D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 6
A Decisão de Arkadimon


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo que posto. Gente já é madrugada e é meia noite quase uma hora. Decidi postar antes de ir ao trabalho. Não quero esperar pra postar a tarde então vai agora mesmo. Enfim espero que gostem do capítulo. Eu não tenho muito o que falar, por isso que não terá notas finais. Se quiserem comentar tem meu total apoio e se quiserem recomendar eu dou meu apoio mais ainda ahuahauhauha boa leitura.



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CAPÍTULO 083

Barbamon seguia Astamon pelas ruas movimentadas da cidade. O velho ficou alguns metros de distancia ficando atento a qualquer movimento do outro. O ex-detento foi para uma parte da cidade em que as ruas eram mais escuras e pouco movimentadas. A fumaça saindo pelos bueiros era muito evidente. O tom sombrio de toda a metrópole estava naquele bairro quase morto. Prédios antigos e casas fechadas promovia o ar fúnebre da região.

Astamon parou quando ficou de frente para um beco escuro. Percebeu que alguém o seguia. Pediu para que a pessoa aparecesse na sua frente ou a mataria ali mesmo. Um Digimon começou a surgir atrás dele. Era branco, com uma máscara no rosto, cabelos brancos, asas grandes e calças pretas.

— Quem é você? — perguntou o homem de terno.

— Eu me chamo Neodevimon o dono desta área. Eu estava te seguindo quando você colocou os seus pés nesta região.

— Hum então eu não sabia que chão e parede teria dono hehe. Isso que é ser original num mundo completamente clichê — falou dando um sorriso de canto.

— Então gosta de brincar com as palavras. Muito bem, veremos se você é bom em outras coisas mais interessantes — falou Neo.

— É desse espírito que eu gosto, meu chapa — retrucou sem deixar o sorriso na cara.

Neodevimon começou a soltar uma aura negra e ficou se multiplicando até ficarem seis. Astamon olhou maravilhado com a técnica do outro e começou a aplaudir o tal feito. O demônio ficou em posição de ataque, aliás, os demônios. Então começou a avançar com suas garras.

— O que ele pensa que está fazendo? Enfrentar seis fases perfeitas é suicídio — disse Barbamon assistindo a luta escondido atrás de um poste do outro lado da rua.

Os Neodevimons ficaram avançando com suas garras para acertar o homem. Porém ele desviava com muita facilidade dos ataques e até mesmo começou a se divertir.

— Eu nunca mais tive uma oportunidade de me divertir tanto assim como agora. Foram anos e anos aprisionado naquela prisão sem fazer nada. Acho que nunca perderei a minha forma de lutar, não é? — falou rindo.

— Você está se divertindo com isso? Como pode? — perguntava o outro impressionado.

— Sabe, eu adoro um bom desafio de alguém que vale realmente a pena. Fico em êxtase só com o fato de estar aqui agora apenas desviando dos seus golpes. Contudo estou com pressa e não quero perder muito tempo aqui — ele começou a acertar os inimigos com golpes rápidos e precisos. À medida que atacava ele derrotava de um por um as cópias que viravam fumaça ao serem derrotadas. Até ficar o verdadeiro Neodevimon.

— Como conseguiu se defender e atacar as cópias com total êxito?

— Não sou qualquer um fase-perfeita que você já viu por aí. O meu poder vai muito mais além do que isso — falou Astamon segurando os braços do outro e o derrubando no chão — Sabe, se eu quisesse acabar contigo agora eu conseguiria. A minha força é mais poderosa do que muitos do nível extremo por aí. Eu sou um artista da sombra e profeta do que sempre acontece na vida das pessoas que cruzam o meu caminho. Sabe o que eu acho de mais interessante nisso tudo? É que eu posso decidir mudar o destino das minhas vitimas a qualquer momento. Apesar de não achar isso muito interessante. Para você eu prevejo uma morte inevitável e sem escolha, no entanto não agora meu caro rapaz — ele saiu de cima do outro e o levanta.

