D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 81
A Luz da Esperança?


Notas iniciais do capítulo

Postagem surpreendentemente pela manhã, acho que a última vez que eu fiz isso foi no começo da fic, não me lembro de postar tão cedo assim.



Capítulo comemorativo de 300 mil palavras HEEEEEEEH. Nunca poderia imaginar que minha história fosse a maior de digimon no Nyah tanto em número de capítulos, palavras e reviews. Sou o James Cameron dessa bagaça hahahaha


Hoje teremos um acontecimento que vai agradar a todos, eu acho. Mas vai ter lutas e um pouco de sufoco porque sem sufoco os digiescolhidos não superam, não é mesmo? E pra quem não sabe de onde eu fui parido, sou de Fortaleza no Ceará, parido aqui e daqui não saí. Mas a minha felicidade é que sou de bairro chique, digitem Aldeota no Google pra vcs verem hehehe



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CAPÍTULO 178

Icedevimon e Devimon ficaram entre o Farol e os digiescolhidos. Os dois servos do mago receberam ordens expressas para protegeram a base e destruírem os domadores.

─ Droga. Estávamos bastante perto de salvar a minha irmã ─ lamentou Paulo.

Devimon e Icedevimon pousaram no chão próximos aos garotos.

─ Daqui vocês não passarão ─ falou o preto.

─ Nós acabaremos com vocês ─ falou o branco.

Impmon chamou o grupo para conversar em reservado, porque aparentemente ele teve uma ideia genial, brilhante. O pequeno roxo fez mistério, apesar dos apelos dos outros. Os dois vilões não entenderam aquela rodinha dos digiescolhidos, ficaram confusos.

─ Eu tenho uma ideia genial, que ninguém nunca pensou antes na história da humanidade.

─ Qual? ─ perguntaram.

─ Paulo, eu e Lucas entraremos na torre e vocês lutam ─ todos ali caíram no chão.

─ MAS ESSA IDEIA QUALQUER UM TERIA E A GENTE JÁ ESTAVA PENSANDO NISSO!! ─ gritou Ruan.

Paulo, Lucas e Impmon caminharam ao lado dos dois digimaus e passaram por eles. O caminho estava praticamente livre para eles entrarem no farol e salvarem a garota. Devimon se virou e tentou usar o Toque do Demônio, esticando o braço para impedi-los. Knightmon ficou na frente protegendo com o escudo.

─ Vão. Nós cuidaremos deles ─ disse o cavaleiro.

Os dois demônios levantaram voo e lançaram seus ataques.

Lucas foi o primeiro a chegar à porta metálica do farol. Ela se abria em duas, empurrando-a ou puxando-a. Paulo resolveu ser o primeiro a tentar abri-la, mas, mesmo colocando muita força, não conseguiu; Lucas também foi tentar abrir, contudo, como estava na sua forma humana, não conseguiu mover um milímetro.

─ Eu não entendo como conseguir abrir uma porta tão pesada ─ disse Lucas.

─ Se você virasse digimon só um pouquinho daria uma grande ajuda ─ disse Paulo sorrindo.

─ Não começa, mano.

─ Saiam da frente. Eu vou dar um jeito de abrir isso.

Impmon colocou as duas mãos e empurrou um pouco, nada aconteceu; pôs um pouco mais de força na tentativa de forçar, porém nada; dessa vez ele colocou todas as forças, as veias da testa saltaram, mas... O digimon caiu no chão cansado.

─ Que diabo de porta malignamente pesada é essa? ─ reclamou o digimon.

Paulo ficou analisando a estrutura do objeto. Havia uns desenhos dessa porta sendo aberta por uma luz. O digiescolhido logo sacou e apontou o Legacy na direção dela. A porta preta metálica recebeu a luz do digivice e ficou branca. Apenas um pequeno empurrãozinho foi necessário para abri-la. Os três passaram.

Ainda sim na luta, tanto Ice quanto Devimon caíram no chão depois dos golpes que levaram. Os digiescolhidos estavam confiantes de que, juntando as forças, venceriam mais essa luta.

...

 

Base Secreta de Weiz

─ Darcmon? Darcmon?

─ Sim, senhor.

