D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 2
A Nova Professora de Ciências


Notas iniciais do capítulo

Apenas a continuação do anterior. Quem já leu aquele capítulo de 6000 palavras não vai mudar em nada. Apenas reparti em dois para ficar mais confortável a leitura. Sem notas finais.



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Capítulo 079

NERIMA, TÓQUIO

Três anos se passaram depois da última missão dos escolhidos. A vida de cada um mudou para um rumo diferente. Entretanto, quando o assunto é mundo digital e digimons, eles têm muitas coisas em comum.

Em Nerima morava a família de Márcia. Eles se mudaram de Odaíba para Hikarigaoka e depois para o bairro de Nerima há dois anos. Também quem passou a morar no mesmo bairro foram Takeru e Hikari que agora noivaram e estão juntos.

06H AM

O despertador começa a tocar, logo uma mão saía debaixo do lençol de uma cama de casal e desligava o aparelho. Uma mulher levantou e ao lado dela estava o seu noivo loiro. Era Hikari que acabava de acordar ao lado de Takeru. Sentou-se à beira da cama e ficou olhando o homem ainda sonolento. Sentiu pena de ter que acordá-lo, contudo teria que fazer isso. Eles eram professores da escola estadual Hyoko Higata o mesmo em que alguns escolhidos estudam.

— Amor, acorda, por favor. A primeira aula começará às oito em ponto — ela já não precisava mais da proteção do irmão, pois agora quem a protegia era seu noivo. Kari continuava meiga como sempre, mas mais forte e autoconfiante. Ela mudou muito de três anos pra cá.

— Hum me deixa dormir mais um pouco. Vai tomar o banho primeiro que depois eu irei em seguida — Takeru mudou quase nada apenas ficou mais preguiçoso. Na realidade era segunda-feira e ele tinha certa dificuldade de acordar no primeiro dia útil da semana. Para isso tem a noiva que o acorda sempre.

— Tudo bem, amor, eu vou primeiro — ela deu um beijo na testa dele e foi ao banheiro.

Ela tomou seu banho rotineiro e espantou a preguiça inicial. Depois saiu e o homem entrou na sequência. Eles se arrumaram e puseram a farda dos professores. Ele vestiu uma camisa social branca com uma calça preta e um sapato da mesma cor. Ela vestiu a camisa social branca e uma saia preta até os joelhos. A farda era unicamente a camisa branca que continha o nome do professor. O resto era opcional. Além da farda social havia a farda de gola polo. Enfim ele pegou a mochila dele com seu material e ela a bolsa. Levaram, cada um, um notebook.

— Amor, a gente não tomou café da manhã. Vamos passar primeiro lá naquela lanchonete?

— Sim, Kari. Faremos isso. Ei, você não se esqueceu de nada não? — perguntou o loiro tentando se lembrar de algo.

— Se for as chaves do carro elas estão aqui. Eu dirijo. Agora vamos.

Eles desceram dez andares pelo elevador e foram ao subsolo. Entraram no carro deles. Era um Kia Sportage prateado com teto solar, direção hidráulica, MP4, GPS incluso e muitas outras funções. A mulher ficou no banco do motorista e ligou o carro. Saíram e foram trabalhar.

Alguns quarteirões dali morava a família de Raymond. A casa era bem espaçosa. Viviam lá Ray e sua esposa Márcia, seu filho caçula de dois anos Kira, o irmão mais novo Aiko, os filhos de Márcia: Paulo, Lúcia, Lucas além dos parceiros digimons.

Paulo se arrumava para ir à escola. Calçava o seu tênis quando Impmon chega ao quarto perguntando o motivo da demora do garoto. O rapaz agora tinha quatorze anos, estava maior e na flor da juventude. Namorava com a Mia desde quando eram crianças há três anos, mas só deu seu primeiro beijo há um ano no mundo digital. Desde então quando se encontram eles começam a namorar. Impmon ficou bem mais maduro, tanto que mesmo estando criança ele tinha uma mentalidade muito superior.