— Fiquei muito constrangido com tudo. Agora sei que há alguém realmente superior do que o maldito Beelzebumon — falou o outro se ajoelhando e curvando — me deixa trabalhar para você, por favor?

— Perfeito. Agora me diga o que tem de tão especial nesse cara que todos veneram como se fosse um herói? Aliás, meu pupilo, me diga sobre os escolhidos e o que você sabe sobre eles.

Barbamon viu tudo e ficou completamente impressionado. O cara que ele permitiu fugir é mais forte do que os membros da Liga Negra. Era uma oportunidade única de acabar de vez com os escolhidos e toda a sua soberania para com o mundo digital. Pegou no bolso um aparelho parecido com um celular e digitou alguns números.

— Alô, Myotismon? Você poderia me explicar algumas coisas e... Ah já ia me esquecendo, tenho uma notícia muito boa para contar-lhe.

...

Cardiff, País de Gales

— Vai logo, Rose. Estou com muita curiosidade pra saber se ficou bom ou não em você — disse Palmon trajada num vestido rosa e com um chapéu da mesma cor em frente de um provador de roupas.

— Calma, Palmon. Estou quase terminando, acalme-se — falou uma voz feminina.

A porta do provador abriu revelando uma garota de dentro da cabine. Rosemary estava vestida numa calça jeans de alfaiataria, uma camiseta rosa e sandálias pretas. Seus cabelos, antes castanhos e ondulados, deu lugar para um castanho, liso e repicado nas pontas que ia até os ombros. Seu estilo mudou muito depois desses anos todos. A garotinha mimada deu lugar a uma garota adolescente e quase independente.

— O que você achou dessa combinação? — perguntou ela dando uma volta.

— Ficou perfeito. Estilo perua chique que nunca sai da moda — disse a Digimon.

Elas estavam numa grande boutique de roupas de luxo. A garota pagou cerca de dois mil libras só de compras e ainda mandou o seu segurança levar todas as sacolas. Colocou seus óculos escuros e saiu do estabelecimento. O lugar ficava numa região nobre da cidade. Rose colocou um casaco por cima para se proteger do frio que estava fazendo naquele dia. Entrou no Rolls Royce negro e foi embora com a sua parceira. Os seguranças foram atrás num carro preto.

— Estou tão feliz, Palmon, porque ganharei uma gargantilha de diamante do meu pai. Era para ter sido no meu aniversário em dezembro, mas ele quis que fosse este ano. Não vejo a hora de ganhar.

— Será que é legal mesmo ganhar alguns pedaços de vidro e colocar no pescoço?

— Não são vidros, tolinha. São diamantes. São joias que valem muito dinheiro e que nem todos podem ter. Tipo o Paulo, apesar de ser classe média, ele não teria condições de comprar algo que vale mais do que um carro.

— Entendi. Agora vejo que vai se importar muito com essa tal de gargantilha e me deixar de lado — a Digimon baixou a cabeça triste.

— Não fale bobagens, querida. Você vai ser sempre importante para mim independentemente de qual situação estejamos.

— Obrigada, Rose — as duas se abraçaram. O motorista ficou apenas olhando pelo espelho.

O carro chegou à mansão Archibald. Os portões se abriram e o veículo estacionou perto da fonte que havia perto da entrada da mansão. A garota e sua parceira saíram e andaram até a porta. Entraram.

— Olá, Márcia ou Conceição. Cadê a minha mãe? — perguntou a herdeira.

— A duquesa foi sair tomar chá com as madames lá do clube. Não sei que gosto é conversar da folga que tem na vida e ainda tomar chá de cidreira. Se fosse eu preferia uma pinga 51 queimando desde o gargalo. Faria estrago — falou a governanta de um jeito irônico que só ela sabe fazer. Márcia era morena, um pouco gorda e trajava seu uniforme branco que era um blazer e uma saia.

— Você e suas ironias. Aqui não é permitido esse tipo de bebida. Agora se me der licença eu vou para o meu quarto. Vamos, Palmon — a garota subiu quase rebolando.

