D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 3
A Ascensão de um Vilão


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente eu quero agradecer aos comentários dos capítulos anteriores. Eu agradeço a todos e por favor continuem comentando; Segundamente obrigado aos favoritos. Valeu galera; Terceiramente (to inventando palavra kk) valeu espectro por recomendar a minha fic. É nois mano. Se tu fizer uma fic de qualquer coisa eu comentarei nela pode ter certeza. Bom gente este é o segundo capítulo propriamente dito. Depois de um prólogo de tirar o fôlego podemos ver como é o crescimento do poder de um digimau. Espero que gostem.



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CAPÍTULO 080

Um carro forte locomovia-se por uma estrada da zona desértica. O veículo carregava uma quantia considerável de dinheiro e seu destino era o banco digital de Las Merinas que ficava a 300 quilômetros. O automóvel era dirigido por um Apemon, um ser parecido com um macaco dourado e bípede. Além deste existiam mais dois Apemons segurando armas semelhantes a metralhadoras — todos fardados.

— Vai acelera logo para chegarmos de uma vez para a cidade — disse um dos seguranças que estava sentado no banco do carona. O terceiro estava na parte de trás do carro.

— Eu to indo tudo o que posso. Se eu acelerar mais do que isso, é arriscado criarmos um acidente. Tenha calma — retrucou o motorista.

Um carro Monster se aproximava cada vez mais do veículo com o dinheiro. A estrada era erma e não passava nenhum automóvel no momento. A região árida e desértica dava uma paisagem sem nenhum tipo de vida aparente. Apenas uma estrada com dois veículos. Enfim um carro Monster se aproximava e foi visto pelo Apemon motorista pelo retrovisor.

— Droga, tem alguém estranho vindo à nossa direção. Prepare-se — o carona pôs a cabeça para fora e viu a ameaça vinda.

— Acelera logo. Eu vou dar um jeito nisso — este pegou a arma e a carregou.

Astamon dirigia o Monster a toda velocidade. Ele pegou a pistola que estava no banco do carona e se preparou para encher o carro forte de bala. Emparelhou ao outro e começou a empurrá-lo para o canteiro esquerdo. Logo sacou a arma e começou a atirar.

— Vai logo atira logo! — disse o motorista. O outro Apemon colocou o corpo pra fora da janela e disparou várias vezes. Como o Monster se distanciou um pouco as balas não o atingiram por completo. — Ele tá mais distante, será que desistiu?

O vilão, mesmo longe, mirou sua arma até o seu alvo. Atirou. A bala atravessou o para-brisa, foi em direção ao outro carro e atingiu a mão do segurança que largou a metralhadora ficando ferido, com sangue e dados vazando. Depois mirou nos pneus e conseguiu estourar o direito dianteiro com a bala. O carro forte começou a desgovernar. Havia um trecho da estrada que era uma ponte ou viaduto com cerca de vinte metros de altura. O veiculo de segurança desgovernou e caiu no precipício. Os digimons que estavam ali ficaram muito feridos e não conseguiram chamar reforços.

Astamon deu um pulo da ponte e caiu no chão sem dano algum. Logo ele arrombou a parte de trás do carro forte.

— Sai daí — ele pegou um Apemon pelo braço e o tirou dali. Conseguiu ver várias bolsas pretas de couro contendo dinheiro. Cerca de um milhão. Ele retirou todas as cinco bolsas e as colocou no seu carro — roubado por sinal.

O Apemon motorista ficou consciente e viu o ser roubando. O Monster estava sobre a ponte, porém isso não era empecilho para o gatuno. Ele simplesmente conseguia pular mais de vinte metros. Quando viu o segurança consciente resolveu conversar com ele.

— O que você achou da minha ação contra vocês? — perguntou agachado.

— Pensa que vai sair... impune dessa. Os escolhidos vão acabar com a sua raça.

— Sabe o que eu penso? Impunidade é para poucos. Quem quer impunidade não se arrisca e quem não se arrisca não prova a emoção de ser perseguido. Quem não arrisca nunca vai fazer o que realmente quer fazer nesta vida. Portanto eu prefiro não sair impune. Outra coisa, eu tenho muita experiência em matar ou deixar a pessoa viva. Decidir em quem vai viver ou quem vai morrer é a minha especialidade — ele sacou a sua pistola e apontou contra o outro. Este ficou muito agoniado, seria morto e transformado em dados ali mesmo. No entanto, assim que Astamon puxou o gatilho uma bala de festim foi acionada e poupou a vida do segurança — Decidi te deixar vivo.

