D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 34
Distorção Temporal - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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CAPÍTULO 111

— Eu voltei, amigo, pra lutarmos juntos - disse Paulo tentando ajudar Ruan.

— Que lutar junto que nada. Tudo estava sob o mais perfeito controle - disse se desvencilhando do outro.

Beelzebumon foi ajudar Megadramon que estava caído.

— Você está horrível - disse irônico.

— Cortesia do velho barbado. Ele é muito poderoso na forma mega. Se eu pudesse digievoluir para minha forma extrema a história seria outra.

Enquanto Paulo ajudava os amigos, Barbamon saiu dos escombros com ferimentos pelo corpo devido ao forte impacto que recebera. Os digiescolhidos olharam com cautela para o inimigo, pois mesmo ferido um inimigo não podia ser subestimado. Barbamon não fez nada, apenas ficou parado na frente dos garotos.

— Finalmente conseguiu o que tanto queria, não é, Barbamon? Manipular as trevas e se transformar num demônio traidor - disse Paulo.

— Eu nunca suportei vocês, bando de vermes. Sempre fiquei com isso entalado na garganta, mas agora eu posso falar que eu os odeio com toda a minha força. A prova do meu ódio era que fui eu o líder do grupo Liga Negra e que também fui eu o patrocinador da libertação de Astamon para que ele pudesse matá-los.

— A gente te ajudou quando mais precisava e é assim que nos agradece? Traindo a gente pelas costas? - disse Ruan.

— Na verdade eu os usei da melhor forma. Há três anos eu entendi que não adiantaria enfrentá-los diretamente, porque vocês com certeza dariam algum jeito de me impedirem como fizeram com os vilões do passado. Do jeito mais sutil possível eu consegui a confiança de todos e montei uma estratégia para atacá-los sem que eu fosse o suspeito. Porém tenho que admitir que a libertação de Astamon trouxe mais problemas do que solução, fui traído, porém com uma ajuda dele eu consegui o que tanto quis.

— E é destruindo tudo que vai te satisfazer?

— Meu caro Paulo, eu já dei motivos que o que mais quero é controlar a pedra sagrada do céu. Se eu absorver sua energia então tudo o que há aqui será destruído menos a própria zona celestial. Primeiro vou controlar lá para depois refazer um novo digimundo aqui. Por que tanta interferência?

— Não fale besteiras! Vamos acabar com com o seu plano tosco - disse Paulo enfurecido.

Barbamon se aproximou mais um pouco deles. Beelzebumon ficou na frente do parceiro para protegê-lo.

— Afaste-se, Paulo, lutarei com esse velho gagá - Barbamon não entendeu o apelido, mas os outros começaram a rir.

— Essa foi boa - disse Ruan não segurando a gargalhada.

— E então, velho gagá? - quanto mais Beelzebumon falava mais os digiescolhidos riam.

— Podem rir à vontade, mas algo vai acontecer aqui que fará vocês calarem as bocas.

— Ui que medo. Por acaso vai nos atacar sem arma alguma? - disse Paulo em desdém.

— Não, como eu disse sou muito sutil. Eu não correria um risco nessa altura do campeonato. Por isso eu trouxe uma companhia pra vocês de uma velha inimiga.

Barbamon estalou os dedos e de longe surgiu Lilithmon. Paulo, Beelzebumon, Megadramon e Ruan não puderam dizer nada tamanha a surpresa. A digimon parou perto de Barbamon sem falar uma palavra apenas encarando os jovens.

— Eu não acredito nisso! - Paulo ficou atônito.

...

GENETECH

Matsunaga foi aplaudido de pé por ter apresentado aos seus colegas o projeto mais revolucionário da história humana, no entanto um projeto que não partiu do seu cérebro. O fato é que o cientista era inimigo declarado do laboratório suíço. Mesmo com a Genetech em alta, nunca fez algo que revolucionasse ou ganhasse o prêmio Nobel de Ciência, mas a Warren II já havia ganho dois prêmios. Por isso e por mais outros motivos o velho Matsunaga decidiu plagiar as ideias de outro cientista. Obviamente quem trabalhava na empresa, tirando o laboratório, não sabia dessa corrupção.