— “Esse tipo de bebida não é permitida” — Conceição começou a imitar o trejeito da garota e ficou se rebolando com a mão na cintura. Uma empregada via tudo com cara WTF. — Ai que susto! O que está me olhando hein, sua idiota? Vamos trabalhar. Até parece que você ganha só pra olhar as minhas lindas curvas — e saiu para a cozinha.

— Curvas? Só se forem de barril — disse a empregada rindo com a mão na boca.

O quarto da garota era deveras grande com uma cama grande, cômoda grande etc. Ela ficou de frente ao espelho e ficou se olhando. Depois pegou seu celular e ficou mexendo nas funções e tirou uma foto sua no espelho pra depois postar no Facebook.

— Rose, a gata do Facebook — disse ela rindo da sua afirmação.

— Pensei que o seu pai fosse ficar em casa hoje — disse a digimon.

— Não. Ele vai se encontrar com aquele cientista suíço pra falar sei lá do que. Hoje vamos ao digimundo, que tal?

— Oba!

Madri, Espanha

— Passa a bola. Passa logo — gritou Ruan para o colega do time de futebol. Ele era o atacante do time e estava com a bola do jogo nos pés. Finalizou e fez o gol da vitória do seu time. Todos comemoraram após o gol, pois faltava um minuto pra acabar.

Ruan estava mais forte e mais atlético do que antes. O espanhol era jogador do time da sua escola e o capitão. Deixou seus cabelos loiros bem curtos e ficou com uma aparência mais adulta apesar dos seus quase quinze anos. Foi para o vestiário da escola.

— Esse é o nosso Ruan, cara. O herói do jogo. O melhor — falou um cara trocando de roupa.

— Não quero me gabar, mas sempre fui bom nisso — ele percebe que o seu digivice, dentro da mochila, começa a tocar — eu preciso ir.

— Já vai, cara? — perguntou outro rapaz.

— Eu tenho um compromisso daqui a pouco. Fala para o técnico que infelizmente eu não poderei ficar para a comemoração no clube. Okay caras, falou aí — o rapaz saiu da escola e pegou um táxi para voltar para casa.

Ao chegar ao seu apartamento, o garoto vê Hagurumon brigando com o cachorro Chihuahua da sua mãe.

— O que está havendo aqui? — perguntou o rapaz olhando a bagunça na sala. Estava tudo revirado e caído ao chão.

— A culpa é desse cachorro que não gosta de mim. Por favor, manda ele parar se não eu não me respondo por mim — disse o Digimon.

— Para com isso, Scott. Sai, sai — o rapaz pegou o animal e o trancou no quarto dos seus pais. — Pronto agora não vai nos atrapalhar, seu cachorro do mal.

— Como foi o jogo?

— Vencemos. Eu queria comemorar com os meus colegas, porém não há nada melhor do que comemorar lá no digimundo com o meu parceiro. Vamos lá para Digicity aprontar?

— Sim. Estou ansioso pra ir logo.

O rapaz pegou o seu aparelho. O dele era um cinza com branco. Formou o famoso portal interdimensional que os levou para o mundo digital.

...

Entre os belos campos floridos do mundo digital existia um lugar chamado Grande Bosque. Nesse lugar paradisíaco vivia Rosemary e sua parceira Palmon, além dos vários digimons da vida florestal. Na verdade a zona da floresta era dividida entre a garota e Jin. A casa dela era rosa e ficava bem no meio do bosque com muitas flores ao lado e um lago cristalino aos fundos. Possuía um carrossel bem ao lado com cavalinhos que, de vez em quando, a menina brinca. Porém seu vicio mesmo é a internet.

— Finalmente chegamos — disse ela assim que sai do portal.

— Onde está o Delumon que não arrumou tudo isso? — perguntou Palmon.

Um Digimon pássaro em forma de pavão com um rabo parecido com um arbusto e uma coroa na cabeça. Apesar de ser pequeno era do nível perfeito. Ele tomava conta da área campestre.

— Ainda bem que voltaram. Estava com saudade das minhas heroínas — falou ele.

— Deixa de ser mentiroso. Você gosta é de ficar sozinho pra ficar brincando na montanha russa e no carrossel que eu sei — retrucou a garota.