— Paulo, todos estão te esperando a mesa. Por que está custando tanto? — perguntou o pequeno roxo se sentando ao lado dele.

— Incrível como se passaram tanto tempo desde aquele dia em que todos estavam reunidos tentando acabar com o último inimigo. Depois a gente, nós dois, fizemos aquele teste lá do chip. Como passou rápido. Parece que foi ontem que tivemos alguma aventura.

— Eu te entendo, meu parceiro. Olha, por que não vamos para o digimundo ainda hoje? É semana de prova e suas aulas terminam cedo. Eu me informei sobre isso.

— É verdade. Não tinha percebido que as aulas desta semana terminariam mais cedo. Agora eu tenho que concordar com você. Estou muito desmotivado. Até penso que minha utilidade já venceu — falou o rapaz bem desanimado.

— Não pense assim, mocinho. Escuta antes de ser o seu confidente e amigo eu sou seu parceiro Digimon e estarei sempre aqui para te ajudar. Agora vamos logo. Levanta esse traseiro da cama e vamos à mesa tomar café.

Paulo foi até a sala e encontrou todos ali. Aiko e Koromon terminavam de lanchar e foram para a faculdade. Lúcia ainda comia o pão com margarina e logo junto dela Lucemon. Este último apesar de ser Digimon conseguiu se desenvolver como humano e é normalmente conhecido como Lucas. Ele não queria ser mais digimon e também estuda na mesma escola em que Lúcia e Paulo estudavam. Kira era um menino de dois anos e que era filho do casal Kyoto. Um garoto esperto, cabelos pretos lisos iguais aos do pai. Ray não mudou nada. Com trinta anos ainda era o mesmo. Apesar de ser o professor de informática, ele também dava aula de matemática aos alunos. Era flertado quase diariamente pelas alunas adolescentes. Márcia casou-se com Ray e conseguiu emprego de jornalista na TV FUJI de Nerima. Era apresentadora de um telejornal local.

— Filho, está tudo bem contigo? — Márcia se preocupava com suas crias. Mudou de visual para um cabelo liso e castanho escuro muito diferente do loiro anteriormente.

— Sim, mãe. É que hoje temos prova de japonês e estou ansioso. Não se preocupe — respondeu enquanto tirava um pedaço de bolo de laranja.

— Esse garoto ainda vai me dar problema — disse Impmon arrancado risadas dos demais — ele fica esquisito quando tá ansioso. Eu que nunca queria ficar assim.

— Pega leve, Impmon. Você quis um digimon que beira a um pai, meu irmão. Agora aguenta. Até que ele está sendo um bom pai mandando em ti desse jeito — disse Lúcia.

— Eu já estou pronto. Vamos Lúcia. Senão a gente vai se atrasar — chamou Lucas.

— Espera, Luquinhas. Tchau mãe. Beijos. Espera! O ônibus passa às sete, calma.

— Amor, você não trabalha hoje?

— Não, amor, eu só dou aula nos dias de terça à sexta. Eu fico em casa de sábado à segunda.

— Ray, querido, você é um homem muito de sorte. Trabalhar quatro dias e receber um salário de quase 200 mil ienes é para poucos. É por isso que eu gosto desse meu cavaleiro — eles se beijaram na boca.

— Então eu vou ir. Senão o ônibus passa...

— Não! Deixa que eu te leve hoje. Faz dias que não levo meu garotão, agora é a chance — Impmon foi até o quarto e mudou de forma para Beelzebumon. O loiro vestiu um casaco por cima da sua roupa preta e pôs um chapéu para esconder o terceiro olho. Apesar dos seus dois metros de altura ele podia andar confortável. O teto da casa ficava a três metros de altura.

— Vamos logo senão você se atrasa e não gostaria de ver meu "filhinho" atrasado — pegou a mochila do menino e carregou. Deixaram apenas os três ali a mesa.

— Como ele consegue esconder aquela enorme cauda? Bom eu também irei. Sou redatora chefe e bato ponto daqui a pouco — deu um último beijo no marido e levou o filhinho junto.

— Tchau papai...