Após quase uma hora mostrando o que supostamente poderia oferecer, ele foi aplaudido e teve votos favoráveis. Como eram dez diretores, recebeu votos unânimes.

Terminada a reunião no mesmo instante o presidente saiu da empresa, no centro, e partiu para o laboratório no subúrbio. Depois de meia hora de carro ele chega ao complexo. A primeira coisa que ele fez foi entrar no subsolo, local não secreto, onde havia seus experimentos com seres vivos híbridos. Assim que chegou ao laboratório foi recebido por seu assistente.

— Doutor Matsunaga, como foi a reunião?

— Melhor impossível. Agora temos o apoio não só do governo, mas também do setor privado. Honda, vamos a partir de agora colocar as mãos na massa.

Eles pegaram um elevador que desceram cerca de dez andares. Assim que a porta se abriu ele viu muitas pessoas, de branco, trabalhando com suas pranchetas. Algumas em computadores, outras observando os híbridos.

— Doutor se agora vamos trabalhar com o projeto digitalização, que não é nosso, então como conseguiremos fazer o protótipo? Não poderemos realizar nenhum se não tivermos o projeto.

— Honda acalme-se. Sabe que eu não sou provinciano a ponto de ficar apenas aqui no Japão. Eu tenho aliados espalhados por esse mundo e quem poderá me ajudar neste caso será alguém muito próximo do projeto.

O velho Matsunaga tinha três híbridos encubados por cilindros. Ele foi até a câmara do primeiro. Alguns ajudantes observavam a criatura caso ela venha esboçar uma mínima reação. O doutor se orgulhava bastante.

— Meu pequeno bebê, quando será o dia em que poderei te ver acordar? - indagou enquanto vislumbrava o ser no cilindro. A criatura continuava pacata, dormindo o seu sono obrigatório. Um digimon feito em laboratório, metade humano metade criatura. Sua aparência lembra um pequeno morcego de pelúcia dorminhoco e acorrentado. Pacato, mas que pode se tornar um grande problema no futuro.

Enquanto isso na Suíça, no laboratório, todos os cientistas foram dormir, pois já era madrugada. Os únicos que permaneciam acordados eram os seguranças e o cientista alemão Ektor Müller que arquitetava um plano nada ético de ajudar seu aliado, Ryuu Matsunaga, a roubar o projeto digitalização.

Müller havia tomado um remédio para ficar acordado a noite toda e aguardou o laboratório ficar em completo silêncio. Ele saiu da sua sala e andou pelos largos corredores do complexo até chegar na ala D que estava sendo vigiada por dois seguranças.

— Olá, senhores, eu não tenho mais acesso. Será que poderiam liberar pra mim?

— Desculpe-me, senhor Müller, mas o doutor Strong deu ordens expressas para ninguém entrar aqui - disse um dos seguranças.

— Eu entendo perfeitamente, meu caro, mas é que ontem eu acabei me esquecendo de uma pesquisa que eu fazia recentemente e acabei guardando no computador. Ora por favor é rapidinho, preciso disso pra amanhã - os seguranças se olharam. - Vejam só eu trabalhei aqui até ontem e foi só um vacilo meu. Vai ser rápido e o Strong nem vai saber.

Como retirar o doce de uma criança foi o plano do jovem cientista em adentrar na ala D. Ele não poderia ter feito isso antes, pois nunca encontrou um momento oportuno para isso. Seu plano de fato era liberar o acesso para que os capangas de Matsunaga pudessem invadir. Sorriu ao retirar o envelope do bolso do casaco e verificar a senha escrita num papel. Digitou a tal senha, acessou o computador e foi direto ao programa digitalização. Coletou alguns poucos arquivos necessários em seu pendrive. Depois foi até uma pasta da segurança. Digitou a senha - nada melhor como ser um hacker nessa hora - e copiou a pasta de todo o prédio. Localizou o setor da segurança.

— Obrigado, rapazes. Vocês não imaginam o bem que fizeram.

Os dois seguranças apenas concordaram e o alemão passou com toda folga. Agora o seu próximo passo era chegar até a ala da segurança, o que seria mais fácil, pois não tinha acesso restrito. Ultrapassou a passarela de vidro, observou a beleza do jardim, e foi para o segundo bloco.

