D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 15
A Captura dos Digiescolhidos


Notas iniciais do capítulo

Estamos chegando nos momentos decisivos da fanfic. Não que esteja acabando, ainda falta muuuuuuita coisa. Porém os acontecimentos aqui dão ponte ao que acontecerá nos capítulos futuros. Muita coisa impressionante vai acontecer e vou impressionar meus leitores mais ainda hehe leiam com bastante atenção meus pupilos ^^



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CAPÍTULO 092

Barbamon caminhou um pouco para trás encostando-se numa parede. Ficou assustado com o ser a sua frente, nunca havia visto alguém assim antes. Ele olhou e sentiu que se tratava de um digimon na fase mega. Ficou observando até que falou poucas palavras.

— Quem é você? O que acabou de falar? — o velho fez uma cara de confuso com assustado. Mesmo assim tentou fazer um de corajoso e não aceitou se intimidar.

— Aiai digimons como vocês são burros por nascença. Esquece o fantasma. Eu sou o que todos chamam de Dynasmon. Estava passando por aqui a procura de um bom desafio e o vi nesta cidade.

— Acha que eu sou forte o suficiente pra lutar contigo? Faça-me o favor rapaz eu tenho mais o que fazer. Se me der licença vou seguir o meu rumo.

— Eu sei que você não gosta dos digiescolhidos. Eu sei que sonha em um dia vê-los derrotados de uma vez por todas. Eu posso te ajudar com alguma coisa. Eu falei que cheguei nesta região atrás de novos desafios e lutar contra os escolhidos será um bom desafio.

— Por que eu acreditaria em você? Nunca te vi na vida e só porque é muito forte acha-se no direito de que eu acredite na sua história — o velho pensou duas vezes — mas seria até bom recomeçar um novo grupo de aliados já que a porcaria do antigo se desfez. É... você me convenceu. Se bem que eu apenas acreditei um pouco... Gostei de você hehe se um dia eu precisar de ajuda eu recorrerei a você.

— Eu sempre estarei por aqui — levantou vôo — quem sabe isso é um início de uma nova aliança.

Barbamon apenas olhava o digimon voar e sumir das suas vistas. Não entendeu muito o que havia acontecido ali, mas sente que surgiu um novo aliado.

Dynasmon voava para longe da cidade e vai até um lugar afastado. Era uma casa simples feita de tijolo e com um muro na frente. Ele adentrou na casa. Apesar de simples era mobiliada. O digimon foi até o segundo cômodo e pegou algo que parecia uma câmera filmadora. Antes, porém, ele voltou a ser humano, logicamente Ray.

O homem vestiu uma bermuda com uma camisa branca e sentou numa cadeira. Ficou vendo o filme rodar por completo no aparelho.

— Interessante. Isso é muito interessante. Enquanto os jovens estão se matando nesse mundo afora aquele digimon vive querendo matá-los. Está na hora de desmascarar aquele tal de Barbamon — disse ele vendo o filme do Barbamon conversando com Astamon e outro filme o mesmo conversando com os membros da ex-Liga Negra.

...

DIGIMON: ASURAMON

Atributo: Vacina

Nível: Perfeito

Tipo: Homem demônio

Família: Nightmare Soldiers

Nível de Poder de Dados: 73.000 PD

Uma bola de fogo atinge uma casa explodindo-a instantaneamente. Tudo foi aos ares. Asuramon passa entre as chamas e olha para a sua frente em busca do seu alvo. Metade da cidade foi arrasada por ele, só restavam apenas escombros.

Gokuwmon desviava dos golpes do inimigo. Era difícil de acabar com ele com tantas casas por perto e que obviamente ele as destruía. Olhou pra frente não viu mais nada, apenas quatro bolas flamejantes vindo em sua direção. Usou o seu bastão para servi-lhe de escudo. Começou a girá-lo na tentativa de desviar os golpes.

Freddy ficou longe da zona de risco, pois os dois digimons se afastaram dali e foram para o outro lado da cidade. O garoto correu pelas ruas e passando pelos escombros. Ele viu o quão a cidade ficou estragada nessa luta.

