmente faria, mas eu tenho medo de algum dos Cullen ainda estarem a vigiando. Você tem que me proteger, só confio em você

 

Estava a ponto de convencê-lo, ele nunca havia tido alguém que o amasse e agora de repente, caia um amor em sua vida e de quebra a cura para suas feridas. Ele faria, daria esse presente a sua amada custasse o que custasse.

 

Flashback off

 

Porém, ele não sabia que só estava sendo usado como um peão. A paixão de Victoria continuaria sendo James e continuaria a culpar Bella por sua morte, mas manipular o Leatherface para fazer todo o trabalho sujo seria fenomenal. Se os Cullen ainda estivessem por perto, procurariam por qualquer vampiro que quisesse matar Bella, mas nunca por um humano e assim começaria a vingança da mulher ruiva.

 

(n/a: O Leatherface é o cara do massacre da serra elétrica)

 


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam da vingança de Victoria? Amanhã já começo o próximo capítulo
Comentem, recomendem e me deixem muita feliz