O homem começou a dar uma risada de canto e foi embora aprontar em outro local.

...

Após a guerra e a confusão que ocorreu na prisão de segurança máxima Gennai decidiu ir pessoalmente com a policia digital e SlashAngemon. O homem agora ficou encarregado com a segurança no planeta digital e já não mais ajudava os escolhidos. O SlashAngemon servia como general encarregado em casos de grande importância, como no caso a libertação de um prisioneiro muito perigoso.

— Não é possível que vocês não puderam detê-los — repreendeu Gennai com os seguranças da prisão. Estes eram alguns Gorimons, Golemons e outros.

— Eles eram numerosos. Não tínhamos como deter algo desse tipo — respondeu o Gorimon.

— Vocês conseguiram perceber ao menos quantos eram e quais eram? — perguntou SlashAngemon.

— Eram dezenas. Tivemos sorte de sairmos vivos dessa. Mas eu me lembro em ter visto um SkullMeramon e um Vademon passando — respondeu o gorila.

— Não pode ser que os membros da Liga Negra decidiram fazer um acordo com aquele psicopata. E eu pensava que eles queriam apenas mais verbas vindas daquela região mineira. Bando de hipócritas — lamentou Gennai. — Nunca pensei que fossem capazes de tanto.

O homem pegou um dispositivo do bolso do seu casaco cinza. Era parecido com um digivice só que maior um pouco. Mandou uma mensagem para os escolhidos.

— Pronto, SlashAngemon, agora podemos entrar e verificar o interior dessa casa de cera que só tem o nome de prisão, porém não fez jus ao nome.

O homem veio dentro de um Mekanorimon. Saiu de dentro da máquina e foi caminhar até para dentro do local. Os muros de pedra ficaram completamente arruinados com a invasão, portão destruído e tudo que estava do lado de fora. Dentro os corredores destruídos e com os moveis revirados e queimados. A visão era aterradora. Até parecia que um verdadeiro tornado havia passado por lá. Na cela de certo prisioneiro fugitivo alguns rabiscos na parede úmida indicando marcação de data. Era algo impressionante visto que a pessoa que estava ali sabia exatamente o dia em que seria libertado com pelo menos três meses de antecedência.

— Não há jeito. Linx precisa ficar sabendo do que aconteceu — disse ele se retirando do local.

 

ZONA MARÍTIMA DO SERVER

 A zona marítima era outra zona distinta do continente Server. Quem toma conta de toda essa área é a surfista mirim Mia White e seu parceiro Betamon que fazem parte dos atuais digiescolhidos. Essa zona era composta pelos oceanos, praias e ilhas e era o maior de todos. Sendo maior até mesmo do que a zona do céu. Enfim quanto a escolhida, esta mudou pouco, mas mudou. Seus cabelos curtos da primeira versão deram espaço para os cabelos longos e pretos. Seu corpo ficou mais desenvolvido e mais feminino. Realmente ficou muito bonita para a sorte de Paulo.

 A garota nesse momento surfava na cabeça de Seadramon, evolução do seu parceiro, para uma apresentação de surfe que ocorria numa ilha que servia de capital metropolitana da região. Era uma cidade nem tão grande nem pequena com poucos prédios e muitas casas praianas. Além da mansão que a garota tinha. Enfim, ambos participavam de uma competição.

— E os vencedores são: Mia e Seadramon! — falou um Gekomon Shogun, bem menor que o convencional, num microfone à beira da praia.

— É isso aí, parceiro. Nós conseguimos — disse a garota feliz por ter ganhado.

— Com certeza somos uma dupla imbatível. Eu to muito feliz por isso — respondeu retornando para a forma criança Betamon.

— Agora vamos nos aprontar para recebermos o nosso troféu — falou a garota pegando a sua mochila que estava na praia mesmo. Ela ainda usava um calção preto sobre um maiô da mesma cor.

— Vamos sim — respondeu o anfíbio.

Ocorreu a cerimonia da entrega dos troféus. Em terceiro lugar ficou um Gekomon com seu parceiro, um Ikkakumon; em segundo foi um Divermon e um Whamon — este não pôde ir à praia devido ao seu tamanho — e finalmente em primeiro lugar Mia e seu parceiro Betamon. Gekomon Shogun agradeceu aos participantes, visitantes e outros competidores e encerrou a competição.