— Também. Mas prefiro as duas aqui comigo. Principalmente agora que apareceu uma figura estranha por aqui. É igual um cachorro engraçado e com uma língua enorme pra fora. Ele é amarelo.

— Delumo,n quem é o forasteiro? Vamos até ele. Pedi para não aceitar estranhos na minha ausência — advertiu Rose emburrada.

— É melhor nós irmos senão ela vai ter um piripaque aqui mesmo — falou Palmon preocupada com o estado emocional da parceira.

Eles saíram ver de quem se tratava. É claro que a patricinha não ia andar a pé cerca de quinhentos metros da casa dela para a vila mais próxima. Ela tinha um meio de transporte bem tradicional no digimundo. Uma carruagem. Sim, era uma carruagem rosa puxada por um Tortomon, um grande réptil amarelo com uma carapaça com várias pontas.

— Vamos lá, Tortomon. Vamos de uma vez por todas saber quem pisou em minhas terras e não pediu minha permissão — disse ela segurando as rédeas e saindo disparada dali.

Em quase dois minutos o Tortomon os levou para a vila mais próxima. Assim que a garota pôs os pés no chão, um enxame de digimons bebês começou a se formar ao redor dela. A menina simplesmente não entendia o tumulto.

— Ajuda, ajuda, ajuda... — repetia os bebês incessantemente.

— Mas o que aconteceu pra vocês fazerem todo esse escândalo? — perguntou Palmon preocupada.

— Você me diga o que realmente aconteceu aqui — falou Rose para com um Nyaromon.

— Um bicho feioso... Ele tá comendo toda a nossa comida lá no depósito — respondeu o pequeno chorando.

— E quem é o feioso? — perguntou a garota.

— É o forasteiro que o Delumon deixou vir. Nós nem queríamos, mas ele insistiu e deu nisso tudo. A culpa é dele — falou Nyaromon emburrado.

Rose fez um olhar de morte para o pobre do Delumon que deu até calafrios em Palmon. O Digimon ave logo ficou apreensivo.

— A cu-culpa não foi minha. E-eu não sabi-bia que ele iria fazer esse estrago todo — disse gaguejando.

Eles foram até o depósito onde guardava os alimentos dos digimons da vila. Era uma casa muito semelhante a um restaurante com portas de madeira — arrombadas e destruídas — e janelas. A garota se assustou com o barulho que vinha de dentro e ficou apreensiva.

— Vá.

— Que?

— Vá. Tá surdo, Delumon? Vá lá dentro e mande-o parar.

— QUE?! Quer que eu vá lá dentro?

— É claro, querido. Ou você quer que eu vá lá? Quem foi que permitiu a entrada desse bicho aqui, hein? — ela retrucou cutucando o pássaro — Se vira. Boa sorte.

Ele andou com medo para dentro até que viu um cachorro amarelo louco comendo os doces e frutas que estavam sobre a mesa. Ao ver o grunhido vindo do digimau ele saiu em disparada e esbarrou em Palmon que ficou sob ele.

— Você é um rato por acaso? Vai lá e acaba com ele.

— Senhorita Rose, não vai dar. Ele é assustador e é muito feio. Dá medo — disse se tremendo.

— Isso é patético. Deixa comigo que eu resolvo isso. EI, COISA HORROROSA, SAIA JÁ DAÍ SENÃO EU VOU METER O PÉ NA SUA BUNDA! — bradou a menina.

— Como é? — o cachorro deu um pulo pra fora e ficou com cara feia pra cima da garota — Sua pirralha o que disse de mim aí hein?

Os bebês se espalharam com medo da criatura. Rose pegou seu DT-vice e colocou na função status. Ela o escaneou rapidamente. Seu aparelho tem a coloração amarelo com branco.

