D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 25
Uma Parada no Hospital




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ARCO: BARBAMON

PERSONAGENS:

Paulo Victor

Fredderick "Freddy" Johnson

***

Gokuwmon

Beelzebumon

***

Barbamon

Ray/Dynasmon

***

Aiko Kyoto

Agumon

Mia White

Betamon

***

Ruan Castillo

Hagurumon

Rosemary Archibald

Palmon

***

Jin Fukuda

Mushroomon

Prof Takeru Takaishi

Profª Hikari Yagami

***

Márcia Kyoto

Maria Lúcia

Lucas/Lucemon

NeoVandemon

Tailmon

Patamon

SlashAngemon

PrinceMamemon

Infermon

Mermaimon

Penguinmon

Profª Tominaga

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Gennai

Naomi Matsunaga

Ryuu Matsunaga

 

CAPÍTULO 102

— O meu diagnóstico está aqui. Vamos ver... Um braço faturado, uma costela trincada, um ferimento a arma branca na altura do abdome, a face roxa e hematomas em vários cantos do seu corpo lindo e másculo — falou a doutora Taomon com uma prancheta em mãos.

— O resultado, doutora? — perguntou Paulo.

— Resumindo: ele é um completo suicida. Enfim eu tenho outros pacientes para atender hoje. Estou cheia de enfermos igual ao idiota do seu parceiro. Pois bem daqui a pouco eu venho aqui pra aplicar um pouco de analgésico — ela se retirou deixando apenas os dois na sala.

— Ainda bem que ela foi. Passou a cirurgia toda com a mão boba em mim — falou Beelzebumon. Ele tava com o abdome enfaixado, braço esquerdo numa tipoia e um curativo na bochecha direita.

Os outros digiescolhidos resolveram ficar fora, pois ali não era o momento para que tumultuassem o quarto do paciente. Gennai decidiu sair para investigar sobre o paradeiro de Barbamon que, com certeza, estaria aprontando algo de grave. Jin havia informado que iria se separar dos outros para poder concluir um plano seu de longa data e que com os últimos acontecimentos não conseguiu concluir.

— Eu realmente estou morrendo de fome. Passei um dia inteiro sem comer nada — falou Beelzebumon colocando a mão na barriga tentando evitar os roncos do estômago — a comida deste hospital é péssima.

— Calma eu pedi a Mia para que pedisse pizza para nós. Ela já deve estar chegando — Paulo se aproximou do digimon e deu um tapa no braço enfaixado — e aí como se sente sendo o herói do digimundo?

— Ai caramba! Essa doeu, por favor não faça mais isso. E quanto a sua pergunta eu quero dizer que me sinto normal. Não me gabo por isso. Fiz isso porque eu sempre vou estar perto para te proteger — disse sem jeito. Ficou com vergonha de falar palavras tão delicadas mesmo estando só com o parceiro.

Nesse mesmo instante Mia entra com uma pizza na mão e oferece aos dois. Paulo recebeu e perguntou se os outros ganharam. Ela assentiu e disse que Jin já havia partido para concluir esse tal plano. O rapaz lamentou por não ter se despedido do amigo. Mas enfim o digimon já olhava maravilhado com a pizza e já babava pedindo por um pedaço.

— É melhor dar logo a ele senão voa pra cima da gente e devora isso tudo — falou a garota fechando a porta.

— Que maravilha! Que coisa mais deliciosa! Eu preciso comer mais pedaços — falou enquanto engolia um pedaço inteiro quase se entalando.

— Se a médica ver que estou te dando pizza ela vai ficar fula da vida — Paulo viu o ser a sua frente comendo, se lambuzando, chorando de alegria, parecia até uma criança de colo. Uma criança de dois metros, mas uma criança. Sentiu orgulho de ter um parceiro como ele. Deu um outro tapa no braço machucado fazendo o outro gemer de dor.

— Paulo! Eu... isso dói. Sério, para com isso por favor — falou chateado.

— Tudo bem eu paro — falou o garoto colocando as duas mãos na boca para segurar riso.

...

Numa outra parte do hospital estava Freddy deitado na cama em que Gokuwmon estava. A noite passada foi muito desgastante para os dois. O rapaz sabia que algum dia teria que ficar cara a cara com Paulo e lhe pedir desculpa, só assim ficaria com a consciência tranquila. Ele sentiu mãos grandes o sacudir de leve até abrir os olhos e ver o parceiro sentado na cama e o olhando feliz.

— Dormi muito?

