D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 72
Os Digiescolhidos Prontos para salvarem o Mundo Digital


Notas iniciais do capítulo

Oba Oba. Voltei! A saga versão 2016. Antes de tudo eu queria agradecer a todos que leram a saga anterior. Apesar de não terem quase nada de lutas, muitos gostaram. Obrigado.

Aqui vão ter muitas lutas. Não pensem que serão bobinhas, não. As lutas contra os governadores serão fodásticas a estilo DBZ e cavaleiros do zodíaco. Ultimamente estou assistindo aos animes para tirar como exemplos.

Eu disse que a fanfic só voltaria em junho, porém não aguentei e postei. Mas não será com regularidade, ou seja, posso passar um mês até a próxima atualização. SOMENTE EM JUNHO esta fanfic vai ser frequente. Até porque ainda tenho 2 pra finalizar.

Usei um recurso que acho que nenhum outro escritor usou. Usei outros personagens fora do universo digimon como moradores do digimundo. É um tipo de crossover, mas vai ter uma explicação plausível nos próximos capítulos.

A saga vai ser dividida em 3 arcos. O primeiro será do Wisemon, o segundo, maior, será dos governadores e o terceiro somente para o Chanceler.

Gostaram da mudança na capa e do nome? Aquele Digimon IV: DNA estava muito cansativo e a capa também. Coloquei uma capa mais branca, mais alegre e com muita simbologia.

Capítulo enorme, mas queria fazer mais de 10 mil palavras. Mesmo assim ficou show e não teve enchimento de linguiça. Ficou na medida.

Tenham uma boa leitura.



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CAPÍTULO 169

Na saga anterior, muitos acontecimentos explicaram certos mistérios. O primeiro deles foi a descoberta da real identidade de Beelzebumon que na verdade era Wesley, pai do garoto digiescolhido Paulo Victor. A princípio, houve um racha na relação deles dois abalada por um colega de classe do adolescente. No entanto, a força por trás disso tudo revelou-se como Blizzard Daregon, o meio-irmão do canadense. Blizzard é a real identidade pelos conflitos de Wesley. Sob a alcunha de Weiz, ou WWW, ele manipulou tudo e todos; manipulou até Barbamon para acabar com os escolhidos e o tempo no Digimundo (que estava igual a do planeta Terra) para assim ter mais tempo para criar governantes perigosíssimos e muito mais poderosos que os antigos Mestres das Trevas. Ele também foi responsável por transformar o próprio irmão em digimon, assim se vingando pelo que houve no futuro, cem anos à frente. Blizzard e Shawn (verdadeiro nome de Wesley no futuro) romperam a relação graças às atitudes de seu pai. Assim, o irmão mais velho voltou para o passado em 2080, ano em que Shawn havia nascido, para matá-lo ainda bebê, mas outro personagem, dessa vez do passado, livrou o bebê das garras do vilão. Não conformado com isso, ele decidiu ir para um passado ainda mais distante para matar os dois. Ano 1980, foi o ano em que os dois e o bebê retrocederam.

O viajante do tempo chama-se sob a alcunha de Slash. Um não tão jovem rapaz de 33 anos que veio do ano 2035. Antes de vir para a nosssa época, ele viajou para o futuro, salvou o bebê e retornou para 1980 da nossa época. Um casal de brasileiros adotou a criança que foi deixada pelo rapaz. Ganhou o ódio eterno de Weiz, portanto não podia se expor anteriormente. Foi ele quem revelou tudo a respeito de Wesley e sua verdadeira relação com Weiz/ Daregon.

Outro grande segredo foi a bombástica revelação de que Naomi Matsunaga na verdade é irmã biológica de Hikari Yagami. Yuuko e Susuka, amigas inseparáveis de adolescência. Uma se casou com um milionário, outra levou uma vida simples de classe média. Susuka ficou grávida no mesmo período de Yuuko, mas seu filho havia nascido morto. Os Matsunagas compraram o obstetra e a enfermeira para trocarem os bebês e como as duas haviam feito partos no mesmo dia (coincidência monstra!) não foi nada difícil. Desde então, a mãe de Tai e Kari havia pensado que o bebê nascera morto. Contudo, mais de 25 anos depois, a mãe e agora avó foi atrás de respostas e contou com a ajuda de Nakawa, uma governanta que trabalhava há décadas para a família Matsunaga, e também a enfermeira que participou do crime, Kazumi Kiba. Mesmo assim, nem Kari nem Naomi sabem que são irmãs. Erro feio, dona Yuuko!

Revelou-se também que os plano maior do magnata Matsunaga era virar digimon e rejuvenescer. Vimos no decorrer dos capítulos que o velho ricaço mandou matar traidores, matou centenas de inocentes, forjou a própria morte, matou a própria filha, a maléfica Ako e ainda por cima eliminou o seu amigo cientista. E ainda por cima mandou sequestrar Lucas para assim tirar o núcleo das trevas e assim virar um clone de Lucemon, enfim invadiu o digimundo. QUANTOS CRIMES! O velho bilionário deixaria o Freeza no chinelo ou... Orochimaru. Para uma pessoa normal, sem poderes especiais, vivida no mundo normal, Ryuu Matsunaga eliminou muita gente inocente e culpada também. Ele já comprou tudo e todos e sempre deixou claro a sua riqueza que ultrapassa os bilhões de DÓLARES!

Vimos uma pontinha, um gostinho do que será o Grande Chanceler. Realmente vai ser um puta-fodaço. Mesmo assim leiam os próximos capítulos e descubram o que ele pode ser capaz.

Os governadores são digimons de elite extremamente fortes. Alguns irão parecer bobos, mas não se enganem. Eles não gostam de serem mandados pelo Chanceler, pois não se consideram inferiores.

E quem não se surpreendeu com a soltura do lunático do Astamon?

Enfim, esses são alguns dos principais pontos abordados pela saga anterior. A saga que deu o nome da fanfic. Agradeço a todos que acompanharam e que gostaram de DNA, mesmo não tendo lutas extraordinárias. Agora apresento-lhes a nova temporada.

Japão, 15 de Fevereiro, 23:00

Márcia Kyoto recebeu uma importante ligação por parte de Naomi Matsunaga. Esta pediu que a mãe de Paulo e Lúcia fosse buscar o pequeno Lucas que ainda estava em seu apartamento. A mulher pediu a ajuda do marido para levá-la até o local. Apesar de ser longe, eles decidiram pegar o menino naquela noite mesmo.

Depois das confusões naquele dia mesmo, o casal pediu para deporem na polícia no dia seguinte visto que estavam exaustos. Apesar da destruição, Gennai “limpou os corpos” dos malfeitores com o seu aparelho Legacy em que ele transformou-os em dados. Ambos teriam que dormir fora.

Raymond parou o carro em frente ao prédio e viu o porteiro conversando com o menino na portaria. Márcia saiu do carro e foi abraçar o garoto.

─ Meu filho, que saudades! Você está bem? ─ perguntou tateando o corpo do garoto para ver se havia alguma sequela.

─ Mamãe, estou bem. Não fique preocupada. Estou até mais confiante e não tenho mais aquele medo de antes ─ Lucas fez uma cara que nunca havia feito antes. Ele sorriu como se estivesse com muita coragem.

─ O que houve com a sua timidez?

─ Sinto que um peso dentro de mim se foi. Mamãe, estou livre das trevas. Eu sinto, eu sou livre. Finalmente eu consegui me libertar. Graças ao cientista louco que me sequestrou, eu pude enxergar as coisas com mais clareza. Graças a ele não possuo mais trevas no meu coração. Estou livre!

─ Que bom, filho. Percebo agora que você está mais confiante.

