About Love escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 13
Capítulo adicional


Notas iniciais do capítulo

Como todo mundo comentou sobre o casal "improvável" e resolvi que eles mereciam um capitulo próprio, voltarei até o momento em que o coronel vai ver a Anne depois do jantar e é independente da cronologia.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/378725/chapter/13

As batidas leves na porta não foram reconhecidas por Anne e sem dizer para que entrasse ela se levantou e abriu a porta ela mesma, se deparando com a figura mediana do coronel.

"Estive perguntando por você depois que não desceu para o jantar e fui informado que não estava passando bem, mas vejo que não está na cama, Anne." Ele entrou no comodo e pareceu inspencioná-lo para ter certeza quem ela se encontrava sozinha.

"O sono nunca me veio fácil como sabe, Fitzwilliam, estar em Pemberly me deixa mais aflita." Parecia uma pequena confissão da parte da dama, dizer a alguém o que a atormentava.

"Receio não ver nenhum motivo para tao aflição." Disse o coronel se sentando na poltrona perto da cama "devia deitar-se, querida Anne."

Assim ela o fez, à luz pálida da vela na cabeceira, a pele da garota que tinha um aspecto doentio parecia alva e imaculada, a respiração leve a tornava parecida com aqueles que estão a beira do fim, mas os olhos, os olhos tinham um aspecto mais vivido que o normal, como se passassem mil pensamentos por segundo. O coronel passou-lhe as costas da mão pela tez do rosto para checar sua saúde e desejou uma boa noite fazendo menção para retirar-se.

"Poderia ficar, Fitzwilliam?" Ela perguntou aflita e colocou a mão sobre o punho dele " sei que não parece apropriado, mas é meu parente e prevejo que em pouco tempo minha mãe deve vir ver-me e temo por isso." Primeiramente ele ficou surpreso com o pedido, pensou que a prima devia estar gravemente doente para pedir algo tão inusitado, mesmo estando estranha por dias, nada chegara a isso, não que ele próprio não desejasse ficar, tinha percebido em suas breves visitas a Rosing Park como a prima aparentava uma grande mudança de temperamento. Por segundo, se sentiu tão intrigado com a pequena e magra figura quase fantasmagórica que depois de um segundo, puxou a poltrona para mais perto do enorme móvel em que ela repousava e inclinou seu corpo para frente para se sentar, mostrando seu interesse na questão, iria desvendar o mistério que parecia estar se formado a dias em sua mente agora e estava em seu auge.

"Deveria perguntar o que Lady Catherine poderia ter para falar-lhe que a perturba tanto ou devo pensar que se trata do mesmo assunto que a trouxe aqui."Ele tentou sorri, talvez algo que fosse impossível de retrair de seu caráter e personalidade, tentando manter a situação leve mesmo parecendo impossível. Anne esboçou um sorriso, algo que realmente o surpreendeu, não vira aquilo partir dela a mais anos que o da viuvez de Lady de Bourgh, era algo encantador de se lembrar.

"É um assunto complicado, aparentemente eu que estou de forma inconsciente envolvida só sei de uma coisa e nada mais."

"E o que seria?"Aquilo realmente intrigava o coronel, Anne, a reservada prima, mantedora do severo humor e da restrita intimidade, parecia mostrar agora outra faceta mais dócil e leve, quase infantil, era uma Anne que ele nunca conheceu e parecia ser totalmente dotada de gravidade, o coronel sentia-se suspenso diante dela.

"Sei que ninguém nunca me perguntou minha opinião e escolha sobre o assunto." Na testa dela agora havia um vinco de seriedade, era realmente a realidade que ela proferiu. "Talvez em minha menoridade eu desejasse ser talvez uma das mulheres mais ricas e importantes da Inglaterra, dona de Pemberly. Mas me ocorreu em uma intensa análise em sua visita na Páscoa que não me agrada o temperamento de nosso primo, nem ele ao meu, talvez sejamos relativamente parecidos, não é isso que importa. Com a minha saúde que todos julgam debilitada, mais do que verdadeiramente é e no que eu mesma acreditei por muito tempo, não seria para mim de qualquer utilidade ser dona dessa casa em que me sinto tão desconfortável e da qual pouco poderia me ausentar para descontentamento de um marido. Tive por mim mesma nesta tarde como dever dizer a Darcy que a situação e tão desagradável a mim quanto a ele. Não desejo ser mais rica que minha grande herança me assegura, ou conviver com alguém tão grave como eu mesma, em nada me parece positivo.

" "Acredito no que diz, mas porque está aqui, sinceramente?"

"Não tive discernimento suficiente para encontrar uma maneira de convencer minha mãe a desistir das suas ideias e expectativas..." A frase terminou com um ar sonhador que não passou despercebido pelo primo.

