D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 4
Uma Surpresa para Paulo


Notas iniciais do capítulo

Só lembrando que esses capítulos iniciais que estou escrevendo é mais uma introdução. A primeira saga realmente ainda não começou. Estou preparando o terreno para iniciar as sagas com categoria. Quero deixar algo completo na hora em que eu começar o primeiro capítulo da primeira saga.

Enfim meus pupilos queridos deixo mais um capítulo para que leiam e reflitam. E fantasmas se revelem por favor. Preciso da opinião de vocês poxa ¬¬ tenho quase 10 leitores e só um punhado comentam. Enfim se quiserem que eu divulgue suas fics sejam regulares nos reviews. Sou muito grato. Bom espero que gostem do capítulo. Critiquem-me, mas com moderação. AHUHAUHAUH



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CAPÍTULO 081

GENETECH

A clinica de genética Genetech era um local onde várias experiências eram feitas. Tais experimentos se relacionam com o DNA de humanos e animais. Porém o dono e doutor responsável quis algo mais ambicioso: fazer seus próprios digimons e criar um tipo de mistura entre o DNA de humanos com os seres digitais. Ideia essa que não é novidade, pois Ray já fizera isso na época de Shadowlord quando conseguiu a proeza de alterar o seu DNA e de Lucemon. Enfim o dono da clínica é o senhor Ryuu Matsunaga. Um senhor de oitenta anos que leva uma vida profissional ativa e com muito êxito.

O cientista trabalhava intensamente sobre os seres digitais. Ele já sabia que eles existem, além do laboratório passar por uma revolução quando testes foram feitos a partir do DNA de Daemon. Pois bem agora ele teve a ideia de enviar a sua neta, Naomi, para se infiltrar na escola em que uma mulher chamada Hikari trabalha. Ele começou a trabalhar sobre os digimons desde 1999 quando houve uma invasão de Myotismon no mundo real. Desde então ele começou a estudar a fundo. Aprimorou o seu conhecimento quando, há três anos, ocorreu outra invasão da parte de Daemon. Descobriu tudo sobre os digiescolhidos veteranos. Soube que Hikari Yagami e Takeru Takaishi eram os escolhidos mais fáceis de ter acesso. Naomi se ofereceu, pois também trabalhava na clinica com o avô.

A Genetech possuía dois estabelecimentos: o prédio financeiro, que ficava mais ao centro da cidade e o prédio do laboratório central da Genetech ficava distante do centro da cidade. Esse laboratório era um local com muros e localizado na periferia da capital japonesa. Tinha a mesma fachada de um hospital, porém por dentro havia coisas que até Deus duvidava. Entre vários corredores e portas, havia uma em especial que guardava uma câmara de mistura de genes. Ao entrar, a pessoa se surpreende com a grandiosidade da sala. A porta era totalmente ativada por meio de sensores que captam as digitais de pessoas autorizadas. Ryuu era um senhor japonês careca com um bigode e barba brancos apoiado numa bengala de madeira e que sempre usava um jaleco branco com três canetas enfiadas no bolso. Ele estava admirando a sua obra de arte. Era um corpo dentro dum tubo de vidro gigante. A criatura era parecida com um Alien (parecida com a do filme Alien) e possuía a altura de uma pessoa com estatura de 1,50m. Uma assistente chegou para ele discretamente.

— Senhor Matsunaga, a senhorita Naomi chegou.

— Ótimo. Ela poderá me dar as informações necessárias. Irei agora mesmo para o meu escritório. Mande ela me esperar lá enquanto termino de averiguar algumas coisas.

— Sim senhor.

Minutos após...

O homem entrou no seu escritório e viu a sua neta sentada na sua cadeira. A mulher de vermelho ao ver o seu avô chegando, levantou-se.

— Vovô, até que enfim chegou. Eu estava esperando há meia hora — disse ela saindo de perto do birô e cumprimentando o homem.

— Você sabe muito bem que o meu trabalho é prioridade. Estamos próximos de concluir o nosso projeto de biogenética avançada. O corpo do nosso ser já está pronto, só falta concluirmos algumas coisas. Agora eu preciso — ele interrompeu a conversa e puxou uma cadeira e se sentou. — Preciso saber se você está tendo êxito na sua infiltração.