─ O meu comunicador. Traga-o para mim. Preciso que faça uma conexão direta com o farol de Wisemon e traga o microfone para esta mesa já.

─ Sim, senhor.

Weiz ainda almoçava assistindo ao espetáculo das lutas. Viu o exato momento que os três entraram nas dependências do mago. Ele quis fazer uma surpresa ao seu irmão e sobrinho. Logo a sua serva trouxe um tipo de microfone daqueles iguais de tribuna e colocou-o na mesa perto do seu chefe.

─ Já está pronto?

─ Sim, chefe. É só começar a falar.

─ Certo. Pode ir.

...

Os três entrarem na base de operações. O térreo era escuro e frio. Eles caminharam mais um pouco até as luzes serem acesas. A visão era macabra dali de dentro pois havia um verdadeiro cemitério com dezenas de lápides. Uma neblina pairava todo o lugar.

─ Nunca iria imaginar que encontraria algo assim aqui ─ disse Paulo.

─ Olhem, uma escada espiral. Ela vai até lá em cima ─ disse Lucas.

─ Então vamos ─ concluiu Paulo.

A escada espiralava até o andar superior. Eles correram a fim de chegarem à parte superior da base. Uma segunda porta separava-os do outro cômodo. O digiescolhido foi tocar na maçaneta quando queimou a mão.

─ Parece que tem um ferro quente no lugar dessa maçaneta ─ resmungou o rapaz.

─ Saiam da frente. A melhor coisa para se combater o fogo é com fogo ─ disse Impmon. Ele formou uma bola de chamas entre as suas duas mãos e lançou contra a porta. Esta foi abaixo e revelou algo inesperado.

A segunda parte do farol era tomado por lava vulcânica. Não havia como passar, exceto por umas pedras que ficavam boiando. Uma segunda escada ficava ao final.

O calor era muito grande, fazendo os três suarem bastante. Impmon resolveu ir na frente. Ele pulou nas pedras e chegou ao outro lado. O segundo a fazer isso foi o Lucas. Paulo estava sofrendo mais por não ter tanta habilidade assim. O rapaz foi o último que conseguiu passar. Eles subiram para a próxima etapa.

Eles pensaram que o desafio ia ser ainda maior, porém não. A porta não tinha nada de especial. Assim que entraram viram uma cena no mínimo inusitada. Um salão parecido com um de um palácio ou mansão. Havia uma lareira, estofados, uma linda escada, estátuas, muitas armas brancas nas paredes, um lustre no teto... Eles não puderam acreditar que num lugar como aquele poderia existir algo assim. Logo o encanto foi quebrado quando alguns Bakemons apareceram diante deles.

─ Sejam bem-vindos ao quartel general de Wisemon. Gostaram da acolhida? ─ disse uma voz.

Eles tentaram saber de onde vinha aquela voz.

─ Não estão me reconhecendo? É uma pena o meu próprio irmão e sobrinho não reconhecerem a minha voz.

─ Weiz, é você? ─ perguntou Impmon.

─ Acertou, miserável. Gostou da minha recepção? O farol de Wisemon não tem nada disso que vocês viram lá embaixo, é apenas uma medida de segurança que ele coloca quando não está na base.

─ Miserável é você. Onde está? ─ Impmon estava morrendo de raiva.

─ Vai com calma, mano. Eu sou seu irmão e temos o mesmo sangue... Bom, a metade do sangue. Eu, como um grande exemplo de excelente irmão, vou te ajudar. Lembra de ontem quando Icedevimon te enfeitiçou impedindo a sua mega evolução? Pois é, só durava 24 horas. E tem mais, dentro do farol não há impedimento para digievoluir mesmo com o satélite no topo dele.

─ Eu posso evoluir?

─ É claro que pode. Vai lá, tente.

─ É mesmo. Agora eu sinto a minha energia de antes. Impmon mega evolui para Beelzebumon.

Beelzebumon não estava acreditando que havia voltado a ser como era antes. Paulo aproveitou e falou para o outro acabar com os Bakemons que estavam na frente. Os digimons fantasmas fugiram com medo.

─ São uns covardes ─ disse Paulo.