A garota chegou à sua casa de praia, que era uma mansão de tão grande que era, e foi direto tomar um banho. O Digimon foi junto, mas parou ao perceber que o DT-vice da parceira piscava. O dela possuía a coloração azul claro com branco. O aparelho estava sobre a mesa de centro.

— Mia, tem alguém te enviando uma mensagem aqui. O que eu faço?

— Beta, meu querido. Deixa chamar, depois eu atendo. Se não for a Linx querendo algo, eu não sei quem poderá ser. Deixe aí e venha. Vem ou não comigo aqui na banheira?

— É claro que sim, Miaaaa! Espera por mim.

A mensagem que estava no digivice dela era a mesma que o Paulo havia recebido do Gennai antes. Aliás, todos os escolhidos estavam recebendo esse tipo de mensagem.

A garota saiu do banho com o seu parceiro e foi preparar um almoço especial para os dois. O banheiro ficava nos cômodos superiores e a cozinha na parte de baixo. Eles desceram. A garota gostava de cozinhar apesar de sua especialidade ser o surfe.

— Que tal eu preparar algo realmente delicioso para nós? Senta aí que eu vou preparar uma salada de frutas para nós — ela foi até a geladeira e retirou alguns frutos locais e os selecionou para fazer a tão aguardada salada de dona Mia que Betamon tinha o prazer de ficar com água na boca. — Aliás, eu quero ver a mensagem que recebi.

Ela foi até a sala e pegou o seu aparelho. Viu a mensagem inesperada e urgente que Gennai dera.

— Para ele mandar uma mensagem assim quer dizer que não está nada bem lá no continente. Posso afirmar que a Liga Negra deve ter um dedo nisso. Ah mas agora eu tenho outras coisas para me preocupar — ela desligou e foi novamente para a cozinha.

ZONA FLORESTAL

A próxima zona é a da floresta. Apesar de o nome sugerir apenas árvores e vidas selvagens nada disso é encontrado lá. Havia várias cidades menores espalhadas e vilarejos. Aliás, esta região é a que tem mais vilarejos de digimons de todas. Possui dois rios que cortam toda a região e o local onde Jin fica com Mushroomon é na região das Grandes Árvores.

Paulo abriu um portal para o vilarejo dos bebês Yaamons que ficava perto da casa na árvore de Jin. Ele e os outros dois passaram e foram para o vilarejo. As casas eram pequenas e feitas de barro e palha parecidas com ocas de índios.

— Olá, bem vindo vocês — disse um Yaamon aos visitantes. Logo se aglomeraram outros bebês curiosos com a visita dos três.

— Obrigado. Agradecemos a sua hospitalidade — disse o garoto olhando para a hora no seu DT-vice. Ele havia combinado com Jin, mas o japonês estava atrasado.

Tailmon se entrosou com os moradores locais e ficou conversando com eles. Impmon já era mais introvertido e não queria muita conversa. Só queria ir logo para a casa de Linx saber dos resultados sobre o novo programa que ela inventou para ele. Enfim cansou de ficar nessa forma, ele não consegue mais ficar por muito tempo na forma criança e progrediu à sua forma definitiva, Beelzebumon.

— Paulo! Olá, cara — disse Jin chegando junto do seu parceiro. A vila não era muito grande, contudo uma estrada no meio dela era grande o suficiente. O rapaz, branco com cabelos negros curtos e com óculos, corria até o encontro do amigo. Jin Fukuda vestia seu convencional “traje comportado de nerd do grupo”. Uma camisa polo branca com listras azuis claras e uma calça preta com um tênis branco. Não carregava seu tablet, pois seu digivice Touch Screen servia a maioria dos seus interesses. O seu aparelho era verde e branco.

— Fala Jin, a quanto tempo que a gente não se vê, cara? Três semanas? — falou o brasileiro cumprimentando seu amigo.

— Por aí. E aí, o que foi dessa vez? O que te levou sair lá de Las Merinas para vir neste fim de mundo? — disse rindo ao mesmo tempo.

— Tailmon veio comigo porque precisa reencontrar Patamon e os outros parceiros dos veteranos e a sua zona é a única que eles ficam...

— Na verdade o T.K quer o Patamon de volta ao outro mundo o mais rápido possível. E pedi ao Paulo que me trouxesse junto dele — explicou a felina.

— Olha só, aproveita agora que chegamos nesse momento lá da casa da mãe do Jin e estamos indo para as Grandes Árvores. É lá que os outros se encontram — respondeu Mushroomon.

— Ah, é verdade, Tailmon. Chegamos nesse instante. A propósito, Paulo, você recebeu a mensagem do Gennai?