— Hikari Yagami é noiva de Takeru Takaishi. Enfim apenas isso que eu descobri, porém tenho que arrancar mais informações daqueles dois. Eles têm uma ligação direta com os digimons. Tenho certeza disso.

— E quanto àquela informação que eles têm sobre o hibridismo? Será que é real mesmo? Aquele dragão roxo é o nosso real motivo para que nós estejamos à procura do segredo para se misturar os genes.

— Avô — disse ela fazendo massagem no ombro dele — deixe comigo. Ficarei algum tempo sem me comunicar contigo, no entanto tenho certeza que um dia desse eu conseguirei arrancar a verdade daqueles idiotas. Não se preocupe — disse ela dando um beijo no rosto do velho.

...

Enquanto isso o garoto misterioso conseguiu vender os metais preciosos numa fábrica clandestina e recebeu em troca um cartão eletrônico que dava direito a cinco milhões para gastar como quiser. O rapaz e seu parceiro estavam esperando um transporte na estrada quando apareceu um ônibus e parou quando ele deu sinal. Eles entraram e sentaram no fundo do veículo.

— E então o que fará com todo o dinheiro? — perguntou Gokuwmon ao garoto ainda encapuzado.

— Não sei muito bem o que eu irei fazer com tudo isso, porém pelo menos com uma boa parte sim. Ajudarei os digimons pobres que passam fome e depois gastar conosco, é claro. Sabe que eu estou louco para assistir a corrida de karts que terá naquela cidade do deserto.

— Essa corrida será promovida pelo Beelzebumon e seus parceiros. O garoto líder dos escolhidos também estará lá.

— Incrível. Estou aqui há meses e nunca vi a cara dos digiescolhidos. Eu queria ter a oportunidade de conhece-los — disse enquanto guardava o cartão no bolso da calça.

— Teremos esta oportunidade. Quem sabe a gente não se junta a eles? É só acreditar que vai dar tudo certo. Agora o que vamos fazer assim que chegarmos à cidade?

— Alugar um quarto num hotel bem luxuoso. É... Nós merecemos.

Assim os dois foram em direção à zona desértica no veículo coletivo.

A Liga Negra recebeu a mensagem de que Astamon havia fugido, porém Barbamon ainda não sabia disso. Então Myotismon logo pediu para que todos se reunissem novamente no local de sempre. Todos os integrantes, exceto SkullMeramon, estavam prontos para tomarem uma atitude rápida.

— Eu chamei vocês aqui por causa daquela mensagem que Vademon nos disse. A fuga daquele prisioneiro — falou o vampiro sempre enrolado na capa preta e com alguns morcegos em volta.

— Sim eu soube — disse Asuramon — não me espantou que isso viesse acontecer. Pessoas como ele não tem aliados. São incompráveis, desassociáveis e nunca se prostra perante alguém mesmo que esse alguém fosse uma pessoa poderosa e mais forte. Esse tipo de gente só quer ver a anarquia em tudo.

— Foi exatamente isso que eu senti quando o vi pela primeira vez lá naquele navio. Parecia nem Digimon. Nunca tinha visto alguém assim. Ele emanava uma energia muito negativa — explicou Vademon aos outros.

— Eu não gosto de ficar esperando pelas ordens do Barbamon. Quanto mais nós esperamos, pior para todos. Eu decidi que eu atacarei os digiescolhidos por conta própria — disse Arkadimon.

— Eu também pensei nisso amigo. A diferença é que eu vou esperar mais um pouco até aquele velho fazer algo que preste — falou Cerberusmon.

Arkadimon cansou de esperar e saiu do meio do grupo. Saiu pelos fundos do depósito sumindo na escuridão do lugar. O membro mais forte fisicamente do grupo não gostava de esperar e era impaciente nas decisões. Resolveu agir por conta própria.

— Ele não muda mesmo. O que será que ele vai aprontar agora? Atacar os jovens escolhidos sem a ajuda dos companheiros? Aquelas crianças têm apoio da maioria dos digimons e são protegidos pela policia e por aquele Gennai e Slash Angemon — disse Antylamon observando o outro se distanciar e finalmente sumir.

—Arkadimon. Ele que faça a sua sorte — concluiu o vampiro.

SkullMeramon apareceu logo em seguida para o espanto dos seus companheiros. Ele nunca se atrasava e depois que voltou daquela missão ele se separou do alienígena para fazer outra coisa que nem seu melhor amigo poderia saber.

