D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 14
O Pacto entre Astamon e Freddy


Notas iniciais do capítulo

yo aqui na mesa da lan house de novo. Este capítulo saiu mais rápido do que imaginei. Foi um dos melhores capítulos que já criei, sem dúvida. Terá uma luta no final, mas vai ter continuação. Antes que eu dê spoiler é melhor que leiam.



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CAPÍTULO 091

— Tem certeza que quer falar com o Astamon? Eu não confio nele — falou Gokuwmon tentando amenizar a situação.

— Sim, quero. Eu preciso de alguma explicação disso. Olha esse vídeo! O Beelzebumon matou aquele digimon sem dó nem piedade. Eu ainda não consigo acreditar nisso. Mas preciso falar com ele.

— Tudo bem, eu ligo. Só porque você me pediu. Agora é melhor tirar esse vídeo de uma vez e jogar o disco longe — Gokuwmon pegou um aparelho celular e começou a ligar.

Freddy retirou o CD e o quebrou. Ele ainda não podia acreditar, porém outro lado seu dizia que tudo que o Astamon dissera era verdade. A mais pura verdade. Gokuwmon conseguiu falar com alguém do outro lado da linha. Não era o homem, a voz era feminina. Provavelmente Witchmon atendeu e passou para o outro. Depois que Astamon ficou na linha, Gokuwmon passou o celular para o garoto.

— Eu... Acho que você tinha razão — respirou fundo.

— Eu sempre tenho razão. Olha eu te explico como encontrei o filme, mas precisamos nos encontrar. Que tal amanhã fora desta cidade? Tem um lugar chamado Blue Driver há vinte quilômetros de Las Merinas. Encontre-me por volta das oito horas da manhã que eu vou te falar o que eu penso. Tem coisas que novatos, como você, que precisam de incentivos. Até mais.

A ligação encerrou. Freddy ficou duvidando se ia ou não. Gokuwmon falou que mesmo não concordando em ir, apoiaria o parceiro. Então o rapaz decidiu ir de uma vez.

Um dia se passou e depois de tanto tempo as ameaças de Asuramon não eram levadas a sério. Nos bosques da parte florestal do digimundo, Rosemary brincava com Palmon recolhendo flores e fazendo um piquenique. Ambas não ligavam muito para o que estava acontecendo. Só queriam mesmo era se divertir.

— Esta flor aqui é linda — disse a menina recolhendo flores parecidas com rosas azuis — são muito lindas. Pena que no nosso mundo ela só existe se mudar a genética da rosa. Mas aqui é comum vê-las naturalmente.

— Eu estou com raiva — fez cara de brava — daquela Conceição. Eu ouço quando vou pra cozinha ela me chamar de cabeça de cebola e que eu pareço um bulbo ambulante. Magoei.

— Depois eu falo com ela pra parar com essas piadinhas sem graça. Agora coloca tudo naquele cesto e vamos levar pra casa, colocá-las no jarro.

Elas colocaram o restante das flores no cesto e saíram. A casa ficava a poucos metros dali, trinta pra ser exato. Assim que estavam quase entrando foram impedidos por Delumon que vinha disparado ofegante e com a cara de assustado.

— Ainda bem que... Eu encontrei vocês — disse o pássaro muito cansado.

— Escuta aqui, Delumon, se for pra pedir algo, retire o seu cavalo da chuva, pois hoje estou sem tempo pra nada. Já vou voltar para casa — disse Rose.

— Não. É que algo de ruim está acontecendo com a vila dos Nyaromons ultimamente. Os pequenos estão agindo de uma forma estranha.

— Que forma estranha, Delumon? — perguntou Palmon curiosa.

— Olhem com os seus próprios olhos.

Os três saíram dali e pegaram a trilha que dava acesso ao vilarejo. Assim que chegaram viram os pequenos digimons reunidos numa parte central da vila onde encontrava-se o chafariz. Sobre a estátua de um Gatomon (Tailmon) havia uma pequena esfera negra. Assim que Rose tentou se aproximar foi impedida por Delumon.

— Não vá, senhorita Rose. Eles ficaram hipnotizados depois que essa esfera flutuante chegou aqui. Se for, a senhorita corre o risco de ser afetada.

