Cap. 1 - Ashland, Wisconsin.

Três anos depois

Agora vivíamos em Ashland, Wisconsin.

- Carlisle, como está? - perguntei, ao ouvi-lo suspirar em seu escritório.

- bem... Mal... Eu não sei. - ele deu de ombros. - só sei que eu a amo, Bella. Eu a quero feliz, quero-a comigo, mas tenho medo. - confessou.

- do que tens medo? - pedi.

- medo de ser rejeitado por ela, medo dela temer a mim, medo dela não querer ser o que eu sou. E medo de ter coragem o suficiente para fazê-la alguém como eu. - explicou.

- pai... - sussurrei e ele sorriu. Ele adorava quando eu o chamava assim. - Esme nunca sentiria medo do senhor, pois és um anjo. Esme nunca rejeitaria o senhor, pois és lindo por dentro e por fora demais para ser rejeitado por qualquer uma. E sobre a transformação... - respirei fundo. - eu queria poder dar-lhe algum conforto sobre isto, entretanto... Não sei o que dizer. Não posso garantir-lhe que ela aceitará o que somos, muito menos que aceite ser como nós. - disse a verdade e ele assentiu.

- eu sei disto, Bella. Mas, mesmo assim... Sou egoísta demais por querer condená-la a ser como nós? - perguntou.

- não é egoísmo querer sua própria felicidade, pai. E não é egoísmo poder deter do poder de se viver a eternidade ao lado da pessoa amada e querer usufruir disto. - falei e o abracei. - só tenha em mente que, se nada der certo, eu estarei aqui. Uma filha que te ama e que ficará ao seu lado, apoiando-o e confortando-o sempre que necessário. - sorri.

- eu sei filha... E obrigada por isto. - ele beijou minha testa e sorriu.

- venha, vamos caçar... - pedi e ele assentiu. Edward nos encontrou na porta de casa.

- Carlisle. - ele disse pesaroso e nós ficamos tensos.

- amor, o que houve? - perguntei.

- o bebe de Esme morreu... E ela se atirou do precipício... - Edward sussurrou e Carlisle travou. Instantes depois, sumiu de nossas vistas. - ele foi para o hospital.

- vamos atrás dele! - pedi e nós corremos. Chegamos no momento em que Esme chegava ao hospital, seu corpo coberto por um pano branco. Para os humanos ela estava morta, mas eu podia ouvir o batimento fraco de seu coração. Carlisle, no entanto...

- morta... Não, é impossível... - ele sussurrou.

- Carlisle, ela continua viva. Ouça seus inaudíveis batimentos! Ela ainda está viva! - falei a ele, que se encheu de esperanças.

- eu vou até lá. - ele disse, mas Edward o segurou.

- tome cuidado... - pediu e Carlisle assentiu.

- eu tomarei. - Carlisle falou e se foi, adentrando o hospital.

- o que você ouviu? - pedi.

- ele estava transtornado em seus pensamentos pelo que aconteceu à Esme. Por um segundo pensou em vingança. - Edward contou e eu assenti.

- precisamos ficar de olhos fixos nele. Não quero que cometa uma atrocidade de que se arrependa depois. - falei e Ed assentiu, me abraçando.