Gokuwmon pulava de telhado em telhado. Asuramon explodia cada casa que pisava. Enfim o macaco lutador se cansou de fugir e decidiu agora atacar. Pegou seu bastão e lançou um raio na direção do digimau que, não percebendo o movimento repentino, foi atingido e lançado por vários metros até atingir uma casa. Seu corpo colidiu com as paredes de madeira do imóvel destruindo somente pelo contato. Uma densa poeira se formou.

— Acabou?

Uma explosão. Mas não uma explosão como as outras. Foi muito mais poderosa do que as anteriores. Tudo foi engolido por ela e Gokuwmon arremessado por vários metros até chegar ao final da cidade até parar numa parte desértica. Ele sentiu dores quando bateu a cabeça num rochedo, porém não o suficiente para desmaiá-lo. Olhou para o céu nublado e percebeu que nuvens carregadas de chuva estavam se formando.

O feiticeiro fez um enorme estrago na cidade. A explosão descomunal abriu uma cratera gigantesca que destruiu metade da cidade. Ele saiu andando em direção ao rival. Ficou incomodado quando sentiu alguns pingos caírem sobre seu corpo. Começou a chover.

— Vejo que foi corajoso a ponto de tentar querer me derrotar. Reconheço que tem uma ótima forma e um bom estilo de lutar. Porém você me deixou realmente irritado e isso é raro de acontecer. Por isso eu vou matar aquele menino na sua frente só pra ver a sua cara de arrependido — disse Asuramon provocando o outro.

É claro que Gokuwmon ficou irado ao escutar as palavras vindas do vilão. Freddy era tudo em sua vida desde quando o conheceu. Não seria um digimon que se achava superior que acabaria com o laço que ambos tinham.

— Está enganado, Asuramon. Quem vai vencer essa serei eu — chovia forte nesse momento. Nada bom para o vilão que possui melhores poderes com o fogo.

Gokuwmon aperta o punho e joga o bastão para o alto. Ele corre na direção do inimigo com certa rapidez, mas o digimau não esperava que ele conseguisse se multiplicar em vários. Uma técnica oculta que o macaco lutador tinha.

— Qual deles é o verdadeiro? — as cópias de Gokuwmon começaram a correr ao redor do feiticeiro dando-lhe socos múltiplos mais rápidos e mais rápidos. Sem perceber o verdadeiro cravou o bastão no chão e com uma nova técnica ele aumenta a sua arma até o céu. Depois começa a acumular a energia vinda das nuvens concentrando os raios na ponta da arma.

Desceu com tudo e golpeou o vilão com o bastão com uma força descomunal e logo em seguida soltou um poderoso raio da sua arma. Asuramon teve o corpo atravessado. Gokuwmon sorriu e retirou. O vilão ficou de joelhos e caiu ao chão morto. Foi desaparecendo até sobrar dados de computador dispersos no ar e indo embora.

Freddy viu tudo e não acreditou que o seu parceiro fosse tão forte. Pelo menos se fosse lutar contra os digiescolhidos teria uma chance de vencer.

Enquanto isso Rose era a penúltima a chegar juntamente com Palmon. Os quatro digiescolhidos e seus parceiros foram ao ponto de encontro supostamente mandado por Linx. Eles receberam uma mensagem falsa de Freddy, porém aquilo na verdade era uma armadilha.

Rose não aguentou esperar tanto o colega. Sentou-se no chão com Palmon. Ruan olhava as horas no seu relógio. Marcava quase meio-dia e nada do Paulo dar notícia.

— É estranho isso, Jin. O Paulo sempre foi um dos primeiros a aparecer quando tinha reunião com Linx. E ela que nem aparece — disse impaciente.

— É verdade amigo. Isso está estranho. Uma das coisas que eu mais acho estranho nisso tudo é o local onde será a nossa reunião. No metrô da cidade em que Astamon está dominando. Cara é mesmo que você entrar na toca do leão — disse o japonês tentando de alguma forma se comunicar com o líder, mas é inútil — não dá para enviar uma mensagem por D-Terminal daqui. Não me arrisco a subir pra testar. Pode ter espiões dele lá.

