D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 48
Traidor


Notas iniciais do capítulo

Strong está cara a cara com um traidor. As coisas começaram mal para os dois, mas o traíra não vai ficar por baixo e já planeja muitas maldades em Tóquio. O seu encontro com Naomi foi estopim para estremecer a relação de Kari e T.K de uma vez por todas.


Já no digimundo, as coisas estão completamente diferentes. Alguém traiu os digiescolhidos e Gennai. Agora serve ao lado negro.

Enquanto isso, Lúcia vai investigar o próprio irmão por conta própria. O que ela fará?



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CAPÍTULO 145

Müller se levantou depois do golpe que levou na cara. O seu nariz ficou todo ensanguentado, mesmo assim não perdeu o sorriso que fez no rosto. Ver o homem que já foi o seu chefe ficar naquele estado era um prazer enorme na sua vida. O segurança acalmou os ânimos e os dois puderam sentar-se à mesa.

― Como se sente, chefe?

― Muito bem. A hospedagem daqui é maravilhosa, o hotel é de cinco estrelas, a jacusa é divina. Só falta mesmo uma mulher, mas eu posso me acostumar a empalar um reto. Você não quer ir lá para a minha suíte?

O alemão deu uma risada.

― Nem fodido o senhor deixa de ser irônico, doutor.

― O que você quer, parasita? Descobri tudo o que fez lá na Suíça! O próprio Ryuu contou que um certo alemão fez parte dessa trairagem. Quanto ele te pagou para ter feito o que fez?

― Respira fundo. Nove, zero, zero, zero, zero, zero, zero dólares. Mas o próprio chefão reconheceu o meu trabalho e já me contratou. A partir de agora eu moro no Japão e tenho um contrato com a Genetech. Aí aproveitei para dar uma passadinha aqui.

― Você pode ter vendido a sua vida para aquele criminoso, pode estar sorrindo agora; entretanto, vai chegar um momento que tudo isso vai acabar e você vai levar uma punhalada nas costas.

― Virou Nostradamus, Strong? Desculpa, não acredito em previsões.

Müller se retirou. Pouco depois já conversava com Matsunaga.

― Não acredito que ainda o mantêm vivo aqui.

― Strong é uma peça fundamental nos meus planos. Se tivesse que matá-lo, teria pedido ao Nabucodonomon para que o fizesse há quatro meses. Mesmo que eu tenha todas as ferramentas cabíveis para formar o que eu quero, preciso dele.

― Perdão, senhor, qual vai ser o meu trabalho aqui?

― Aqui não. Venha.

Müller seguiu o multimilionário até os níveis mais baixos do laboratório. O alemão ficou impressionado com o tamanho das seções. A parte mais ao fundo ficava o segredo do poderoso geneticista. Um pano preto cobria o cilindro de vidro. Um dos assistentes descobriu o objeto.

Matsunaga sorriu quando revelou o que tinha por baixo dali.

Um corpo da estatura de uma criança ficou à mostra deles.

― Você tem uma criança aí?

― Não, é um corpo sem alma, sem inteligência. Que tal se nós transferíssemos a inteligência de uma outra pessoa para esse híbrido? Só preciso das armas certas.

― Armas certas?

― Preciso do DNA de um certo digimon cujo o poder é consideravelmente grande para preencher a lacuna que falta neste rapaz. Para ele ganhar vida terá que ter um voluntário humano e um digimon. Ambos formarão um ser poderosíssimo. E é aí que você entra. Vai vigiar a minha neta de perto. Acredito que algum aluno da escola possui esse digimon. Preciso que fique muito perto dela. Esse será o seu trabalho.

...

Ako chegou no restaurante e observou os quatro acionistas minoritários da Genetech no restaurante. A filha do magnata preparou aquela reunião escondida do seu pai. Obviamente um verdadeiro golpe na empresa estava sendo arquitetado por ela, e para que isso ocorra os outros associados tinham que ser aliados da megera.