Os dois entraram no carro. Lucas ficou o trajeto todo calado, mas agora não tinha aquela sensação de peso que carregava nas costas. Antes era o medo de se entregar para o lado mau da força, agora estava determinado a lutar com os seus amigos.

─ O Paulo foi atrás da Lúcia. Eles já devem estar no digimundo. E nós vamos passar uns dias na casa da tia do Ray. A nossa está praticamente destruída. Eu também trouxe o seu notebook e algumas roupas e objetos pessoais.

─ Obrigado.

─ Fala aí, Lucas. Que história é essa de que agora está mudado? ─ disse Ray.

─ Verdade. Quando eu estava preso, eu pensei que seria o meu fim. Mas no final das contas o cientista lá me tirou um peso. Ele me fez um grande favor hahahahaha...

Márcia e Ray ficaram confusos e uma gota surgiu em seus rostos. Esse seria o mesmo Lucas de sempre? Como ficou tão “soltinho” de um dia para o outro?

A cara de Lucas era de determinação pura. Seu sorriso e semblante mostravam que ele estava pronto para a briga.

...

Palácio de Gelo, Digimundo

O Chanceler não gostou nada da vinda dos digiescolhidos para o mundo digital. Mesmo assim se comunicou com os demais governadores para debaterem o assunto. Todos foram unânimes quanto à destruição dos jovens. O Chanceler pediu que todos se acalmassem e decidiu que seu lacaio, Wisemon, cuidaria primeiro e, caso fracassasse, o próprio Primeiro-Ministro se encarregaria deles.

Os governadores entraram em votação e ficou decidido assim. Portanto, Wisemon cuidaria dos jovens do seu jeito.

Os governadores possuíam nomes próprios. Apesar de serem digimons únicos, eles não são tratados pelo nome de digimon.

1º: Djinn. Não se sabe muito sobre este digimon, apenas que ele governa a primeira ilha. Dizem que ele é o dono das minas de Cromo Digizoide e que escraviza trabalhadores para cada vez mais enriquecer;

2º: Locky. Uma figura estranha e pouco conhecida. Locky deve ser um digimon máquina, mas ainda não se sabe da sua verdadeira forma.

3º: Queenye. A única digimon feminina entre os governadores. Governa provavelmente na terceira ilha. Gennai tentou saber do que se tratava a ilha, mas nunca chegou a conclusão. Sabe-se apenas que a primeira existe uma floresta e a segunda uma cidade;

4º: Akenathon. O governante oculto. Nem mesmo o Chanceler sabe da sua real identidade. Há rumores de que ele governa numa ilha de deserto, pois seu nome lembra muito um nome de um faraó egípcio;

5º: Leviatã. Uma figura conhecidíssima, apesar de nunca vista por Gennai. Deve ser um monstro marinho ou algo parecido. Dizem que é um dos governadores mais fortes;

6º: Beelzebinho ou Binho. Pouco conhecido, nem mesmo Gennai sabe da sua existência. O nome lembra muito Beelzebumon, mas ainda não foi comprovado de que espécie esse governador é. Até mesmo os próprios governadores o acham misterioso.

7º: Major. Um dos últimos governadores. Não há nenhuma informação precisa. Apenas que ele pode controlar o fogo com maestria;

8º: Megido. Sem informações sobre esta criatura.

9º: Chanceler. Provavelmente o mais forte entre os governantes. É o que comanda o governo mundial a pedido do Imperador. É o líder dos governadores e o único a criar leis para todo o digimundo, exceto o lado oculto. Possui uma popularidade monstra, ou seja, ele se passa de bom moço e por isso os digimons o adoram. Foi ele quem estimulou a ideia de que os digiescolhidos, Gennai e amigos são terroristas.

NeoDevimon foi ao encontro do Chanceler, este precisou de ajuda.

─ Senhor, em que posso ajudá-lo?

─ Chame a equipe de reportagem da ilha de Locky. Preciso fazer um pronunciamento internacional, portanto avise também aos governadores.

─ Sim, senhor.

Pouco tempo depois, uma equipe de reportagem estava pronta para o pronunciamento do governante.

O Chanceler olhou bem para a câmera. Cinco segundos depois, o pronunciamento ao vivo foi enviado para os milhões de digimons espalhados pelo digimundo.

─ Caros cidadãos do Digimundo, é com grande pesar que estou aqui para dar uma notícia triste, decepcionante. Como sabem, nós mantemos uma boa ordem para o digimundo. Toda a nossa estrutura foi construída com muito esforço e determinação. Porém, há aqueles que querem destruir a nossa sociedade que finalmente conquistamos. Há algum tempo, o nosso grande imperador chegou e por isso os terroristas querem acabar conosco. Falo dos digiescolhidos e Gennai. Estes terroristas querem a qualquer custo acabar com todo o digimundo. Não podemos deixar que ele destrua a nossa democracia. Vamos lutar a favor do nosso mundo. Obrigado a todos. Até breve.

─ Perfeito, senhor Chanceler. Perfeito! ─ disse Neo.

─ Quero ver a cara de desespero dos digiescolhidos. Coloquem a foto de cada um deles nos noticiários. Quero todos contra eles. Não esqueça do Gennai também.

─ Sim, mestre.

Gennai ficou chocado com a performance hipócrita do Chanceler. Um sujeito que diz ser um bom governante, que ajuda os necessitados, mas não passa de um mentiroso a serviço do mal. Infelizmente os escolhidos terão muitas dificuldades de se estabilizarem no digimundo. Os próprios digimons vão odiá-los! Porém, nem tudo estava perdido. Os digimons fora das ilhas odiavam os governadores e são tratados como inferiores.

─ LinK, alguma notícia da Linx ou do Slash?

─ Ainda não, senhor. Parece que essa missão deles não está muito perto de acabar. Já deve ter passado dias e meses lá fora. Encontrar os digiescolhidos e as relíquias é uma missão quase impossível.

─ Eu só queria saber onde o digimon guardião guardou as relíquias. Infelizmente ele está morto e não pode nos dizer.

Enquanto isso, na casa de Gaia, uma pessoa apareceu na porta do casal. Diana atendeu a porta e viu um homem. Este usava um chapéu igual como aqueles de palha em que os chineses usam. O moço levantou a cabeça e revelou ser nada mais nada menos do que Slash.

─ Oh meu Deus. Slash, há quanto tempo! ─ disse ela abraçando o rapaz.

─ Tia, posso entrar?

─ Claro que sim. Você é da minha família. Entra.

─ Cadê o Gaia e o Gary?

─ Você sabe perfeitamente que os dois estão na escola. Slash, eu te conheço muito bem. Pode falar o que está acontecendo?

Slash sentou no sofá. Diana preparou um café para o sobrinho tomar enquanto contava o que estava havendo.

─ Os digiescolhidos estão todos no digimundo para acabar com os governos malignos. Mas o Chanceler resolveu jogar sujo e os chamou em rede internacional de terroristas perigosos. Gennai está muitíssimo preocupado com o irmão dele. Ele não admite, mas parece que está realmente precisando do Gaia.

─ Pois é. A Linx veio aqui e não conseguiu convencê-lo. Gaia e Gennai se odeiam desde o tempo em que ele decidiu me proteger e me flertar. Você sabe que eu estava fraca e vulnerável. Aquele desgraçado do Blizzard acabou com a minha vida.

─ Entendo. Ele acabou com a do meu pai também. Mas não por completo. Eu cheguei para salvá-lo. Salvar vocês das garras daquele canalha.

Diana e Slash estavam mais conectados do que podemos imaginar. A história desses dois cruzam com as de Wesley e Blizzard.