DIGIMON: DOGMON;

 Atributo: Dados;

Nível: Adulto;

Tipo: Boneco;

Família: Nature Spirits;

Nível de Poder de Dados (NPD): 9000 PD

Descrição: Um Digimon caricatura. Seu jeito rebelde e pouco calmo de ser assusta os demais que o vê. Pode não parecer tão perigoso, mas esconde um instinto selvagem de um verdadeiro animal. [sem dados adicionais]

— Agora eu fiquei furioso contigo, pirralha. Depois desses insultos contra mim você merece a punição. Agora sim me lembrei do que vim fazer aqui. O mestre Arkadimon ficará muito contente quando eu acabar contigo.

— Arkadimon? O Arkadimon da Liga Negra? — perguntou Palmon.

— É claro. Ele deixou os bastidores de lado e resolveu atacar de vez. Eu gosto disso. Agora eu vou mata-la, garota hehehe.

Dogmon ficou parado até ficar totalmente vermelho e furioso. Logo depois começou a aumentar de tamanho. Sua expressão caricata deu lugar para olhos vermelhos de puro ódio. Rose e todos que estavam ali saíram correndo para não serem pegos pelo grande cão raivoso. A escolhida, Palmon e Delumon se esconderam numa das casas da vila.

— Cadê vocês? Eu quero comer vocês! — falou o cão correndo e tentando procurar.

Sentindo o faro o cão conseguiu adivinhar onde eles estavam. Arrancou o telhado da casa. Tal casa era pequena o suficiente para que a humana ficasse agachada.

— Não tem escapatória agora — disse o digimau.

— Estamos ferrados. Ai é o meu fim — disse Delumon.

— Não vai ter escapatória pra você, seu infeliz. Não esqueça que eu sou uma escolhida e, portanto, não será fácil nos vencer. Palmon chegou a hora de acabar com isso. Está pronta?

— Eu sempre estarei, amiga.

— Pois então chegou o momento. Evolua e dê uma boa lição nesse cão sarnento.

— Palmon digivolve para... Togemon!

Togemon avançou contra Dogmon e lhe deu um soco bem no focinho fazendo o cão cair sobre uma casa. Logo o digimau se recompôs e avançou sobre a parceira de Rose. Os dois ficaram numa briga intensa para ver quem era o mais forte. Por algum momento Dogmon conseguia ter êxito na luta, porém a grande boxeadora deu um soco no estômago do outro fazendo ter dores intensas.

— Toma isso seu idiota — Togemon dá um cruzado de direita bem forte fazendo o cão cair e regredir de tamanho até ficar pequeno novamente.

— Droga. Perdi. Mas não vai ficar assim — ele saiu correndo para fora da vila.

— Conseguimos vencer um inimigo depois de tanto tempo. Estou tão feliz por você ter lutado e vencido aquele bicho horroroso — falou a garota admirada com a força da sua parceira.

— Ei precisamos ir arrumar a vila, porque foi parcialmente destruída — falou Delumon.

— Arrume você. Não fui eu que trouxe aquele inimigo para cá. Agora se vira, meu amor. Vamos Togemon — disse Rosemary deixando o pássaro sozinho com os digimons bebês.

Nova Digicity

A maior cidade de todo o digimundo. Os arranha-céus se destacavam pela altura e pela modernidade. A megalópole era muito parecida com a cidade do antigo Dark Master Mugendramon. Ruan era responsável por toda essa área. A parte mais moderna de todo o continente e a mais tecnológica. Carros voadores, avião, calçadas rolantes, paredes de espelho, rede de esgoto, metrô e outras coisas era a realidade na vida do povo desta cidade.

Os digimons máquinas e androides se destacavam, porque era a maior população da região. Uma ponte que liga a cidade até a ilha próxima dali era construída por digimons máquinas ou e outros. O garoto Ruan apenas observava a obra de engenharia sendo feita. Ele era o responsável e o chefe da obra.

— Tudo bem pessoal acabou o turno de hoje. Já é noite nesta cidade e mesmo sendo feito de lata vocês devem estar cansados — falou o garoto encostado num parapeito da ponte — estou cansado, mas gosto daqui. Vislumbrar o pôr-do-sol na ponte Giant Village é a melhor coisa do mundo.