─ Vamos salvar a Lúcia ─ falou Beelzebumon.

─ Esperem. Acham mesmo que isso seria tão fácil assim?

─ Como assim?

─ Ah irmão, você é muito ingênuo. Veremos se você é mesmo tão habilidoso assim.

Uma sombra surgiu no meio do salão. Ela se dividiu em cinco e de cada sombra apareceu um ninja daquele mesmo tipo que lutou com Knightmon no trem. Weiz começou a rir da situação dos três.

─ Uma pena que não será tão fácil os três passarem por aqui. Eis a minha criação, irmão. Os ninjas assassinos são programas que eu inventei como base um vírus de computador letal da Deep Web. Eles estão pelo digimundo e são criados único e exclusivamente para lutar e matar. Eles são feitos totalmente de trevas. Porém, um de vocês está autorizado a prosseguir. E aí, qual de vocês vai continuar?

─ Maldito. Eu só posso ter um carma com um irmão desse ─ falou Beelzebumon com muita raiva. ─ Lucas, vá você na frente e salve a minha filha. Paulo e eu ficaremos.

─ Você tem certeza? Vai dar conta deles? ─ perguntou o loiro.

─ Claro que ele vai. Agora não perca tempo! ─ disse Paulo.

Lucas saiu do salão, subiu as escadas e foi para o andar superior. Os outros dois ainda continuaram no andar anterior.

─ Pois bem, vamos brincar um pouco. Está preparado, irmão? Ninjas, matem-no.

Os cinco seres correram na direção de Beelzebumon. Este passou entre eles numa velocidade absurdamente rápida. Três dos inimigos foram pegar armas enquanto os dois foram na direção do oponente. Beelzebumon desviou de uma voadora e se defendeu de outra. Pegou um dos inimigos pelas pernas e o jogou contra outro. Os três pegaram armas como um machado, katana e uma lança. Cada um tentando acertar o herói, porém eles não conseguiam sequer triscar nele.

─ É isso, não deixe que eles te acertem.

Num certo momento, Beelzebumon conseguiu se desviar de dois inimigos, um na frente e outro atrás. Ele deu um chute e usou o seu rabo para golpear.

Lucas abriu a porta que dava à base de operações do farol. O lugar ali em cima era mais parecido com um quartel militar. Ele viu uma porta branca bem na sua frente, abriu e viu a sala de comando. Dali de cima dava para ver a luta dos colegas com os dois digimaus. Aparentemente o bem estava vencendo o mal. Ele viu uma caixa de cromo-digizóide sob o painel de controle da sala e foi pegá-lo. Assim que a abriu, viu a relíquia pertencente a Mia, a escama de dragão do Seadramon. Deixou-a ali em cima enquanto ia atrás de Lúcia. Havia um cômodo ao lado do centro de comando em que ficava uma cela. O rapaz viu a garota sentada no chão olhando pra parede.

─ Lúcia! Que bom te ver ─ disse o loiro com muita felicidade.

Lucas abriu a porta da cela e foi até a garota até ser surpreendido por ela. Lúcia o atacou ferozmente com um canivete. A moça estava completamente transtornada falando coisas desconexas e seus olhos antes azuis estavam vermelhos.

─ Lúcia, o que está acontecendo?

─ Devo matar todos os digiescolhidos!

Ela tentou esfaquear o próprio parceiro. O rapaz ainda levou um corte na mão direita e caiu para fora da cela. A garota pulou sobre ele e tentou enfiar o objeto, mas ele conseguiu segurar. O Legacy caiu para o lado e dele saiu a luz purificadora capaz de acabar com qualquer maldade. Lúcia foi atingida pela luz e uma sombra maligna saiu de seu corpo para sempre. Ela caiu ao lado.

─ Lúcia, Lúcia. Acorde, acorde!

─ Humph... Onde estou? ─ foram as primeiras palavras dela. A moça acordou desorientada. ─ Lucas, é você?

─ Sim, parceira ─ disse ele mais tranquilo. ─ Nós viemos te salvar.

─ Agora eu me lembro que fui sequestrada por Weiz e que fui trazida por aquele monstro. Ele me colocou presa numa maca e começou uma sessão de hipnotismo. Depois daí, não me lembro de mais nada. Paulo também veio?