Minutos depois...

— Finalmente estou sozinho. Agora eu preciso resolver uns problemas, contudo não neste mundo — Raymond foi ao seu quarto e pegou um dispositivo muito parecido com um Smartphone. Digitou alguns botões e uma luz branca surgiu da tela do aparelho. Apontou para a parede e abriu-se um portal. Retirou a aliança do dedo. Atravessou o tal portal.

Hikari e Takeru chegaram à escola e estacionaram o carro no estacionamento do próprio colégio. O lugar era um prédio com cinco andares, um ginásio do lado e um estacionamento atrás. Eles passaram o crachá numa máquina, passaram a catraca e pegaram o elevador. Subiram até o quarto andar e foram para a sala dos professores que ficava nesse andar.

— Olá, minhas queridas — disse Kari com as outras professoras que eram suas amigas.

—Hikari, meu amor. E aí, curtiu muito o final de semana com o teu bofe? — perguntou uma professora maluquinha chamada Tominaga. A pergunta deixou enrubescidos os dois noivos.

— Digamos que sim. Prefiro falar mais tarde. A minha aula é daqui a pouco. Portanto irei ao banheiro retocar a minha maquiagem — ela pegou o seu diário de chamada, os livros e outras coisas e saiu. Antes deu um beijo no rosto do loiro provocando risada das amigas.

— Ela é meio santinha, mas na cama deve ser uma tigresa né, Takeru?

— Sem comentários Tominaga-san — respondeu com vergonha.

— Quero ver a nova professora de ciências, meu querido. Será que é uma velha caquética hein?

Enquanto isso no estacionamento da escola um carro conversível prateado para. A porta abre revelando um par de sapatos vermelhos com um enfeite de flor do lado. A dona das belas pernas e dos sapatos rubros caminhou até o corredor que dava para a recepção do prédio. Depois de se apresentar às recepcionistas ela foi ao elevador e subiu para o quarto andar. Algumas pessoas no mesmo elevador as olhava com curiosidade.

— Quarto andar — disse a ascensorista.

Ela saiu e foi para a sala dos professores. Nesse momento Takeru não se encontrava, apenas Tominaga e mais outros que estavam ali. Assim que ela pôs os pés todos a olhavam com muita admiração.

— Caramba, que produto hein colega? — disse a professora de inglês.

A mulher perguntou à coordenadora o que iria fazer. A outra explicou tudinho. Depois ela foi num dos armários e pegou o diário e os materiais de ciências. Ela, sem dizer uma palavra mais, retirou-se do ambiente deixando algumas pessoas boquiabertas para trás.

— Eu não acredito. A filha da mãe é lindíssima. A Kari que se cuide viu, gente. Essa aí promete revolucionar esta escola. Ainda bem que eu sou solteira — Tominaga era uma mulher com 1,76m, corpo nem tão magro nem tão cheio, cabelos médios lisos e castanhos, olhos pretos. É a professora de inglês e a mais descontraída da escola.

A nova professora entrou no banheiro das professoras e foi retocar a maquiagem no grande espelho que ali tinha. Kari passava seu batom claro e penteava seus cabelos longos e castanhos. Um par de sapatos vermelhos adentrou no local e ficou ao lado da futura Takaishi. Esta se virou e olhou a novata com muita atenção, depois retornou a posição anterior.

A novata pegou no seu estojo de maquiagem um batom vermelho, muito vermelho e passou nos lábios. Depois pegou uma sombra negra, lápis para olho, pó etc. Maquiou-se toda.

— Nossa, você não acha que essa maquiagem é muito pesada para lecionar em plena segunda de manhã? — perguntou Yagami vendo a outra se produzindo.

— Eu não me importo com isso — ela se virou e estendeu a mão para cumprimentar a veterana — prazer, professora. Eu sou novata aqui então não sei se é proibido se maquiar desse jeito. Ah, me desculpe, eu me chamo Naomi Matsunaga. Sou a nova professora de ciências do sétimo ano.

