"Estamos todos unidos aqui, diante dos olhos de Deus, e na frente dessa congregação para poder unir este homem e esta mulher no santo matrimônio, que é um estado honrável estado instituído por Deus na época da inocência do homem. Nos mostrando a união mística que existe entre Cristo e a Igreja. E por tanto, ninguém deve tomá-lo da ânimo leve ou de graça para satisfazer as luxúrias e apetites carnais do homem, se não reverente, discreta, deliberada e sobriamente e com temor de Deus considerando devidamente as causas pelo que o matrimônio foi disposto. Primeiro foi disposto para a procriação de filhos, como remédio contra o pecado e para evitar a fornicação, terceiro, para mutua companhia , a ajuda e consolo que um deve receber do outro, tanto na prosperidade e nas adversidades. Em cujo sagrado estado essas pessoas aqui presentes vem se unir agora."* proclamou o reverendo na pequena abadia quase lotada.

Jane poderia ter sido a mais bonita solteira do reino, em seu vestido perolado de mangas longas e fitas azuis claro, e um xale bordado. Porém nada poderia medir sua emoção no momento em que viu unindo-se ao homem que mais amava. O olhar sublime trocado entre eles não valeria o cortejo de um barão. A felicidade de Bingley era inabalável, não importava agora se Darcy e suas irmãs tinham conspirado contra isso ou que ele próprio tinha se sentido tão triste e partido quanto Jane, quando fizessem os votos, somente a morte os separaria.

Em posições opostas se encontravam o segundo casal, mas não para celebrar a própria união, Darcy acompanhava o noivo, se nem um quanto o outro tinham algo parecido com um irmão como o eles próprios eram um para o outro afetivamente, e logo oficialmente, nada mais justo que aquela figura tão mal compreendida antes, fosse o padrinho. Elizabeth segurava o buque de flores silvestres de Jane como madrinha, e observava com o canto do olho a felicidade da mãe e a comoção do pai, Mary parecia extremamente focada no sermão do reverendo, era isso que ela gostava nos casamentos, e Kitty com os olhos vermelhos enxugava com um lenço a interminável cascata de lágrimas, em oposição no outro banco se viam de vez em quando os falsos sorrisos de aprovação da srta. Bingley e da sra. Hurst que cutucava levemente o marido toda vez que ela começa a roncar.

Ela evitava pousar seus olhos em Fitzwilliam Darcy,"é o dia especial de Jane"pensava ela toda vez que era tentada a mudar intenção, talvez fosse porque ela devia isso a irmã, ou pensava que devia, talvez fosse porque não saberia sua reação ao vê-lo próximo da posição que ele estaria em um mês, poderia ser por já sofrer de saudade mesmo ele ainda não tendo partido, ou ainda porque o encontraria a observando e logo coraria, como estava agora que esse pensamento passava por sua cabeça. Independente do motivo, ela se manteve fiel ao pensamento até o fim da celebração.

Elizabeth parecia correta quanto sua última motivação, Darcy não tirou por um momento os olhos dela, mesmo quando o foco se voltava para outras figuras ele ainda observava seus movimentos com o canto do olho. O vestido azul escuro com a gola branca criava um contraste perfeito e chamava a atenção para seu colo, mas ele sempre se abstinha, o brilho dos seus parecia dar-lhe sempre algo que nenhuma mulher poderia ter ou usar, Quando ela corava subitamente e observava as linhas no chão ele se enchia de curiosidade, mas então seus olhos eram escondidos pelo chapéu e ele ficava completamente perdido.

Os votos foram feitos com sonoras afirmações de fidelidade e amor, e a partir daquele momento eram marido e mulher. Jane sorria tanto quanto podia, e na caminhada deles até a carruagem ela acenou para todos, era a mulher mais feliz, durante vários meses sentiu como o amor era passional, e sublime. Depois de tantas noites perdidas em meio a dolorosos soluções e gestos que mostravam a infelicidade da srta. Bennet mais velha, agora estava tudo esquecido, começava uma nova vida como sra. Bingley e tinha a promessa dentro de seu coração de nunca mais se sentir tão desafortunada.

Ela pegou o buque com Lizzie e a abraçou, fez o mesmo com as duas irmãs, então ouviu as palavras do pai com a voz embriagada de emoção, a que ele sempre sentira sem mesmo demonstrar, e com um baixo "ande logo minha menina, seja feliz." ela se despediu da mãe e subiu na carruagem com ajuda do marido. Ele recebera os parabéns de Darcy e de amigos da região, não tentou parecer pertencer a uma família amorosa como a da esposa que o cumprimentou também, simplesmente lançou um olhar e viu Caroline se dirigir com os Hursts para uma carruagem a alguns metros.

Com as vivas gritadas se distanciando dos ouvidos dos recém casados que seguiam para Netherfield Jane se aconchegou mais próxima do marido e esse a beijou ternamente. Uma moça nunca poderia ter beijado qualquer homem antes de seu marido e parecia garantir a ela a sensação mais apaixonante do mundo, sentir os lábios tocarem os dela lhe trouxe muita felicidade que ela o interrompeu para sorrir.

Ao chegarem em Netherfield sr. Bingley se adiantou para ajudar a esposa, e a guiou até a porta antes de se deter com a mão na fechadura.

"Querida Sra. Bingley gostaria de lhe oferecer um novo lar" e abriu a porta. Era visível que tudo fora limpo nos últimos dias e as mesas enfeitadas para a chegada dela "acredito que se encontrar algo que não esteja a seu gosto irá avisar-me e aos criados para mudarmos imediatamente."

"Não seja bobo, Charles, Netherfield é maravilhosa e nada poderia melhorá-la."

"Devo acreditar que mudará de opinião se conhecer Pemberby, também acredito que um toque seu pode deixar qualquer coisa mais bonita." respondeu ele dando-lhe um breve beijo no vestíbulo da casa, logo que passaram pela porta uma criada avisou que o almoço seria servido assim que eles o solicitassem.

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Os Bennets, Darcy e Gardiners se dirigiram da abadia para a casa dos Philips para um almoço, Merynton parecia animada e todos mesmo sentindo a falta que Jane fazia ninguém poderia deixar de pensar como sua vida havia melhorado e que residiria somente a três milhas de casa, uma distancia confortável a todos.

O sr. Darcy estava pronto para partir logo após a refeição, se fosse logo poderia estar em Pemberly na outra tarde a tempo de tornar o dia útil. Se despediu com todos com gentileza, mas se deteve me Elizabeth para lhe beijar a mão.

"Nos veremos em breve, tenho certeza que não sentirá minha falta com tantos afazeres que tem em Pemberly, sr. Darcy." Disse ela receosa que sua tristeza aparecesse.

"Tenho certeza que está completamente enganada, srta. Bennet." Respondeu ele segurando-lhe a mão

"Desejaria discutir contigo por algumas horas quem esta coreto, mas sinto que não devo atrasar seus planos por nem mais um minutos. Vá, por favor e leve minhas saudações a Georgiana, pouco convivi com ela mas a estimo muito."

"Pois bem, está correta sobre isso ao menos, levarei suas palavras e também tenho certeza que se pudesse traria de volta as mesmas mas de outra remetente."

Ele subiu na carruagem e ela o viu partir até que alcançasse os campos onde a carruagem desapareceu, ele olhou para trás por todo o tempo e por um momento sentiu vontade de pedir para o cocheiro retornar, mas não o fez.