D.N.A ADVANCE: NOVA ORDEM DO SÉCULO

SAGA: VERSUS GOVERNANTES MALIGNOS

PERSONAGENS

Mia White e Betamon

Jin Fukuda e Mushroomon

Nunca antes o Digimundo precisaria mais dos escolhidos como agora;

Ruan Castillo e Hagurumon

Rose Archibald e Palmon

Os Digiescolhidos salvarão o Digimuno;

Lúcia e Lucas/ Lucemon

Aiko Kyoto e Agumon

Melhor os governadores não cantarem vitória. Os jovens vêm trazendo mais uma vez a paz;

Nashi Zumi e Kotemon

Freddy e Koemon

Imagine as batalhas épicas desta saga;

O Chanceler

Dracmon

Betsumon

Linx

LinK

Gaia

Diana

Gary

Príncipe Cranos;

Príncipe Pantro;

Príncipe Mur;

Lady B.;

Djinn;

Locky;

Queenye;

Akenathon;

Leviatã;

Beelzebinho;

Major;

Megido.

Garotos dispostos a mudar o Digimundo;

COM:

Wesley/ Beelzebumon

Astamon

Paulo Victor

Monodramon

Gennai

Slash

Petermon

Imperador Lucemon/ Ryuu Matsunaga

Isto é incrível. Os digiescolhidos começarão a lutar pela justiça;

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Blizzard Daregon/ Weiz.

 

ARCO: WISEMON

 

Cidade Portuária de Iso

─ O que os senhores querem? ─ perguntou um garçom Terriermon.

─ Eu quero frutos do mar. Sabe, nunca mais comi lagosta na minha vida. Acho que a última vez que eu comi foi há uns cinco anos. E você?

─ Hã? Ah, não. Eu sou alérgico a frutos do mar ─ disse Impmon. ─ Pode trazer carne assada.

Terriermon saiu com o cardápio marcado no tablete digital.

Paulo sentiu o frescor da brisa do mar. A maresia era pouca, o restaurante era amplo, tinha mesas do lado de fora. O tempo naquela região era bastante favorável.

A pacata cidade litorânea de Iso não costumava receber visitantes tão diferentes quanto os digiescolhidos. Mesmo assim, foi o ponto de partida de todos eles. Em alguma parte dali eles desceram. Além da calmaria, a cidade não era governada por prefeito, era proibido. O responsável por esta e outras cidades era um digimon contratado por Wisemon. Muitos moradores não podiam fazer nada a respeito, pois este digimon era forte para eles.

Outra novidade, era que havia uma grande antena parabólica. No digmundo, a população batizou de Satélite Inibidor. Ficava perto do porto e emitia ondas inibidoras que impediam a digievolução até mesmo dos parceiros digiescolhidos. Engenho do próprio Wisemon, que espalhou os objetos em diversos lugares.

Paulo ainda estava exausto desde que chegou ali. Não teve um momento de descanso. Desde que chegou da Genetech e foi para a base secreta de Gennai, ele não parou quieto. O corpo estava começando a responder negativamente. Ele encostou a cabeça sobre o braço, este sobre a mesa. Tentou fechar os olhos quando percebeu um clima pesado no ambiente. Assim que levantou a cabeça, viu Impmon bastante concentrado olhando para os lados.

─ O que houve?

─ Tem alguém com más intenções nos observando. Eu consigo sentir a presença do inimigo a quilômetros.

─ Onde ele está? ─ perguntou Paulo tentando se disfarçar.

─ Em qualquer lugar. Acho que ele deve ser algum capanga do tal Chanceler ou pode ser o próprio.

─ Como é que é? O capanga do Chanceler está aqui?!

Uma veia saltou na testa de Impmon.

─ DÁ PRA FALAR MAIS BAIXO?! SERÁ QUE VOCÊ NÃO VÊ QUE GRITANDO ASSIM PODE CHAMAR A ATENÇÃO DO INIMIGO?!

Terriermon chegou para Impmon.

─ Senhor?

─ O QUE É?!!!!

Terriermon derrubou a bandeja com a comida. Paulo fez uma cara de espanto. Impmon ficou assustado consigo mesmo. Muitos digimons olhavam para ele. Logo bateu a vergonha.

─ Argh! Vou ter que pagar o prejuízo. Valeu, pai.

─ “Malz” aí hehehehe

Ao fundo do restaurante, Monodramon conseguia observar muito bem a presença dos dois. Teve que sair da mesa para não ser pego pelo olhar de águia do Impmon. Mesmo assim ainda sentia a presença da sua hostilidade. Coisa de digimons.

Um Nanimon entrou no restaurante. O digimon quase parecido com um homem, chegou cheio de estilo e falando alto mesmo para todo mundo ouvir. Monodramon prestou atenção naquela criatura e logo sacou que se tratava do Capitão Nanimon.

─ Eu sou o Capitão Nanimon. Capitão do navio cruzeiro S.S Nanimon. Estou com fome, quero ser servido primeiro. Agora!

─ Senhor Nanimon, tem gente esperando na frente... ─ disse Terriermon.

─ Não me importa! Não me importa se esses fracotes de merda estejam há duas horas esperando. Eu sou importante aqui ou você quer que eu fale com o Devil?

─ Não, por favor.

─ Vai logo, pedaço de estrume! ─ Nanimon deu um soco em Terriemon que fez ele bater as costas numa mesa.

Paulo ficou odiando aquele digimon. Normalmente Nanimons não são agressivos, mas esse tal de Capitão era impiedoso com os outros. Talvez mais uma mudança graças aos governadores.

Impmon teve que segurar Paulo.

─ Não entendo. Pai, esse digimau está maltratando aquele pobre Terriermon.

─ Você não pode fazer nada. Enquanto você estava distraído e com a cabeça baixa, passou naquela televisão um pronunciamento do tal Chanceler. Ele está dizendo que nós somos terroristas e já deu o retrato falado. Se esses digimons nos pegam aqui estamos ferrados. Principalmente agora que está impossível até evoluir.

─ Que droga. Não podemos fazer nada. Aquele cretino está fazendo muita confusão ─ disse Paulo bastante furioso.

Capitão Nanimon comeu um peru enorme, assado. Depois disso se levantou. Terriermon interviu.

─ Não vai pagar a conta?

Ele pegou o pequeno pelas orelhas.

─ Eu já disse que sou o Capitão Nanimon. Eu não pago nada, entendeu? EU NÃO PAGO NADA!! ─ Nanimon deu um soco em Terriermon fazendo o coitado parar no teto. ─ Fique aí cima, seu trouxa hehehehehehe.

Depois que o digimau saiu, Paulo foi ajudar o pequeno digimon. Outros também foram.

─ Você está bem?

─ Estou sim, obrigado.

─ O que está acontecendo aqui? ─ perguntou uma Kiwimon.

─ Senhor, o Terriermon não teve culpa. Um tal de Capitão Nanimon veio aqui e bateu nele ─ explicou Paulo.

─ Hum... sei... Mas eu não sou senhor, sou senhorita Kiwimon. Outra coisa, é o que posso fazer, eu sou fraca e não posso bater de frente com esses trogloditas. Prefiro dar logo o que eles querem do que ficar discutindo. Pequeno Terriermon.

─ Sim?

─ Dê algo para esse humano e seu parceiro de graça. E pode deixar que não precisam pagar pelo prejuízo.

Impmon se intrometeu na conversa.

─ Espera um pouco. Vocês viram as nossas cara nos noticiários e querem nos ajudar?

─ Não se preocupe. Aqui em baixo, nós não respeitamos aquele ser perverso chamado Chanceler. Ele nem mesmo mostra a cara. Ele abraça bebês digimons, pega nas mãos dos mais pobres, mas rejeitou a população daqui de baixo. Aquele ser paga de um bom moço, mas é um diabo. Graças a ele, existem muitos digimons que nem aquele canalha. Muitos digimons que vêm lá de cima, incluindo esse Nanimon maligno, descem pra cá só pra nos humilhar.