— Você é inútil mesmo. Por que não me falou isso antes? Precisamos dar um jeito de tirar esse objeto estranho daqui o mais rápido possível — Rose e os outros estavam atrás de uma casinha da vila. Um Nyaromon hipnotizado chegou por trás deles e começou a gritar revelando-os.

— Fomos descobertos! — disse Delumon correndo deixando as duas para trás. Logo os digimons começaram a persegui-los.

— Grande ideia a sua. Acha que o telhado desta casinha de boneca vai servir de alguma coisa, Delumon? — perguntou Rose sobre uma das casas da vila.

Eles estavam ilhados com vários digimons ao redor. Um só não era ameaça para se preocupar, porém vários sim. A garota ficou cansada e pediu que Palmon chegasse um pouco perto da esfera e a destruísse. A digimon desceu e começou a lutar contra os pequenos. Rose desceu e foi para o outro lado, acionou o escaneador do digivice e escaneou a bola. Um sinal de vírus foi detectado quase que imediatamente. Era bem potente capaz de fazer lavagem cerebral nos digimons.

— Precisamos acabar com aquilo.

— Mas como, senhorita Rose? Eu não tenho coragem de chegar perto daquilo.

A garota deu um cascudo na cabeça dele — Quem falou que eu ia contar contigo, covarde? Eu tenho a Palmon que é bem mais corajosa do que você. E olha que ela é duas fases inferiores a você.

Palmon corria e os Nyaromons corriam atrás. Os outros dois chegavam mais perto do vírus. Como Rose está ciente de que não afetava em humanos ela chegou perto. Assim que tentou tocar foi impedida por Witchmon.

— É melhor deixar isso onde está — disse a bruxa.

— Você! Trabalha para Astamon! O que quer fazendo aqui?

— Pirralha mesmo, hein. É claro que estou aqui a mando do meu chefe, sua idiota burra.

— E qual é o motivo disso tudo? Esse vírus aí pra que serve?

— Deixe-me explicar claramente. Isto é um vírus que hipnotiza o indivíduo e o deixa neste estado para sempre. Uma coisa interessante é que enquanto não é destruído as vítimas deste vírus continuam com lavagem cerebral.

— Você não tinha o que fazer não, minha filha? Vai procurar o que fazer.

— Ui gente que menina é essa? Vai aprender uma lição. A ficar calada no momento em que precisa se calar — Witchmon já ia atacar Rose quando é impedida por Palmon que a segura com suas vinhas. — O que? Como se atreve sua plantinha?

— Veremos quem é a plantinha aqui. Hera Venenosa!

Witchmon consegue se desvencilhar e esquivar a tempo. A bruxa solta um poder de coloração vermelha das suas mãos e atinge Palmon. Esta conseguiu aguentar o poder, porém a bruxa havia controlado um pouco a força. Rose foi ajudar a amiga.

— Percebo que você é forte. Mas eu tinha controlado a minha força nesse ataque. Dessa vez eu não vou controlar mais. Hoje pelo menos um digiescolhido vai cair.

— Escuta aqui, já basta o paspalho do Delumon me encher todo o santo dia...

— Magoei — disse o pássaro.

— ... agora vem uma bruxa horrorosa querer contar lorotas aqui na minha área! A não minha filha. Você verá o que é um sangue da realeza, vai conhecer quem é Rosemary Archibald. Palmon vai lá e arrebenta a cara dessa vadia!

— Pode deixar comigo!

A.L.T.E.R.N.A.T.I.V.E E.V.O.L.U.T.I.O.N

— Palmon digi evolui para... SunFlowmon!

DIGIMON: SUNFLOWMON

Atributo: Dados;

Nível: Adulto;

Tipo: Planta;

Família: Jungle Troopers;

NPD: 15250 PD

Sunflowmon atacou Witchmon com a sua cauda de espinho. A bruxa foi atingida e caiu contra uma casa. Os Nyaromons começaram a atacar a parceira de Rose, mas logo foram derrotados por ela. Witchmon se levantou e jogou um poder na direção da garota, mas foi impedida pela girassol que usou seu melhor poder.