─ Todos vieram.

Ela sentiu que ainda segurava o canivete. Soltou-o imediatamente. Lucas tentou levantá-la, mas sentiu a dor do ferimento em sua mão. Lúcia ficou chocada por causa da mão do rapaz.

─ Meu Deus, eu te machuquei!

─ Não foi nada.

─ Foi tudo. Eu machuquei o meu melhor amigo, meu irmão, meu companheiro... Nunca mais vou me perdoar ─ ela começou a chorar. Lucas abraçou-a carinhosamente. ─ Eu jamais faria essa maldade, jamais.

─ Não precisa se preocupar. Você estava sendo controlada. Está tudo bem ─ disse o loiro confortando-a.

─ Está sangrando. Preciso cuidar disso ─ Lúcia rasgou a manga da camiseta branca que usava e fez um curativo na mão do garoto. Em seguida, ela beijou a mão dele. Lucas sentiu o coração disparar como nunca antes. Foi uma sensação inédita que ele sentiu, pois jamais aconteceu isso consigo. O pequeno ato que Lúcia teve, cuidando dele, fez com que sua admiração por ela aumentasse.

─ Obrigado Lú. Eu tenho sorte de ter uma domadora como você.

─ Não fale como um digimon, Lucas. Já esqueceu? Somos irmãos ─ ela o abraçou e deu um beijo no rosto dele. O menino ficou vermelho por ela pela primeira vez na sua vida. Os dois começaram a rir.

Lúcia viu pela primeira vez o seu novo digivice. Lucas ensinou a ela como colocar e o novo nome, Legacy. A menina pôs o objeto no pulso e logo ele brilhou formando o seu bracelete branco que ia do pulso ao cotovelo. Ela ainda estava cansada e abatida, por isso o loiro ficou ajudando-a a caminhar. Eles pegaram a relíquia de Mia e voltaram pelo mesmo caminho que ele fez.

Beelzebumon, agora com quatro adversários, conseguiu êxito na luta. Porém, num certo momento, um dos ninjas jogou a lança contra o homem. Ele teve centésimos de segundo para desviar o suficiente para não ser atingido no rosto. A lança cravou na parede. Ele passou a mão na bochecha e viu o corte com um pouco de sangue. Foi por um triz. Então teve a ideia de pegar duas espadas na parede. Os inimigos caminharam pelo teto e parede e cercaram-no. Logo recomeçou a luta com um homem lutando contra quatro super seres bastante rápidos e habilidosos.

Paulo ficou preocupado com a demora de Lucas, mas não podia deixar o próprio pai sozinho ali naquela situação.

O homem, com duas espadas, conseguia dar uma moral gigantesca contra quatro seres armados com katana, tridente, machado e facas. Apesar da desvantagem numérica, ele tinha uma grande força por ser um dos digimons mais fortes na luta contra o mal. Num certo momento, ele enfiou uma espada no peito do ninja deixando-o preso na parede. Pulou no lustre sendo seguido insistentemente. Foi chutado pela primeira vez até bater as costas contra a parede e causando uma grande rachadura. Logo ele usou o seu poder inédito, nem mesmo Paulo sabia, de conseguir andar pelo teto e paredes. Ele chegou no terraço, na parte de cima onde as escadas terminavam; pegou uma katana e se preparou para o próximo round. Os três retornaram com a luta. Dois atacaram ao mesmo tempo. Ele desviou e um deles foi golpeado pela arma do outro. Beelzebumon aproveitou para atacar o penúltimo.

─ Garra das Trevas ─ ele preparou suas garras para perfurar o abdome do inimigo e jogá-lo para longe. Faltava apenas um.

O último ninja, seguindo as ordens de Weiz, fez Paulo o seu refém. O sujeito segurava a katana na altura do pescoço do adolescente. Beelzebumon nem se preocupou com isso. Um raio vermelho saiu de seu terceiro olho matando o ninja. Os cinco corpos viraram fumaça.

─ Obrigado.