Kiwimon terminou a explicação e falou para Terriermon não se preocupar. Paulo e Impmon agradeceram a calorosa hospitalidade deles.

Monodramon decidiu aproveitar bem enquanto a multidão não havia se dispersado para sair daquele lugar. Estava com muito ódio do humano. Aproveitou para ir ao gabinete do Capitão Nanimon que ficava no porto mesmo. Era uma casa de concreto. O navio, grande, ficava bem em frente.

─ Oh, é você. O que quer? ─ perguntou ele ajustando seu óculos dourado.

─ Eu o vi naquele restaurante. Graças a mim, você pegou aquele imbecil do japonês. Quer ganhar mais um pouquinho?

─ Se o senhor Wisemon está pagando... Quem devo matar?

Monodramon olhou com olhos maléficos e um sorriso sacana.

─ Não precisa matar. Você fez o japonês de escravo, agora faça este ─ mostrou a foto tanto de Paulo quanto de Impmon. ─ Ambos ainda estão na cidade, mas não se preocupe. Acredito que eles virão pegar o cruzeiro que zarpa hoje à noite.

Nanimon se lembrou que os dois estavam no restaurante ainda quando ele havia acabado de almoçar. Sorriu bastante, pois seria uma moleza para ele.

Paulo e Impmon agradeceram a boa recepção de Kiwimon e Terriermon. Ambos ficaram satisfeitos de terem comido tudo de graça.

─ Obrigado pela comida ─ disseram.

Depois disso, pai e filho andaram mais alguns metros até chegarem ao porto. Conseguiram ver alguns digimons na fila para entrarem e numa outra fila para pegarem a passagem. Os digimons eram bem organizados, mas o falatório era grande demais. Aquele cruzeiro seria muito cheio, haja vista que só de olhar teria pelo menos uns 300 passageiros ali.

─ Vamos ali pegar as passagens. Tomara que vendam em dólar americano.

Os dois ficaram lá atrás da fila. Um sujeito que carregava um balde e uma vassoura esbarrou nos dois.

─ Ah, desculpa.

─ Oi? Jin? ─ disse Paulo.

─ Paulo? Wesley? Há quanto tempo eu não vejo os dois.

─ O que você está fazendo aqui?

─ Paulo, eu estou trabalhando aqui. Mas não do jeito que conhecemos. Sou um verdadeiro escravo.

─ O que aconteceu?

─ Eu não sei. Apenas que depois de ir almoçar no restaurante, Mushromon e eu viemos comprar as passagens. Daí um cara chamado Nanimon nos impediu de viajar dizendo que somos criminosos só por sermos digiescolhidos. Nós reagimos, mas Mushroomon não conseguiu evoluir.

─ Então aquele desgraçado do capitão é um ser perverso mesmo. Deixa que eu dou um jeito nele ─ disse Impmon.

─ Como? ─ perguntaram os dois.

─ Digievoluindo, oras ─ os dois garotos caíram.

─ Não escutou o Gennai? Não podemos evoluir nossos parceiros. Jin tentou com Mush, mas deu erro. Como acha que vai dar certo?

─ Ué? Eu não sou seu parceiro real. E posso evoluir pra minha forma mega num piscar de olhos sem precisar de um digivice.

Os dois entenderam o recado.

─ NÃO VAI TER DESCANSO!! OS DOIS VÃO TRABALHAR ATÉ A NOITE!!

─ Desde quando recebe esses abusos, Jin?

─ Paulo, desde semanas. Eu tô aqui acho que já faz um mês. E olha que os nossos amigos estão sei lá quanto tempo a mais. Não aguento mais.

Mushroomon foi chutado para fora do gabinete do capitão. O cogumelo foi empurrado com balde, vassoura e tudo. Jin correu para proteger o próprio parceiro. A figura de Nanimon apareceu mais uma vez. Paulo e Impmon ficaram mais uma vez revoltados. Agora o garoto não podia mais aguentar aquilo calado.

─ Deixa eles em paz! ─ esbravejou o brasileiro.

─ Ahhh, os dois que estavam naquele restaurante mixuruca. Sinto muito em dizer que vocês vão trabalhar para sempre assim como esses dois babacas aqui.

─ Deixa de falar merda! Nunca vamos trabalhar para um ser asqueroso feito você.

─ Garoto, você gosta de aparecer. Se gosta de aparecer então eu te darei uma lição. Mas antes deixem os demais passageiros entrarem. Darei um castigo que jamais esquecerão.

─ Paulo, fique atrás.

Mushroomon se levantou com a ajuda de Jin. Os dois ficaram assustados com o que possa acontecer com os amigos. Nanimon, aliás, Capitão Nanimon, era um ser impiedoso bem diferente dos outros Nanimons. Também era mais forte.

Bem no alto, na mureta do navio, Monodramon observava todo o movimento de baixo com vista privilegiada. O pequeno dragão ria da cara dos digiescolhidos.

─ Faz um tempo que eu não te vejo tão risonho assim.

─ Dracmon, não me enche!

─ Hehehehe tá vendo o seu parceiro se ferrar lá em baixo? Como você é mau. Ele é o seu parceiro.

─ Sabe que ele me abandonou. Merece cem vezes mais do que isso.

─ Mas você devia ter mandado o idiota do Nanimon matar os dois. Com certeza ficou com pena do pobre Paulinho e não quis sentenciá-lo à morte. Você não tem vocação pra ser vilão.

─ E você tem? Quem é o seu parceiro? Aquele retardado que se veste de Tailmon? Sinceramente, eu tenho pena de uma criatura tão tosca quanto você. Baba ovo do Wisemon e cia.

─ Maldito.

─ Quer vir pra briga? Lembra-se quando brigamos? Você perdeu feio.

Dracmon teve que levantar a bandeira branca. Realmente Monodramon conseguia ser mais forte que ele. Era algo que ele não podia negar.

─ Vagabundo. Você tem razão, eu sou fraco. Mas sei de coisas que você não sabe. Coisas que poderiam mudar muito a sua vida. Só não conto porque não quero.

─ Invenção sua! A propósito, o que houve com os outros quatro digiescolhidos que apareceram primeiro.

─ Hehehe eu os separei. Como não me conheciam, eles caíram direitinho na armadilha. Os únicos que devem me conhecer são Jin e Paulo porque devem ter me visto no Japão, principalmente o teu parça porque eu fiquei hospedado na casa dele.

─ Conte em detalhes do que houve.

─ Agora está curioso? Você era quem deveria ter feito essa missão. Me pagou muito bem por isso assumi tudo. Se Wisemon descobrir que fui eu quem fiz, ele te destrói. Mas tudo bem, eu conto.

Dracmon olhou bem para Monodramon e assentiu contar o que fez com os demais digiescolhidos.

FLASHBACK ON

Muitos meses antes da volta de Paulo para o digimundo, os quatro digiescolhidos enviados por Gennai pararam perto da cidade de Iso. Ruan, Mia, Rose e Nashi começaram as buscas pelas relíquias, exceto Nashi que já havia encontrado a sua. Com seus Legacys em mãos, os jovens começaram a busca.

Monodramon, enviado por Wisemon, desistiu de ir atrás dos adolescentes. Conseguiu localizar Dracmon, que estava seguindo, e ofereceu dinheiro para realizar essa missão.

─ Tudo bem. O que ganho em troca?

─ Te dou 300 dólares americanos.

─ Fechado.

─ Mas não fala para o Wisemon, por favor.

