D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 138
O Purgatório de Akenathon! A pessoa misteriosa pede ajuda




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Justimon desafiou o príncipe Cranos para uma luta um pouco longe da base secreta. Os dois voaram sobre a floresta e já passavam das montanhas. Cranos ficou desconfiado com a intenção do seu rival pois ainda não achou um bom lugar.

— Até quando vai me enrolar com isso? Ainda não achou o lugar ideal? Ei, você! Não precisamos ir muito longe, ou tem algum motivo?

O príncipe foi rápido o suficiente para ficar na frente do justiceiro. Perguntou o motivo de se afastarem tanto do vale. 

— Não quero destruir a floresta.

— Por acaso você é algum natureba? Olhe ali, vamos lá.

— Ali não. É uma rodovia!

— Por isso mesmo.

Cranos desceu até uma estrada que cortava a floresta. Poucos carros passavam por ali, porém Justimon continuou preocupado.

— Antes de lutarmos, posso fazer uma pergunta?

— Diga.

— Nunca soube que Matsunaga tinha um filho, sobretudo um filho que tem atributos sobre-humanos. Como você surgiu neste mundo?

— Somos três. Eu sou o mais velho. Fomos criados com o DNA do meu pai mais dados de digimons ancestrais. Muito antes de papai virar Lucemon e vir para cá, éramos mantidos encubados até a sua vinda. Nunca conheci a Terra, mas não vai demorar a acontecer. E sobre a minha força, eu tenho 50% de DNA de ambas espécies. Isso quer dizer que tenho aparência humana com poderes de digimons.

— O que pretendem invadindo a base?

— Roubar os dois últimos núcleos restantes para invadirmos a Terra com um poderoso exército. Satisfeito com a resposta? Agora vai se preparando para a nossa batalha.

Justimon ficou em modo de luta. Cranos avançou para cima e deu uma série de socos contra o outro. Justimon jogou o seu rival para longe até fazê-lo atingir num ônibus.

— Que é isso? — o motorista era um Bearmon levando uns vinte digimons em treinamento. Sem a visibilidade adequada, o pequeno urso tentou pisar no freio.

Cranos sorriu ao olhar para o pequeno urso, subiu no teto e pulou no capô de outro carro. Justimon voou para perto dele agora com ele aplicando vários socos. O carro desgovernou e explodiu no muro ao lado da pista.

Com o passar do duelo, a floresta foi sendo substituída por pradarias, campos abertos e mais vias movimentadas. Eles lutaram sobre um viaduto de mão dupla. Cranos voou por cima de Justimon e soltou uma onda de choque que destruiu a estrutura do viaduto.

O ônibus com os pequenos digimons foi afetado pela destruição do viaduto, caiu numa altura de vinte metros. Justimon teve que pegar a parte debaixo do ônibus para salvar os inocentes.

— Saiam daqui. Rápido!

Bearmon e os pequenos digimons saíram de dentro do veículo e correram para longe.

Cranos desceu até o nível onde estava o rival. Com um gesto provocativo, o príncipe chamou o outro com o dedo. Justimon preparou um dos seus poderosos golpes, o Punho da Justiça. Com a sua mão direita ele acertou um soco forte na cara de Cranos.

— Não pode ser verdade. — O soco sequer arranhou o rosto do príncipe. — Este soco matou aquele digimon gordo no deserto, mas não surtiu efeito em você...

— Não me compare àquele lixo do Fatmon. Sou centenas de vezes mais poderoso que ele. Foi um bom soco, forte, mas, infelizmente pra ti, eu sou o seu adversário mais resistente que conheceu na vida.

O primogênito dos três filhos do imperador sorriu com a surpresa do outro. Era a primeira vez que alguém como Justimon o desafiou desde que nascera.

 

Lady Bellestarmon apontou a pistola para a cabeça de Gennai, porém levou um chute de Phelesmon. A mulher caiu no chão, mas parou em pé. Phelesmon tentou voar na direção dela, mas foi parado por Gennai.

— Por favor, não faça isso. — O homem segurou em seu braço.

— Não posso ficar parado aqui enquanto vejo aquela digimá te matar. Tenho que eliminá-la.

— Você me disse que ela havia te derrotado facilmente... Se lutar, pode ser morto. Olhe o Choromon, olhe Paulo...

— Mas Gennai...

— É a sua chance de se reconciliar com o seu verdadeiro parceiro. Vocês precisam ficar juntos depois da injustiça causada por Weiz. Não perca essa chance.

Ele ficou pensando no que fazer a partir daí. Seu senso de gratidão era tanta, mas os seus novos amigos insistiam para ele fugir.