— E aí você está pronto? - disse Müller pelo celular. O homem falava com um cúmplice que era o chefe da segurança. Por isso que o rapaz tem livre acesso, a corrupção começava daí. - Estou com a digital do Strong. Encontre-me no portão B-33 perto da passarela de vidro, por favor.

Passados alguns minutos um homem vestido com terno preto chegou próximo do alemão. Os dois foram até a sala de comando.

— Dê-me a digital - disse o homem. O loiro entregou o outro envelope. O homem chegou próximo a uma porta da segurança, digitou uma senha, colocou seu polegar direito no primeiro painel e retirou a impressão digital do doutor Strong para colocar no segundo painel. A porta se abriu revelando uma pequena sala toda branca com um pequeno cofre digital ao fundo. O homem digitou uma senha e pegou um pendrive preto. Saíram dali e o chefe da segurança conectou o objeto ao computador. Mexeu no programa de segurança de todo o laboratório até concluir o serviço.

— Acabou?

— Pronto, doutor. Todas as saídas e entradas do complexo foram destravadas. O que quer que aquele japonês faça, que seja rápido. Porque eu não sou o único chefe da segurança por aqui.

— Preciso apenas de poucas horas para ter o plano devidamente concluído.

— Quero saber quanto vão me pagar.

Müller olhou com desprezo aquele homem a sua frente, porém disfarçou ao máximo.

— Não se preocupe. Terá a sua recompensa - disse o alemão.

...

Raios e trovões assolavam o digimundo. A cena ficou mais melancólica com a chegada da Lilithmon para a luta. Barbamon, é claro, ficou maravilhado com o que via, espantos dos escolhidos. O velho alisava a sua longa barba enquanto observava.

Paulo não esboçou reação alguma, mas tentou formar um raciocínio lógico para tudo isso. Talvez seja algum tipo de ilusão, Barbamon era habilidoso nisso.

— Não, não é ilusão. O que vocês veem aqui é a imagem de um digimon ressuscitado das trevas. Entretanto, para o consolo de todos, ela não passa de uma marionete nas minhas mãos. Uma escrava.

— Como foi que conseguiu ressuscitá-la? - Ruan.

— A pedra sagrada do deserto. Como eu disse, Astamon me deu poder usando o resto dos dados que sobrou dela na época em que fora destruída. Ele pegou e pôs em mim. Depois de algum tempo eu quis assustá-los com a ideia de trazê-la de volta. Fui até a pedra desértica, destruí e com os dados da pedra juntei com os dados que eu tinha dela, formei para ser igual a anterior. Porém não passa de um ser artificial, mas não se enganem se pensam que ela é fraca.

— Afastem-se, eu lutarei com ela - disse Beelzebumon ficando a frente dos outros.

Megadramon ficou responsável por afastar os dois garotos da luta. Barbamon deu ordem para que a sua escrava atacasse com todas as forças. Lilithmon concentrou uma bola de energia negativa da sua garra e arremessou contra o oponente. Este voou para longe do ataque e preparou a sua arma para a ofensiva.

Beelzebumon soltou vários raios na direção da mulher que se esquivava com certa facilidade. Os ataques provocaram explosões e destruição na parte leste da cidade.

Megadramon parou bem em frente do Barbamon quando este tentava se aproximar do campo de força.

— Nem pensar - disse o dragão.

— Acha que poderá me deter?

— É claro que sim, velho asqueroso - retrucou Ruan.

— Então vamos brincar um pouco - os demais olharam desconfiados. - Sem o meu cajado será impossível passar por vocês diretamente então eu vou ter que apostar na sorte.

Os digiescolhidos puderam presenciar o vilão se transformar num outro ser. Aos poucos foi diminuindo de tamanho até virar um Soulmon. Depois que se transformou ele se multiplicou em vários.

— Nós vamos tentar unir nossos poderes para destruir o campo de força - ele se juntou aos milhares.

— VAI TER QUE NOS DESTRUIR ANTES DE ENTRARMOS NO PRÉDIO! - disseram em uníssono.

Ruan e Paulo tiveram que descer do Megadramon para que ele pudesse lutar. A felicidade era que os habitantes já haviam evacuado pelo menos naquela parte da cidade.