"Há mais." Ele verbalizou seus pensamentos.

"Não" o temperamento antes inovador voltara a ser subitamente o mesmo que formava a expressão de desdenho e superioridade na face branca de Anne.

"Há." Essa afirmativa inegável fez com que a pequena figura se sentasse e se encostasse na parede ao fundo da cama como uma criança quando era descoberta em meio a uma mentira. Ao pronunciar essa única palavra ele se levantou dando ênfase em quanto acreditava verdadeiramente na premissa.

"Não faça isso Fitzwilliam, me coloca em uma posição depreciativa levando em conta minha atual situação. "

"E qual seria essa situação? " Finalmente ela havia se cansado do caráter questionador de Fitzwilliam, talvez não lhe fosse mais conveniente expressar seus sentimentos e opiniões, talvez o assunto tenha se aprofundado mais do que deveria ser necessário, tudo conduzido pela ingenuidade de Anne em responder o primeiro que questionava sobre a sua versão de algo que a tanto afetava, mesmo não sendo por ideia própria, era o mais perto do que ela havia chegado de reconhecer e confessar sentimentos profundos guardados somente a ela e seu diário.

"Vá embora." vociferou ela, perdendo parte de seu controle diante dele.

"Você me pediu para ficar" ele ria para o desespero de Anne, não havia maior incompatibilidade entre dois gênios como o agradável humor do coronel e o rigoroso dela.

"Estou pedindo para que vá. "

"Não, está tentando me manter longe de algo, não confia no seu primo?" A informalidade daquela situação parecia cômica porque em momento nenhum houve qualquer prova de confiança entre eles.

"Conheço apenas dois homens elegíveis ao casamento, sendo um dono desta casa e noivo da amiga da senhora Collins e outro está neste quarto." A verdade é que após pronunciar tamanha verdade no ar, tudo por culpa do ego grotesco que a fizera ser cega e torná-la capaz de dizer a maior de suas pretensões e provar prováveis sentimentos. O silêncio foi absoluto e de imediato o peso das palavras caiu sobre as mentes de ambos.

"Que disse?" Questionou Fitzwilliam.

"Novamente outra pergunta."

"Devo então fazer afirmações e negações. Também devo começar enunciando e afirmando a mudança significativa de sua personalidade, realmente parece-me aflita, deveria possivelmente dizer o quanto me agrada sua nova expressividade, mesmo dotada de orgulho. Por segundo talvez enumerasse tantos outros aspectos e ações, não acredito porém, que sejam necessários ou que esteja em delírio, mas deve dormir."

Ela se deitou com o rosto totalmente encoberto pelo travesseiro, talvez para não denunciar as lágrimas que os dois tinham consciências que caiam até que o coronel se aproximasse e lhe desse um beijo casto na testa e eu breve boa noite apagou a vela antes de se retirar totalmente abalado e submerso em pensamentos, pouco soube que os olhos negros de Anne o acompanharam insondáveis até que o último resquício de luz se findar pela abertura da porta.

Em seu quarto ele pode perceber imediatamente pela ausência da nova, ou talvez, recém descoberta áurea da prima o quanto lhe foi intrigante e apaixonante estar sobre aquela presença. Quis ele retornar ao quarto para saber se algo em sua mente fazia sentido, andou até próximo da porta e se deteve ante a maçaneta, não precisava entrar para saber que ia encontrar aqueles olhos impiedosos e chorosos, mas teve vontade de fazê-lo, porém o surgimento de uma empregada o fez recobrar de leve a consciência e ele teve que se por a caminho da sala para encontrar Darcy e Georgiana acompanhados de Lady Catherine de Bourgh. Se ao menos pudesse confiar ao primo uma análise da situação, talvez fosse mais simples a todos, mas dos olhares preconceituosos de Darcy a mãe e a filha, essa parecia uma tarefa pouco recomendável a aquele ser se desejava aceitação.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, Manih ainda acha que foi por pena? Contem o que acharam, ok? Porque eu fiz muita pesquisa para montar esse capítulo sem descaracterizar os personagens, mas a Anne é alguém que não tem características muito definidas e por isso tomei uma liberdade de fazê lá mais infantil, revoltada e viva porque eu penso que seria assim que ela era na verdade, tímida e sempre teve a mãe como uma pedra no sapato, mas o relacionamento dela com o primo que conhece desde pequena deveria ser maus íntimo e aberto.
P.s: Não sei quando vou postar o próximo capítulo devido a uma viagem, mas responderei reviews sempre que puder.
Quem vai dar uma olhadinha no meu novo projeto First Impressions?