— Espero que ele venha logo — falou o espanhol olhando para Hagurumon brincando com Mushroomon.

Betamon se deitou sobre as pernas da amiga. Ela por sua vez ficou cansada, mas mesmo assim tentou ligar para o seu namorado. Todas as ligações iam para a caixa-postal deixando-a preocupada.

— Anda vamos! Cadê você?

Minutos depois algo inacreditável acontece, porém não era algo bom. Um estrondo vindo de fora soou ensurdecedor. Em seguida a entrada, a única, do metrô foi interditada por pedras e entulhos. Uma bomba explodiu ali. Os jovens ficaram assustados.

— Bom trabalho — disse Astamon ao Gigadramon — Agora eu vou me divertir um pouco.

Ele saiu deixando o local em ruínas.

Os jovens tentaram abrir passagem ali, mas foi em vão. Os escombros e a fumaça impediam isso. Ficaram encurralados naquele lugar escuro. Um barulho veio na direção dos trilhos, uma luz forte veio. Era o Trailmon que estava para chegar.

O trem parou e abriu as portas para os passageiros entrarem.

— Não vamos esperar o Paulo? — perguntou Jin.

— Não dá. Fizemos de tudo para sair desse local. O único jeito de escaparmos é por aqui — respondeu Ruan.

Eles entraram no trem. Assim que todos entraram as portas se fecharam quase que imediato e o veículo começou a se movimentar. Por dentro o Trailmon era confortável. O conforto dependia da classe dos passageiros, entretanto ninguém estava ali. Acharam estranho a ausência.

— Espero que o Paulo tenha uma boa desculpa para nos dar quando sairmos daqui — falou Rose irritada com o colega.

— Rose relaxa e vamos aproveitar. Eu acabei de ver e tem uma classe A naquele vagão de trás — disse Palmon. A menina ficou orgulhosa e saiu em disparada ao outro vagão.

— Ruan eu estou sentindo algo de estranho aqui — disse Hagurumon com a sensação ruim que sempre sentia quando havia uma ameaça por perto.

— Eu não sei o que houve lá na estação. Uma explosão repentina obstruiu a passagem. Deve ter acontecido algo de muito errado — o Trailmon saiu do túnel e foi pela periferia da cidade. À medida que o veículo se distanciava mais evidente ficava os prédios da cidade.

Agora algumas casas residenciais eram vistas da janela. Jin mexia no seu tablet sem se importar muito com o que aconteceu. Mia, Betamon e Mushroomon cochilaram nos assentos. Rose e Palmon brincavam de algo na classe A num outro vagão. Passado algum tempo apenas o deserto era perceptível. Nem a cidade dava para ver mais por causa da distância.

 

Paulo caminhou mais um pouco até encontrar uma cidade em ruínas. Olhou ao chão úmido e percebeu que havia chovido no local. Logo atrás estava Beelzebumon. O digimon segurou uma das suas pistolas na mão pronto para abater qualquer um que ameaçasse a vida do seu parceiro.

— Ainda não acredito que eu topei vir contigo pra cá — disse o homem um pouco nervoso — sua mãe deu uma ordem para que hoje nós não viéssemos para o digimundo!

— Eu sei que estou sendo desobediente. Mas a Linx deixou uma mensagem importante dizendo para eu me encontrar com ela aqui. Não faz essa cara, será rápido.

— Espero que sim, mocinho. Prometi a sua mãe que não te deixaria vir — Beelzebumon parou na hora quando viu algo inesperado — U... Um humano aqui!

— Ei garoto! — gritou Paulo. Freddy estava parado bem próximo aos escombros de uma casa. Ao seu lado, Gokuwmon — Eu falei contigo. Eu não te conheço.

— É claro que não — falou friamente — eu sou digiescolhido também, porém eu sempre prefiro ficar só.

Beelzebumon olhou de cima para baixo Gokuwmon. Fez uma cara de despreocupado pensando "esse aí é mais fraco do que caldo de bila" ou "não dá nem pro chá". O macaco lutador também fez o mesmo olhando o modo de se vestir do digimon a sua frente. Não gostou do estilo motoqueiro do outro.