Lady olhou para o buraco que fez ao cair, aguardando alguma reação de Phelesmon. Como o demônio não apareceu, ela nem teve vontade de subir pois estava com os dois núcleos em posse.

— Até que enfim o trabalho que começou com Barbamon no passado vai terminar com Matsunaga no futuro próximo.

 

Cranos deu um forte soco em Justimon e o lançou contra a pista. Havia um túnel passando por uma montanha. Ambos entraram nele e ficaram trocando golpes. Os carros ficaram desgovernados até saírem de lá.

Justimon utilizou o seu braço metálico para formar um canhão poderoso, maior e mais potente que o de Beelzebumon. Soltou uma forte rajada de energia que fez uma explosão poderosa perto de Cranos. Entretanto, o príncipe ficou inteiro.

— Como pode ser? Eu desferi um dos meus poderes máximos. O meu braço biônico ficou sobrecarregado.

— Uma pena — Cranos retirou a capa queimada das costas. — Nosso nível de luta é diametralmente diferentes. E isso é óbvio pois eu nem me transformei.

— Quê? Transformação?

— Todos os três filhos de Matsunaga conseguem se transformar em digimons e multiplicam ainda mais seus poderes. Quer ver a minha forma digimon?

Justimon sentiu uma pressão vinda do vilão. O rosto de Cranos se deformou, seu corpo começou a mudar de forma. O guerreiro do futuro ficou assombrado com a verdadeira forma daquele algoz super-poderoso.

— O que achou desta forma?

O céu escureceu e logo uma forte ventania atingiu toda a região. Até mesmo na base, quilômetros dali, a pressão de Cranos foi sentida.

— Esse poder? Consegue superar tudo o que eu já testemunhei. Isso sem dúvida é a força vital de Cranos. — disse Lady.

A floresta, a lagoa, as montanhas, a base, tudo ali começou a tremer. Era uma força que ia além da compreensão até mesmo de Slash, que veio do futuro.

— Nu-nunca senti uma força tão forte. Parece que está engolindo o planeta... Esses digimaus não têm limites? Será esse o nosso fim?

— Hum, já desistiu de lutar comigo? — A voz dele ficou abruptamente grossa. — Não se preocupe com a sua vida. Um lixo como você sequer poderá me arranhar. Sou um digimon ancestral... O meu DNA, para ser exato.

Justimon se separou entre Slash e Monodramon. Cranos voltou a ser um ser humano.

— Agora se me derem licença, voltarei para os meus soldados e para a minha casa. Fiquem despreocupados, não tenho a intenção de matá-los — apontou para a Lua. Ele saiu num voo, deixando os dois parceiros humilhados no chão.

Lady Bellestarmon pediu para todos os soldados a se retirarem do complexo da base secreta. Digimons, homens, naves, etc, começaram a dar meia-volta e a irem embora. Millenamon, antes derrotada, não desconfiou da retirada dos malígnos, pensando ser uma vitória.

Gennai, Monodramon e Choromon se esconderam numa sala do último andar da base enquanto aguardavam o fim daquela guerra. No entorno da base, nos três rios que se encontram na lagoa, os digimons aquáticos defensores seguiram alguns digimaus. O que sobrou foi destruição parcial.

— Até que enfim voltou. — disse Lady dentro do dirigível.

— Pegou os núcleos que papai faz questão?

— Aqui estão. E já dei um jeito no idiota do Weiz. Queria que tivesse visto a sua cara. A propósito, foi você quem fez aquela demonstração de poder?

Ele sorriu, mas não falou nada para a mulher. Pegou os dois objetos e admirou-os.

— Até que enfim vou conhecer o planeta Terra que papai veio.

O dirigível foi embora.

Os soldados encontraram Gennai ferido e o levaram para a enfermaria.

— Senhor, temos uma mensagem de Millenamon. Ela disse que LinK voltou do país das amazonas agora há pouco.

— Pensei que ele ficaria lá até a reconstrução da cidade.

— É que ele veio com mais alguém. Acreditamos que seja um digimon do tipo fada ou guerreiro. O nome dele é Petermon.

— QUÊ?! PETERMON VIVO?! — gritou Monodramon.

Petermon e LinK estavam sendo levados sobre o casco do Zudomon para a base. O rapaz ficou chocado com a destruição do lugar.

— Isso é inexplicável.

— Por quê?

— Eu o matei quando ainda era Phelesmon. Foi na cidade das amazonas. Como ele está vivo?

LinK e Petermon desembarcaram e subiram na rampa de acesso. O caminho estava em escombros, mas os dois não estavam com pressa.

 

Castelo da Lua

Matsunaga/Lucemon mexeu a bebida dentro da taça. Ficou aguardando qualquer informação por parte do seu filho e da sua secretária.

