About Love escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 11
Capítulo 70


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada a Anne Lestrange por recomendar essa história, tenho que dizer que realmente nos tornamos amigas e eu estou muito feliz com o seu apoio e espero nunca te decepcionar!

Para todo mundo que ficou esperando esse capítulo, foi porque eu me perdi em uma leitura e perdi o fio da meada, mas agora me achei e espero que gostem, estou deixando vocês muito ansiosos para o melhor casamento do mundo? kkk



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De todas as conversas mais agradáveis que primos e irmãos poderiam ter, contar a Georgiana os verdadeiros motivos pela presença da tia e da prima em Pemberly era sem dúvida a conversa menos reconfortante, revigorante e animadora que poderia existir para uma garota de apenas dezesseis anos. O fato da Lady se por contra algo que ela própria apoiava em todos os pontos e linhas a fazia pensar em como interagiria com essas mulheres, que a muito já não eram a parte mais querida de sua família.

"Georgiana, sei que pretendia me manter fora do meu escritório, mas preciso da chave" disse Darcy no fim da conversa. A irmã pensou por um momento e vendo as reais circunstâncias, se levantou e saiu do quarto. Ao voltar tinha uma chave com uma fita azul nas mãos.

"Com certeza é a do seu escritório" disse ela passando o objeto para o irmão "espero que goste" completou timidamente e se sentou junto ao coronel.

"Desço para o jantar" foi a última fala de Fitzwilliam antes de sair do comodo, as passadas largas logo o conduziram a ala leste e então parou em frente da penúltima porta do corredor.

Aparentemente Georgiana estava enganada, aquela não era a chave correta, não para o escritório de Darcy. Ele passou por mais três portas e tentou usar a chave novamente, com um breve som a porta se abriu e revelou: a nova sala de Elizabeth.

–-

Após uma longa hora ele saiu daquele quarto em direção ao de Georgiana, se deparou porém, com Anne no corredor. Ela lhe fez uma breve reverencia e por educação ele a respondeu. Mas não tinha tempo para travar qualquer conversa, simplesmente continuou o caminho passando perto o suficiente da sala onde deixara a irmã e o primo, pelo barulho e as vozes, eles continuavam lá e ele não seria pego ao procurar o que precisava, não magoaria Georgiana e isso era o importante. No cômodo da irmã ele procurou em meio aos portas-jóias o que continha as fitas como a que pendia na chave, parecia obvio que era lá que ela escondia as demais. O engano foi evidente quando revirou as fitas sem encontrar algo mais pesado que uma pluma, ele precisava encontrar as chaves logo, antes que Georgiana pudesse imaginar o que ele acabara de ver e fazer.

Ao se sentar na cama para pensar onde a irmã poderia ter escondido, Darcy percebeu uma ponta de fita que saía da segunda gaveta de um dos móveis bem a sua frente. Ele ficou acanhado em abrir algo particular da irmã, entretanto, era necessário. Na gaveta ele encontrou partituras, mas o que lhe chamou atenção foi o caderno de capa verde que segurava as folhas no lugar, ele já vira aquele caderno e reconheceu como o diário de Georgiana. Ele se forçou a não mexer no item e procurar as chaves, as encontrou em um canto entre as folhas e a madeira do móvel, uma tinha uma fita verde e a outra uma branca. Pensando no possibilidade maior da chave verde ser a sua, ele desfez os nós e as trocou.

Por um momento ele se deteve na chave com a fita branca, era um mistério de que tranca aquela era a solução. Porém medo de ser pego pela irmã fez Fitzwilliam se apressar, já no corredor ele passou a se acalmar e limpar a gota de suor que escoria em sua têmpora esquerda.

Por sorte aquela chave realmente se tratava da de seu escritório. A primeira impressão nada havia mudado, até que um olhar mais rigoroso mostrou alterações na disposição da estante da parede leste da sala, a estante que antes escondia a porta que unia o escritório ao quarto principal agora estava em uma posição que não bloqueava mais a abertura da porta. Quando assumira o escritório que oito anos antes pertencia ao pai, logo após voltar de Cambridge, ele pediu para que movessem a estante e tornasse aquele quarto inutilizado.

Então tudo sentido, Georgiana pretendia tornar útil o quarto principal para a chegada da nova sra. Darcy, ele girou a maçaneta inutilmente, a chave daquela porta sempre estivera na tranca de dentro do quarto como seu pai deixara por toda a vida. Darcy precisou se deter para não voltar ao quarto de Georgiana e procurar pela chave com a fita branca, seria injusto com ai irmã fazer tamanha afronta, se ela descobrisse que ele tinha visto a sala que ela tanto se empenhara para manter em segredo, imaginava que seria pior roubar-lha a chave do outro comodo já nem tão misterioso.

Ao consultar o relógio percebeu que estava muito mais próximo da hora do jantar que ele poderia imaginar, então trancou o escritório e seguiu para o seu quarto para se vestir. Encontrar Anne de Bourgh o esperando dentro do comodo, porém seria uma surpresa. Eles fizeram uma reverencia e antes que ele pudesse revelar sua surpresa em palavras, e o seu desgosto pela situação ela tomou a fala.

"Fitzwilliam, por favor, sei que não lhe é uma cena agradável me encontrar aqui, mas precisei falar-lhe longe de Lady Catherine, ou dos demais." Começou ela, desconcertada, como se pensasse que ele jamais apareceria ali, mesmo se tratando do quarto dele.

"Sobre o que quer dizer-me?"

"Sei que minha mãe o procurou em Londres depois de ter chegado aos seus ouvidos o boato da amiga da sra. Collins iria tornar-se a nova senhora de Pemberly."

"Sim, acredito que não se trate mais de um boato, mas de um fato, senhorita."

"Sim, e eu gostaria de expressar que diferente dela, estou muito contente com esta solução, não me agradava ter que me casar com meu primo por insistência de minha mãe." Confessou Anne olhando para o chão, Darcy poderia ter comemorado alegremente, aparentemente estava um tanto enganado sobre a prima, não tinha o mesmo pensamento da mãe. Mas então uma pequena pontada em seu orgulho lhe fez mal, como ela poderia dizer que não lhe agradaria esse casamento sendo ela a parte mais fraca e baixa da união? O ego era um grande problema que Darcy deveria concertar, podia ele pensar tal coisa quando tinha o amor sincero e correspondido de alguém como Elizabeth?

"Então me resta perguntar porque Lady Catherine está em Pemberly."

"Não fui forte para insistir que não viesse, o seu casamento ainda não a agrada, mas eu vim exatamente para expressar o meu desejo que seja feliz com a futura sra. Darcy."

"Sim, obrigado."

"Venho pensando em uma forma de fazer com que minha mãe me compreenda, mas a conhece bem o bastante para saber que esta não é uma tarefa simples. A única coisa que posso usar como motivo não a irá agradar. Desculpe ter lhe incomodado, irei para meus aposentos, pedirei a criada que me sirva no quarto, não acredito que estou muito bem hoje." Anne passou por ele e saiu de leve fechando a porta atrás dela, aquilo havia sido algo surpreendente que ele nunca havia notado sobre a prima, era realmente era frágil, mas não deixava de se esforçar, devia ter percorrido mais de trinta milhas para lhe falar aquilo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Muito ruim? Gente!