— Prazer, Naomi. Sou Hikari Yagami, professora de japonês do sétimo ano. Engraçado... seremos colegas do mesmo ano escolar, o sétimo.

— É muita coincidência mesmo — sorriu de canto.

Naomi era uma mulher sedutora mesmo se não quisesse. Tinha 1,75m, era bem feita de corpo, branquinha, lábios carnudos, olhos verdes, cabelos pretos lisos e com uma franjinha. Ela estava vestindo um vestido vermelho que ia um pouco acima dos joelhos, um belo decote na frente e atrás, além dos sapatos vermelhos.

As duas saíram conversando. Kari foi lecionar no sétimo A e Naomi foi ao sétimo B. Esse dia na escola ainda promete muita coisa. Antes de entrar na classe ela viu T.K passando e entrando no sétimo C.

— Hum, que loiro é esse? — sorriu maliciosamente e entrou na sala.

...

Astamon conseguiu chegar ao continente Server. O Gigadramon o deixou perto de uma cidade litorânea. Ele agora ficou andando pelas ruas da cidade até chegar próximo de um carro preto estacionado em frente a um restaurante. Ele ficou olhando atentamente para o veículo e viu que nele havia teto solar. Era um modelo parecido com Hilux bem escuro. Até aí parece algo comum do mundo real, tirando a parte em que as rodas eram gigantes típicas de carros Monster.

— Beleza — ele quebrou o vidro do carro e abriu a porta. Depois desligou o alarme e conseguiu dar a partida com uma faca que havia roubado de alguém por aí. Depois deu a partida sem se importar de quem era o carro. Ele queria mais era aproveitar a liberdade.

...

Beelzebumon, após ter deixado seu filho, caminhava pelas ruas de Nerima até chegar numa esquina com muitas árvores. Ele parou quando alguém o chamou no alto da árvore.

— Tailmon? Está me seguindo desde onde?

— Na verdade eu queria te pedir um favor.

— Fale, minha gata. O que quer?

— Eu quero voltar para o digimundo, porém a Kari não me deixa ir.

— Mas por que você quer ir pra lá? Sério, eu não tenho interesse de morar lá. Sei que aqui não temos muita coisa para fazer, mas mesmo assim prefiro morar aqui — disse o maior colocando as mãos para trás da cabeça.

— O Patamon e os outros estão lá desfrutando tudo enquanto eu to aqui. Só preciso entrar pelo portal do Paulo e pronto. Depois eu volto. É só para avisar também ao Patamon que o T.K quer ele de volta ao mundo humano.

— Tudo bem. Pode vir comigo, eu te levarei pra casa. Vamos — os dois foram juntos. Apesar de serem digimons eles conseguiam disfarçar muito bem.

Na escola, Lúcia e Lucas estudavam na mesma classe. Kari começou a dar aula aos seus alunos. Ela sabia do segredo do garoto loiro, mas achou muito legal trata-lo como qualquer criança de sua classe. O loiro vestido numa farda azul escuro e com calça preta nem chamava atenção.

Lucas/Lucemon sempre foi achegado com Lúcia. Sentavam juntos em praticamente todas as aulas. No entanto de uns tempos pra cá eles já não ficavam mais juntos. A garota agora dava mais atenção às suas amiguinhas. De início ele ficava triste e calado, porém resolveu se achegar aos demais alunos. Conseguiu fazer amizade com alguns colegas e pronto. Atualmente eles nem ficam juntos mais. O que preocupa muito a professora Yagami.

Tailmon ficou sentada no sofá da sala da casa de Beelzebumon. Este retornou para Impmon, pois quanto menor melhor de se movimentar no ambiente. O pequeno roxo achou estranho o fato de Ray não estar lá. Procurou o homem em todos os cantos, contudo não achou. Voltou até a sala e sentou do lado da gata.

— Quer alguma coisa, Tailmon? — perguntou não tirando os olhos dela.

— Não, obrigada. Só ficarei esperando o Paulo pra ir junto.

— A Kari sabe que você saiu de casa e veio pra cá?