― Eu chamei todos vocês para falar de um assunto muito importante. Não vou dar meia volta porque gosto de ser direta. O meu pai quer comprar as suas ações por uma pechincha em relação à empresa. Quero dar o meu preço, quero comprar os 20% de vocês.

Os membros começaram a replicar a proposta dela.

― O meu pai quer que vocês vendam as ações para depois ele as vender ao setor público. É um erro, pois ele pode até superfaturar cada pedaço desse bolo. Por isso, eu compro. Cada um receberá um cheque de quarenta milhões. Cento e sessenta milhões de dólares em contrapartida com os 80 milhões que receberiam do acionista majoritário. Tudo isso é muito pouco para uma empresa que vale 20 bilhões de euros e lucra uns 150 bi por ano.

― Como vai conseguir todo esse capital? --- perguntou um acionista.

― A minha fortuna pessoal realmente não cobre este valor. Esse dinheiro vem de títulos do governo, fundos de pensões, hipotecas, superfaturamento na antiga empresa do meu falecido marido, além do valor do meu capital que deixei como garantia para o banco e eles me deram o dinheiro. Hoje tenho uma fortuna de quase 600 milhões de dólares. 160 mi, é pegar ou largar.

Os associados conversaram entre si e concordaram em vender as ações em poucos dias. Ako queria que tudo isso permanecesse em sigilo até o momento certo.

...

Enquanto isso, Kari aproveitou o dia para ir ao apartamento de Tominaga e bater um papo com a amiga. Tailmon e Patamon foram com ela. Chegando lá, a moça teve a surpresa de ver Mimi e Palmon por lá. Tominaga aproveitou a ocasião para fazer um chá. As três sentaram no chão, descalças, enquanto os digimons brincavam.

― Nunca imaginei que estaria aqui, Mimi. Pensei que estaria no seu restaurante bistrô.

― Pois é, a coisa não está nada boa para mim. O fluxo de clientes é fraco.

― Se esse é o seu problema, o meu é mil vezes pior.

― Do que está falando?

― Naomi Matsunaga ― respondeu Tominaga. ― A sua amiguinha é a inimiga número um da Kari.

― Ai, minha nossa.

― A dita cuja é muito rica e comprou a escola em que nós damos aula. Eu vou te contar umas coisas...

Kari contou tudo o que aconteceu desde a briga até a compra da escola, provocações. Mimi ficou pasma, pois conhece Naomi desde a adolescência e nunca pensou que ela fosse tão má.

― E foi isso que aconteceu.

― Meninas, têm umas coisas da Naomi que eu sei e que talvez vocês não saibam.

― Então conta ― disse Tominaga.

― Eu sei que a família dela é muito rica e que eles comandam uma empresa de biotecnologia. Esqueci-me o nome. Outra coisa, que, no período da adolescência, ela roubava os namorados das ex-amigas e com êxito em todos os casos. Todos os namorados caíram na lábia dela. Outra coisa, é que ela nunca foi professora, formou-se em biologia e é expert em genética. Ela não é licenciada.

― Estranho, porque a escola a aceitou sem ao menos consultar a sua formação. Se ela é bacharel e não licenciada é impossível lecionar. Isso é muito estranho ― disse Tominaga.

― É, muito estranho mesmo ― disse Kari enquanto divagava.

Naomi lia um livro quando a campainha soou. A mulher se levantou do sofá e foi atender. Um homem havia trazido um embrulho misterioso. Ela pagou uma boa quantia ao mensageiro e foi ver do que se tratava. Retirou um pequeno frasco de dentro contendo um líquido incolor. O objeto era pequeno, porém a pessoa com quem falou disse que a droga era potente, por isso que um pequeno vidro já era suficiente. Mais um plano ardiloso seu passava pela sua cabeça. Aquele líquido serviria como porta de entrada para um dos seus planos mais maléficos: separar Kari de T.K.

...

Em Nerima, um ser estranho começou a vigiar a casa de Márcia. Eram todos os dias, pelo menos. Às vezes, o ser olhava Paulo, Impmon passando, ou Lúcia e Lucas e às vezes olhava Márcia com o esposo. Sempre se mantinha distante para não chamar a atenção indevida para si, por isso que nunca foi pego com a boca na botija. Todavia, ele sabia perfeitamente o que se passava dentro daquela casa, o que aconteceu entre o digiescolhido depois de descobrir que o seu parceiro era o seu pai.

