About Love escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 9
Capítulo 68


Notas iniciais do capítulo

Eu tinha escrito que eu ia demorar para escrever este capítulo, mas então percebi que entrei numa sinuca de bico nos outros capítulos e resolvi passar o tempo com esse enquanto não resolvo os outros, mas acho que vai demorar para aparecer os próximo porque eu tenho que me dedicar a minha outra história também.



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Quatro semanas antes pareciam ser um tempo curto, curto para uma visita, uma viagem, uma mudança, de casamento , de idade. Mas aquela quantia de dias parecia tem um peso arrasador em seus ombros, os dias monótomos quando não podia ir ver Jane, ou ir a Merynton com Kitty, eram dias degradantes. Por vários deles ela se juntou a Mary em seus estudos, mas ao fim percebeu que isso não era tão agradável a irmã tanto quanto a ela mesma.

"Lizzie" repreendeu o pai um dia na biblioteca, ela tentara encontrar algum livro interessante que ainda não houvesse lido, com o fracasso, se limitou a se debruçar sobre a mesa central e agora tamborilava os dedos na madeira para infortúnio do companheiro de leitura.

"Desculpe" murmurou ela colocando a mão no colo.

"Sei que os dias parecem-lhe desinteressantes sem Jane e com tanta expectativa para seu casamento, mas se sente tanta vontade de se fazer ouvir, diria para voltar a praticar o piano-forte enquanto Mary parece tê-lo abandonado."

"Acredito que seja uma boa ideia papai, lembro que quando estive em Rossing Park, Lady de Bourgh praticamente me obrigou a tocar para ela mesmo que não tenha me ouvido por mais de meio minuto." Ela beijou o pai e saiu a procura de Mary que tinha as partituras.

"Mary, pode me emprestar as partituras? Tenho me sentido muito indediada então papai sugeriu que eu me aperfeiçoasse no piano."

"Aqui estão, Lizzie" respondeu ela entregando um maço de folhas um pouco amarelas.

"Poderia me ajudar, sentirei falta de ter uma irmã tão esforçada em Pemberbey."

"Não precisa deste biquinho, Lizzie, já terminei minhas tarefas da tarde e estou totalmente livre."

"Lembre-se que eu adoro você" Ela exprimiu a irmã mais velha e elas deram um breve abraço. Lizzie se ajeitou em frente ao instrumento e a irmã lhe entregou a partitura de uma cantiga irlandesa. O som era agradável e o dedilhado se tornara perfeito quando ela recomeçou pela décima vez a canção por perder sempre o ponto em que deveria começar a cantar.

"Quem está tocando?" falou a mãe no quarto ao lado. "É a Lizzie? Diga-me alguém!"

"Sim sou eu, mamãe" Disse apenas ao terminar a canção.

"Cante outra" requisitou, entrando na sala "uma filha tão talentosa em Pemberly suspirou no meio da outra música e a pianista parou instintivamente.

"Não sou muito talentosa, não chego aos pés de Mary e tantas outras senhoritas."

"Me disseram que a srta. Darcy é uma boa pianista, mas duvido que seja melhor que você querida."

"Pois é, eu a ouvi tocar e tenho certeza que nunca estarei aos pés dela."

"Não seja tão humilde." Respondeu a mãe, negligenciando qualquer elogio a Mary que agora dedilhava o piano enquanto Lizzie passava pela sala um tanto furiosa com a falta de bom senso da mãe, ela desceu as escadas e passou pela porta em direção ao jardim quando seus pensamentos foram interrompidos pela criada que lhe entregava algumas cartas.

"Acabaram de chegar, senhorita."

"Obrigada, Hill" respondeu ela e voltou a se dirigir para o jardim.

Quando estava segura, sob a sombra de uma grande árvore lenhosa, mesmo que seu vestido ficasse sujo de terra por causa das recentes chuvas, ela não se importou, apenas se sentou. A primeira carta era de sua tia Gardiner, era uma correspondência rotineira que as duas mantinham, não continha algo importante, só confirmava a presença deles em seu casamento. Como poderia Elizabeth se casar sem a presença de tamanho bem feitores, eles a tinham levado para Derbyshire e por incrível força do destino encontrar Darcy? Foi o momento crucial para que ela percebesse que amava o dono de Pemberby e o quanto ela tinha sido tola e então apenas pode se resignar pela certeza dele não amá-la mais.

A segunda carta pareceu mais interessante, era escrita da própria Pemberby, Georgiana estava respondeu sua missiva. Darcy lembrara de comunicar seus cumprimentos a ela e em resposta era recebia uma carta que se revelava nas entrelinhas muito amorosa, mas contida nas linhas, exatamente como a remetente. Ela contava sobre a esperada chegada dela, dos Gardiner e até do Coronel Fitzwilliam.

Sua leitura foi interrompida pela chegada de Charlotte, elas não tinham tempo a perder, em pouco tempo elas provavelmente não se veriam por longos meses, a ligação do marido com Lady de Bourgh parecia confirmar o fato com pesos de chumbo. Se a amiga se aventurasse um alguns anos visitá-la, mesmo que sozinha, ou com a criança que estava esperando, Lizzie sabia que a volta causaria a sra. Collins todas as perguntas mais desagradáveis que a Lady poderia encontrar. Críticas que chegariam a ela por meio do sr. Collins, alguém que parecia não compreender até que ponto sua bem feitora poderia interferir e comandar sua vida e pensamentos, isso era o que ela esperava que a amiga pudesse mudar na vida do marido, mas sabia que este processo seria demasiado lento e dolorosa para ela que não poderia participar em nada em sua vida e da criança, publicamente.

–-

Para o sr. Darcy aquele dia não deveria ser considerado desagradável, mas estava longe do oposto também. Credores, inquilinos e empregados seriam pessoas que por mais companheiras que pudessem ser, jamais se comparariam a expectativa dele para seu segundo dia depois da voltar para casa.

Seu bom humor residia em pensar que aquilo o manteria ocupado pelo resto da semana, não diminuiria a ansiedade que residia em seu coração ou diminuiria sua espera, só tornaria-o útil a alguém. E devia livrá-lo do trabalho pelas próximas duas quinzenas, uma conta muito agradável para o futuro recém-casado.



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Notas finais do capítulo

Só pra avisar quem não viu o aviso temporário que eu coloquei hoje pela manhã, não pretendo aumentar a classificação de idade da história, acho que ficou claro que eu respeito de mais a Jane Austen e pensaria que ela estaria se remexendo no túmulo se eu escrevesse uma coisa dessas.

Se o capítulo não ficou muito bom e que eu estou tentando ao máximo não pular muito tempo, tornar a história mais sequencial, mas nem sempre é fácil.