— Raio Solar! — ela começou a emitir uma luz forte das suas pétalas. Foi cada vez se intensificando até formar um raio de luz que foi na direção da Witch. Esta foi atingida sendo arrastada por vários metros.

— Agora tem aquela esfera negra. Use seu poder para destruí-la.

A flor usou seu raio solar para destruir de vez o vírus. Witchmon se levantou e assobiou.

— Só porque me venceram hoje não significa que venceram esta guerra. Vocês vão se arrepender de terem feito isso — ela subiu na vassoura e foi embora.

— Vai embora logo, sua bruxa feia! Precisamos colocar ordem nessa vila. Vamos ajudar os moradores daqui. Eles devem estar confusos com tudo o que aconteceu — disse a garota.

Os três ficaram no vilarejo. Enquanto isso na casa da digiescolhida Musyamon colocou um chip dentro de um jarro com flores. O objeto era pequeno o suficiente para não ser percebido. Ele colocou e saiu em seguida.

No seu castelo, Myotismon negocia algo importante com Vademon. Ambos tramam algo contra Barbamon. O vampiro decidiu se amotinar contra o ex-parceiro de equipe desde quando Arkadimon morreu. Ele não aceita que um ser mais fraco lidere um grupo de digimaus. É claro que depois que a Liga Negra se desfez ele só pensou num plano de conquistar o digimundo colocando novamente as trevas no cenário. Entretanto sozinho ainda não era possível, por isso contou com a ajuda de Vademon.

O castelo ficava há quilômetros de Nova Digicity. Uma ilha deserta muito bem vigiada e com um castelo estilo medieval bem no meio dela. Dentro o aspecto "Idade Média" era dominante. Tochas acesas a cada cinco metros nos corredores, paredes de pedra, algumas pinturas rupestres nas paredes, no salão principal um piso com símbolos de morcegos e um tipo de assento real que o vampiro sentava. Alguns guardas ciborgues vigiavam a entrada vinte e quatro horas. Uma sala de jantar possuía uma mesa enorme com vários pratos. Ambos digimaus estavam sentados à mesa planejando algo.

— Eu te chamei aqui, pois preciso de um favor seu — falou o vampiro.

— Diga-me, que favor? — perguntou o alienígena segurando uma coxa e levando a boca retirando alguns nacos.

— Estou farto disso tudo. Astamon não me dá notícias nem mata os escolhidos, estes conseguem ter uma vida pacata, a liga se desfez e ainda tem o velho Barbamon que ainda acha que tem algum senso de moralidade. Decidi que vou acabar com tudo isso e você entra nessa.

— O que pretende?

— Eu... Quero que quando o Barbamon te encontre e peça algum tipo de ajuda diga para ele que não pode lhe conceder, mas somente o Myotismon. Faça isso, eu quero aquele velho aqui. É culpa dele que o meu amigo Arkadimon morreu. Vou matá-lo. Depois vejo o que eu faço com o resto do meu plano. Se me ajudar, eu juro que vou incluí-lo no meu plano.

— Pode contar comigo.

— A propósito, onde está Asuramon? Nunca mais o vi.

— Ele deve estar aprontando algo por aí.

...

Uma cidade inteira arrasada pelas tropas de Asuramon. Os digimaus formados por DarkTyrannomons e BlackGreymons destruíam tudo pela frente. Na verdade o digimau começou o seu ataque há dias, mas desistiu de continuar atacando naquela região. Agora ele estava decidido em acabar com tudo só para chamar a atenção dos digiescolhidos.

Os moradores da cidade — que fica há poucos quilômetros de Las Merinas — fugiam com medo, outros foram mortos e os dados retornaram para a cidade do princípio, outros ficaram presos e sem poder fugir. Não havia muito o que fazer até aguardar a morte imediata.

— Destruam tudo, tudo mesmo. Eu quero ver essa cidade toda destruída pelo fogo — falou Asuramon dando ordens aos subordinados.

Uma patrulha da polícia digital chegou na cidade com alguns guardas para tentar acabar com a ameaça. Tyrannomons e Unimons foram incumbidos a acabarem com a ameaça. Entretanto, como o vilão era nível perfeito, era de se esperar que não seria nada fácil de acabar com ele.