Paulo ficou calado por alguns segundos, mas resolveu quebrar o silêncio.

— Então a quanto tempo você é digiecolhido? Ah cara desculpa a minha intromissão. Eu me chamo Paulo Victor e estou aqui desde 2011 ou seja há cinco anos. Esse é o meu parceiro Beelzebumon e, não se assuste, mora comigo na minha casa.

Freddy franziu a testa por conta da notícia. Foi estranho escutar algo do tipo — Como assim morar junto? Eu não entendi essa parte, porque pra mim os digimons não podiam sair do Digimundo.

— Uma longa história. Nossa relação vai muito além de parceiros diiescolhidos. Ele é como uma figura paterna para mim, pois o meu pai morreu há muito tempo — nesse momento Beelzebumon estremeceu um pouco, porém o suficiente para que Gokuwmon percebesse — O motivo de, às vezes, eu chamá-lo de pai como brincadeira é que eu o sinto como se fosse meu próprio pai. Meio confuso isso.

— Tudo bem. Eu considero Gokuwmon como um irmão que nunca tive — falou de um jeito ainda frio sem demonstrar nenhuma reação em seu semblante — A propósito o meu nome é Freddy e sou digiescolhido há dois anos.

— Legal. A Linx sabe sobre você?

— Quem? — agora Freddy ficou confuso mais uma vez.

— Espera um pouco — Beelzebumon olhou para todos os lados procurando alguém — Não era pra Linx estar aqui? — perguntou impaciente.

— Era — respondeu Paulo sem saber o que falar. Não entendeu a demora da mulher — Estranho. Eu recebi a mensagem dela no intervalo da aula.

— Ótimo ela não veio. Vamos embora e depois damos um jeito de falar com ela.

— Espera...

— Aff espera não, Paulo. Você nem tirou a farda da escola e Lúcia não poderá mentir por muito tempo. O Ray está hoje em casa.

— Só mais um pouco, parceiro. Eu juro que vou logo embora. Ray saiu de manhã bem cedo com sempre faz quando está de folga. Eu não estou preocupado. E se a mamãe souber, eu tomo a responsabilidade — Paulo olhou para o digimon de Freddy e viu o seu bastão na mão — Ele é calado assim mesmo?

Freddy olhou de canto para seu parceiro. O digimon logo entendeu o olhar do amigo e falou.

— Desculpa se estou calado demais... é que prefiro o silêncio mesmo — disse acanhado.

— Então, Paulo, eu quero saber um pouco sobre você e seus colegas digiescolhidos. Não fica assustado não é que eu conheço vocês há tempos, porém nunca tive a oportunidade de me encontrar pessoalmente. Ei cara que tal me contar sobre suas aventuras enquanto espera essa Linx aí?

— Não acho uma ideia ruim não — Paulo falou isso e Beelzebumon o metralhou com os olhos — O grandalhão aqui não vai se importar nem um pouco, não é? — o garoto cutucou o digimon que logo cedeu inconformado.

"Ainda sinto que essa vinda ao digimundo vai dar rolo. Puxa vida o Paulo nem sequer obedece mais a mãe dele. Esse Freddy aí é muito estranho. E esse digimon parece o Goku do Dragon Ball Z que o Paulo tanto assiste. Isso é estranho" — pensou o mascarado.

 

Trailmon já havia se afastado e muito da cidade. Ruan olhava pela janela do trem e não via nada além de deserto. Uma verdadeira malha ferroviária tinha ali, ou seja, não era apenas um trilho, mas vários trilhos.

— O que é aquilo? — Mushroomon olhou pela janela. Ruan viu na direção em que o cogumelo olhava. Um automóvel se aproximava do trem.

Mia e os outros também foram olhar. Jin não se conformou em apenas ver algo sem saber exatamente o que era portanto pegou o seu binóculo e foi ver. O garoto ficou gélido na mesma hora.

— Jin o que foi? Pelo amor de Deus o que é aquilo? — perguntou Rose.