— Só um pouco — brincou o maior — obrigado por se preocupar muito comigo. Eu tenho uma joia valiosa e é você Freddy. Meu melhor amigo.

— Você que é o meu melhor amigo — disse abraçando o digimon.

A doutora Taomon apareceu com sua prancheta na mão e com óculos de grau. A raposa humanoide tossiu para que os dois saíssem do momento "meu melhor amigo" e prestassem atenção ao diagnóstico. Gokuwmon se encontrava com a perna enfaixada devido a cirurgia para remover a bala que estava alojada.

— Retiramos a bala depois da cirurgia. Você perdeu sangue e dados. Consequentemente perdeu parte dos seus poderes, mas vai recuperá-los ao longo do tempo.

— Como assim, doutora? — perguntou o digimon.

— Por acaso vocês não sabem o óbvio? Por acaso são um bando de idiotas, burros, asnos, retardados mentais com o QI inferior a dez? Será que são escórias para não saber que perdendo dados os digimons ficam fracos? — os dois se assustaram com ela e afirmaram que haviam entendido — Ótimo.

Taomon suspirou e finalizou.

— Agora o resultado do idiota sentado aí na cama: um completo patife. Mas vai se recuperar rapidinho — Taomon se retirou, mas antes... — Ei garoto. Um conselho. Deixa de frescura, agarrado, boiolagem. Isso na minha terra tem outro nome.

Fechou a porta do quarto deixando duas criaturas com medo dela. Ficaram sem reação com o jeito da médica daquele hospital.

...

Paulo saiu um pouco para tomar um ar, mas depois voltou e encontrou seu parceiro de pé fora da cama. Ele não poderia fazer isso já que acabara de se recuperar de uma cirurgia. Beelzebumon voltou a se sentar na cama e suspirou indignado. Ele não queria estar naquele lugar só sentado ou deitado descansando. Ele queria andar, correr, poder se movimentar. Era um tédio para ele.

— Você tem que ficar aqui até a médica entrar com o remédio para te dar.

— Ei errr — falou nervoso — Paulo... ela vai dar o remédio de gotinhas? — o menino fez cara de incrédulo — Quero dizer aqueles remédios que coloca num copo misturado com água. Aí a gente bebe amargo mesmo assim.

— Não. Será injeção.

Beelzebumon abriu mais ainda seus olhos verdes . Levou um susto com a afirmativa. Como assim injeção? Pois bem, ele tinha pavor a seringa.

— N-não! Eu não vou ser picado por uma seringa — ele começou a se tremer — eu tenho medo.

— NÃO ACREDITO QUE UM LORDE DEMÔNIO, O QUE JÁ FOI ELEITO MAIS FORTE DO DIGIMUNDO, TEM MEDO DE UMA SIMPLES AGULHADA NA BUNDA!!! — bradou Paulo com dentes afiados.

— Na bunda?! — praticamente gritou.

Taomon entrou com uma seringa monstruosa na mão e com um frasco pequeno onde tinha o remédio. Ela retirou o líquido com a seringa e apontou para o digimon enfermo.

— ISSO É UMA SERINGA OU UMA EXCALIBUR!!! — bradou Beelzebumon com os dentes afiados.

— Vamos arrebitar essa bunda gostosa pra titia aqui pra eu enfiar logo e pronto — falou já pronta para aplicar a injeção.

Beelzebumon concordou a contragosto tomar a injeção na bunda. Ele ficou de bruços na cama com o bumbum arrebitado para a alegria da Taomon que brincava com o rabo dele. Ele ficou indignado com isso e pediu para que ela parasse de alisá-lo.

— PARA DE APALPAR A MINHA CAUDA!!!

— Por que todos os pacientes que eu pego são escandalosos?

— QUE COINCIDÊNCIA, NÃO É? SERÁ QUE NÃO É PORQUE A MÉDICA QUER ENFIAR UMA LANÇA EM FORMA DE SERINGA NAS BUNDAS DELES?!!!

— Calado, Beel. Está me envergonhando — resmungou Paulo.

— Aplica essa porra de uma vez. Vai senão eu vou... — ele tava com as duas mãos segurando o travesseiro sobre a própria cabeça. Ele parou de falar e amoleceu o corpo. Taomon conseguiu aplicar com sucesso.

— Beel? Beel? — Paulo retirou o travesseiro e viu o digimon desmaiado — Não posso acreditar nisso.

— Quem te viu quem te vê. Esse grandão aí não passa de um cagão. Eu preciso de uma aspirina depois dessa. Ei menino, já pode avisar ao viadão aí que ele está em alta. Podem pegar o beco a qualquer momento — e fechou a porta.