— Bando de patifes. Eu vou me divertir muito quando ver os dados de vocês sobrevoarem o céu. Aí todos verão que com Asuramon ninguém brinca.

Blue Drive

Um restaurante beira de estrada e de quinta categoria. Alguns veículos parados denunciava de que clientes ali tinha. Freddy ficou parado na frente da entrada. Era realmente grotesco e sujo só a entrada imagine dentro. No entanto como ele era pobre já estava acostumado com esse tipo de ambiente. Gokuwmon olhou para os lados e viu, no estacionamento, um carro enorme mesmo do tipo Monster parado.

— Você tem mesmo certeza de que quer fazer isso? — perguntou o digimon preocupado com o amigo. É de se esperar, o menino queria falar com um psicopata assassino.

— Sim eu tenho. E você me conhece muito bem. Quando coloco algo na cabeça é difícil de sair. Isso tá ficando chato, vamos entrar logo de uma vez. Astamon já deve estar nos esperando.

Ambos entraram no restaurante. Como previsto era um chiqueiro. Mesas sujas, balcão com também sujeiras como café e suco derramados, as paredes cheias de infiltrações e teias. Era um horror de tão sujo que era. Na mesa do canto estava o homem sentado com seu traje original e com suas asas pequenas. Assim que os viu se levantou.

— Sentem-se, não fiquem acanhados demais com a minha presença ou com o ambiente ao redor — Astamon não tinha papas na língua. Freddy sentou-se numa cadeira e ao lado dele o macaco. A mesa era redonda e tinha quatro lugares.

— Eu vi o vídeo que você me enviou. Não acreditei inicialmente na veracidade dele, porém eu analisei e vi que o vídeo era verdadeiro. Vi Beelzebumon matando um digimon indefeso.

— Então, meu jovem, sabe que os digiescolhidos não são esses santos que todos dizem. Eles são o produto do que chamamos de solução para um caos no mundo. As pessoas os idolatram como se fossem deidades ou algo assim, mas esquecem de que são falhos, podem falhar. Se falham uma única vez é como se fosse um crime. O vídeo é uma prova de que a falha era evidente na vida dos escolhidos. Se pela frente eram anjos com auréolas, por trás são demônios com tridentes.

— Vamos deixar de enrolar — interrompeu Gokuwmon impaciente — o que você quer conosco?

— Formar uma aliança. Eu sei o que é melhor para todos e acredite, formar um grupo de digiecolhidos não é a melhor coisa que existe. Serei direto: acabar com eles. Destruí-los de uma vez por todas, mas não matá-los. Convença de que voltem para o mundinho deles e nos deixe em paz. Também existe o fato da Liga Negra odiá-los, mas essa briga deles vai gerar vítimas inocentes. Suas mortes serão certas de novo, de novo e de novo até que um lado prevaleça. Vai querer isso?

— É claro que não! O que faremos para convencê-los a deixar o digimundo? — perguntou o jovem.

— Eu preciso que use o seu computador para mandar mensagens aos digiescolhidos. Diga que Linx precisa de todos eles na cidade de Las Merinas para armar um bom plano para atacar-me.

— Como farei isso?

— Abra o seu aparelho e envie por email. Na sua lixeira tem um link para ir e é só digitar e enviar. Deixei um chip interceptor em cada lugar pertencente aos escolhidos. O chip impede que eles recebam mensagem por D-Terminal entre eles, mas permite que suas mensagens cheguem até eles. Os chips só funcionam se eles estiverem perto do objeto ou num raio de cinquenta metros.

Freddy retirou o notebook da mochila e abriu seu email. Deixou uma mensagem na qual Astamon ditou as palavras. Depois ele enviou uma mensagem para Paulo como também se fosse Linx, mas dessa vez era diferente. Ele queria ficar frente a frente com o líder dos escolhidos. Antes de ir embora Astamon o seduziu dizendo que ouviu rumores de que uma pequena cidade distante um pouco dali estava sendo atacada por um membro da Liga.

— Vai perder a oportunidade de acabar com um dos responsáveis? Duvido muito. Nos vemos depois, por aí — ele saiu do estabelecimento deixando-os para trás.