─ Tudo bem.

Os dois fecharam o acordo e Dracmon resolveu seguir os digiescolhidos. A primeira parada era a cidade portuária. Os quatro estavam no restaurante da Kiwimon. Ninguém conhecia o pequeno vampiro, por isso foi mais fácil.

Os escolhidos estavam numa mesa almoçando juntamente com os seus parceiros. Ruan começou uma discussão a respeito da antiga conduta de Paulo, o que não agradou nada a Mia. Esta ainda estava com muita raiva do ex-namorado por ter falado aquelas barbaridades no passado.

─ Espera, Mia. Aonde vai? ─ perguntou Ruan.

─ Vou procurar a minha relíquia sozinha. Não preciso da ajuda de vocês. Vamos, Betamon.

A garota e seu digimon saíram do restante do grupo. Dracmon observou tudo e foi até ela tirar proveito da situação.

─ Olá.

Mia ficou olhando para os lados.

─ Aqui em cima.

─ Oh, você está em cima.

Dracmon pulou do alto do poste para o chão.

─ Prazer, meu nome é Dracmon. Eu vi vocês dois saindo do restaurante. Como tenho audição aguçada, eu ouvi quando você disse que vai procurar a relíquia sozinha

─ Sim. Sou uma das digiescolhidas.

─ Ótimo. Eu estava aguardando vocês. Gennai me enviou para ajudá-los, mas ajudarei você primeiro. Eu acho que sei onde está o seu objeto.

─ Você sabe? ─ perguntou Betamon.

─ Mas é claro. Eu já disse que fui enviado por Gennai, estava procurando as relíquias. Achei uma, atravessando o mar. Não consegui pegá-la porque só você pode fazer isso.

─ Como consigo chegar até lá?

─ Aqui está o mapa. Siga esse pontilhado vermelho e você achará num tipo de casarão que serve como hotel. Pode pegar um desses barcos menores, eles te levarão ao outro lado.

─ Obrigada.

Dracmon viu Mia e Betamon embarcarem. Para ele foi mais fácil do que roubar doce de criança. Logo ele voltou para o restaurante onde estavam os demais.

Rose e Palmon foram ao toalete quando uma voz chamou as duas. Rose abriu a porta e viu Dracmon sorrindo para ela.

─ Eu te conheço? ─ falou a galesa.

─ Não. Eu fui enviado por Gennai.

─ Enviado por Gennai? ─ indagou Palmon.

─ Sim.

─ Engraçado, ele nunca falou sobre você.

─ Claro que não. Eu sou um agente especial. Tenho um recado dele. Para encontrar a sua relíquia, você precisa ir sozinha numa missão. Sair em bando só vai atrapalhar. Aqui está um mapa. Pegue o barco de número 323 no porto. Só você e Palmon.

Depois disso, Rose resolveu ir apenas com Palmon. Ruan e Nashi ficaram confusos, mas permitiram que ela fosse. Nashi nunca viu Dracmon na base de Gennai, e olha que ele estava lá a bem mais tempo.

─ Eu vou nessa também. Se for pra sair procurando, pra mim o melhor é sair agora. Zumi, foi boa a sua companhia. Precisamos ir. Vamos Hagurumon.

─ Espera, Ruan!

Nashi decidiu ficar na cidade por mais alguns dias.

─ O que você achou disso?

─ Não sei, Kotemon. Isso está estranho. Ficaremos por mais alguns dias aqui e depois sairemos, que acha?

─ Certo.

Dracmon convenceu até o linha dura do Ruan, mas Nashi era bem mais esperto e não caiu na conversa mole dele.

FLASHBACK OFF

─ Não acredito que você deixou aquele tal Nashi escapar!

─ O que eu podia fazer? Aquele idiota é bem mais inteligente que os demais. Acho que ele tem um Q.I alto.

─ Tudo bem. Pelo menos os digiescolhidos já estão separados e perdidos.

Monodramon voltou a observar a movimentação do lado de baixo. Os passageiros estavam quase todos dentro do navio, portanto a luta estava prestes a começar.

...

SOBRE MIA WHITE E BETAMON MESES ANTES DA CHEGADA DE PAULO

Mia foi a primeira a embarcar numa viagem sem a ajuda de seus companheiros. Persuadida por Dracmon, em que se passou por bonzinho, a garota e seu parceiro anfíbio pegaram um dos barcos para atravessar o mar. O trajeto duraria no máximo 12 horas, mas não atrapalhou em nada a digiescolhida pois ela achou até interessante ver a água e até digimons aquáticos pulando perto da embarcação.

─ No que está pensando?

─ Betamon, você não me deixa quieta mesmo. Estou pensando no Paulo.

─ Você o perdoou?

─ Mas é claro... QUE NÃO! Aquele traste me disse coisas horrorosas. Acha mesmo que vou perdoá-lo?

Betamon ficou triste por sua parceira ter ficado tão dura desde que terminou o relacionamento com Paulo. Mia ficou outra pessoa. A antes sorridente deu lugar a uma amargurada.

As horas se passaram rápido. Já era noite quando o barco atracou no porto da cidade de River. Esta cidade era a irmã de Iso, porém com muito mais habitantes e com uma floresta ao redor, diferentemente da outra que tem um clima semi-árido.

Mia e Betamon pularam fora do barco e caminharam pelo cais. Claro que Dracmon não perdeu a oportunidade para segui-la.

─ Como consta no mapa, o caminho é pela floresta. Mas vamos amanhã porque já está de noite.

─ Estou com fome.

─ Vou comprar algo pra nós dois.

Eles viram um tipo de mercado. Compraram água, comida enlatada e um pouco de guloseima. A digiescolhida estava preparada para qualquer emergência, pois levou uma alta quantia em dólar. Encontrou uma pensão e pagou para ficar a noite.

No dia seguinte, os dois foram embora. Mia e Betamon conseguiram uma carona por meio de riquixá. O digimon era um Gazimon. Ele os levou até a saída da cidade que ficava numa estrada bem na floresta. Mia pagou ao digimon, ele agradeceu e foi embora.

─ O que faremos agora?

─ No mapa diz que temos que seguir em frente pela estrada. Depois tem uma pequena ponte cortando um riacho. Ele marcou aqui dizendo que há uma casa grande onde possivelmente está a minha relíquia.

─ Você vai lá?

─ Claro que vou.

Dracmon chegou na frente deles. Havia um casarão, era um hotel. O lugar era sinistro, pois além da fachada ser coberta por plantas trepadeiras, tinha fama de ser assombrado. Mesmo assim o pequeno vampiro conhecia o local há algum tempo e seu anfitrião.

─ Quanto quer para não deixar a menina sair daqui?

─ Uma boa quantia.

─ Meu chefe te oferece mil dólares americanos.

─ Tá pouco.

─ Tá pouco? Vai dizer isso para o mestre Wisemon?

─ Humm, tudo bem. Como é essa moça?

─ Não se preocupe. Ela será a única humana a pedir refúgio.

O dono do hotel revelou-se sendo uma criatura com um misto de Bakemon e Togemon. Chamavam-no de Pancho, uma criatura com roupas no estilo dos mexicanos e um grande chapéu na cabeça.

Mia viu o casarão à sua frente. O mais estranho era que o seu localizador do Legacy Azul Marinho não respondia. O mapa estava correto? Pouco importava. Ela viu que ali era um hotel.

─ Posso ajudá-la, senhorita? ─ disse um homem careca, de meia idade e aparentemente gay.

─ Eu queria saber se aqui guarda alguma relíquia antiga.

─ A única relíquia antiga é o próprio hotel. Mas não, não somos museus para guardarmos peças raras a não ser que seja uma das peças pessoais da nossa falecida Condessa Elizabeth.