— Sim, Jin. Estou muito preocupado com isso. Porém tenho prioridades a fazer lá na casa da Linx. Enfim é melhor eu ir senão eu sou um escolhido morto com esse grandalhão aqui ansioso.

— Olá Beelzebumon, nem fala com os amigos né?

— Oi Jin. Desculpe-me por ser tão grosseiro. É que prefiro não falar muito agora. Estou ansioso pra ir logo de uma vez e o pirralho aí fica demorando. Além disso, esses Yaamons são muito curiosos. Ficam me perguntando direto sobre tudo.

— É eles são assim mesmo. Ei Tailmon vamos logo. Até mais amigão.

— Tchau Paulo, tchau Beel.

— Até, Tailmon. Até mais Jin e Mush. Enfim eles foram. Agora podemos ir, parceiro. Eu realmente estou muito mais ansioso do que você. Não vejo a hora de testar aquele programa em você.

— Sim eu to muito ansioso. Ah vamos logo antes que esses Yaamons me façam mais perguntas!

O rapaz digitou algo no seu aparelho e apontou formando um novo portal para a região em que Linx mora. Essa região era em outro lugar distante e fora de qualquer zona. Eles atravessaram.

A grande Las Merinas era a capital da luz, dos jogos e das lojas. Esse era o destino em que Astamon pegou para reiniciar a sua antiga carreira de caçador e assassino. Ele pegou uma avenida de mão única que dava acesso às periferias da cidade. À medida que ele se locomovia com o seu carro pela via, o cenário desértico dava lugar à algumas casas residenciais. Ao fundo dava para ver os grandes prédios do centro. A arena de Kart era do lado leste da cidade e ele estava do lado oeste.

Ele parou com o seu veículo em frente a uma loja de armas especializadas para digimons. A outra em que ele roubou foi uma loja de armas para humanos. Desceu do veículo e entrou no estabelecimento. A loja era bem mais moderna que a outra. Pra começar possuía estacionamento e uma bela fachada com a imagem de duas Berenjas cruzadas. Ele passou pela rampa até chegar lá dentro. No interior o que mais surpreendia era o número de digimons que iam comprar as armas. Também era um local muito espaçoso com vários balcões para atender os diversos clientes. Havia poltronas que servia para que o cliente pudesse esperar sem se cansar. Algumas máquinas curiosas ficavam atrás dos balcões e serviam para materializar a arma em que o consumidor pedia. Exemplo: o cliente pede tal arma, ela só virá por encomenda em formato de cartão de dados. Daí o vendedor liga informando que o cartão chegou. Então a pessoa que pediu a arma vai até a loja e pega o cartão, dá para o atendente, ele põe nessa máquina e converte o cartão na arma. O poder de fogo desta depende de quanto de memória de dados possui o cartão de memória. É claro que quanto mais memória melhor a arma será.

Astamon se levantou da poltrona e foi até um dos balcões. Ele era o número 15 da espera. Ao lado dava para ver as opções de armas de qualquer tipo. Existia o escudo de Dukemon, a arma de Mummymon, a espada de Piedmon, o chicote de Rosemon, arma de Omegamon e muitos outros.

— Olá, senhor. O que o senhor deseja comprar? — perguntou uma Witchmon que era a atendente.

— A mais cara arma de fogo que vocês têm.

— Hum, vejo que o senhor é muito ambicioso. Sim, temos uma arma que chegará aos próximos dias. Ela é muito cara e potente. A melhor de todas que temos. Custa cerca de cinquenta mil e o cartão de memória guarda cerca de 500MB de dados.

— Encomende para mim. Dinheiro não é problema — ele pegou uma bolsa cheia de dinheiro e colocou sobre a mesa da atendente chamando a atenção alheia — E então vai ou não encomendar?

— É claro que sim.

— E então... Quem é esse sujeito carregando essas pistolas? — Astamon olhou um cartaz com a imagem de Beelzebumon segurando suas armas.

— Em que mundo você vive? Esse aí é o lindão e o desejado do Beelzebumon. Ele é um dos escolhidos que salvaram o nosso mundo. Ele tem um parceiro humano. E essas armas são as mais potentes e lendárias Berenjas. Só existem as dele no mundo. Se fosse virar cartão de memória seria um com 1GB para cada arma. Realmente potente.

— Interessante. B.E.E.L.Z.E.B.U.M.O.N. Legal esse nome. Ele continua estiloso para o desespero do irmão dele. — A vendedora não entendeu a fala do homem — Esqueça o que eu disse. Olha... Encomende pra mim. Depois eu mando alguém buscar meu produto. Até mais.

