About Love escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 20
Capítulo 78


Notas iniciais do capítulo

Não se acostumem, por sorte eu tinha esse capítulo pronto, e por isso resolvi postar, mas um próximo vai demorar. Espero que gostem e sejam sinceros, porque é um capítulo que eu fiquei muito receosa em fazer.



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A vista do balcão do quarto principal de Pemberly não poderia ser compara a de todas as janelas que Elizabeth tinha observado em sua primeira visita a aquela casa. Sentada em uma espécie de banco mais parecido com uma mesa oval e baixa, Elizabeth observou todo o crepúsculo enrolada em seu casaco sobre uma camisola, as nuvens que prometiam trazer neve ainda não eram vistas no horizonte, mas sua presença parecia ser anunciada pelo vento. O verde escuro da floresta parecia agora se misturar aos primeiros traços negros que surgiam no céu, o som dos pássaros se calara e toda a paisagem era calma, mesmo assim não conseguia de qualquer forma transmitir solidão, e esperava que jamais pudessem.

O frio que tinha se tornado mais rigoroso sem que ela percebesse, agora a mantinha no lugar, nenhum de seus músculos quis obedecê-la para ir se aquecer ao lado da lareira. Porém em poucos minutos o marido entrara no quarto e a viu para ali em contemplação a paisagem e pegando uma manta que estava dobrado em cima de um baú e o colocando sobre os ombros dela que se virava para vê-lo.

“Obrigada” disse ela passando o nariz gelado na coberta para causar atrito enquanto ele se sentava de frente para ela no mesmo banco.

“Não estava me esperando, estava? Achei que estivesse conhecendo o resto da casa, e receio que perdi um tempo maior que eu pensava para resolver aquilo.”

“De forma alguma, acabei me distraindo completamente observando a paisagem.” Respondeu ela segurando uma de suas mãos que contrastavam como o frio das próprias.

“Tenho que dizer que esta deve ser a paisagem mais bonita de toda a casa.” Observou ele admirado para a Lua que começava a surgir.

“Fala como se não a visse constantemente.” Parecia obvio para ela que como dono da casa ele pudesse se refugiar sempre onde havia a melhor paisagem e visão.

“Na verdade, não vim aqui por muito tempo, minha mãe ficou muito doente depois que meu pai faleceu e com a morte dela esse quarto foi fechado.”

“Que terríveis lembranças, não pense nela, por favor, está bem?”

“Sim. Deixe-me perguntar, como está esta noite, minha querida?”

“Muito bem. Só desejaria que não me chamasse de ‘minha querida’.”

“Por quê?” respondeu ele um tanto enganado, e ela segurou suas mãos.

“Porque é como meu pai chama minha mãe quando está zangado com algo.”

“Que expressões você me permitiria então?” indagou ele, se aproximando mais Elizabeth.

“Bem... Deixe-me pensar... ‘Lizzie’ para todos os dias” respondeu ela sorrindo “’minha pérola’ para os domingos, e minha ‘deusa divina’ para ocasiões muito especiais.” Ela segura o riso que a expressão do marido causava nela.

“E como a chamarei quando estiver zangado? Senhora Darcy?” Sugere, extinguindo o espaço entre eles.

“Não, não.” Respondeu olhando para baixo e então ergueu o rosto com um sorriso triunfante “só poderá me chamar de sra. Darcy quando estiver completa, perfeita e incandescentemente feliz.”

“Então como está esta noite...” falou aproximando suas faces “...sra. Darcy?” E beijou-lhe a testa ternamente. Então repetiu o chamamento beijando sua face esquerda, o nariz e a direita antes de se deter observando seus olhos e então seus lábios A centímetros dos dele, ela sorria até que seus lábios se chocassem e ela retribuísse o beijo. Como os primeiros que ela recebera naquele dia, o toque causava neles, uma sensação passional de afeto e carinho. “Acredito que deve sair deste lugar, o vento não lhe fará bem” Observou ele olhando ao redor e se preparando para levantar.

“Só mais um momento” exigiu Elizabeth enquanto fazia com que ela virasse o rosto para ela e o beijou novamente, se obrigando a parar quando o ar em seus pulmões acabou.

E em seguida o Sr. Darcy se levantou e pegou sua mão forçando que ela fizesse o mesmo e a conduziu levemente até depois das janelas, antes de continuar ele parou para trancá-las e com o canto do olho observou se o fogo na lareira ainda se mantinha alto.

“Acredito que posso beijá-la aqui dentro, onde o vento não a adoenta, sra. Darcy.” Agora ele estava ao seu lado retirando o casaco dela e o próprio. A incitou a se sentar na cama trazendo as pernas para cima da colcha e ela obedecia, pensando em como gostava da naturalidade com que ele pronunciava aquele chamamento. “Seus pés estão gelados” observou ele ao se sentar ao lado de suas pernas.

“Realmente estava frio, mas em poucos minutos estarei aquecida, sr. Darcy.” Elizabeth pronunciou suavemente as últimas palavras com um sorriso sincero, tanto acalmar os primeiro traços de nervosismo de ambos “penso que se juntasse a mim seria mais rápido” brincou, passando as mãos pelos braços cruzados.

Ele se aproximou, mas permaneceu sentado na mesma posição, de frente a Elizabeth e a perna direita voltada para fora da cama, ela o abraçou em um gesto mútuo, e ele repousando a cabeça no pescoço beijou a pele exposta em um gesto de carinho enquanto ela corava em uma vergonha linda, não era necessário uma palavras para completar aquele momento, ou explicar aquele perfume indescritível em sua pele. Delicadamente ela desfazia o nó do lenço ao redor do pescoço de Darcy enquanto o apertava para si. Em uma trilha de beijos ele alcançou novamente a sua boca, desenhou pequenos círculos com as pontas dos dedos em suas costas enquanto ela própria soltava os cabelos e se aproximava para contornar os traços fortes da face enquanto tomavam fôlego, parecia haver naqueles olhos azuis brilhantes um estranho desejo de conhecê-la de corpo e alma. Nenhum jamais tivera chegado tão próximo de outro corpo tão estranho para eles como estavam agora.

Ficando sobre os joelhos de frente um para o outro, ele já sem as botas e o colete, eles se observavam parecendo gravar na memória aquele momento, antes de voltarem a se perder em meio de beijos e carinhos próprios dos amantes, percorrendo os caminhos do corpo com beijos e toques, o leve farfalhar do cabelo em suas mãos, os olhares que se cruzavam, a respiração que compartilhavam e do contato do eu corpo junto ao outro. 


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Notas finais do capítulo

Utilizei neste capítulo o enredo da cena final alternativa do filme Orgulho e Preconceito de 2005 com a Keira Knightley e o Matthew Macfadyen. Eu não pode ignorar esse enredo tão bom, e por isso achei honroso, precisei fazer esta homenagem.
Ficou discreta ou não? Por favor me contem, porque é algo que eu não costumo escrever, por favor, seja sinceros!
O próximo capítulo deve demorar, desculpa povo mas não tenho mais capítulos prontos nem posso me dedicar somente a essa história.