─ Hum, sei. Quanto custa um quarto para nós dois?

─ 35 dólares a diária.

─ Nossa! E é um hotel cinco estrelas. Ainda bem que eu trouxe dinheiro comigo. Senhor...?

─ Senhorita Liz Taylor, por favor.

─ Liz Taylor? Esse é um nome de mulher ─ disse Betamon deixando Mia envergonhada.

─ Ui, não é problema nenhum. As pessoas sempre se confundem com a minha personalidade feminina. Iris, por favor, leve-os para o quarto.

Uma mulher baixinha, gorda e que usava óculos se chama Íris. Era ela a encarregada de levar os hóspedes até os quartos.

─ Enfim, bem-vindos ao Hotel Cortez.

Mia achou aquilo tudo estranho. Mesmo assim acompanhou Íris até o quarto do andar de cima.

O Hotel Cortez era enorme. Muito grande e possuía inúmeros quartos. Ninguém imaginaria que humanos viviam naquele lugar.

Enquanto os três se deslocavam para ir ao quarto, uma mulher magra, loira de cabelos curtos e arrepiados fumava um cigarro e tinha uma maquiagem borrada; sua roupa era bem punk estilo anos 90.

─ Olha só a projeto de cachalote aqui, minha gente.

─ Vê se me erra, Sally. Estou com hóspedes novos.

─ Não estou mais nem aqui. E o Poncho sabe que você anda dormindo nos quartos?

─ Se quiser falar, pode falar. Vamos.

Mia entrou no quarto. Betamon ficou de queixo caído com o luxo e a grandiosidade do lugar. Íris apresentou todos os detalhes, cômodos etc. Mia ficou muito satisfeita e agradeceu.

Anoiteceu bastante rápido. Mia e Betamon adormeceram. A digiescolhida sentiu algo frio nos pulsos. Acordou de repente com algemas nos segurando os seus braços. Tentou chamar Betamon, mas estava desacordado. Ao redor da cama estavam Liz Taylor, Íris e Sally. Uma pessoa se aproximou, era um homem bem vestido, com roupas sociais estilo anos 20, um chapeuzinho, uma bengala; além de ter um bigode.

─ Minha querida, não se preocupe. Você está com paralisia do sono, não poderá se levantar. Eu me chamo James Patrick March, ou pode me chamar de Poncho. Sou dono deste hotel. Você deve estar se perguntando o que faremos com você. Vamos te transformar na nossa condessa Elizabeth, já que a anterior, a Stefani Germanotta morreu.

Mia não conseguia falar nem se mexer. Apenas via e respirava.

Os quatro ficaram em silêncio quando uma figura entrou no quarto. Uma pessoa vestida num casaco preto e usava um grande chapéu pontudo de bruxa. Era uma mulher idosa. Era uma bruxa!

─ Dona Minerva, que bom que a senhora apareceu ─ disse Poncho.

─ Essa aí será a nova condessa?

─ Sim.

─ Olá minha querida. Eu me chamo Minerva Maggie Smith McGonagall. Creio que você nunca tenha me visto. Vou transformá-la na nossa condessa. Há séculos fazemos isso.

O cérebro de Mia bugou de vez e ela desmaiou.

SOBRE ROSE E PALMON MESES ANTES DA CHEGADA DE PAULO

─ Ai que saco! Não aguento mais essa maresia chata!

─ Calma Rose. Quando chegarmos ao outro lado vamos encontrar a Mia.

─ Eu sei, Palmon, mas eu não gosto de praias, oceanos etc. Eu fico enjoada ─ Rose correu para a mureta do barco e começou a vomitar.

Palmon ficou enjoada do vômito e da cara de Rose.

Pouco tempo depois as duas conseguiram finalmente chegar ao outro lado da travessia. Só que ambas não viram cidade alguma. Era um lugarejo de pequenos digimons. O capitão do barco não deu informações e apenas pediu para que as duas descessem.

Rose estava exausta, com fome, cansada. Não parava de falar. Palmon já estava acostumada dessas reclamações da sua parceira.

─ Maldito, nos trouxe para este fim de mundo. Não tinha algo melhor não? Olha essas casinhas, se caber a metade da minha perna vai caber muito.

─ Calma, Rose. Vamos achar um jeito.

As duas nem deram atenção ao pequeno vilarejo, continuaram a caminhar. Como aquele lugar era aberto, pois era uma planície, dava para ver nitidamente as ilhas em espiral. Claro que a moça ficou chocada com o que viu, era uma visão totalmente surreal.

─ Será que é ali que moram os governadores?

─ Acho que sim, Rose. Deve estar muito longe, apesar de aparentar estar perto.

─ Aonde vamos?

─ Ei psiu.

─ Hum? Você quem disse isso, Palmon?

─ Não disse nada.

─ Sou eu.

As duas olharam para trás e viram um coelho bípede usando uma roupa social e segurando um relógio, olhando para as duas.

─ Quem é você? ─ perguntou Palmon assustada.

─ Eu me chamo Coelho Branco. Vim da vila Wonderland. Sou o antigo prefeito da vila. Por favor me ajudem.

─ O que você quer? ─ perguntou Rose.

─ A minha vila passa por momentos difíceis. A Rainha má está causando grandes problemas.

─ Oh! Quem é essa rainha? ─ perguntou Palmon.

─ A Rainha de Copas. Ela foi transformada em um ser mau por Wisemon para controlar a vila Wonderland. Antigamente a nossa vila era pacífica. Hoje a cabeçuda não deixa as pessoas e digimons saírem de lá. Eu fui o único que consegui sair, mas meus irmãos ficaram.

─ Bom, não temos pra onde ir mesmo. Acho melhor acompanhá-lo e ajudá-lo. Assim você nos ajuda e ajudamos você.

─ Muito, muito, muuuuuuuito obrigado! Venham, é por aqui.

Rose e Palmon acompanharam o Coelho Branco até uma árvore torta. O Coelho avisou que seria ali a passagem para Wonderland.

─ Não vejo passagem nenhuma.

─ Toma a minha lupa.

─ Caramba! Olha o tamanho da portinha! ─ disse Rose.

─ Deixa eu ver!

A porta para chegar à Wonderland não tinha mais do que 1 cm de altura! Realmente era um lugar estranho. O coelho pediu para que a moça e a digimon tomassem uma pílula encolhedora. As duas ficaram do tamanho de uma formiga. O Coelho abriu a porta e os três entraram. Havia uma sala com várias portas. Cada uma levava para um ponto específico da vila. O Coelho escolheu o que ele havia fugido.

─ Venham, vamos parar ao lado de um beco. Aqui os soldados de cartas não vão nos achar.

Uma luz forte sugou a todos. Havia um beco e era noite. A lua estava tão próxima dos três que mais parecia que estava viva. As casinhas tinham formatos irregulares, ora parecendo bolas de futebol ora parecendo pirâmides. Era algo realmente nonsense.

─ Pode aparecer, irmão ─ disse o Coelho.

─ Tudo bem...

A lua nova revelou ser um sorriso. A cabeça de um gato apareceu e a lua era o sorriso dele. Rose ficou alegre. Era o gato de Cheshire!

─ Você é o Gato de Cheshire? ─ perguntou ela.

─ Como sabe o meu nome?

─ Digamos que foi intuição ─ não, definitivamente não. Rose sabia muito bem que personagem era aquele.

─ Venham... os soldados se retiraram...

Os quatro caminharam até a casa dos três irmãos. A vila Wonderland era bem estilo Idade Média. Não havia tecnologias por ali, apenas podia ver o que estava acontecendo no digimundo exterior com alguma poça de água. Era só dizer uma frase que dava para fazer isso. Com uma população de 1000 habitantes, era governado por uma rainha.