— Mas é claro. Pelo menos saberá. Deixei uma mensagem pra ela lá na mesa de centro.

— Ah ta. Puxa vida como aqui está um tédio total. Eu vou jogar um pouco — Impmon ligou o Xbox do Paulo e pôs um jogo qualquer de carro. Ele conseguia jogar melhor até mesmo do que o garoto. Tailmon ficou toda perdida com as funções do jogo. Relutou um pouco em mexer no console. Logo depois resolveu ceder e jogar com o amigo.

Paulo terminou a prova e saiu mais cedo da escola. Por volta das nove e meia da manhã ele já estava a caminho de casa. Chegou e viu risos vindos da sala. Eram os dois digimons se divertindo com o jogo.

— Tailmon, o que está fazendo aqui? — perguntou o rapaz deixando a mochila no canto e também sentando no sofá.

A gata explicou tudo. Paulo aceitou leva-la junto e percebeu certa proximidade dela com Impmon. Eles se davam tão bem. Bem até demais. Deixou-os lá, foi tomar banho e se ajeitar. O garoto colocou uma camisa azul marinho, uma calça jeans preta, tênis preto e um boné também azul marinho. Retirou da mochila um aparelho diferente. Era parecido com um celular com função Touch Screen com uma pulseira parecida com um bracelete que colocava no pulso. Ele colocou o objeto no pulso direito como se colocasse um relógio. Depois mexeu na tela com o dedo e apertou umas funções. Logo aparece um holograma de Gennai. Partindo desse ex-velho, as coisas lá no digimundo provavelmente não estariam nada boas. Não que os escolhidos desconheçam, pois quase todos os dias ele vão ao mundo digital.

“Olá digiescolhidos. Preciso falar com todos vocês. O assunto é de extrema urgência. Espero a colaboração de todos. Antes, por favor, falem com Linx. Ela também quer dizer algo a vocês. Até logo.”

A mensagem holográfica acabou. Ele chamou os dois digimons que estavam na sala e preparou o portal para o outro mundo. Digitou algumas funções e levantou o pulso. Uma luz forte surgiu de dentro do aparelho e se espalhou até chegar à parede do quarto. Um portal começou a se formar. Os três passaram por ele.

O novo digivice era muito mais prático e moderno. Além de ser facilmente manipulado pelo usuário e com o design melhor. Tem função Touch Screen, programa de mensagens holográficas, GPS, localizador com radar, internet, serve também como D-terminal, possui mapas e também inúmeras outras funções futuristas. Os escolhidos chamam de Digital Touch Device ou simplesmente DT-vice. O do Paulo era roxo.

O ambiente na escola ainda era inusitado. A professora nova chamava muita atenção até mesmo dos alunos do ginásio. As professoras também não paravam de olhar para Naomi com inveja da sua beleza. Ela ficou na sala dos professores e viu Takeru chegando. Surpreendeu-se ao notar que ele sentou ao lado de Hikari e ficaram de mãos dadas. Seu celular começou a tocar.

— Alô vovô. Pode falar o que quer?... Não eu não conseguirei de uma noite para o dia... Tudo é questão de tempo. Fique calmo que lhe darei uma resposta em breve...

Kari ficou olhando a novata. Naomi terminou a ligação.

— Seu avô é? — perguntou a escolhida.

— Sim, é ele. Ele é doutor em biogenética. Tenho muito orgulho dele — respondeu olhando para o loiro com muita atenção — Sou o que sou graças a ele.

— Interessante, Naomi. Isso deve estar no sangue. Hereditariedade. Passou de avô para neta — disse Kari.

— Talvez sim — respondeu.

 

...

Astamon chegou numa loja de armas que ficava à beira de uma estrada. Entrou no estabelecimento e viu as armas na parede. Ele olhava para todos os calibres com muita admiração. Foi até o balcão e pediu ao vendedor todas as melhores armas.

— Já vi que é ambicioso por isso. Eu espero que goste deste calibre doze. Cada bala é um estrago, meu amigo — disse Datamon. Um pequeno ser androide com longos braços. Era pequeno, mas tinha muita força.