― Mamãe, o que é aquilo ali no céu? ― perguntou um garoto ao ver algo parado no alto.

― Deve ser um drone ou um balão. Vamos.

O ser tentou comunicação com alguém. A sua voz grossa e a sua forma física diziam claramente que era um digimon.

― Cyberdramon?

― Sou eu mesmo. O rapaz vai cometer o roubo novamente. Aposto que a mãe já esteja desconfiada.

― Perfeito. O Paulo deve se tornar um meliante logo logo. Até que aquele tal de Leo não é um fracasso e sua mãe muito menos. Tome cuidado para que tanto o Paulo quanto o Wesley não voltem.

― Claro. Já deixei aqueles dois informados. Será daqui para pior.

Paulo escutava música pelo fone quando bateu uma vontade grande de retirar mais dinheiro de sua mãe. Aproveitou que Lúcia estava do lado de fora da casa para subir ao quarto da mãe e pegar mais uma quantia de dinheiro. Guardou na sua carteira e voltou a ouvir a música.

Momentos antes, Leo havia ligado para ele a fim de chamá-lo para uma partida de futebol em que a participação seria paga. Sem hesitar, ele aceitou na mesma hora.

Enquanto Paulo cometia pequenos delitos em casa, Impmon passava por poucas e boas na rua. Primeiro, porque o fato de viver fora de casa não era nada bom, segundo, porque uma louca BlackTailmon o perseguia para onde ele ia. Agora mesmo a gata preta tentava revidar perseguindo o outro.

― Droga ― disse Impmon atrás de um muro. BlackTailmon deu um soco por trás do muro fazendo ele voltar a fugir.

― Dessa vez não vai escapar de mim. Eu vou acabar com você.

Impmon correu na direção de uma pista, começou a pular sobre os carros. BlackTailmon fez o mesmo.

Kari voltava para casa quando sentiu algo sobre o carro; era os dois digimons brigando. Reconheceu Impmon e imediatamente pediu para que Tailmon fosse atrás dos dois.

BlackTailmon conseguiu ficar por cima de Impmon, estava prestes a acertá-lo com a sua garra quando recebeu um golpe nas costas por Tailmon.

― Tailmon?!

― Impmon, o que você faz aqui?

― Depois eu explico.

― Não vou deixá-los sair daqui. Ainda não me esqueci desde aquele dia que você me perseguiu. Sabe quem eu sou?

― Não, mas já vou logo avisando que não corro de um bom combate. Comigo a briga é diferente. Vem pra cima.

― Sua tola. Eu só estava brincando com esse perdedor. Mas se ele tem quem o defenda então não estou mais aqui. Adeus ― sumiu.

― Cadê o Paulo?

― Não está mais comigo. Eu preciso ir...

― Não. Olha o seu estado. Vem pra minha casa pelo menos tomar um banho. Kari está esperando por nós.

Ela o levou para dentro do carro.

― Kari, vamos logo para casa ― disse Tail.

― Mas eu preciso falar com a Lúcia avisando que ele está aqui...

― Não faça isso, por favor ― interviu Imp.

― Tudo bem, então vou te levar para casa. Na rua você não fica de jeito nenhum.

Kari aproveitou que o sinal ficou verde para prosseguir sem fazer mais perguntas. Tailmon deu muita atenção ao Imp, o que causou um certo ciúme a Patamon.

Enquanto isso, Müller chegou na escola através de um carro da empresa. Ele observou o lugar por um tempo e entrou. Pediu ajuda a alguém que trabalhava ali para levá-lo à sala da direção. Abriu a porta e viu uma mulher fazendo a unha na mesa do diretor.

― Posso... ah... com licença, senhorita. Eu poder falar com o diretor? Você deve ser a empregada ou o secretária.

― Não sou secretária do diretor, sou a diretora. Não só diretora como também a dona desta escola. Além disso, sou neta de Matsunaga, seu empregador.