Beelzebumon se esticou todo para dar um golpe corporal. Ele caiu na direção de Lilithmon, mas antes de atingi-la, ela fugiu. Ele causou uma explosão no chão abrindo um buraco com o impacto do seu golpe. A vilã apareceu no céu segurando uma enorme bola de energia negra e a jogou contra ele. Claro que o parceiro do Paulo tinha condições de sair dali, porém a surpresa era outra.

— Merda - disse ele ao perceber que a bola lhe seguia constantemente.

Lilithmon mexia a sua garra nazar guiando o ataque na direção do seu oponente. Ele teve uma ideia de trazer o golpe na direção dela. Beelzebumon viajou até Lilith e parou bem na frente dela. Depois sumiu. A pseudo Lilithmon levou a pior e recebeu todo o impacto explodindo violentamente. Ela se desintegrou em muitos dados.

...

Matsunaga ainda vislumbrava com o seu digimon biológico. Tão pequeno, era um grande mistério. Sua inocência era o mais assustador. Será que aquele pequeno ser que dormia era realmente assim ou poderia se transformar em algo diferente? O cientista saiu do devaneio quando um assistente lhe chamou para ver algo curioso.

Entraram numa outra sala agora com dois cilindros. Quem estava lá era um par de híbridos iguais ao pequeno ser. Contudo suas formações biológicas eram idênticas ao de um ser humano, homo sapiens. Os cientistas retiraram o macho ainda nu de dentro do vidro e o colocaram numa maca encoberto por um lençol branco. Levaram-no para outro lugar.

— Senhor, eu quero apresentar a híbrida que acordou hoje pela manhã - disse um assistente.

Os cientistas trouxeram uma mulher ruiva sob uma roupa hospitalar. Era a híbrida irmã do outro que acabara de acordar. Os dois faziam parte de experimentos que Matsunaga fazia combinando dados de digimons que havia coletado e DNA de humanos quaisquer que eram doadores anônimos. Juntavam o embrião num casulo e os deixava até atingir a fase adulta. Levava cerca de dois anos para que tudo ficasse pronto. Agora o doutor via o seu plano começar a funcionar.

Matsunaga era perito em fazer humanos-digimons que nasciam em cativeiro. Entretanto seu maior sonho era poder se apoderar da ideia do doutor Strong no projeto que este fez, pois transformaria qualquer humano em total digimon. Tal processo foi feito por Ray há anos, mas o que o avô da Naomi quer vai muito mais além.

— Minha querida criação. Você será muito útil para o meu plano definitivo - disse ele retirando uma mecha vermelha do rosto dela. A moça não dizia uma palavra sequer, era uma escrava do instinto. Obedecia piamente o seu criador.

— Senhor a primeira parte do plano foi um sucesso - disse Honda, seu assistente. - Agora só falta escolher um nome para ela.

— Sim eu a chamarei de Lady B. com todo o meu orgulho. Alguma notícia do alemão?

— Um sucesso. Lá na Suíça ainda é madrugada de hoje e aproveitando-se da fragilidade do sistema ele enviou o arquivo da planta do Warren. Depois afirmou que o sistema de segurança está totalmente desligado.

— Ótimo. Prepare o híbrido macho. Com a habilidade que ele tem será muito fácil pegar aquele projeto e seu idealizador.

...

Os Soulmons atacavam Paulo e Ruan que corriam do bando. Megadramon não perdoava e soltava o seu poder para destruí-los. Um monte deles eram destruídos, porém eram muitos.

— Eu tive uma ideia. Vem comigo - disse Ruan. Os dois foram para um outro local.

Os dados de Lilithmon se juntaram até a formarem outra vez. Ela deu um sorriso e foi na direção do oponente. Este não teve tempo de desviar levando um tapa certeiro bem na cara que ficou a marca dos dedos. Caiu sobre um carro destruindo-o.

— Caralho é... mulher é igual a abelha - disse com a mão no rosto. Se levantou - ou dá mel ou dá ferroada.

Ruan e Paulo desceram na estação de metrô. O espanhol tinha uma ideia para acabar com a invasão dos Soulmons e frustrar de vez o plano do Barbamon. O protetor da cidade se sentou num banco junto com o amigo.