— Uma pistola automática, uma metralhadora AK 47, uma Desert Eagle e uma escopeta com cano cerrado.

— Esta é boa pra ti. É a sua cara. Você tem cara de um ótimo atirador — respondeu o vendedor.

— Eu levarei estas mesmo.

— Ei espere. Você tem que pagar pra levar!

— Toma isto — Astamon deu um tiro matando o vendedor — fica com o troco.

Ele aproveitou e retirou alguns explosivos e os colocou dentro duma bolsa de couro. Foi embora da loja e pegou a estrada.

O continente Server agora ficou dividido em áreas distintas ou zonas. Os escolhidos ficaram encarregados de cuidar dessas zonas. Paulo com Beelzebumon eram responsáveis pela zona desértica, planícies e planaltos; Mia e Betamon ficaram com os oceanos e mares; Ruan e Hagurumon com as cidades metropolitanas ou centros urbanos; Rose, Palmon, Jin e Mushroomon ficaram com a floresta; Lúcia e Lucemon com a zona do céu, inclusive com um digivice restaurado por Gennai. O único que não teve esse privilégio foi Aiko, pois era de outra época anterior aos escolhidos atuais. Elas, as crianças, não se encontravam muito, porque as regiões eram distantes uma das outras.

Paulo, Beelzebumon e Tailmon foram até a cidade central da zona desértica, Las Merinas. Uma metrópole no meio do árido. Era como se fosse Las Vegas do digimundo. Vários cassinos, casas de jogos, jóquei, clubes privados, locadoras de vídeo games etc. Tinha uma infinidade de diversões lá. Além do autódromo de corrida de kart. A corrida acontecerá em poucos dias e Paulo estava organizando um grande evento com a colaboração dos seus amigos.

Eles agora tinham uma cobertura no último andar de um luxuoso edifício que servia como hotel para os visitantes. Paulo foi até o seu quarto e deixou os dois digimons na sala. Impmon olhou pra Tailmon com certa curiosidade, mas não se atreveu a perguntar nada. A gata, porém principiou um diálogo.

— Impmon, como você consegue lidar com a responsabilidade de adotar o Paulo como um tipo de filho?

— A-acho que ele foi que me adotou como pai. Sabe é estranho falar disso. Acho que sempre tivemos uma ligação muito forte um com o outro.

— Isso é bonito da parte de vocês. Realmente bonito — disse Tailmon segurando na mão do outro. — Até parece que você já tinha experiência nessa coisa.

Paulo cortou o clima. Ele digitou algumas funções no seu DT-vice e uma mensagem holográfica surgiu. Era Linx, a única mulher da equipe de Gennai. Agora era ela quem ajudava os digiescolhidos a organizar o mundo. Apesar de não haver mais nenhuma ameaça, por enquanto, ela mesmo assim ajudava.

“Paulo, por favor, eu preciso falar contigo e com seu parceiro escolhido. Eu finalmente consegui desenvolver aquele programa de que tanto queriam. Foi um pouco difícil, porém nada para mim é impossível. Por favor, apareça na minha casa. Eu estarei esperando pelos dois.”

— Finalmente meu Deus aquele tão esperado programa. Ei Tailmon eu não sei exatamente onde o Patamon e os outros estão.

— Paulo, eles estão na zona florestal.

— Ótimo. Pelo menos eu te deixo lá e abro um portal para encontrar ela. Eu quero finalmente poder usar o programa no meu parceiro. Olha a carinha dele hehe — disse Paulo. Impmon estava muito feliz. Que programa será esse?

...

Naomi olhava para o professor Takeru com muita malícia. Ela vendo o casal de noivos sempre de mãos dadas e pensou em mil e uma ideias de como tiraria o homem da vida da morena.

“Brincar um pouquinho não faz mal algum. Mulher idiota, sem sal e sem tempero. Como um homem como ele se interessou por ela? Amiga. Isso mesmo. Serei amiga da professora Hikari e depois eu tiro o que ela mais gosta. O lindo do noivo dela.”


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