― Conhece-me?

― Ele me falou sobre você há pouco. Sente-se.

― Desculpe-me por ser tão grosseira contigo. Não imaginava que uma mulher seria a dona disso tudo. Mas enfim, eu vim pela indicação do sua avô para arranjar um emprego pra mim aqui.

― Tem sotaque. Só pode ser alemão. Gostei de você, senhor?

― Ektor Müller, a seu dispôr.

― Naomi Matsunaga. Sinto que nós seremos grandes aliados, querido Müller.

― Eu também acho isso. Vamos ser amigos de infância...

Müller sorriu para a mulher à sua frente e viu nela uma possível parceria para subir na confiança de seu chefe, o velho Matsunaga. Enquanto isso, Naomi sorriu para o homem sentado e pensou em usá-lo para fazer com que o casal perfeito se separasse, afinal Müller não era feio.

...

Assim que soube, da pior forma possível, que Paulo estava querendo abandonar a equipe, Jin imediatamente contatou Gennai através dos portais; porém, o garoto não poderia passar para o outro lado e sim apenas ver a imagem do homem pela tela do computador. O japonês nunca pensou que o seu amigo fosse tão revoltado a ponto de sair do grupo dos atuais digiescolhidos, isso era inadmissível, visto que eles precisavam do líder e sem Paulo estariam seriamente desfalcados.

― Já sei o que você quer falar comigo, afinal não é o primeiro a me dizer que Paulo quer sair do grupo de vocês.

― Como soube? Quem te contou?

― Ruan foi o primeiro e Rose a segunda. Você simplesmente é o terceiro.

― Pois é, o que acontecerá conosco agora que não temos mais líder?

― Arranjar outro. Contudo, isso é mais difícil do que convencer o seu amiguinho a reconsiderar. Fiquei pensando no que vocês me disseram e percebi que o querido Paulo está passando por um momento delicado na vida pessoal dele. Estou certo? ― Jin mexeu positivamente com a cabeça. ― Então, se for isso mesmo, eu presumo que o que quer que esteja acontecendo será passageiro e logo o amiguinho de vocês se arrependerá dessa decisão irrefletida.

― Faz tempo que não sei nada do digimundo. Preciso ficar atualizado e me preparar quando ocorrer uma guerra por aí.

― Concordo plenamente. Todavia a guerra já começou.

― Co...Como assim?

― LinK, Linx e eu fomos traídos por um companheiro muito próximo. Depois que vocês derrotaram Barbamon, passaram-se alguns meses no mundo humano; entretanto, aqui passou vários anos. Weiz se rebelou contra todos nós, invadiu a nossa base no outro continente e matou Ädolphus com uma punhalada nas costas.

― Fala sério?!

― O pobre Ädolphus não sabia da traição dele, pois as informações foram corrompidas misteriosamente. Depois disso o próprio Weiz e seus capangas rumaram para lá, mataram-no e assumiram a base. Aos poucos foram se fortalecendo tal qual os Mestres das Trevas e mais organizados que os Lordes das Trevas. Eles tentaram nos encurralar, nos caçar; fugimos, porém, para bem longe do alcance deles. Com o passar do tempo as coisas foram piorando, porque o exército de máquinas foi ativado em prol de conquistar o mundo e acabar com uma ameaça chamada digiescolhidos. Fugimos, encontramos abrigos subterrâneos que nem ele mesmo sabia. Nos abrigos conseguimos ver tudo o que se passa no mundo exterior. A vantagem de ficar aqui é que o tempo dos abrigos é o mesmo do mundo humano.

― Não há como desfazer esse programa? Deveriam colocar um vírus para atacá-lo e assim acabar com a influência de Weiz com os robôs.

― Ah, caro Jin, eu pensei nisso também, porém LinK descobriu que o desgraçado do W. conseguiu prever isso e fez um potente antivírus. Além disso, a base agora é sempre protegida por um campo de força que nem mesmo os mais fortes digimons na fase mega conseguem destruir.

― O que quer que façamos?