— Eu também gosto daqui principalmente quando estou junto de você, Ruan — falou Hagurumon se roçando nele.

— Eu poderia estar na festa de comemoração da minha equipe, porém prefiro ficar aqui com todas essas esquisitices deste lugar. Não há dinheiro no mundo que substitua tudo isso aqui, não há — falou o garoto olhando a vista panorâmica que tinha do horizonte e a silhueta da ilha.

O seu DT-vice começou a tocar incessantemente e a mostrar o radar e um ponto. Ele se levantou e ficou vendo o mesmo ponto piscar várias vezes até aparecer a palavra “perigo” no canto inferior da tela.

— O que foi? Parece nervoso.

— Hagurumon, vamos para o centro da cidade rápido.

— O que houve?

— Não dá tempo de lhe responder agora. Vamos — o rapaz correu e foi seguido por seu parceiro.

Uma explosão aconteceu na fachada de um prédio no centro da cidade. Os digimons corriam com medo do monstro que atacava os prédios. Era um verdadeiro monstro com um corpo completamente desproporcional ao normal. Era amarelo, com um olho só, um braço direito enorme, uma máscara com chifre, ombreira de ferro e a ponta da cauda também.

— Enquanto o escolhido protetor dessa área não aparecer eu vou continuar destruindo tudo — ele começou a aumentar o seu calor e a derreter as janelas de vidro e a expelir bolas de fogo pela boca.

— Fujam! — gritaram os digimons com medo.

A polícia chegou e começou a atacar, mas sem êxito. Os policiais eram robôs que não eram digimons. Eles tinham braços com metralhadoras giratórias e outros tipos de armas embutidas, obra engenhosa de um novo digimundo. Eles começaram a atirar, no entanto o monstro se defendeu aumentando o calor do corpo e derretendo as balas que vinham na sua direção.

— Idiotas, nunca vão me vencer — ele atirou várias bolas chamejantes nos robôs destruindo-os de um por um.

Onde o monstro estava ficava o prédio do reservatório de água e bem em cima do lugar existia uma caixa d’água com cerca de mil litros. Também ficava próximo do banco nacional digital, o banco em que a maioria das pessoas ricas depositava o dinheiro inclusive os seres podres da Liga.

Ruan chegou ao lugar e viu a destruição local. Carros destruídos, postes derrubados, vitrines com a fachada de vidro derretida, enfim uma desordem só.

— O que aconteceu nesta cidade? — indagou.

— Que? Olha só aquilo — disse Hagurumon vendo na esquina os policiais artificiais destruídos. Eles dobraram a rua e deram de cara com o monstro.

— Mas o que é isso? — Ruan ficou completamente assustado com a aparência do bicho.

— Finalmente eu estou vendo o escolhido. Farei o que meu mestre Arkadimon sempre quis fazer. Matar um — falou ele.

— Deixa de baboseira, seu monstro horrendo. Eu não tenho medo de você. Sabe por quê? Mostra pra ele parceiro.

— Hagurumon digivolve para... Guardromon! — Guardromon ficou de frente para o ser e estendeu seus dois braços na direção dele — Granada Protetora!

Os dois misseis atingiram em cheio o digimau o fazendo cair sobre um carro e começar a pegar fogo. Com seu braço levantou o veículo e arremessou na direção do rapaz. Guardromon ficou sobre ele o protegendo do impacto do arremesso.

— Guardromon você tá legal? Machucou alguma coisa?

— Não. Eu ficarei bem. Parece que ele é bem forte mesmo.

— Deve haver algum jeito de fazê-lo parar — o rapaz olhou para todas as direções e viu a caixa d’água sobre o prédio — Guardromon olha aquilo. Eu quero que aponte uma de suas bombas lá pra cima.

— Tudo bem. Lá vai. Granada Protetora!

— Poder de fogo não me afeta muito. Deveria aprender isso.

A bomba subiu até chegar à base da caixa. O grande objeto ficou despencando até cair sobre o monstro que foi coberto pela água. Aos poucos foi virando uma estátua de pedra imóvel. Ruan e seu parceiro se seguravam num poste para não serem carregados pela correnteza. Assim que a água baixou de nível eles foram até a estátua que se formou na rua. O garoto pegou seu digivice e escaneou o Digimon petrificado.