─ De nada... Eu tô morto. Nunca mais lutei com minhas habilidades. Fiquei mal acostumado e agora o meu coração... tá saindo pela boca ─ disse ele ofegante.

─ Olá, Paulo ─ disse Lucas trazendo Lúcia.

─ Lúcia? Caramba, que bom te ver ─ Paulo correu e abraçou a irmã. ─ Estava com saudades.

─ Eu também, maninho. Eu fiquei com muitas saudades de você e das suas broncas ─ disse ela risonha. ─ Papai...

─ Vem cá, filhinha do pai ─ ele a abraçou. ─ Vamos sair desta torre ─ ele ficou em modo explosivo para utilizar as asas.

Enquanto isso, do lado de fora, Devimon e Icedevimon perderam a luta. Os dois caíram derrotados pelos ataques sucessivos dos digiescolhidos. Devimon ficou no chão enquanto Ice caiu sobre o capô do carro do feiticeiro, destruindo-o. Nashi ficou feliz com o resultado da batalha, aliás todos estavam felizes. Porém, uma risada sinistra apareceu diante deles.

─ Por que estão cantando uma falsa vitória? ─ um raio de energia apareceu de repente e explodiu o campo de batalha. A imagem de Wisemon apareceu diante deles. O impiedoso feiticeiro usou sua técnica de telecinesia para manipular Icedevimon e Devimon. Numa clara demonstração de sadismo, ele explodiu o corpo dos dois e sugou os dados deles. Wisemon começou a mudar um pouco a sua forma. Agora ele não usava mais o turbante na cabeça. Sua face, marrom, agora era vista por todos. Ele era careca, com a cabeça marrom, orelhas pontudas, olhos vermelhos e em forma circular, dentes afiados e sem nariz.

─ Droga, ele provavelmente deve estar mais forte ou ter digievoluído ─ disse Ruan.

─ Vocês serão o meu almoço ─ disse lambendo os lábios.

...

 

Base Secreta de Weiz

O homem, que há pouco falava com o seu irmão, ficou furioso por ter perdido mais uma batalha. Ele ficou com tanta raiva que quis quebrar o transmissor. Foi preciso Darcmon impedi-lo e retirar o transmissor da mesa.

─ Aquele infeliz levou mais outra. Ainda tenho dúvidas se Wisemon vai conseguir trazê-los. Aquele idiota acreditou na minha mentira, vai fazer de tudo para conseguir a boquinha.

─ Posso dar a minha opinião?

─ O que é, Darcmon? Agora deu de ficar na minha cola. Não quer mais sair do meu pé. Eu já te mandei sair daqui. Vaza!

A campainha tocou.

─ O que foi isso? Temos visitas?

─ Vou lá ver ─ Darcmon foi ver quem havia tocado do lado de fora. Retornou com os dois ─ Senhor, Dracmon e Betsumon estão aqui.

─ Só o que me faltava. Pra acabar com o meu dia de uma vez por todas.

─ E aí chefinho, como o senhor vai? ─ disse Dracmon batendo nas costas dele fazendo o homem engasgar com o vinho que tomava.

─ Filho da puta... Ai não, me esqueci que puta nenhuma te pariu. Que cheiro horrível é esse?

─ Desculpa, chefe. Sou eu, oi, tá me conhecendo?

─ Eca! Que nojo! Cheiro de mendigo, de pobreza, sabe quando um velho barbudo não toma banho uns dois meses e fica aquele cheiro de sovaco com aquele suor escorrendo pelo corpo? Betsumon, mas que porra é essa?

─ Ai chefinho, eu não tomo banho porque não gosto. Água é muito gelada...

─ Vai, vai, vai, vai, vai, vai. Vai que a Darcmon vai te dar um banho de descarrego, joga um balde de água benta se necessário. Aproveita e dá resto de comida também, deve ter sobrado no lixo de ontem pra hoje. Mas tira essa imundície de cima de mim. Eu aqui almoçando, assistindo à luta e me aparecem esses dois derrotados. Puta que pariu o Wesley.

─ Vem Betsumon ─ disse Darcmon tampando o nariz.

─ Agora me fala, como está o Monodramon? Eu o vi aqui no vídeo mas será que ele está enganando direitinho os otários?