― Não sei ao certo o que W. está pensando em fazer, mas eu soube que ele enviou um digimon espião para o Japão. Preciso que fique de olho nesse espião, por favor.

― Certo.

Gennai agradeceu ao garoto e contou com mais pormenores o que aconteceu.

FLASHBACK ON

BASE CENTRAL DO DIGIMUNDO

Ädolphus trabalhava com os demais cientistas na descoberta de novas espécies de digimons. Durante o trabalho a energia faltou por alguns minutos. Era um fato extraordinário pois isso nunca havia acontecido antes. Ele pediu para que arrumassem a energia.

― Ädolphus?

― Weiz, o que faz aqui? Não era para estar vigiando os portais do digimundo?

― Era, mas o próprio Gennai me enviou para avisar algo muito importante. Preciso que venha a um lugar mais calmo a fim de ouvir melhor o que tenho pra dizer.

Adolphus assentiu e foi para uma sala no fim do corredor. Era muito parecida com um escritório comum. Weiz olhou para os lados e viu o mais velho sentar à mesa.

― Diga-me o que você veio me dizer. Deve ser alguma coisa muito séria a ponto de vir para este continente, porque apenas com um contato pelo digi-comunicator poderia tê-lo poupado dessa árdua tarefa.

― Soube que a energia global foi totalmente cortada? Isso faz dois dias, mas só agora aqui aconteceu. Foi o mais novo inimigo quem fez isso. E sabe pra quê?

Ädolphus negou.

― Observe o horizonte, senhor ― Weiz apontou para a vidraça atrás do velho. Dava para ver um horizonte impecável dali. ― Esse novo inimigo é perspicaz, ele vê as coisas além do vidro figurativo tal como você está fazendo agora com o literal.

Ädolphus ficou de pé, observando atentamente a vista à sua frente. Weiz sussurrou em seu ouvido.

― Certas coisas devem ser preservadas até o momento adequado. A identidade do novo inimigo foi preservada até agora, mas eu te garanto que isso não acontecerá mais.

Weiz disparou uma arma de choque nas costas do velho que o fez desmaiar na mesma hora. Depois disso, ele avisou para os demais invadirem. Os robôs entraram com tudo, atiravam nas pessoas e digimons que trabalhavam nos arredores e dentro do prédio. Alguns capangas levaram o Adolphus para um quarto escuro enquanto os demais lá embaixo transformavam as pessoas e digimons em pedaços de carnes que logo se dissipavam em dados.

― Acorde, acorde. Não, isso não é um sonho, ainda não ― W. jogou um pouco de água no rosto dele o fazendo acordar no mesmo instante. ― Olha só, acordou.

― Desgraçado, o que está fazendo? Por que está fazendo isso?

― Ora, quantas perguntas. Mas como sou um bom moço eu responderei todas. Primeiro, eu faço o que me dá na telha, fui contratado por uma pessoa muito poderosa para ferrar com vocês, com os digiescolhidos e conquistar este mundo. Segundo, eu sempre fui leal a essa pessoa, por isso eu estou traindo vocês; já ouviu falar em agente duplo? Pois é. Agora é a minha vez: como faço para interromper o ciclo de digiescolhidos, como interromper a vinda deles para cá e como faço para voltar no tempo?

Ädolphus mexeu os lábios, mas foi apenas para cuspir a cara do outro. Weiz deu vários socos no rosto dele fazendo o mesmo sangrar pela boca.

― Velho insolente. Responda!

― Vai para o inferno.

Weiz pegou uma arma letal e atirou na cabeça do idoso. Cyberdramon, que acompanhava a tortura, perguntou como conseguiriam as respostas.

― Com o tempo.

DIAS DEPOIS DESSE ACONTECIMENTO...

Gennai armou uma campanha para uma verdadeira caçada ao responsável pela morte de Ädolphus. A recompensa era de 1 bilhão de digizones para quem entregar a cabeça dele vivo e 500 milhões por ele morto. O continente Server inteiro se mobilizou, porém o homem se protegeu numa verdadeira fortaleza impenetrável. Mesmo assim, Weiz conseguiu derrotar todos os oponentes que foram lutar com ele.