— Astamon — ele respondeu assustado. Ruan também olhou e comprovou. Todos ficaram assustados. Não dava para se defender dentro de um Trailmon em movimento.

— Deve ter algo que faça esse trem andar mais rápido. Não é possível que caímos numa armadilha daquele louco! — o espanhol já ficou com muita raiva — Eu vou até a parte da frente me certificar se tem algo para fazer esta lata velha andar.

— Espera Ruan — disse o digimon indo atrás do amigo.

Ruan saiu para os vagões da frente na tentativa de chegar até a parte da frente do trem. Jin e Mushroomon também tiveram essa ideia. Ficaram apenas as garotas naquele lugar.

O carro Monster se aproximava a cada momento. Era muito veloz, potente. Musyamon dirigia o carro, Astamon ficou sentado no banco do carona carregando as mais diversas armas que havia comprado.

— Isso tudo faz parte de uma armadilha minha — disse carregando a calibre 12 com as últimas balas — Acho que o nosso arsenal está bom.

— Certamente você é muito inteligente, chefe. Atrair as mariposas à luz hehe — falou o motorista.

— Eu certamente sou muito humilde. Sou a pessoa mais humilde do mundo. E sou o mais foda, forte e bonito também. Tirando isso tudo é resto — ele apertou um botão vermelho no painel e o teto solar abriu — Arranca com tudo. Emparelha com o Trailmon.

Ruan entrou num dos primeiros vagões, mas assim que ia passar para o outro ele foi fechado tanto na frente como atrás. O garoto tentou de todas as formas abrir, no entanto era impossível. Hagurumon acertou uma de suas engrenagens na porta de aço... sem sucesso.

— Caralho essa porta é de adamantium por acaso?! — disse o rapaz dando chutes na porta.

Jin também ficou preso numa outra parte do trem. O rapaz ficou o mais calmo possível, sentou numa cadeira e ligou o seu aparelho.

— O que está fazendo?

— Amigo eu preciso encontrar algum programa que destrave essas portas. À força será impossível — disse ele concentrado na sua pesquisa.

As garotas ficaram assustadas. Principalmente quando Rose e Palmon foram praticamente sugadas para o vagão de trás. A patricinha deu um ataque de histerismo ali mesmo. Nem Palmon conseguiu acalmá-la.

Mia pegou seu celular e tentou mais uma vez ligar para o namorado. Incrédula, mas ligou.

 

Enquanto isso...

— Isso foi sem palavras. Bem que esse Vikemon mereceu mesmo ser morto. Como muitos por aí — falou Freddy num tom frio — legal. Suas histórias são incríveis.

— E tem muito mais — o celular dele começa a tocar. Atendeu e quase leva um susto quando Mia grita com ele — Oi Mia... Eu? Estou onde Linx me pediu pra ficar... Que? O que vocês estavam fazendo em Merinas? É perigoso... Hum... É O QUE?! QUE DISSE?... M-mia se acalma e tente ficar tranquila... Sim nós vamos até aí o quanto antes.

— O que foi? O que houve? O que ocorreu? O que ela falou? — perguntou Beelzebumon.

— Astamon preparou uma armadilha para eles e agora estão prestes a serem atacados — Paulo viu a cara de desgosto do parceiro — Vamos lá. Prefere voltar para casa do que salvar seus amigos?

— Tá bom. Eu me rendo, vamos lá — Paulo deu um sorriso.

Beelzebumon se afastou deles por um instante. O lorde demônio assobiou o mais agudo possível. Segundos depois dava para ver a chegada de algo. Era a Behemoth que vinha até o seu dono. Freddy ficou com medo da moto enorme na sua frente. Era muito estranho aquilo tudo.

O homem se sentou na moto logo depois o rapaz. Paulo olhou para o novo amigo — pelo menos é o que ele acha — e se despediu.

— Nos vemos um dia desses Freddy. Terei o prazer de apresentá-lo aos meus amigos — A moto saiu com tudo formando poeira por onde passava.