— Desculpem o meu atraso para a reunião. Tive que fazer algo importante. E então... Cadê o nosso colega Arkadimon?

— Você sumiu e perdeu o ataque de histerismo do nosso colega. Ele vai enfrentar os escolhidos por conta própria. Não sei por que, mas acho que ele vai perder essa luta — explicou Myotismon se levantando e também indo embora — acho que vai chegar um tempo em que cada um vai cuidar de si. Arkadimon tem razão. Barbamon não está com nada, aquele velho fracassado. Por culpa dele fomos roubados e agora enfrentamos uma crise entre nós. No entanto não serei idiota como o grandalhão que saiu emburrado, não. Eu serei muito mais cauteloso nos meus ataques. Até outro dia, colegas — e também saiu desaparecendo na escuridão.

— O que foi que houve com ele?

— Skull, meu amigo. O que está acontecendo é que chegou o momento de agirmos contra os pirralhos. Só não sei que tipo de plano armar contra eles.

— Vade, colega, vamos encontrar aquele Astamon de qualquer maneira e convencê-lo a trabalhar para nós. Eu tenho certeza que ele vai ceder — disse cerrando os punhos.

Arkadimon saiu do esconderijo e foi embora. Como o local ficava num ferro velho próximo de Digicity ele foi andando mesmo até chegar à cidade grande. Uma metrópole com muitos prédios e arranha-céus. Além disso, havia outras construções como catedrais, estádios e entre outras coisas. A selva de pedra era comandada por Ruan e Hagurumon, porém no momento eles não estavam ali. Enfim o monstro chegou perto do esgoto e entrou no mesmo por uma grande tubulação. Chegou num local úmido e com varias galerias no subsolo. Alguns seres desconhecidos começaram a aparecer diante dele em meio ao breu que tinha ali.

— E então... Podem atacar esta cidade quando quiserem. Vocês têm carta branca para fazerem o que quiser. Vamos acabar com essa supremacia que esses pirralhos trouxeram para todos nós.

— Prefiro atacar a digiescolhida encarregada da zona marítima. Farei isso ainda hoje — disse uma voz.

— Façam como quiser. Estão autorizados a espalharem o terror quando quiser, na hora que quiser. Se vocês falharem então eu atacarei por conta própria. Quem conseguir matar um digiescolhido que seja, eu pagarei um milhão como recompensa.

Os seres se retiraram da frente de Arkadimon para agirem contra as crianças de uma vez por todas. Nunca no mundo digital desde a derrota de Daemon algum ser se atreveu atacar diretamente os escolhidos.

O garoto e Gokuwmon chegaram numa estação ferroviária para pegar um Trailmon e partirem para a cidade de Las Merinas como foi combinado. O ônibus parou e os dois desceram. Eles entraram na estação e ficaram esperando por um trem. O local era grande e lotado de pessoas (no caso Digimon também é pessoa) de todas as partes. Enfim o garoto ainda irreconhecível, por sinal, olhou todo o ambiente e retirou um aparelho do bolso da blusa. Era um digivice diferente, é lógico, do modelo atual das crianças escolhidas.

— No que está pensando? — perguntou o macaco.

— Estava pensando em como seria a minha vida hoje sem você. Não faria a mínima ideia — o garoto colocou a mão no queixo e ficou pensando — Sabe aquele dia em que eu vim para cá pela primeira vez? Eu pensei que tinha sido sequestrado e fui atacado por um bando de Numemons e você veio para me proteger.

— Sim, ainda me lembro. Como se fosse hoje.

— É. Eu gosto da minha vida como está agora. Depois que os meus pais morreram e fiquei morando com uma tia minha, eu tive um tédio eterno — falou o rapaz enxugando as poucas lágrimas que insistia em sair de seus olhos. — Olha só, o nosso Trailmon chegou!

Trailmon eram espécies de digimons cargueiros inanimados que serviam como condução iguais aos trens. Eles podem servir apenas para levar passageiros ou também podem vir equipados com armas no caso usadas para defesa. Enfim eles embarcaram com os demais passageiros para seu próximo destino.

...

Finalmente as aulas acabaram para Lúcia e Lucas. Depois de um dia cheio de provas os dois acharam melhor voltar logo pra casa e estudar no próprio digimundo. A garota praticamente puxava seu parceiro para ir embora, no entanto garoto insistia em conversar com seus colegas. Ela ficou até um pouco emburrada, contudo se controlou até ver o menino ir à sua direção.