DIGIMON: CYCLOMON;

Atributo: Vírus;

Nível: Adulto;

Tipo: Dragão;

Família: Unknown;

Nível de Poder de Dados (NPD): 1300 PD

Descrição: [sem descrição]

— O que está acontecendo com o digimundo? — o rapaz olhou para seu aparelho e ficou pensativo — Preciso contar para Linx. Acho que a Liga Negra vai atacar a qualquer momento.

DIAS DEPOIS...

Passaram alguns dias desde o último ataque da Liga Negra. O caso abafou e as crianças ficaram mais calmas pelo simples fato de não haver mais nenhum ataque. Mesmo assim Linx chamou todos os escolhidos, exceto Lúcia, para uma reunião que teriam na casa dela. Paulo e Beelzebumon aguardavam os outros na casa da mulher sentados na famosa mesa de madeira dela. Assim que ouviu a voz de Mia o garoto saiu quase em disparada até a porta da frente. Ele abriu.

— Finalmente apareceu — disse ele a abraçando.

— Eu estava com muitas saudades — ela o ficou beijando no rosto deixando corado — My Boyfriend. Lindo.

— Opa, os pombinhos juntos novamente.

— Olá, Beelzebumon. Quando o Paulo disse que você mudou de aparência eu não imaginava que foi radicalmente. Estou impressionada — falou a garota.

— Nem eu imaginava que seria radical — respondeu ele coçando a cabeça.

— E então cadê o Betamon? — perguntou Paulo olhando para o lado de fora.

— Ele está brincando com os peixes no riacho aqui próximo. E então deixa ver a Linx, pois estou com saudade — ela entrou na casa deixando o namorado pra trás.

Em seguida chegou Jin e Mushroomon. Sem muita cerimônia eles cumprimentaram os demais e foram para a reunião. Ruan e Hagurumon apareceram pouco depois e por fim Rosemary e Palmon. As únicas que se atrasaram.

— Olá, meu amigos, colegas digiescolhidos. Finalmente depois de vários e vários meses vocês se reúnem. Não é para menos, porque eu tenho urgência em fazer algo aqui. Preciso ganhar tempo — disse Linx.

— Tempo pra que? — perguntou Jin sem entender muito.

— Com o tempo vocês saberão. Por enquanto me entreguem seus digivices para eu atualizá-los com um novo programa — disse ela pegando um notebook.

Gokimon E Dogmon caminhavam pelas galerias de esgoto de Nova Digicity. O lugar úmido, frio e escuro causava medo neles. Fracassaram na missão de matar os escolhidos e ainda ficaram dias sem dar notícias, portanto Arkadimon deveria estar louco de raiva com isso. Assim que viram a sombra do Digimon eles paralisaram. Dogmon sentiu tanto medo que resolveu fugir deixando a barata pra trás.

— Por que não matou o digiescolhido chamado Jin Fukuda?

— E-eu n-não pude. Eu não consegui, porque eles eram muito fortes. De-desculpa mestre — respondeu gaguejando pelo temor que sentia.

— O seu fracasso não tem justificativa. Por causa disso será punido com a sua morte — Gokimon tentou fugir, mas as garras de Arkadimon viraram praticamente tentáculos e agarraram o Digimon. O vilão começou a apertar o outro até esmaga-lo e mata-lo asfixiado. Gokimon virou dados em segundos. — Está na hora de deixar os bastidores e atacar os escolhidos. Estou cansado de esperar pelos outros.

Uma rua começou a tremer principalmente perto de um bueiro. Em seguida uma explosão ocorre e sai de dentro da terra Arkadimon. A aparição repentina fez muitos que dirigiam desviarem a rota batendo os carros uns nos outros.

— Chegou a minha vez — Arkadimon olhou a cidade e viu a quão grandiosa ela era. Estava decidido a enfrentar os digiescolhidos haja o que houver.

Continua...


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