Depois desse golpe, o inimigo conseguiu controle sobre alguns portais entre os dois mundos. Isto significa que ele poderia atravessar para onde ele quiser ou enviar quem quiser. Apesar de ter esse grande poder, ele quis ficar no mesmo canto; contudo, enviou Cyberdramon para o mundo real.

FLASHBACK OFF

― E foi isso que aconteceu por aqui. Em breve, eu me comunicarei com o Paulo, avise aos demais sobre o que está acontecendo.

Gennai agradeceu ao garoto e desligou a conexão entre os dois.

...

Kari, Tailmon, Patamon e Impmon chegaram no apartamento. A mulher percebeu que estava sozinha, ou seja, T.K ainda estava a trabalhar na escola e a qualquer momento viria para jantar. Enquanto isso, ela deixou os digimons à vontade para fazerem o que quiserem. Impmon queria ir ao banheiro tomar um banho e retirar a sujeira da rua; foram dias e dias perdido naquela selva de pedra, mas agora aproveitaria o máximo.

― Eu não gosto dele aqui. Ele tem um parceiro e uma casa. Por que ele precisa ficar aqui na nossa casa?

― Ai, Patamon. Tá vendo que alguma coisa aconteceu. Algo que não é bom deve ter acontecido com Impmon para ele sair de casa assim.

Impmon aproveitou o chuveiro do banheiro de visitas, secou-se, lavou o lenço e colocou para secar na área de serviço. Ele foi ao quarto de Kari para falar a respeito da sua estadia nas ruas de Nerima.

― E então, vai me falar o que está acontecendo?

Impmon afirmou e começou a contar toda a história.

...

EDIFÍCIO EMPRESARIAL DA GENETECH CORP

Matsunaga preparou uma reunião com toda a diretoria da sua empresa. Os quatro sócios minoritários, detentores de 20% de todo o capital, se juntaram enquanto a secretária do majoritário explicava as vantagens de venderem as suas ações para o setor público. O que o velho não sabia era que a sua filha dera um golpe mortal primeiro. Mesmo assim, Ako compareceu na reunião e ficou apenas como espectadora.

― A sua oferta é tentadora, Matsu, mas já fizemos um acordo --- disse o senhor Ookazi.

― O quê? Que acordo?

― Um comprador chegou primeiro e nos persuadiu a vender as ações pelo dobro que você está nos ofertando ― falou o senhor Mizuri.

― Eu pago, eu dou o triplo, o quadruplo!

― Não importa mais o quanto você oferte. Fazer isso só piorará a sua situação ― disse a senhora Lee.

― É isso mesmo. Já vendemos a nossa parte hoje mesmo. A pessoa deterá os 20% da nossa fatia. Isso quer dizer que os seus planos de receber ajuda do governo para impulsionar as pesquisas do hibridismos não ocorrerá mais ou pelo menos se o novo acionista se interessar ― concluiu o senhor Shitsuki.

― Vocês não podem fazer isso comigo ― Ako apenas observava a discussão. ― Assinamos um termo de fidelidade que faz com que eu seja o primeiro na lista de negociações.

― Na verdade você estava tão empolgado com as suas pesquisas que esqueceu do vencimento do termo. Não adianta mais bater boca, Matsu, a sua pesquisa está acabada, pois vai depender do comprador; e ele pediu sigilo. Anunciaremos a venda a partir da festa da União Mundial patrocinada pela empresa Genetech. Ah, e você não foi convidado ou perderemos o acordo ― disse Shitsuki.

― Bando de lobos, saiam daqui! Se não trabalham mais aqui eu vou proibi-los de entrar na empresa!

― Não pode. Enquanto a festa da União Mundial não acontecer, você não poderá nos expulsar. Vai ter que nos engolir ― falou Shitsuki.

― Veremos --- Matsunaga praticamente cuspia fogo pela boca. Saiu sentindo-se mal, mas no íntimo jurou vingança. Ako sorriu vitoriosa.

...