Ele entrou no carro e saiu rumo ao centro da cidade.

♥...

Enquanto Astamon apronta lá no mundo digital, no mundo real os professores tentavam se acostumar do jeito de ser da nova professora de ciências. A mulher esbelta, linda e sedutora que chamava a atenção de qualquer homem estava ali na sala dos professores junta dos outros. Naomi não parava de olhar para Takeru que logo percebeu seus olhares indiscretos e desviou o olhar. O loiro ficou um pouco constrangido.

— Eu já vou. Vou para a minha aula — disse ele se retirando sem cerimônias.

— O que foi, querido? Por que está saindo dessa maneira? — perguntou Hikari tentando segurá-lo na mão, mas ele saiu mesmo assim.

— Gente, o Takaishi-san está maluquinho — disse Tominaga.

A morena se levantou da cadeira que estava sentada e foi atrás do noivo. Ela saiu praticamente correndo atrás do homem. O segurou novamente pela mão e perguntou mais uma vez o motivo dessa saída repentina dele. O rapaz parou, suspirou e acariciou os cabelos da sua amada.

— Não foi nada com você. Não fique preocupada comigo.

— Eu fico sim. Do jeito que você agiu de forma estranha... — ela mal falou e foi beijada na boca por ele.

Eles estavam num corredor sem ninguém. Os alunos estavam em suas classes, por isso o loiro se atreveu a dar o beijo. O ato foi muito fogoso e demorado deixando a mulher sem fôlego. Logo se separaram.

— Me deixa adivinhar uma coisa: você não vai me contar e vai ficar por isso mesmo. Acertei?

— Acertou. Vamos para a aula, pois é o melhor que podemos fazer — Kari concordou com as palavras do noivo e foi para a sua próxima turma.

Ainda na sala dos professores, Naomi conversava com a professora de inglês. A novata começou a fazer algumas perguntas sobre a vida do casal de noivos. Tominaga, como não era nada discreta, contou um pouco sobre a vida deles.

— Então quer dizer que eles estão noivos há quase um ano? Interessante isso — disse a novata segurando o seu celular e olhando as horas.

— E então. Em que clínica o seu avô trabalha?

— Ele trabalha na Genetech. Uma clínica genética. Fica aos arredores de Tóquio — respondeu — Acho que agora é a minha aula de ciências no outro sétimo. O sétimo A. Com licença — e saiu praticamente se rebolando. Tominaga ficou apenas olhando com um sorriso no rosto talvez já sabendo que aquela mulher iria ser uma pedra no sapato para o casal de noivos.

Lúcia conversava com suas amigas na classe. A garota, agora crescidinha, chamava atenção por seus olhos claros azuis, cabelos castanhos lisos e com uma pele branca, não tão alva como o seu irmão. Era a cópia mirim de sua mãe. Lucas era um garoto comum — mesmo sendo um Digimon hibrido — gostava de se entrosar com seus colegas. Por obter DNA humano ele pôde crescer mais um pouco e se assemelhar a um garoto com onze anos. Continuava com seus cabelos loiros e seus olhos azuis chamativos. Usava um óculos de grau, o que mostra que suas características humanas estão fortes.

— Bom dia, turma — disse Naomi entrando na sala.

— Bom dia, professora! — disseram em coro.

— Vejo que a minha classe é bem ativa. Eu gostei logo de cara, meus caros. Enfim eu sou a nova professora de ciências de vocês. Eu me chamo Naomi Matsunaga — ela colocou sua bolsa e o diário sobre a mesa — como eu já disse sou nova. Portanto não notem na minha roupa.

— Quais são seus alvos para com o ensino? — perguntou Lucas sem dar a ela chance de concluir sua apresentação.

— Os meus alvos são muitos, garoto. Pode apostar — respondeu logo em seguida.

Lucia olhava seu parceiro dando “vexame” no primeiro dia de aula da nova professora. Ainda custava em acreditar que ele tinha feito aquela pergunta. Preferiu ficar calada até começar a aula. Sua relação com Lucas não ia nada bem.

...

No mundo digital, especificamente numa loja de roupas em Las Merinas, o vilão olhava cada peça de casaco, lenços, cachecóis e outras peças de roupas. A loja em que ele estava também era grande e com muitas peças de roupas em cabides prontas para provar. O homem provou todas as peças possíveis até encontrar um tipo de casaco de cor cinza um cachecol vermelho e luvas brancas. Após vestir essas roupas suas asas de demônio apareceram atrás.