— Por que demorou tanto? — perguntou a garota um pouco irritada.

— Ah desculpa, Lúcia. Não vai me dar sermão, por favor. Eu estava numa conversa muito boa com os meus colegas. Você sabe que eu interagindo com os outros garotos será melhor pra mim. Eu fico triste porque fica sempre brigando comigo — disse enquanto caminhava ao lado da garota. Eles decidiram voltar caminhando pelas ruas.

— Olha só Lucas eu prefiro você como é agora. Eu respeito a sua escolha de não querer ser mais Digimon e eu até prefiro você assim. Só que eu fico preocupada contigo. Não sei se você aprendeu o suficiente sobre o nosso mundo...

— Então é isso. Disso eu tiro de letra — ele envolveu o seu braço em torno do pescoço dela — não fique preocupada demais comigo. Sei me defender mesmo na minha forma humana.

O gesto do loiro deixou a garota um pouco desconfiada e até surpresa. Ela nunca havia imaginado que Lucemon iria fazer aquilo. Envolver seu braço no pescoço dela. Eles praticamente andavam abraçados, o que causava um certo desconforto nela, porém deixou que essa posição continuasse. Na verdade ela ficou um pouco... Corada. Por que será?

— Ray, nós chegamos em casa. Você está, padrasto? — perguntou a garota abrindo a porta da casa.

— Eu acho que ele não está. Parece que saiu — respondeu o loiro entrando em seguida.

— Ótimo. Melhor assim. Olha só Lucas é melhor você tomar banho logo para nós irmos ao digimundo. Eu tomarei o meu no quarto da mamãe. Vai logo, cara.

— Tudo bem, Lúcia. Eu já vou — o garoto foi até o quarto, colocou a mochila sobre a cômoda cor de tabaco e retirou suas peças de roupa incluindo os óculos. Entrou no banheiro.

Lúcia entrou no quarto de casal e viu a aliança sobre um móvel. A garota achou estranho e foi ver. Era a aliança do seu padrasto. Ficou intrigada, porém deixou novamente no mesmo lugar e foi ao banho.

Hikari e Takeru foram embora da escola assim que os alunos foram. O homem dirigia o carro e sua noiva apenas se mantinha em silencio. Ficaram nessa quietude até chegarem em casa. Assim que abriram a porta do apartamento o silencio deu lugar para algumas perguntas da moça que estava muito curiosa com o que ocorreu na sala dos professores.

— Eu já disse que não houve nada demais. Você não está acreditando em mim — falou o loiro se sentando no sofá branco na sala.

— Não estou desconfiando de nada — disse ela sentando sobre as pernas do rapaz e colocando os braços em volta do pescoço do outro. — Eu te amo. Agora você admita que foi um tanto estranho agir daquele jeito — disse ela dando um selinho nele e saindo.

— Sim, foi, eu admito. Agora vamos esquecer isso, por favor.

— É claro. Que isso não se repita. Ei o que achou da professora nova? Bonita né? Bem atraente mesmo. Tomara que já seja casada ou algo assim.

— Não precisa ter ciúme de mim. Eu sou vacinado contra IFPT. E sou só seu.

— O que seria essa sigla aí que você disse?

— Investidas Femininas Potencialmente Transmissíveis.

A morena deu uma gargalhada quando ouviu aquilo. Enfim ela chamou Tailmon, porém não a encontrou. Apenas um bilhete pregado na porta da geladeira. No bilhete tinha escrito algo do tipo:

“Kari eu vo para o digimundo atráz du Patamon. O T.K me pedil para qe eu fose chamar ele”.

— Bela ortografia, gatinha. Amor, você pediu para a Tailmon ir atrás do Patamon foi?

— Sim. Estou com saudade dele, por isso pedi para que ela o chamasse. Provavelmente ela foi pelo portal no digivice do Paulo.

— Como está o digimundo numa hora dessas? Faz tanto tempo que não há nenhuma ameaça. Fico até desconfiada.

E a desconfiança de Hikari tinha todo o sentido. Aos poucos o mal ia tomando conta do planeta digital sem que os escolhidos percebessem.