O garoto saiu com seu parceiro em seguida. Pegou seu digivice e viu um pontinho vermelho apontado para o norte. Com certeza era um dos membros de digimaus que estavam atacando naquele momento. Sem demorar ele pediu para que seu parceiro o levasse para essa cidade. Ambos entraram num jipe e pegaram a estrada.

...

Paulo prestava atenção na aula. Era química e ele realmente precisava prestar atenção nesta aula, pois bimestre passado ele havia tirado nota baixa na prova dessa matéria. Ficou sentado na primeira fila juntamente com uma colega de classe que ele sempre ficava. A garota gostava de ficar perto dele, pois o achava bonito. Paulo era bonito, realmente. Branquinho, olhos azuis, cabelos pretos, um pouco atlético devido aos esportes que praticava principalmente futebol. As garotas eram loucas, mas ele só tinha olhos para uma surfista norte-americana.

Enfim as aulas foram passando até chegar o intervalo. Ficou mexendo no armário até perceber que o seu aparelho digital começou a soar um bip. Abriu sua mochila e retirou. Uma mensagem chegou. Abriu o arquivo e leu.

"Paulo estou com uma boa ideia para acabar de vez com a raça do Astamon. Essa mensagem deixei com os demais e espero a colaboração de todos. Encontre-me numa cidade que fica há dez quilômetros de Las Merinas que eu explicarei tudo.

Linx"

— Pensei que ela não mudaria de ideia e deixaria Astamon nas mãos de Gennai. Como o mundo dá voltas. O pior é que eu tenho que convencer uma certa pessoa pra ir comigo. É mole pedir permissão pra um digimon pra fazer isso ou aquilo como se fosse o pai biológico?

— Falando sozinho, Victor-san? — perguntou a garota que sentava ao seu lado.

— Que susto, Mei! Não faça mais isso. Eu estou pensando alto, só isso. A propósito o que faz aqui? Você não tem aula de dança agora?

— É que atrasou um pouco e vim te ver.

— Mei, eu já disse que namoro e sou comprometido. Não posso me envolver com outra pessoa. Por favor entenda.

— Lol que doidera. Eu não te dei uma cantada, fica calmo. Só disse que vim te ver, cara, não esquenta. Só estava de passagem mesmo, canarinho.

Paulo só pensava na mensagem que recebera.

...

Astamon chegou no seu quartel general. O homem foi ao seu quarto descansar, não era de aço. Deitou-se na cama confortável com lençóis brancos e um colchão branco. Escorou a cabeça no travesseiro e descansou. Batidas na porta o despertou. Ele se levantou, era Witchmon.

— Falei pra ti que não queria ser incomodado — bufou.

— Descanse depois. Olhe para o que chegou pra você lá embaixo e tenho certeza que o sono vai perder em três tempos meu bem — disse ela.

Na sala de operações havia algo coberto por um pano de cor bege. Pelo formato era relativamente grande. O homem retirou o pano e viu algo que encheram os seus olhos. Uma arma, sim uma arma de grande poder de fogo. Parecia mais uma metralhadora do cano longo.

— Lembra-se que foi até a loja de armas pedir a melhor? Pois é, ela chegou. É feita sob encomenda. Só existe ela no mundo, mas como você pagou caro para tê-la então é toda sua.

— Ela é absolutamente linda. Uma arma que combina com o meu estilo. Agora sim estou completo. Eu tinha uma do mesmo modelo, contudo foi destruída. Agora posso ter o mesmo tipo de arma depois de tanto tempo. Oro Salmón será seu nome. Em homenagem a minha antiga parceira de assassinatos hehe

— Incrível mesmo é o fato dela ter sido feita pelas mãos de Vulcanusmon. O lendário. Enfim chefia o que pretende fazer dessa vez?

— Minha cara Witchmon, deixarei que o infeliz de um tal de Freddy me ajude depois é só eu descartá-lo como fiz com o Cerberusmon. Hahaha Depois deixa comigo que eu sei o que faço.