─ Claro, chefe. Aquele idiota está fazendo o que o senhor mandou ─ respondeu o pequeno vampiro colocando um prato na mesa e pondo a comida.

─ Tudo tão esquematizado. O meu plano está dando certo. Se eu não conseguir, pelo menos não agora, acabar com os meus dois inimigos; eu vou acabar com a vida do Monodramon. O primeiro passo já foi dado, eu inventei aquela história absurda sobre o Paulo para fazer com que ele tivesse ódio do próprio parceiro, depois eu fiz com que ele enganasse o Paulo. Sabe o que mais me deixa feliz? Não é só saber que eu enganei, mas sim que o Monodramon está causando o mal para o seu parceiro sabendo que o Paulo é seu parceiro. Ele está sabendo que o meu sobrinho é o seu companheiro e mesmo assim está enganando. Isso pra mim é uma grande vitória.

─ O que o senhor pretende fazer?

─ Tenho algo em mente. Se Monodramon aceitar o que vou propor, será o meu tiro, a minha bala de prata.

Weiz percebeu que Dracmon comia quando ele deu um soco na cara do digimon. Este ficou grudado no teto.

─ Idiota. Como dizia um grande ator que já fez um grande personagem: Se aproveita da minha nobreza ─ ele voltou a assistir quando algo chamou a sua atenção. ─ Não pode ser. Essa luz. Então quer dizer que...

...

Wisemon nocauteou Seadramon, Woodmon, Togemon e Guadromon. Os quatro retrocederam às suas etapas anteriores. O único que restou foi Knightmon justamente por estar na fase da perfeição.

─ Cuidado, Knightmon. Ele é muito poderoso.

─ Como vou cuidar de você? Da última vez conseguiu me acertar, mas foi um momento de sorte. Com os dados absorvidos dos meus dois servos eu aumentei 100 mil a mais de poder. Estou com o poder mediano de um digimon no nível supremo que é de 500 mil hohoho.

Knightmon ficou atento. Wisemon caminhou na direção do cavaleiro até desaparecer. O parceiro de Nashi recebeu vários golpes sem saber onde esta o mago. Logo os átomos estavam girando ao redor dele e explodiram quando entraram em contato com o seu corpo. Ele retornou como Kotemon.

─ Kotemon, você está bem? ─ perguntou o japonês.

─ Desculpa, Nashi. Eu falhei.

─ Não se culpe, amigo. Você fez mais que o suficiente.

─ Hohohoho, que sentimental vocês são. Os últimos momentos de vida e ainda seguem como verdadeiros companheiros. Admiro muito a coragem de todos vocês, mas só cumpro ordens. E o Chanceler pediu para matá-los. Vocês se salvaram na primeira vez, porém não agora. A sorte não está do lado de vocês hohohoho...

Wisemon escutou a explosão vindo da parede do farol. Beelzebumon pousou no chão trazendo os três garotos nos braços. Logo eles se juntaram aos demais.

─ Acabei com cinco inimigos fortes, posso acabar com ele ─ disse o homem.

─ Hohohohohohohoho... Você só pode ser um comediante, não é mesmo? Já se esqueceu que o satélite ainda está intacto no topo do meu farol?

Beelzebumon retornou a ser Impmon, para a frustração de Paulo.

─ Ahhh, o que aconteceu comigo?

─ O satélite inibe uma mega evolução. Inibe uma digievolução, mas quem já estava evoluído, não retrocede. Porém, vocês retrocederam por causa da exaustão e por isso não podem mais evoluir HOHOHOHOHOHOHOHOHOHO EU SEREI O PRIMEIRO DIGIMAU DA HISTÓRIA DO DIGIMON A MATAR TODOS OS DIGIESCOLHIDOS!!!

Wisemon formou uma bolha roxa que engoliu Impmon. Paulo correu na direção dele e também foi engolido. Os dois ficaram presos.

─ Vocês ficarão quietinhos aí. Roubaram a minha relíquia, mas eu logo recupero.

Os demais tentaram ajudar os dois, mas o mago criou uma barreira invisível. Os únicos que ficaram na mira do inimigo foram Lúcia e Lucas.