Lúcia ficou pronta e pegou o seu novo digivice que Gennai construíra após ela ter deixado de ser a digiescolhida da luz. Era o mesmo modelo Digital Touch Device na cor branca com rosa. Ela colocou no pulso e abriu um portal para a zona do céu. Lucas ficou preparado também para entrar. Ambos atravessaram o portal. A garota vestia uma blusa de cor rosa com uma calça jeans preta e tênis da cor da blusa. O garoto vestia uma camisa de cor cinza e uma bermuda marrom, além do tênis branco.

...

Astamon conseguiu alugar um quarto de hotel na periferia da cidade em que estava. O local não era lá grande coisa. Havia apenas a sala, um quarto, uma cozinha e o banheiro dentro do quarto. Ele pegou as bolsas com o dinheiro e as deixou na sala e depois foi pegar as suas compras. Havia comprado outras roupas para usar. Enfim ele precisava de um banho e tirar aquele fedor de cela de cadeia. O banheiro tinha uma banheira grande o suficiente para cabe-lo. Ele fez com que as suas asas de demônio desaparecessem e começou a retirar todas as peças de roupa até ficar despido. Sua pele era branca da mesma cor que a pele de um humano. Ele por fim retirou sua máscara ou elmo na forma de uma cabeça de um animal. Revelou ter cabelos brancos ou prateados e olhos totalmente negros. Ele entrou e relaxou todos os seus músculos. Foi um dia muito puxado para o Digimon homem demônio.

— Eu vejo... o meu caminho cruzar com os desses tais escolhidos. Eu vejo que terei um rival à altura. Agora quem?

Ele ficou relaxando sob a água morna. Não queria que aquele momento passasse nunca. Entretanto teve que sair. Andou completamente nu até chegar ao roupão que tinha pendurado numa cabide dentro do guarda-roupa no quarto. Vestiu e foi até a cozinha. Abriu o freezer e pegou uma latinha de cerveja que havia deixado ali para gelar — sim, ele comprou cerveja pra beber. Ficou tomando sentado numa poltrona vermelha na sala.

Após esses minutos de folga ele decidiu sair e espairecer um pouco. Vestiu uma linda roupa social com direito a terno preto e um lindo sapato preto bem lustrado. Não queria chamar muita atenção com a sua roupa comum. Preferiu não usar o elmo. Saiu.

Mia e Betamon ficaram assistindo filme depois de um lanche bem caprichado. O anfíbio até cochilou de tão satisfeito que estava. A garota não conseguia dormir à tarde por decreto algum. O filme acabou e ela foi desligar o aparelho de DVD e fechou as cortinas da janela. A visão da casa dela era privilegiada demais. Dava pra ver a praia e as casas de seus moradores. Apesar de ser chamada de “casa de praia” a residência da menina era longe uns trezentos metros. Ficava no centro da cidade Best Beach.

— Socorro, socorro! — gritava um Gekomon tentando chamar a garota.

Mia imediatamente foi até a janela e viu o pequeno anfíbio ali chamando por ela.

— Gente, que gritos são esses? O que houve?

— Estão atacando a p-praia.

— Quem está? Você viu quem era?

— Todo mundo está correndo com medo lá da praia. Lá na outra costa. Eu não vi, mas me pediram pra te chamar e resolver isso.

— Gekomon, pra isso tem os salva-vidas. Deve ser algum ladrãozinho ou alguém querendo aparecer e causar tumulto...

— Não! E-ele disse que é da Liga Negra. E está aqui para enfrentar pessoalmente a escolhida, ou seja, você.

Ao ouvir isso, a garota sentiu um arrepio. Como assim a Liga Negra estava atacando? Eles prometeram não atacar, pois fizeram um acordo. Enfim ela acordou Betamon — que por sinal não queria acordar — e foi até à praia.

— Tomara que seja algo muito importante mesmo pra me acordar no meio do meu sono — resmungou o anfíbio.

— Pelo que o Gekomon me falou há alguém que se diz da Liga Negra que está atacando a praia. Vamos logo, Betamon.

— Aff calma aí Mia. Eu estou correndo tudo o que posso.

Paulo já estava cansado de tanto esperar. Já passava de horas depois que Linx entrou com Beelzebumon. Parecia que a cada minuto era um período interminável. O rapaz ficou andando pra lá e pra cá, já brincou com os peixinhos do riacho, olhou as flores nos vasos, caminhou pelo jardim e ficou vendo cada planta do lugar. Era uma grande variedade. Observou a paisagem ao fundo e viu as silhuetas das montanhas na cordilheira próxima dali. Voltou novamente para o banco e ficou esperando e pensando.