Voltando ao apartamento de Kari e Takeru, à noite. Eles estavam jantando em silêncio. Era algo muito estranho ninguém falar, sobretudo a própria Kari que sempre gostava de conversar com o noivo a respeito do trabalho ou os preparativos para o casamento nas semanas seguintes. Todavia, pelo fato de ela estar chateada por causa das fotos, ela preferiu não puxar conversa. Obviamente isso chamou bastante a atenção de T.K que aproveitou o silêncio para falar com Impmon.

― Ele está porque eu convidei ― disse ela secamente.

― A gente pode ir conversar agora?

― Depois que colocarmos a louça na pia e você lavá-las ― disparou.

Depois de lavar a louça...

― Agora poderia me explicar o que está acontecendo? Não me diga que é por causa da Naomi? Depois que ela foi promovida você age muito estranho.

― Aquela mulher me irrita muitíssimo. Queria ter que me demitir, mas não posso.

― O que está havendo?

― Nada.

Takeru não entendeu a frieza dela. Ele não sabia sobre as fotos e que estava sendo vítima das armações de Naomi Matsunaga.

Enquanto isso, na casa dos Kyoto...

― Não é possível! O dinheiro que havia nesta caixa desapareceu mais uma vez. Existe um ladrão aqui ― disse Márcia desesperada. ― Coloquei mais de mil ienes aqui e sobrou apenas trezentos. Alguém está me roubando.

― Amor, eu vou ter que demitir Kazumi Kiba. Acho que foi ela.

― Ray, cuidado para não cometer uma injustiça.

― Atrapalho?

― Não, mamãe. Eu tinha dinheiro nessa caixinha no closet, mas sumiu de uma hora para outra.

― E vocês sabem quem poderia ter pego?

― Dona Alice, acho que a empregada teve essa atitude. Faz poucos meses que ela trabalha conosco, mas pra mim ela sempre foi estranha.

― E o que pretendem fazer?

― Demiti-la, é óbvio --- disse Ray.

Lúcia escutava a conversa por trás da porta. Apressou-se em descer antes que fosse pega de surpresa. Pensou muito sobre o que acontecera. A sua primeira ação foi ir ao quarto de Paulo procurar o dinheiro, porém o rapaz estava lá. Sorte dela que a porta estava um pouco aberta e dava para escutar o outro falar.

― Mil e quinhentos. É um ótimo dinheiro.

De fato a empregada não roubou, e sim Paulo.

...

No dia seguinte, Lúcia inventou que estava doente para não poder ir à escola e investigar mais as atitudes do seu irmão. Roubar a própria mãe era longe demais e o cúmulo. Como ela havia adivinhado, Paulo estava pronto para sair; esperou Márcia e Ray saírem para sair depois.

― Você não estava doente? ― disse Lucas ao vê-la pronta para sair. ― Sair nesse frio não será muito bom.

― Não. Eu inventei o resfriado para pegar o Paulo com a boca na botija ― ela saiu de casa. Lucas desistiu de ir para o colégio.

― Ei, porque vocês não vão para a escola?

― Deixe eles, querido. Acho que há um bom motivo para faltarem hoje ― disse Alice.

Lúcia saiu sozinha e pediu que Lucas ficasse em casa. A garota fez o mesmo percurso para ir ao colégio. Ao dobrar a esquina, viu o seu irmão com mais outros garotos, incluindo o tal de Leo. Não dava para ouvir as conversas, por isso ela se aproximou um pouco e ficou atrás de um poste de luz.

― Cadê o dinheiro? ― perguntou Léo.

― Aqui está. Mil ienes. Quero muito entrar para a turma ― disse Paulo.

― É claro que vai entrar, afinal somos amigos. Mas este dinheiro tinha dono?

― Roubei da minha mãe e a empregada levou a culpa. Eu sou o filho da patroa; óbvio que eu era o último na lista de suspeitos.

― Você é pior do que eu imaginava. Vamos.

Lúcia seguiu a gangue até um parque mais próximo. Depois disso ela teve que voltar antes de ser pega no flagra.

Continua...


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