Gokuwmon acabava com a raça dos dinossauros malignos. O amigo de Freddy segurou o bastão, girou várias vezes e acertou a cabeça de um BlackGreymon com toda a força fazendo o dinossauro tombar pra trás. Depois atingiu o estômago de outro DarkTyrannomon, ergueu com o bastão e jogou sobre um digimau que já havia sido derrotado. O menino encantava-se com a agilidade do parceiro na luta, era incrível.

Gokuwmon com certeza era um mestre nas lutas. Conseguia executar os golpes com tamanha precisão que muitos poucos digimons conseguiam fazer o mesmo. Também era dotado de extrema inteligência e discernimento. Se o inimigo pede clemência ele com certeza não vai matá-lo. Agora se o inimigo não se arrepende então ele não está apto a poupar a vida desta criatura.

Asuramon andou alguns passos. Ficou frente a frente com o outro. O feiticeiro olhou para os lados e viu seus capangas acabados por um único ser. Olhou para os inimigos com a cara de desprezo.

— Isso tudo foi obra de vocês? — perguntou o feiticeiro.

— Cale-se. Renda-se ou acabarei com a tua raça — retrucou Gokuwmon economizando as palavras.

— Não me interessa quem seja, está atrapalhando os meus planos. Por acaso és algum digiescolhido que eu desconheço?

— Eu e o meu parceiro somos as pessoas que roubaram o grupo de vocês — respondeu o macaco.

— Então não há outra escolha a não ser destruí-los — disse o vilão.

Gokuwmon fez posição de luta. A qualquer momento começaria uma batalha mortal.

Asuramon ficou posicionado. O silêncio tomou conta do lugar até que o digimau correu na direção do outro. Na verdade ele praticamente desapareceu, era rápido demais aos olhos humanos, não aos olhos de um digimon. Portanto o lutador desviou dos golpes do rival. Este mudou de face para uma mais raivosa e acertou inúmeros socos com os seus quatros punhos.

O parceiro de Freddy defendiam-se como podia. Não era nada fácil se defender de quatro braços trabalhando em conjunto. Ele pegou o bastão e começou a girá-lo na tentativa de desvencilhar dos golpes. Foi aí que num segundo se afastou e jogou um raio de energia do bastão na direção do inimigo. Asuramon começou a disparar bolas de fogo mais e mais vezes obrigando o macaco a desviar e acertando algumas casas ao fundo.

Freddy teve que se esconder para não ser atingido e para ajudar o amigo. Os dois digimons lutavam num telhado de uma casa grande. As telhas caíam com os movimentos dos dois. O feiticeiro ficou com tanta raiva que começou a explodir tudo pela sua frente.

— Essa luta vai ser difícil — disse Gokuwmon segurando o cajado e sem desviar sua atenção.

...

Mia e Betamon saíram do portal e foram parar na cidade de Las Merinas. O ponto de encontro, segundo a mensagem que recebeu, ficava na estação de metrô da cidade. Com as constantes ameaças dos digimaus os habitantes não saíram nas ruas, portanto o local ficou completamente deserto. A garota desceu as escadas e ficou de frente ao trilho. Não viu nada então sentou num banco próximo dali juntamente de Betamon.

— Tem certeza que o ponto é aqui, Mia?

— Sim tenho. Segundo a mensagem que a Linx mandou seria aqui. Acho que chegamos cedo demais e se depender da Rose vai custar muito.

Barbamon caminhava nas ruas da mesma cidade até que percebe algo passando por cima dele. Olhou para o céu azulado e não viu nada. Andou mais um pouco e uma sombra passou novamente. O velho desconfiou e começou a rosnar. Seus olhos ficaram brilhando pronto para um possível perigo. Andou a passos largos, porém sentindo dores por causa da idade e da dificuldade. Claro, era velho!

Entrou num beco e olhou pela última vez o céu numa tentativa vã de saber o que tanto o perseguia. Afinal as ruas da cidade estavam vazias, desérticas, um ermo. Respirou fundo e se encostou na parede. Olhou pra trás e levou um susto ao se deparar com a figura a sua frente.

— O que foi? Viu algum fantasma? Que tal Gasparzinho — disse Dynasmon olhando seriamente para o ser a sua frente.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gente o que achou do capítulo? Sejam francos estou esperando feedbacks de vocês. Não tenho muito o que falar aqui, até a próxima.



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