─ Olha só, a minha empregada se revoltando contra mim. Nem pense em pedir salário ─ brincou.

─ Seu nojento, asqueroso!

─ Lúcia, fique atrás de mim.

─ Oh, os pombinhos se merecem. Bem que o Weiz estava certo ao pedir para eu matá-la. Vacilei muito em não fazer isso antes, mas ainda não é tarde. Vocês, idiotas, chegam na minha área e querem sair vitoriosos? Não ─ ele jogou uma corrente de ar contra os dois. Eles rolaram no chão e ficaram próximos ao desfiladeiro. ─ Quantos metros têm essa colina, duzentos? Uma queda daí deve doer pra burro hohohoho.

Ninguém conseguia ajudar os dois. Paulo via Wisemon prestes a assassinar seus dois irmãos e ele sem poder fazer nada. O mesmo valia para Impmon.

O digimau jogou mais uma corrente de ar. Lúcia rolou até cair. Lucas teve a rapidez de segurar no braço dela.

─ Lucas, se transforma! ─ gritou Paulo.

─ Aguenta firme, Lúcia. Não vou te deixar cair...

Wisemon deu um assopro. Lucas saía do lugar.

─ Se transforma. Lucas! Lucas se transforma! ─ gritava Paulo.

─ Eu não posso, eu sou humano, não digimon... Não quero ser mais digimon e ninguém me entende. Não tenho o direito de decidir a minha vida?

─ Lucas não me solta... Ah!

─ Lúcia, aguenta.

─ Isso tá ficando chato. Daqui a pouco vai ter um enchimento de linguiça como em novelas. Aí o público cansa... Não. Na minha história eu decido o final e o final vai ser agora ─ Wisemon causou um pequeno tremor ao redor de Lucas. Logo a rocha começou a rachar e a se inclinar mais e mais.

─ Mas que droga, ele não vai se transformar. Eu nunca vou perdoá-lo ─ disse Paulo.

A rocha se quebrou fazendo com que os dois caíssem no precipício. Wisemon ria feito um sádico, Paulo e Impmon gritaram e os outros ficaram paralisados com a cena. Lucas caía enquanto pensava nos momentos que teve como humano. Era justo ele não ser humano? Obrigá-lo a fazer algo que não queria? Mesmo assim teve que tomar a atitude extrema, a atitude que ele não queria, porém que seria necessária naquele momento. Ele abriu os olhos e começou a brilhar dourado. Seu corpo foi coberto por uma luz.

Wisemon cruzou os braços e sorriu. Ele viu os digiescolhidos chorando. Era a primeira vez que todos choravam, pois acreditavam que os dois haviam morrido mesmo.

─ O choro é livre. Podem chorar o quanto quiserem. O fato é que eu acabei com os dois pombinhos primeiro para mostrar do que sou capaz.

A luz brilhou os que estavam naquele lugar. Paulo viu com os seus próprios olhos algo que ele demorou a ver de novo. Wisemon se virou e ficou impressionado.

─ Mas que luz é essa? ─ indagou o mago.

Lucas apareceu, imponente com as suas asas. Ele estava na sua verdadeira forma, como Lucemon. Segurava Lúcia nos braços enquanto sobrevoava. O loiro emanava uma luz forte, ora branca ora dourada. Fazia tempo que ele não se transformava por isso que sua força provavelmente aumentou com o decorrer nos anos. Será mesmo que essa luz seria a luz da esperança?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Uau, agora que o Lucas se transformou, a fanfic deu mais uma reviravolta. Muita coisa impressionante irá acontecer. É só não perder.


Obviamente aqui será a minha última postagem do mês então já estou preparando o capítulo 82, é eu sou a jato mesmo. Portanto, próximo capítulo será o último do arco do Wisemon que fez o seu trabalho, agora terá uns capítulos de intervalo entre arcos e depois deles teremos o famigerado arco dos governadores Não percam.


Próximo capítulo: Lucas se transformou e agora está prestes a lutar com todas as suas forças. Será que ele consegue vencer? E teremos aí, pela primeira vez, o encontro dos digiescolhidos com o Chanceler. Uma farsa acontecerá, o que Strabimon vai fazer?



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