— O meu digivice serve também para acionar a defesa da cidade. Uma delas é a antigravidade. Talvez eu consiga acioná-la antes do velhote destruir o campo de força.

— Isso vai fazer a gente voar. Sem gravidade é perigoso, não acha?

— Não há problema algum. Quem não arrisca não petiscará nunca.

Antes do garoto acionar o programa uma pessoa havia chegado no exato momento. Pelas caras de felicidade deles era alguém bom. Gennai.

— Garotos me desculpem pelo atraso, mas é que eu resolvi ajudar os outros escolhidos. Agora que eles já estão livre do perigo apareci para ajudar vocês.

— Gennai não podemos deixar Barbamon destruir a pedra sagrada. O tempo será muito afetado se ele vier a destruir - disse Ruan desistindo da sua ideia.

— Eu compreendo e estou de pleno acordo em proteger a pedra. Você tem alguma ideia para impedir que o inimigo a destrua?

— Eu tenho um programa instalado para antigravidade a fim de proteger a cidade de invasores. Paulo tava me ajudando.

— Gennai, eu soube que a Lilithmon foi ressuscitada, mas sabia que ela é apenas um digimon artificial?

— Soube disso há pouco. Rapazes, eu preciso da ajuda de vocês. Vamos retirar a pedra das vistas deles. Vocês podem me levar até ela?

Os dois concordaram.

— Excelente... ah eu tenho uma surpresa para mostrá-los daqui a pouco. Vamos?

Ruan foi no próprio túnel do metrô. O rapaz abriu uma porta e foi por uma passagem secreta até o prédio.

Megadramon ficou coberto pelas dezenas de Soulmons. Ele subiu bem alto e ficou girando no ar. Logo os pequenos o largaram. Megadramon soltou um míssil destruindo os últimos seres. Será que Barbamon também foi destruído?

...

A Zona do Céu continuava movimentada depois do reforço policial. A zona estava sob forte custódia e nem mesmo os digiescolhidos tinham mais premissão em transitarem livremente nas quatro ilhas-nuvens voadoras. Vários digimons celestiais e guerreiros como Angemons, Unimons, Piccolomons, Gargoleymon e outros eram comandados por SlashAngemon.

Um Piccolomon foi até a beirada da quarta ilha - a ilha que abriga as obras de arte - olhou para baixo. Virou-se para o seu superior e afirmou que não havia nenhum perigo por perto, pelo menos naquela área.

— Continue rondando a ilha. Não podemos nos descuidar.

— Sim senhor!

Na ilha 3 os digiescolhidos se reencontraram. Todos foram levados ao céu por um portal especial feito por Gennai ou por Lúcia. A atenção era voltada para Dynasmon, que até então se dizia inimigo dos escolhidos. Lúcia de forma sarcástica disse que era tudo uma armação. Aiko cobrou explicações.

— A verdade é que eu nunca quis ser inimigo de ninguém. O que eu queria era te ajudar, irmão.

— Como assim queria me ajudar? Que conversa fiada é essa?

Aiko ainda não acreditava nas palavras do outro. Seria uma explicação muito detalhada para poder convencê-lo. Então o próprio Ray fez questão de lembrar algo que aconteceu há dias.

— O meu intuito era te ajudar. Lembra-se naquele dia lá em casa quando eu prometi que te ajudaria a ficar mais forte?

FLASHBACK

— Aiko eu percebo que o Koromon está sem ânimo. Tipo, ele não está sendo treinado para nada. Mal consegue evoluir para Agumon.

— Eu sei irmão. Eu tenho falhado muito nesse aspecto. Queria que as coisas fossem diferentes. Falta-me motivação. Eu estudo muito na universidade e quase não arranjo tempo para ir ao digimundo.

— Eu sei irmão. Mas tem que pensar no Koromon. Ele já salvou a sua vida e se sacrificou lá no passado. Não se esqueça disso. Olhe para os outros digiescolhidos. Sempre ativos. Enfim precisa ser animado. Eu vou te ajudar irmão.

— Como Ray?

— Espere e verá. Com o tempo irmão.