─ Chegamos.

O Coelho levou-as para uma casa em formato de um chapéu roxo. Assim que entraram um homem vestido de roupas bastante coloridas e com cabelos de algodão doce esperava por elas.

─ Oi. Eu sou...

─ Chapeleiro.

─ Como sabe o meu nome?

─ Ela é esperta... descobriu até o meu... ─ disse Cheshire.

─ O Coelho finalmente conseguiu trazer um digiescolhido para a nossa salvação muito obrigado. Aceita um chá? ─ Rose e Palmon aceitaram. ─ Então vamos para a sala de jantar, eu explico tudo.

Chapeleiro levou as duas. Explicou que a antiga Rainha Branca tornara-se a malvada rainha de Copas da noite para o dia. E que somente um digiescolhido poderia retirar o “feitiço” dela. Rose prometeu ajudar.

Enquanto isso, no castelo, a Rainha de Copas ficou se olhando no espelho quando viu a presença de Dracmon.

─ Você está bem.

─ Mestre Dracmon. Meu senhor, o que quer?

─ Hehehe, sabe que tem uma digiescolhida por aqui na vila? Os irmãos Malucos resolveram trazê-la para cá. Quero que feche todas as saídas e também que prenda a moça.

─ Claro que sim, meu querido mestre.

Dracmon sorriu. Ele desapareceu do espelho.

SOBRE RUAN E HAGURUMON MESES ANTES DA CHEGADA DO PAULO

Ruan e Hagurumon desembarcaram numa ilha longe dos portos, cidades etc. Assim que puseram os pés na areia eles viram pequenas criaturas perto deles. Eram quatro que lembravam muito quatro personagens distintos: Dave Jones de Piratas do Caribe, Son Goku do anime Dragon Ball, Homem de Ferro e Jack Sparrow também dos Piratas do Caribe. A cara de Ruan foi de espanto na hora. Eram quatro criaturas de 50 centímetros!

─ O que vocês estão fazendo aqui? Quem são vocês? ─ perguntou o que parecia com Son Goku.

─ Deixa de ser azedo. Eles vieram nos visitar ─ disse o que parecia ser Homem de Ferro.

─ Azedo é você! Quem é você na fila do pão pra me chamar desse jeito?

Os dois começaram a brigar e a fazer muita poeira. O que parecia ser o Jack tomou a palavra.

─ Devem ser forasteiros. Vieram de onde?

─ Eu me chamo Ruan. Sou um digiescolhido.

Os quatro ficaram surpresos. Os dois que brigaram pararam quando ouviram a palavra “digiescolhido”.

─ Vem cá, vocês são o quê? Gnomos, digimons, humanos? ─ perguntou Ruan.

─ O que ser isso de Gnomo? ─ perguntou o Dave.

─ Tá na cara que eles são inimigos querendo conquistar o nosso mundo. Eu vou aniquilar todos vocês. Tomem agora o meu kamehameha foderoso ─ o anão Goku fez a mesma coisa que o Son Goku fez e soltou um raio na direção de Ruan. O raio só fez queimar um pouco a roupa do garoto. O pequeno ser fez cara de espanto. ─ Ele é poderoso demais!

─ Cala a boca. Você que é um idiota ─ disse o Ferro.

─ Vou fazer você engolir sua língua! ─ os dois voltaram a brigar e fazer muita poeira.

─ Olhe, não queremos causar confusão. Só queremos passar a noite em algum lugar.

─ Oh sim. Venha para a nossa cidade. Deve haver algum canto onde poderá ficar.

Ruan ficou todo alegre. Finalmente vai poder se deitar debaixo de um teto, numa cama confortável. Mas não foi isso não. A cidade era miniatura também. As casas eram menores que o próprio rapaz. Até mesmo Hagurumon ficou surpreso pois ele era maior que os moradores.

─ Bem-vindos à Cidade do Fogo Azul ─ disseram.

O lugar era tão incrível que os moradores eram todos personagens de desenhos, animes, seriados, filmes, HQs, mangás etc. Era como se fossem vários minis cosplays. Toda a população era inspirada em personagens. Cada habitante diferente do outro!

─ Que lugar é este? ─ perguntou o tão calado Hagurumon.

─ Nossa, isso é demais! Vou ter que registrar isso com o meu Legacy.

Ruan ajustou o legacy para tirar uma foto. Ele colocou o punho paralelo ao corpo e tirou. Seu aparelho era o único capaz de tirar fotos e filmar.

Os quatro levaram os visitantes aos locais mais conhecidos. A cidade era bem fofa, com prédios que chagavam até 10 metros de altura, cassino, pista de hóquei, estádio de futebol, aeroporto, lojas, governo, ou seja, tudo o que uma cidade comum teria.

─ Seria melhor se eu falasse com o líder de vocês.

─ Fala do prefeito? Bem, vamos à prefeitura ─ disse Jack.

O prédio da prefeitura era tão pequeno que foi impossível do Ruan e Hagurumon entrarem. Os personagens anunciaram o prefeito. Ruan escutou uma muito conhecida do Star Wars. Tema do Darth Vader. Quando viu quem era o prefeito, quase caiu pra trás?

─ DARTH VADER!! ─ sim o prefeito era o personagem do Star Wars.

─ Já pode parar de tocar, Goku.

─ Sim, senhor ─ ele desligou o rádio.

─ Meu jovem. Você disse que é um digiescolhido?

─ Sim, sou eu mesmo. Vim aqui acabar com o tal Chanceler... ─ todos riram da cara dele. ─ E reunir as relíquias digitais.

─ Vai mesmo? Só que não.

Ruan estranhou a resposta do prefeito. Não teve tempo nem de reagir e logo caiu no chão desacordado. Hagurumon também desmaiou. Haviam atirado com pistola de choque neles dois.

─ O Chanceler é um líder respeitoso. Como ousam falar mal dele na minha frente. Leve-os para a cela.

Os personagens levaram os dois para a cadeia. Ruan teve que ficar agachado pra poder entrar. Jack ficou indignado com o que o prefeito fez, mas não podia fazer nada. Os outros assistentes eram mais fiéis ao Darth e ao Chanceler.

─ Droga, o que aconteceu?

─ Estamos presos.

─ Malditos! Soltem-nos!

Dracmon fez um acordo com Darth para prender Ruan naquele lugar até Wisemon chegar.

Durante a noite, Jack saiu escondido para soltar os dois.

─ Você nos traiu! ─ acusou o digiescolhido.

─ Não, eu não. Pensei que o prefeito ia ajudar, mas ele fez pacto com um tal de Dracmon. Vamos, levo vocês dois para a saída.

Os três despistaram os seguranças e saíram do lugar. Jack deu uma dica para sairem da cidade antes que vissem os dois. Ruan e Hagurumon agradeceram e foram embora.

─ Bonito, hein? ─ disse Darth.

─ Não pode ser.

─ Prendam esse traidor.

Os guardas, iguais os guardas da rainha, levaram o pobre Jack para passar um longo tempo na prisão.

─ O que aconteceu aqui? ─ perguntou Dracmon.

─ Ele fugiu ─ respondeu Darth.

─ Mas que droga. Eu ia chamar o mestre Wisemon pra cuidar dele. Escute aqui, os outros digiescolhidos ainda vão demorar a chegar, mas se ver algum deles me chame. Preciso informar ao chefe Ice o quanto antes.

Momentos depois um ser branco com grandes asas pousa na cidade. Os habitantes morriam de medo dele. Dracmon informou.

─ Do que está falando, Dracmon?

─ O tal Ruan fugiu.

─ E para onde ele foi?

─ Entrou mais pra dentro da ilha.