— Com certeza essas peças ficaram boas em mim. Tudo fica bom em mim — disse ele se olhando no espelho da cabine.

— Viu como eu disse que esse casaco ia sair bem no senhor. O meu palpite não falha nunca — falou a vendedora que era uma Floramon.

— Levarei estas roupas. Alguém com um estilo sofisticado como o meu não pode sair por aí feito um mendigo. Ponha na conta, eu tenho muito dinheiro para pagar até a loja inteira se quiser — ele retirou um punhado de dinheiro do bolso e foi pagar à vista mesmo.

Paulo e Beelzebumon finalmente chegaram à casa de Linx. A casa era feita totalmente de madeira sem nenhuma sofisticação aparente. O lado de fora era completamente deslumbrante com uma das paisagens mais lindas de todo o mundo. Era um campo com muitas flores, havia um riacho que passava quase ao lado da casa e uma mini ponte de madeira. Também alguns jarros com flores e outros tipos de plantas eram visíveis.

— Linx! Você está aí? — perguntou o garoto a frente do imóvel.

— Sim, eu estou, querido — ela saiu de trás da casa. Trajava, no momento, um vestido floral rosa.

— Finalmente você apareceu, Linx. Eu não tava mais aguentando essa ansiedade toda — disse Beelzebumon.

— Calma, querido. Você esperou todo esse tempo, esperar um pouquinho não vai lhe matar. Muito bem, venham comigo meninos — ela segurou um cartão branco com a sua fotografia e alguns símbolos e passou pelo sensor de cartões que ficava na porta da frente. Em seguida ela abriu e um verdadeiro laboratório surgiu. Eles entraram.

O local era branco a cor clichê e padrão de um laboratório. Havia uma porta aos fundos que dava para outro lugar. O ambiente era tomado por vários computadores e cadeiras. Linx pediu para que o rapaz ficasse e somente Beelzebumon fosse com ela.

— Mas por que eu não posso ir? — questionou.

— O programa é complexo demais para ter muitas pessoas vendo. Preciso que o seu parceiro venha comigo e faça o teste. É por motivo de segurança mesmo — explicou ela pegando o Digivice do rapaz.

— Ei, não precisa se preocupar comigo assim. Eu ficarei bem — disse Beelzebumon passando a sua mão sobre a cabeça do rapaz — Ei, filhote, vai ficar tudo bem.

— Tudo bem se você diz...

O Digimon saiu dali com Linx até a outra porta. Paulo ficou naquele laboratório cheio de computadores. Sentou-se numa cadeira e ficou de frente para um PC. Resolveu ligar e mexer no aparelho, no entanto o computador não pegou. Ficou num puro tédio e saiu dali. Como Linx havia deixado a porta entreaberta dava para ele retornar ao lado de fora da casa dela. O cartão que ela usava servia de ponte para ir para outros lugares sem precisar de um digivice ou portal convencional. Ele saiu e ficou no jardim.

O lugar era realmente lindo. A mulher era uma pessoa muito privilegiada de ter que morar num ambiente assim. Calmo, tranquilo e que emana paz numa época não tão boa. O garoto se sentou no banco que ficava em frente ao riacho. Ficou olhando para o fluxo de água e também os peixes que ali tinha.

— Como será que ele vai se sair?

...

Após algum tempo a aula de ciências de Naomi terminava. Era mais apresentação dela para com os estudantes e vice-versa. Assim que deixou o seu diário no seu armário ela saiu sem muita cerimonia para o estacionamento. Entrou no seu carro e ficou nele por algum tempo até pegar o seu notebook e liga-lo.

— O meu Digimon dragãozinho roxo. Cadê você... — ela abriu um arquivo de imagem e viu a imagem de um dragão roxo segurando uma bola negra. Era pra isso que ela estava ali na escola. Infiltrada.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Enfim eu estou muito satisfeito com essa fic. E só uma coisinha eu peguei parcialmente a ideia de son goku sobre armas de digimons. Existem duas lojas de armas distintas no mundo digital: uma para humanos e outra para os digimons.

Las Merinas: Cidade sede da zona desértica;
Nova Digicity: Maior cidade do mundo digital;
Grandes Árvores: Sede da zona florestal I;
Digizone: Dinheiro digital. Pode ser chamado de bit vulgarmente.

Espero que tenham gostado. Reviews? Eu mereço? kkk Té mais.