 

— Então eu fiz esse teatro para finalmente ver o meu irmão se fortalecer cada vez mais. Koromon sequer evoluía para Agumon. Hoje ele virou um poderoso RizeGreymon por causa da força de vontade do meu caçula e também da ajuda que eu dei quando me fingi ser inimigo.

— Deixa ver se eu entendi. Você queria fazer raiva em meu parceiro só pra eu poder digievoluir?

— É claro, Agumon. Por favor eu não fiquei contra nenhum de vocês. Sou um homem de família agora, não posso ser mais rebelde. Falando em família a minha mulher sabia o tempo todo e consequentemente Lúcia e Paulo.

— Tá e quanto ao Penguinmon? Aiko disse que você o matou - disse Mia.

— Tem uma explicação lógica e simples: ele era capanga do Barbamon enviado para se infiltrar entre vocês e colher informações - todos ficaram surpresos, menos Lúcia que tava por fora do assunto.

FLASHBACK

Existiam quatro tumbas com os seus respectivos representantes. O primeiro a ser libertado foi PrinceMamemon, depois veio Mermaimon, em seguida Infermon e por último o bruxo libertou Penguinmon.

— Liberte-se, meu querido espião - disse o feiticeiro.

A fumaça se dissipou em segundos após a explosão. A sombra de um pequeno ser apareceu. Era diferente de qualquer outro. Eu estava ao lado do Barbamon quando isso aconteceu e vi com os meus próprios olhos. O ser ainda estava com os olhos vermelhos, em seguida ficando normal.

— O que desejar mestre - falou o pequeno.

— Quero que engane os digiescolhidos com sua inocência. Você se infiltrará e coletará todas as informações. Faça amizade com eles, acolha-os na sua pequena casa no tronco de uma árvore, ajude-os. Seja hospitaleiro e amigável. Junte-se a eles. Quando chegar a hora certa delate-os.

— Perfeitamente, mestre.

 

— Agora me expliquem como foi que NeoVandemon e Infermon souberam do paradeiro da pedra sagrada lá na floresta? Por meio dele - disse Dynasmon.

— Ai que raiva! - quem ali estava levou um susto com o berro que Rose deu. - Eu sabia que não podia ter confiado naquele bicho miserável. Alguma coisa me dizia, intuição mesmo, que aquela criatura não prestava. Sentia cheiro de canalhice a quilômetros, mas não sabia quem o exalava. Quer saber de uma coisa? Muito obrigada por ter despachado aquele bicho.

— Calma, Rose. Todos nós fomos enganados - disse Palmon.

— Tem razão. E quem saiu de herói aqui foi o teu irmão, Aiko. Vocês deviam conversar mais um pouco sobre isso - disse Mia.

— Tô sem palavras - disse o rapaz olhando para o chão. Estava completamente envergonhado com o que disse ao irmão mais velho - Desculpa, irmão. Nem sei o que falar.

— Não precisa ficar com vergonha. Eu que provoquei esse alvoroço todo. Você não teve culpa de nada, acredite. Eu consegui que o meu irmão ficasse forte em pouco tempo. Essa foi uma grande conquista pra mim.

Os dois apertaram as mão, nota-se que a mão do Aiko ficava pequena em comparação com a do outro, fizeram as pazes. Ray não aguentou e quase esmaga o outro com um abraço. Depois se separaram. Os demais aplaudiram a cena.

— Bom como eu cumpri a minha promessa e fiz meu trabalho agora é hora de eu voltar pra casa.

— Como assim voltar?

— Aiko sabe que eu não posso ficar aqui muito tempo. Eu tenho vida social fora daqui, uma esposa e filho pra cuidar. Eu não posso perder meu tempo aqui.

— Ah não. Você não vai sair daqui enquanto não acabarmos com a raça do Barbamon. Por favor, cara, fica. Assim vai ser uma grande ajuda para nós. Por favor - implorou Aiko.

— É, por favor - disse Agumon.

— Por favor - disseram os outros.

— Tudo bem. Não sei o que tá dando em mim em aceitar isso. Já vi que hoje eu durmo no sofá.