─ Vou dar uma olhada.

O digimon sobrevoou todo o arquipélago e não viu rastro de digiescolhido. Ruan e Hagurumon conseguiram se esconder sob as folhas de uma árvore. Eles descera assim que viram o digimau ir embora.

─ Achou ele?

─ Não me faça rir, Dracmon? O chefe Wisemon vai ficar com muita raiva de você e pode até te destruir.

─ Chefe IceDevimon, já se esqueceu que nesta ilha há um escudo de força que impede de quem está dentro sair? Apenas nós temos a capacidade de sair, mas creio que o Ruan não. Eles vão ficar por essas ilhas, perdidos. Sobretudo se eles respirarem o pólen das flores alucinógenas.

─ Tudo bem. Talvez por conta da chegada do Imperador, o chefe Wisemon não venha pessoalmente. Vamos deixar esse pobre diabo preso aqui.

Os dois sumiram de vista.

...

Voltando para a cidade de Iso, Impmon resolveu finalmente lutar contra o Capitão Nanimon. Esse seria o seu primeiro desafio depois que chegou ao Digimundo. Nanimon começou a se aquecer para a luta. Assim que ficou pronto, correu pra cima de Impmon que usou seu poder.

─ FOGO DA NOITE! ─ soltou uma rajada de fogo, mas foi impossível parar o inimigo.

─ SOCO PODEROSO! ─ Nanimon deu um soco, mas acertou o chão. O golpe chegou a causar um buraco.

Impmon pulou para o outro lado e lançou várias bolas de fogo e gelo. Nanimon era rápido, acertava os golpes de Impmon com certa facilidade. O vilão correu com tudo para cima do menor.

─ PILAR DE FOGO! ─ Impmon fez uma parede completamente de fogo. Nanimon retrocedeu.

O digimau colocou os braços e pernas pra dentro do corpo e saiu rolando. Impmon percebeu e desviou, mas foi pego de raspão.

─ Te peguei ─ disse Nanimon já preparando para dar um soco. Impmon viu e rapidamente usou o teletransporte para se salvar.

─ Pegou quem? ─ disse sarcástico.

─ Seu cretino ─ Nanimon quis pegá-lo, mas Impmon sempre sumia e aparecia. Nanimon ficou parado por um tempo, depois voltou a atacar. O Impmon usou o teletransporte, mas Nanimon conseguiu prever onde ele iria aparecer. O vilão deu um soco no rosto do outro que o fez desmaiar. ─ Na mosca!

─ Pai! ─ disse Paulo correndo para ajudá-lo. Impmon acordou do breve desmaio com a bochecha um pouco inchada.

─ O que aconteceu? Como ele conseguiu saber onde eu ficaria?

─ Hehehehe fácil. Senti o seu poder de dados? ─ a cara dos dois foi de interrogação. ─ Claro. Estão surpresos. Eu explico. Normalmente os digimons comuns desta parte do digimundo não conseguem sentir o poder de luta de outro digimon. Apenas os digiescolhidos têm essa façanha. Mas com a Nova Ordem Mundial, nós, digimons das ilhas, conseguimos ter essa mesma técnica. Você usou o teletransporte numa luta o que te deixou com a guarda baixa. Hehehehe e agora, vão comer cadeia pra deixarem de ser otários.

Paulo e Impmon pararam atrás das grades. Os dois foram presos e os pertences do rapaz apreendidos. A cela ficava no mesmo local onde ficava o gabinete do capitão. Paulo ficou com muita raiva.

─ Que droga. Que raiva desse desgraçado!

─ Desculpa, filho. Acho que devia ter treinado mais. Não consegui evoluir.

─ Deixa eu ver o seu rosto... Ficou feio. Caramba. Se tivesse gelo... Como vamos sair daqui agora?

─ Não dá ─ disse uma voz.

Os dois olharam para trás e viram um Hookmon sentado num banco de madeira.

─ Quem é você? ─ perguntou Paulo.

─ Eu me chamo Hookmon.

DIGIMON: HOOKMON

Nível: Adulto;

Atributo: Vírus;

NPD: 14.000

Um digimon capitão que gosta de viajar no seu mais famoso navio. Ele pode assumir a forma perfeita se quiser pegar no timão.

─ Você é Hookmon. Aqui diz que você tem um navio. Quer dizer que aquele é o seu navio? ─ perguntou Paulo.

─ Sim. Eu sou o verdadeiro capitão daquele navio.

Pai e filho se olharam surpresos.

Jin não conseguiu dormir sabendo que o amigo estava preso. Ele vivia num quartinho perto do cais. Mushroomon estava cansado e faminto. O jovem retirou a sua marmita para dar inteiramente ao seu parceiro.

─ Você vai ficar com fome?

─ Vou sim. Mas eu quero que fique forte para a possível luta que daqui a pouco vai acontecer. Eu vou tentar soltar os dois e depois vamos destruir aquela antena. Se ela for destruída, o Wesley vai voltar a ser Beelzebumon.

─ Entendi.

─ Pois então come rápido.

Nanimon dormia. Os passageiros estavam esperando o navio zarpar, mas só faria isso meia-noite. Era uma viagem longa, portanto o vilão descansava primeiro para depois ir.

A lua como sempre estava cheia e brilhou uma parte da cidade.

Jin e Mushroomon aproveitaram para ir até à cela. Paulo viu o seu amigo chegar.

─ Paulo, como faço pra te soltar?

─ Eu já sei. Pai, segura a extremidade direita do banco e Hookmon à esquerda. Tragam pra cá e coloquem na dobradiça da cela aqui em baixo. Como numa alavanca, é só puxar pra baixo. Jin, vá até o satélite e o destrua. Assim papai vai poder se transformar. Vai.

─ Ok.

Dracmon viu Jin sair e foi tentar avisar ao capitão. Ficou frente a frente com Paulo pela primeira vez desde quando Weiz havia sequestrado o garoto.

─ Safado. Então você estava por trás disso.

─ Deixa eu cuidar disso ─ disse Impmon.

─ Não posso acreditar que vocês fugiram. Como isso aconteceu? ─ indagou Nanimon ainda sonolento.

─ Chefinho, o Jin foi ajudar. Ele foi até o satélite.

─ E o que está esperando de detê-los? Eu cuido desses dois... três! Hookmon, um frouxo que nem você não acrescenta nada na luta.

─ Veremos, Nanimon. Veremos.

Foi um momento de tensão. Os ânimos estavam exaltados. A qualquer momento uma luta estava prestes a começar. Paulo, Impmon e Hookmon contra o perverso Capitão Nanimon. Jin e Mushroomon foram destruir o satélite, mas Dracmon foi atrás a fim de atrapalhar. Dentro do navio estava Monodramon que fez pouca ou nenhuma questão de ajudar o aliado. E por fim, do alto do telhado do restaurante, os olhos de Astamon viam tudo o que acontecia metros à frente.

Continua...


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo: Nanimon não vai deixar Paulo e Impmon escaparem ilesos, portanto uma nova luta inicia. Jin tem que salvar os amigos destruindo o satélite. Após isso, os quatro embarcam no navio, mas encontram outro desafio. Dracmon não se dá por vencido e contrata outro digimau. Não percam a confusão que será dentro daquele navio!


Finalizando aqui. Espero que tenham gostado. Não preciso de pressa para acontecer os confrontos com os governadores. Esses primeiros capítulos serão mais leves, mas quase todos terão alguma ação.

Não percam também outras fanfics minhas. Uma de terror com temática gay e outra de Jogos Vorazes. De vez em quando estou atualizando essas duas.

Pupilos, até mais uma próxima atualização. Deixem suas opiniões nos comentários. Tchau!



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