About Love escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 3
Capítulo 62


Notas iniciais do capítulo

Bom... continuando :)



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Darcy custou a dormir, sentia-se muito feliz para isso, mas foi tentado com o passar das horas a se aconchegar na cama e sucumbir a exaustão corporal. Até o momento passara escrevendo suas desculpas a Georgiana por não ter escrito a ela no dia anterior quando o sr. Bennet lhe dera o consentimento para seu casamento com Elizabeth, mas tinha passado a noite anterior nas mais profundas reflexões, inerte demais para escrever.

Depois de quase uma página de desculpas, ele finalmente narrou a irmã os últimos fatos e declarou em cada palavra sua felicidade, a mesma que esperava que ela demonstrasse. Isso foi evidente ao receber dela quatro folhas completas com a bela caligrafia da irmã. Pelo começo se percebia que Georgiana não sabia por onde começar de tanta euforia.

Ela lhe parabenizou, e expressou como estava feliz de ter Elizabeth como irmã, então começou a repreende-lo por não ter enviado nenhuma carta semana toda e então revelar tamanho acontecimento, nesse ponto a carta ficou mais confusa, ela expressava a urgência de decorar o comodo que iria pertencer a Elizabeth, as paredes deviam ser cobertas com um papel azul ou rosado? Perolado ou bege? A mobilha iria ser da mesma cor? As cortinas com qual desenho? E tecido? As almofadas, tapetes...

Ao fim Darcy apenas escreveu uma pequena nota:

"Querida Georgiana,

Sabe que sendo um comodo pessoal, deveria perguntar a própria Elizabeth, mas seria um tanto indecoroso, conheço as duas bem o suficiente para saber que o que decidir será aceitado de bom grado, mas deve usar a simplicidade. Devo ir a Pemberly no início do próximo mês, assim que Bingley e a srta. Bennet se casarem. Confio em você e em seu bom gosto para cuidar das questões de adaptar a casa a srta. Elizabeth.

Sempre seu, etc."

A própria Elizabeth ficou estasiada em saber que Georgiana tinha sido tão favorável a presença dela em Pemberby, cogitou escrever a ela, e prometeu a si mesma faze-lo antes de ir com a mãe e Jane a uma cidade maior encomendar o enxoval.

–--

Elizabeth sentou na escrivaninha, pegou o papel e aparou a pena com intenção de responder a carta que recebeu de Charlote com quem sempre mantéu contato, foi uma surpresa saber que os Collins pretendiam visitar os Lucas no menor tempo possível, mas se isso acontece ainda essa semana sua carta era totalmente desnecessária. Então tencionou escrever a Georgiana, uma carta curta de agradecimento e para mostrar a felicidade que o convívio delas proporcionaria a ela própria.

"Lizzie ande logo! Temos que sair logo para chegarmos a tempo. Temos muita coisa para comprar!" A Sra. Bennet abriu a porta e logo após o aviso voltou a fechá-la e gritar no corredor para Jane e Kitty que tinha se oferecido para acompanha-las a cidade.

Logo todas estavam com os chapéus arrumados e entrando na carruagem. A viagem de ida foi simples e rápida, recheada com as expectativas da mãe sendo enunciadas uma a uma, e completadas com comentários de Kitty, Lizzie e Jane participaram da conversa, mas sem muito interesse, quando se quer o marido, o enxoval pouco importava a noiva.

A cidade era maior que Meryton, com ruas largas de pedra, várias lojas amontoadas e carruagens indo e vindo sem a pacata motivação das cidades menores. Elas demoraram a encontrar um lugar tranquilo para pararem a carruagem para que as damas descessem, mas o verdadeiro problema estava em onde começar. 

Passaram em cinco lojas para completar o enxoval, Elizabeth não concordava com o gosto da mãe e preferiu continuar procurando por algo mais refinado e ao mesmo tempo simples. Já Jane tinha dificuldade em decidir qual peça queria, as opiniões pareciam deixá-la confusa em vez de iluminar o pensamento, preferiu no fim, levada pela escolha da mãe, a peças mais engomadas e pomposas, mas com detalhes finos.

Vestidos e xales com detalhes e tecido indiano eram exibidos nas vitrines, com o pouco dinheiro que despunham pouco puderam fazer além de admirar o bordado e as cores, a mãe em sua vulgaridade costumeira dizia as filhas mais velhas que depois de casadas eles poderiam voltar as lojas e comprar tanto quanto quisessem, pois seriam sra. Bingley e e sra. Darcy.

Isso fez Eliza pensar que se não fosse pela tia, a sra. Gardiner, e uma educação diferenciada que tinham enquanto estavam em sua companhia, elas poderiam ter sido tão desmioladas e vulgares quanto a mãe, exatamente como aconteceu com Lydia. Mas então agora pelas noções de economia, classe, postura e literatura elas tinham cativado cavalheiros preciosos a qualquer mulher, não pelo seu rendimento anual, mas por compostura e afeição.

A viagem de volta pareceu mais demorada, todas estavam exaustas e desanimadas para travar qualquer conversas, os solavancos da carruagem era a única coisa que as mantinha acordadas em um estado de quase semi-consciência. O pai até desceu da biblioteca para recebê-las, ele tentava ficar o maior tempo disponível com as filhas que logo o iam abandonar.

"Devo dizer pelo cansaço de vocês que compraram todos os artigos das lojas e amanhã estaremos falidos." Ele abriu um sorriso mostrando que não se tratava de um comentário maldoso.

"Nós controlamos a mamãe e Kitty, sobreviveremos até que Kitty ou Mary encontrem maridos, mas então realmente estaremos falidos" respondeu Elizabeth com o mesmo sorriso, chegou perto do pai e lhe deu um beijo antes de subir para o quarto e sucumbir ao cansaço antes de terminar de destrançar o cabelo.


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Notas finais do capítulo

Quem é fã de Pride and Prejudice levanta o dedo! Agora clica na minha One Shot sobre o livro também, ou pode só comentar essa daqui também -indireta direta- até o próximo capítulo, que vai ser só no sábado, ou domingo pelo jeito...

Ahhhhhhh desculpem, mas não dá, porque primeiro eu tenho provão amanhã e segundo, o próximo capítulo que eu vou escrever tem que ser o da história original.