Aos cuidados de Darcy as chamas da lareira da sala principal foram atiçadas e um casaco buscado nos pertences recém chegados da nova esposa, enquanto está se acomodava em um dos belos móveis próximos ao marido ao lado da lareira e então ele se sentou ao seu lado. A vista das janelas em sua frente eram agradáveis, mas por se tratar de ser o outro lado do prédio, sendo Pemberly construída com duas alas que ao fim se dividiam novamente formando um pequeno espaço em que foram instaladas janelas que tornavam a brisa agradável no verão, logo ela mencionou um dos pensamentos, uma lembrança pertinente.

"Penso em Bingley em nossa pobre re-encenação, tanto que ainda não me obrigou a sentar-me a esquerda do fogo."

Lizzie riu ao receber do esposo uma resposta bem-humorada e baseada em três fatos: a certeza da boa saúde dela, o fato das janelas estarem todas fechadas a não ser pelas mais distantes das lareiras e que Darcy sabia muito bem o lado mais agradável da sala para a seguinte situação. Ela então torceu o corpo para checar a veracidade do segundo fato e ao perceber não poder haver comparação das vistas, se levantou para prostrar-se no parapeito interno das grandes vidraças transparentes vendo os olhos dele que a seguiam e admiravam refletidos ao mesmo tempo que admirava a vista para o lago. Só fez a menção de trocar de posição quando seus braços pareceram dormentes e formigando, mas não pode retornar ao seu lugar perto da lareira pois o calor excessivo a fazia mal e abandonar seu casaco não seria recomendável, não quando estava a espera de convidados que estavam próximos de chegar.

A espera não durou muito, quando a carruagem foi vista nas imediações, o casal se dirigiu ao vestíbulo e pode receber os dois parentes, Georgiana estava em um misto de felicidade e apreensão, queria a provação da irmã pelo projeto de sua nova sala. O Coronel pareceu estar em todo o seu bom humor e gostou de conversar durante toda a refeição. Porém ao fim foi a própria srta. Darcy que assumiu a fala.

As duas mulheres se retiraram e puderam conversar e renovar todas as expectativas de um bom relacionamento, assunto que só terminou com a aceitação do pedido de Elizabeth para que passasse a próxima temporada com eles e logo ela a convenceria a ficar mais. A chegada dos homens propiciou que as mulheres se levantassem e todos participassem de um passeio no andar superior. Mesmo a nova integrante tinha talvez alguma ideia do que encontraria, mesmo que ao visitar a esplendorosa Pemberly pela primeira vez a tenha deixado deslocada e com pensamento nebulosos que impediram uma contemplação maior, agora podia reconhecer certas salas enquanto se abismava com outras.

Indo da ala oeste em direção a leste, visitou algumas salas como a de Georgiana, a de música, a biblioteca antes de se deparar com a primeira porta que encontrava trancada.

"Deixe-me pegar as chaves..." Murmurou a menor "desculpe pelo inconveniente, mas tenho feito um grandes esforço para manter os olhos dos dois afastados. " Georgiana olhou acusadoramente para o irmão e o primo, que algumas vezes também manifestou sua vontade de conhecer os projetos dela, mas o olhar pouco durou pelo simples fato de sentir que tinha conseguido manter tudo em segredo, assim como Darcy mantinha segredo do fato de ter caminhado por aquele aposento no último mês.

Quando a porta finalmente foi destrancada e a chave dada a Elizabeth todos entraram, era um cômodo muito iluminado e com uma bela vista das janelas, qualquer clima passado solvido ali pelo antigo papel de parede vermelho e os móveis de carvalho escuro que os três poderiam se lembrar, foi dissolvido em tons pastéis de amarelo das paredes e azul dos estofados, mobilhado com móveis mais claros o quarto continha uma bela mesa para encontros nas tardes, uma escrivaninha e sofás bem posicionados para uma pequena estante e alguns quadros. as cortinas brancas esvoaçavam, mas o quarto se mantinha quente pela lareira em um dos cantos.

"Devo parabeniza-la!" Disse Lizzie ao se virar para a nova irmã que apreciava todo o deleite dela com o quarto.

"Espere quando abrir aquela porta." Respondeu "penso ser aquele cômodo meu melhor trabalho. " E a incitou a fazer as honras entregando-lhe uma chave.

O segundo quarto vou denominado como quarto principal e se localizava entre as duas alas, ali estavam os mesmos detalhes do anterior, era coberto por tons pastéis, o pérola se encontrava no dossel da cama no centro enquanto o bege com brocados em um tom mais escuro estampava as paredes decoradas com quadros, os móveis de madeira mais escura pareciam pertencer a aquele quarto em perfeita harmonia. Os pertences de Elizabeth ainda permaneciam em um dos quartos de visitas, mas agora com as portas destrancadas, duas empregas tomaram liberdade de transferir o baú e para isso o grupo se ausentou prevendo a despedida dos convidados.

E assim logo após o término da visita ao segundo patamar da mansão, o Coronel e Georgiana realmente partiram para Londres antes das três horas daquela tarde, deixando Elizabeth e Darcy sozinhos. Porém ela logo dirigiu suas atenções a governanta, a sra. Reynolds - que ficou especialmente entusiasmada por ver a antiga srta. Bennet novamente, ainda mais como sra. Darcy - que lhe perguntou afetuosamente dos tios antes de começar a apresentação dos empregados como é padrão à nova esposa de um senhor tão rico e ilustre como o dono de Pemberly.

Só foram interrompidas pelo som do piano sendo aberto e a governanta pareceu se espantar com o exercício do padrão que a tanto não ouvia e então pararam para checar tal decisão repentina. O resto da tarde foi agradavelmente perdido em meio a duetos e solos no instrumento antes do chá ser servido.

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Após o entardecer ambos se retiraram deixando conversas interrompidas para trás para subirem em seus cômodos no intuito de se arrumar para o jantar, Elizabeth analisou com mais cuidado os detalhes dos quadros e da estante da sua sala, mas com intenção de pouco se ausentar apenas trocou o vestido por um adquirido recentemente em brocados creme e voltou a por o casaco por cima, rapidamente transformou o cabelo meio preso em um coque comum,  antes de voltar para a sala e aguardar pelo marido e o jantar.

Com um bom típico dela, mas em partes surpreendentes dele, os dois se dispuseram em lados opostos e travaram conversar indo do agradável ao provocante,  nenhum poderia estar redimido de seus erros sem isto. Porém ao final, um dos criados trouxe uma carta que declarou haver urgência da  leitura e precisava também de uma resposta enviada ainda naquela noite.

Darcy ficou relutante de se dedicar aos negócios,  mas depois da insistência de Lizzie em que deveria ser feito se realmente era necessário,  uma atitude correta  qualquer esposa independente de sua vontade pessoal.  Eles então se retiraram apressadamente. 

No segundo andar enquanto o marido discutia o mais rápido que sobre aquela questão,  a esposa vagueava por sua sala e então pelo quarto.  Não tendo sido possível reparar no grande balcão que se estendia para o leste de onde Lizzie observou o quarto primeiramente, agora, ela desbravava aquele lugar.