— Acho que não foi dessa vez que o convencerei de deixar o digimundo. Acho que eu os segurei por um bom tempo até que Astamon faça o que tem que fazer. Estou exausto, pode me levar para casa — disse o menino cambaleando quase caindo se não fosse pela ajuda do amigo.

— Vem eu te levo — Gokuwmon o colocou no braço e saiu andando.

 

Astamon ficou com metade do corpo de fora. Ele estava armado com duas pistolas. Apontou para o Trailmon e atirou muitas vezes. Mia e Betamon tiveram que se abaixar para não serem pegos pelas balas. Era inevitável a morte se eles fosse atingidos.

O carro passou por cima de um buraco no meio da estrada de terra. O vilão deixou cair o par de armas no chão perdendo um pouco o equilíbrio.

— Foi mal.

— Apenas dirija. Se eu quisesse contratar alguém para pedir desculpas toda vida que fizesse cagada eu teria feito uma outra escolha, não um samurai — ele pegou a calibre 12 no banco de trás e a levou para fora — Mantenha.

Rose se escondeu atrás de uma poltrona na classe A quando ouviu um estrondo. Sentiu seu corpo ser tomado por vidros por conta da janela quebrada. Palmon protegeu a garota pondo o seu corpo sobre o dela. Os estrondos não paravam. Claro era o inimigo atirando sem parar com uma arma de grosso calibre.

O carro ficou sobre o trilho ao lado do trem. Ficou bem mais fácil de achar os digiescolhidos. O vilão tentou atirar, porém as balas acabaram. Jogou pra bem longe. Entrou e pegou a metralhadora comum.

— O que temos para o cardápio? Digiescolhido ao molho... de sangue hehe

O digimau mandou ver nos tiros. Eram vários sem parar. Jin teve que baixar rapidamente a cabeça para não ser pego. Astamon pediu para que o motorista ficasse emparelhado nos vagões da frente. Assim que viu Ruan estampou o sorriso no rosto. Apontou a metralhadora para ele, porém uma pedra atrapalhou os seus planos obrigando o carro a se distanciar. Assim que voltou a posição teve uma surpresa.

— O herói está vindo — sorriu ao ver a moto se aproximando.

Beelzebumon pegou a sua pistola nas costas, apontou na direção do carro e atirou. A bala rasgou o ar na velocidade do som e atingiu a roda esquerda traseira do Monster. Musyamon não conseguia controlar mais nada.

— Bem na mosca — comemorou o parceiro de Paulo.

Um trem vinha na direção oposta ao carro. Como ele estava sobre os trilhos a colisão seria inevitável. Quando Astamon viu aquilo só teve uma reação: abandonar o veículo. O homem pulou para fora ficando sobre o Trailmon em que estavam os garotos. Olhou para o lado e viu o trem se chocando contra seu ex-carro. Musyamon não teve nem tempo de respirar. Foi colhido em cheio. A explosão o matou na mesma hora.

— Eu lamento por esta perda. Por eu ter perdido meu precioso Monster — lamentou cinicamente.

— Aquele idiota pensa que vai fazer o que ali em cima? — indagou Paulo.

— Eu tive uma ideia. Você fica aqui sobre a moto, ela vai dirigir sozinha. Eu vou até lá e acabar com a festa daquele imbecil — o garoto sentiu medo, mas confiou.

O lorde subiu sobre o próprio veículo até ficar em pé. Em seguida pulou praticamente voando baixo até chegar sobre o trem. Ficou frente a frente com o arqui-inimigo.

— O coleguinha veio assistir ao show? — disse irônico como sempre.

— Não tem vergonha de ficar fazendo isso? Colocando desordem onde passa — Beelzebumon olhava com ódio. Ele ficava irado só em estar perto do vilão.

— Quer colocar ordem em mim? Pois bem, estou esperando meu chapa. Vem cá vem — o digimau sorria e sempre mantinha estampado na cara esse sorriso. O que deixava o outro mais irado.

O lorde sem pensar duas vezes foi praticamente voando na direção do rival. Astamon como não é bobo não ficou no mesmo local se desviando das garras afiadas do motoqueiro.