Lúcia sorriu e convidou todos a irem ao jardim para tomar chá. Os escolhidos foram, menos Freddy e Gokuwmon que preferiram ficar do lado de fora da casa. O garoto há muito tempo estava inseguro com algo mesmo sabendo que a situação no momento era confortável. A sua apreensão faz parte da sua intuição e ela dizia que algo estava errado.

— O que você tem, Freddy? Percebi a sua insegurança - Gokuwmon estava visivelmente preocupado.

— Estou com uma sensação ruim. Uma péssima sensação pra falar a verdade. Não quero que algo ruim aconteça.

— Não pode pensar assim. Deixa eu cuidar de você - falou abraçando o parceiro.

— Eu tenho muito medo.

Na verdade Freddy estava temendo perder o seu parceiro por algum motivo não específico. Esse era o seu maior medo.

...

— Engula isso, Rajada do Caos! - Beelzebumon usou o seu maior poder para atingir Lilithmon. O raio destruidor pegou em cheio nela, arrastou e atingiu um prédio que logo desmoronou. - Nossa ela abocanhou de vez hehe.

Ele voltou para o bairro onde os garotos estavam, pois nessa pequena luta ele se distanciou muito.

Ruan pegou um elevador para chegar até o terraço. Gennai mantinha-se calado. Eles chegaram, puderam ver a pedra brilhar em volta do anel sagrado.

— Vocês vão mirar os seus digivices na direção da pedra. Assim que mirarem, vai aparecer uma luz, e ambos conseguirão carregá-la até em baixo. Temos pouco tempo, precisamos retirá-la daqui o quanto antes.

— Certo, Gennai - disse Paulo apontando seu aparelho. Ruan fez o mesmo.

Uma forte luz saiu dos aparelhos e capturou a pedra que reduziu de tamanho. Eles não poderiam carregá-la sozinhos, demoraria demais. Então Ruan desligou o campo de força e as defesas da cidade para que Megadramon pudesse levá-los para baixo.

Ao chegarem no chão, a pedra voltou ao seu tamanho real. Os dois desligaram seus digivices a fim de liberar o objeto.

— Sim e agora o que faremos a partir de agora? - perguntou Paulo.

Gennai olhava a pedra mais de perto, colocou a mão sobre ela e viu o que havia de escrito no anel sagrado. A demora deixou todos curiosos até Ruan quebrar o silêncio.

— Há algo de errado?

Gennai se mantinha quieto até responder.

— Não, crianças. Não há nada de errado. Principalmente quando o seu plano de destruir o digimundo está dando tudo certo - Gennai começou a gargalhar. Nessa altura todos mataram a charada.

— Não pode ser verdade! - falou Paulo ao ver uma aura negra ficar em volta do homem.

O suposto Gennai se virou imediatamente para usar seus poderes. Pelos olhos ele soltou uma luz muito clara a ponto de cegar momentaneamente os que o viram. Paulo e os outros não tiveram tempo de esboçarem uma reação, logo puseram suas mãos em seus rostos.

— Mas isso é uma droga. Aquele é o Barbamon - disse Ruan ao mesmo tempo em que tentava limpar a vista.

Paulo abriu os olhos e enxergou por um momento tudo embaçado. Viu a silhueta do Gennai em frente a pedra. Sua única reação foi de se afastar com os outros. Megadramon voltou a ser Hagurumon, porque não aguentou o poder a ponto de ficar tonto. Beelzebumon segurou todos e se afastou para uma distância mais segura.

Barbamon fez uma parede invisível para separar a si próprio de todos os outros. Ficou olhando por um tempo.

— Nunca pensei que seria tão fácil puxar o tapete dos pirralhos - riu.

— Desgraçado, vai pagar caro por isso - disse Ruan.

— Garotos! - uma voz surgiu. Eles olharam para trás e viram o verdadeiro Gennai se aproximar - Aquele não sou eu. Vocês foram enganados.

— Como se a gente não soubesse - retrucou Beelzebumon.

— Gennai você deveria treinar melhor esses fracassados. Eles são tão enganáveis que dá pena. Agora com licença que eu tenho uma pedra para destruir.

A situação ficou ainda pior porque o bruxo iniciava seu processo de destruição da pedra. O desespero foi grande, porém não havia nada que se pudesse fazer.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Flashback retirado do capítulo 22 (099)



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