Paulo tentou acordá-lo, mas em vão. O sedativo fez efeito juntamente com o susto.

...

Perto dali um portal surge num monitor. O local ficava no meio do deserto, mas numa parte em que havia vegetação. Do portal saíram dois seres do mundo humano. O rapaz se limpou e perguntou se o parceiro estava bem. O pequeno digimon rosa assentiu. Eram Aiko e Koromon. Depois da conversa com o irmão mais velho, o adolescente resolveu tomar coragem e treinar seu digimon para que ficasse mais forte.

Aiko olhou e viu no horizonte a figura de alguns prédios. Ele estava próximo dos outros digiescolhidos. Sabia que teria muito trabalho para treiná-lo. Segurou o digivice e o brasão da esperança — que não foi destruído.

— Escuta Koromon acabou a moleza. Agora vamos nos empenhar para nos tornarmos tão fortes quanto o Beelzebumon.

— Eu sei, parceiro. Eu quero muito ficar forte. Só pra te provar que estou realmente decidido a mudar — ele pula dos braços do rapaz e evolui — Koromon digivolve para Agumon!

Aiko ficou feliz pela digievolução do parceiro. Foi um grande incentivo para que eles tomem o ritmo novamente.

Jin Fukuda e Mushroomon saíram da companhia dos outros na manhã do domingo. O japonês estava atrás de algo que fazia tempo que ele planejava. Era um ideia louca, mas que poderia dar certo, nem Mushroomon sabia ao certo do que se tratava. Caminhou boa parte até chegar num monitor. Ele programou o digivice para poder criar um portal no próprio digimundo e ir para outro lugar. Uma luz se formou na TV e sugou os dois.

Agora eles estavam num lugar bem conhecido. Era um campo verde com algumas árvores médias. Depois de algumas caminhadas eles puderam ver uma estrada de terra que dava até o lugar onde ficava o antigo prédio de Lilithmon. Aquele caminho ele nunca mais passou. Relembrou dos momentos que teve ao lado dos amigos quando teve que enfrentá-la. Parou de pensar no passado e olhou o digivice que havia uma pequena bolinha vermelha piscando sobre o mapa da região. Estava muito perto de encontrar o que tanto queria.

Freddy saiu do quarto e deu de cara com nada mais nada menos que Mia. O loiro ficou espantado. Não sabia se corria, se ficava. A garota também ficou atônita. Ela nunca viu humano algum além de quem já conhecia. Precisou tomar fôlego para poder perguntar ao rapaz quem ele era.

— Vamos colocar tudo em ordem aqui. Quem é você?

Freddy respirou fundo: — Eu me chamo Fredderick Johnson ou pode me chamar de Freddy. Eu sou um digiescolhido.

Freddy aos poucos foi ganhando a coragem necessária para poder conversar com a garota sobre a sua história. Passado alguns minutos ele contou sobre o encontro com o seu parceiro, como conheceu os digiescolhidos principais, como conheceu Astamon e Paulo. Falou até mesmo dos fatídicos momentos em que havia traído a amizade do brasileiro. A Mia ficou pasma por um momento, mas compreendeu que Freddy havia se arrependido e estava sendo usado. Ela se dispôs a ajudá-lo.

— Ahhh eu não aguento mais ficar aqui no digimundo sem tomar banho e sem tomar meu café da manhã — berrava Rose na recepção do hospital. Ela estava sentada num sofá com Palmon, Ruan, Hagurumon e Betamon.

— Acalme-se Rose, por favor. Só mais um pouco e nós iremos — falou a digimon.

— Se você não berrasse tanto nos meus ouvidos ajudaria bastante — falou Ruan —E então vai parar de histerismo?

— Deixa de ser chato, espanhol do cabelo enroladinho. Eu apenas não quero deixar de me alimentar como uma princesa como eu sou. E papai ainda me deve o colar de diamantes do meu aniversário que já passou há séculos — Palmon olhou indignada como se pedisse pra ela parar de falar alto — O que foi Palmon? Tá olhando o que? Eu falo é alto, meu amor. Falo alto para todo mundo me...

Mia tossiu antes que ela concluísse a frase. Ela havia levado Freddy para conhecer os demais digiescolhidos. Ruan levantou do susto. O rapaz nunca imaginara que existia outro humano digiescolhido além deles.

— Ei quem é você? — perguntou Betamon.

— Eu me chamo Fredderick. Eu também sou um digiescolhido — ele disse corado por causa da vergonha — tenho um parceiro que está agora num quarto se recuperando de uma cirurgia... quero contar tantas coisas.