— Que lacinho lindo aí no seu braço. Foi a mamãe que te deu? Hahahaha — Aí foi a gota d'água. As duas Berenjas foram sacadas pelo seu dono. Disparos sobre disparos foram dados. Astamon teve que dar um de ginasta olímpico pra poder escapar das balas. Mesmo assim seu casaco foi perfurado quase perto da aba.

— Tome isso. Ein? Eu consegui te acertar — comemorou.

— Foi um excelente ataque, entretanto eu não tenho tempo para lutar com você.

Uma sombra enorme cobriu os dois. Gigadramon sobrevoou o local onde a Behemoth estava. Era uma ponte extensa com os trilhos sobre a mesma. O dragão abriu seus canhões em cada mão e atirou as bombas orgânicas contra a ponte. Tudo foi abaixo e só restou um buraco.

— Acho melhor salvar o pivete antes que ele caia lá embaixo numa altura de cinquenta metros — disse o vilão rindo da cara de assustado que o outro fazia.

— Eu juro que vai ter troco — pulou para o outro lado até chegar a moto. Usou o freio para pará-la. Ele parou bem a tempo.

Paulo via o trem indo embora. Lamentou e muito que depois que o trem passou Gigadramon destruiu o resto da ponte obrigando os dois a fugir.

Astamon pegou um dispositivo do bolso do terno listrado. Era um detonador. Apertou o botão branco na extremidade do objeto. O Trailmon começou a se dividir e seus vagões pegaram rumos diferentes. O trilho se dividiu em seis outros trilhos. Assim os digiescolhidos foram divididos com seus respectivos vagões.

...

Barbamon decidiu ir para Nova Digicity de uma vez por todas. O velhote decidiu vestir um terno todo preto, bem black mesmo. Na gravata um broche de um crânio vermelho. O sorriso macabro ao descobrir que as crianças foram capturadas ficou no seu rosto. Alisou a barba enquanto ia dentro do dirigível.

— Senhor Barbamon como se sente agora que os pirralhos foram todos capturados?

— Witchmon esse é o dia mais feliz da minha vida. Ver aquelas criaturas mortas é o meu sonho. Só de pensar que eu agradava aqueles humanos asquerosos. "Ai Meus meninos, meus queridos eu me sinto como se fosse o avô de vocês". Que lixo! Eu odeio os digiescolhidos com toda a minha alma. Não suporto ter que fingir de bonzinho. A minha vontade é de cuspir na cara deles.

— Mas você os ajudou no passado com a reforma no digimundo — falou Witchmon sentada numa cadeira. Eles estavam numa sala bem iluminada com algumas cadeiras e bem na frente um painel com muitos botões e uma tela.

— Ajudei sim, mas foi a contra gosto. Nada me daria mais prazer de ver aqueles pé-no-saco se ferrarem de uma vez por todas — ele voltou a alisar a própria barba.

"Ô velho feio. O meu chefinho não poderia ter encontrado um aliado mais bonito não?" pensou a bruxa.

No vagão, Betamon chama a parceira que ficou deitada no chão. A menina viu pela janela o trem parando num lugar sem ninguém. Apenas as docas da cidade Nova Digicity. Ficou um pouco fraca, pois nem havia almoçado ainda. O seu celular tocou sem ser toque de chamada. Retirou do bolso da calça jeans e viu que era alguma mensagem de email. Ignorou por um momento, mas sua curiosidade falava mais alto.

Betamon praticamente a empurrou para fora quando a porta se abriu. Agora que ela tinha percebido que ali era apenas um vagão. Saiu, seus olhos doíam por conta do sol. Correu até chegar num armazém abandonado. Encolheu-se com o amigo atrás de um barril. Digitou o seu celular até colocar na internet. Abriu a caixa de entrada e viu o email.

VEJA E DESCUBRA A VERDADE!

Surpreendeu-se com o título da mensagem, mas ficou realmente boquiaberta ou com o queixo lá no chão quando viu um vídeo de Barbamon conversando com Astamon. Logo depois outro vídeo, com áudio, o velho falando com os digimaus.

— O que... O que significa isso?!

Continua...


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