Uma pessoa começou a andar na direção do menino. Era um homem até então desconhecido. Ficou por trás de Paulo e pôs sua mão na cabeça do jovem e ficou esfregando. O rapaz levou um susto tão grande que caiu do banco. O homem começou a gargalhar da situação.

— Isso não teve graça. Quem é você? — falou o jovem se limpando. Olhou para o homem à sua frente. Era alto branco, um pouco pálido, cabelos loiros repicados, olhos verdes e usava uma roupa escura — Espera um pouco... essa roupa eu conheço.

— Não está me reconhecendo? — falou o homem com um sorriso no rosto.

— Beelzebumon?! — o garoto correu para abraçar o homem. Sim o homem era Beelzebumon. Na realidade o programa que Linx fez era para dar uma forma humana completa para o Digimon. Claro que na sua forma original ele também se parecia com um humano tirando o fato de ter três olhos e uma cauda.

— Gostou? Eu to sem o rabo e sem o terceiro olho. Eu fiz isso por você —  respondeu ainda abraçando o menino.

— Não que eu não goste de você na sua forma original, mas é que ficou bem melhor assim. Até mesmo para a sua aparência.

Linx se aproximou de ambos e os interrompeu. A mulher os convidou para entrar em sua casa. Eles foram. A casa por dentro era simples. Uma sala com uma lareira, alguns móveis e uma simples televisão de LED — simples — de quarenta e duas polegadas. Havia a sala de jantar com uma mesa de madeira. Os três se sentaram. Beelzebumon continuava vestindo sua roupa normal, porém sem a máscara, sem o terceiro olho, cauda e sem as luvas com garras. Apenas o lenço vermelho amarrado no braço esquerdo ficou preservado.

— Aqui está o seu Digivice — disse a mulher entregando o objeto — o seu parceiro pode voltar ao normal na hora que quiser. Tem um porém: você só pode ficar assim por seis horas ao dia. Se passar disso, volta ao normal. Está avisado. Paulo eu programei o seu aparelho com outro programa potente. Ele permite que você colete dados e assim possa fazer com que Beelzebumon aumente de nível mesmo estando na última fase. Use esse programa no momento certo.

— Eu estou muito emocionado com tudo isso — disse o menino abraçando o outro novamente e agora chorando.

— Vocês são muito apegados. Eu acho muito lindo isso. Portanto para selar esse momento gostoso que estou testemunhando, eu vou dar um presente para cada um de vocês.

Linx saiu por um instante. Depois voltou com uma caixinha preta nas mãos. Colocou sobre a mesa e a abriu. Ela pegou uma corrente com um pingente e colocou no pescoço do garoto. O pingente era duas mãos unidas demonstrando a verdadeira proximidade do garoto com o seu parceiro.

— Olha, eu pensei que tinha duas correntes, porém eu me esqueci onde coloquei a outra...

— Não se preocupe Linx — o garoto retirou o objeto do seu pescoço e foi colocar no pescoço do digimon — prefiro que ele ponha isso. Fica melhor contigo.

— Obrigado filho...

— Essa correntinha servirá como lembrete desse dia especial. Ela sempre vai unir nós dois e também vamos sempre nos lembrar de ti, Linx. Essa corrente vai ser o objeto mais especial e mesmo que tudo esteja perdido ela um dia vai nos ajudar. Só não sei quando.

— Ah, garoto, não fala isso senão eu choro. A propósito, eu vou precisar dos outros escolhidos aqui para eu programar os digivices de cada um. Preciso fazer isso o quanto antes.

— Por que, Linx? Você desconfia que algo de ruim possa acontecer? — perguntou Beelzebumon.

— Não. É só precaução mesmo. Enfim já que estão aqui mesmo então eu vou preparar aquela bela torta de chocolate. Quem se atreve a experimentá-la?

— EU! — disse o Digimon.

Os três riram da situação. Era incrível como a mulher agia como se nada tivesse acontecendo. Entretanto a intuição dela falava mais alto e essa intuição dizia que o pior ainda estaria por vir.


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Notas finais do capítulo

Eaew eu não sou de ficar de mimimi aqui nas notas então a gente se vê nos reviews. A gente conversa lá okay. Abraço a todos vocês que leram. :P