— Então conte — falou Ruan direto como sempre.

Freddy teve que contar novamente a mesma história da sua vida. Ele falou sentando-se no assento e com cabeça baixa. Sentiu um calafrio ao perceber que o Ruan o olhava sério depois das revelações que fez a respeito de Linx e Paulo. Sentia-se culpado pela morte dela e da prisão do outro. Rose compreendeu logo assim como os demais. Só o garoto espanhol que ficou com uma pulga atrás da orelha, pensou até que seria armação, mas resolveu dar um voto de confiança e o desculpar.

— Olha só todos aqui já te desculpou pelo que fez, porém existe uma pessoa que precisa realmente te perdoar. O Paulo — falou Mia. Freddy ficou nervoso. A hora era agora.

...

— Ow até que enfim alta. Finalmente eu sairei desta prisão em forma de hospital e começarei a lutar novamente e...

— Não, Beel você não vai lutar coisíssima nenhuma. Assim que sairmos daqui vamos voltar pra casa. Saí escondido de casa e mamãe deve estar furiosa comigo, portanto nada de aventuras por enquanto.

— Paulo?

— Que é?

— Por que você não me chama de pai? — o garoto que estava sentado na beirada da cama se virou — quer dizer, porque não me trata como por exemplo um irmão?

— Mas eu te trato como se fosse irmão. É que te chamar de pai é essencialmente esquisito. Você é o meu amigo, não meu pai — o menino sorri de canto e dá um tapa no ombro machucado do outro — se ajeita logo que partiremos.

— Argh! Paulo! Você vai me pagar! Moleque eu te disse que o meu braço tá quebrado e dói muito toda a vez que bate!

— Não precisa gritar feito uma mulher histérica! Eu não sou surdo!

— Não é surdo, mas é um tapado! Quantas vezes eu vou ter que dizer para parar de bater aqui porque dói? É um retardado mesmo.

— Eu farei você engolir essas palavras...

Os dois ficaram numa briguinha sobre a cama do quarto até ela se quebrar e os dois caírem no chão. Mia chegou bem na hora quando viu aquela cena.

— Paulo você pode vir aqui só um instante?

— É claro. Ei a gente ainda não acabou.

— Pode vir, moleque, que eu vou te fazer ficar só de cueca no digimundo — falou emburrado.

Paulo achou a atitude da garota estranha. Mia parecia séria demais. Enfim ele viu os seus colegas na recepção. Foi aí que ele percebeu alguém atrás de si e virou-se. Assim que olhou a pessoa a sua frente ficou petrificado. Como pode a pessoa que o enganou ficar ali junto dos seus amigos? O menino fechou o punho ao ver Freddy na sua frente.

Continua...


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Notas finais do capítulo

TESTE DE QI.



Raijinmon: Sinceramente acho que foi o mais burro dos Lordes das Trevas. Uma máquina do trovão que atacou os garotos igual fez o Mugendramon. AHhhh Taradinhos, safadinhos do Ray e da Márcia fizeram o Kira nessa parte hihihi.
Qi: 99 Pontos


Vikemon: Um digimon fortão que queria traçar a Mia de todos os jeitos. Vacilou nas garras do Beelzebumon que não lhe poupou nada.
Qi: 113 pontos
*mas ele não fez nada com a Mia, só ressaltando...



Ornismon: Um fodão. O único vilão de todos os lordes que já existia. Não foi criado por Ray, como Lilithmon, nem treinado, como os demais. Achou que poderia vencer e por um triz quase. Foi derrotado por Goldramon.
Qi: 120 pontos


Lótusmon: Uma das mais poderosas digimons da natureza. Foi uma safada que comprou briga contra Rosemon. Tivemos até uma revanche. Mas na verdade é que ela virou leguminosa e foi comida pelos japoneses num bom cardápio da noite.
Qi: 126 pontos


LILITHMON: A rainha das trevas não poderia faltar aqui. Fez tanta maldade que foi a melhor vilã mulher de todas as minhas histórias. Ela deve tá emparelhada com Astamon, mas ela foi mais foda um pouco. Além de ter morrido e o outro, preso. Expulsou Ray, mas foi derrotada por ele. Como é a vida. Devo dizer que o digimundo dá voltas?
Qi: 133 pontos




Próximo capítulo teremos a avaliação de Daemon e seus três generais. Depois teremos a avaliação dos vilões desta fic. E quando chegar mais novos vilões eu postarei os QIs dele. Okay galera. Bom final de semana a todos. Até um dia aí. ^^