— Papai querido, o senhor vai ficar a noite toda sentado nesse trono feito o Papai Noel no shopping?

— Sabe que estou esperando o seu irmão me dar notícias sobre a missão no Digimundo. E o que fez nessas horas ausentes?

Pantro ficou vermelho de vergonha, depois sorriu e disse que havia capturado digimons para serem seus brinquedinhos. Matsunaga sentiu um calafrio com a atitude no mínimo estranha do filho.

Dois guardas da alta patente entraram no salão e avisaram acerca de Cranos e Lady B. Matsunaga pediu para deixá-lo sozinho com Pantro enquanto se comunicavam com os outros dois. Os subordinados saíram, o imperador fez uma transmissão no projetor holográfico.

— Conseguiram?

— Claro, papai. Olhe estas maravilhas — Cranos mostrou os dois núcleos.

— E Blizzard Daregon?

— Bellestarmon acabou com ele rapidinho.

— Voltem imediatamente.

Depois da comunicação, Matsunaga e Pantro foram para uma área ainda desconhecida do castelo, mais ao fundo, descendo uma légua de escadas. O mais velho usou a sua força vital para empurar uma porta de aço com várias toneladas. Pela primeira vez a parte de fora da Lua. Um caminho asfaltado, com árvores podres em cada lado e uma porta grande logo à frente — e bota grande nisso! A porta tinha o tamanho de um prédio de dez andares e era toda feita de ouro maciço. Perto havia uma mesa de pedra com símbolos que saíam dessa mesa e íam para a porta. Os núcleos estavam sobre ela. O núcleo do deserto, da floresta, das flores e do céu. Quatro dos seis objetos estavam prontos.

— Majestade, o senhor tem uma chamada.

— Cranos?

— Não, é da Terra, senhor. Sua neta.

— Naomi.

Lucemon saiu imediatamente a fim de ver a neta depois de tantos anos.

...

Ilha Sand

A luta entre Nitemare e Crusadermon começou e já estava no seu ápice quando o general mostrou a sua poderosa espada de osso com o poder capaz de causar dano na arca indestrutível.

Enquanto isso, Nashi não ficou perdendo tempo assistindo à luta. Levou a arca para longe.

Nitemare viu a ilha Sand tremer toda, mas não associou isso a luta. O céu ficou escuro e mudou para um tom avermelhado.

— O que significa isso? — indagou Crusadermon.

— Hum... O governador está usando o seu poder estrondoso para levar Sand inteira ao purgatório.

— Purgatório?

— Onde as almas dos digimons vagam sem destino algum. Neste lugar não tem tempo, a dimensão é completamente diferente e o sofrimento é contínuo.

As almas dos digimons que não renasceram começaram a vagar ao redor dos dois. O parceiro de Nashi ficou surpreso, mas Nitemare gargalhou.

— Vocês perturbaram um inimigo terrível. Akenathon é mais sinistro que os outros governadores. Hehehe.

Rose deu um grito estridente e se agarrou em Aiko com muita força ao ver as almas vagando no purgatório. Arukenimon e Mummymon também tremiam. Os demais apenas ficaram parados, vendo Sand mudar completamente de forma.

Nuvens vermelhas apareceram juntamente com rochas quentes e vapor. Havia buracos que exalavam cheiro de enxofre e esqueletos vez por outra eram vistos andando vivos. Akenathon terminou a sua grande demonstração de poder.

— Bem-vindos ao meu mundo. O mundo dos seres que não sabem se estão vivos ou mortos. Aqui o desejo de viver ou morrer é ignorado. Vagarão por aqui pela eternidade.

— Ai, Rose... Para com isso, guria!

— Eu... eu... quero voltar pra casa! — ela agarrou em Aiko e não soltava mais.

Paulo recebeu uma nova mensagem de Nashi sobre os preparativos para a partida, porém não sabia onde era a saída daquele purgatório.

— Não sei como conseguiram descobrir o sal como ponto fraco do meu poder, mas não existe sal por aqui. Quero ver como vão conseguir saírem daqui. ACORDEM, MEUS ESCRAVOS ETERNOS.

Várias almas rodavam o corpo do vilão. Beelzebumon ficou apreensivo. Todas as almas desceram até o subsolo e de lá saíram zumbis muito fortes. Eram guerreiros ancestrais: um samurai trajado com um quimono azul rasgado, um cavaleiro com armadura corroída pela ferrugem, um Skullgreymon com dois mísseis nas costas, um palhaço zumbi sobre uma bola vermelha e uma bruxa quase esquelética.

— Pessoal, eles parecem poderosos. Temos que lutar — disse Paulo depois de ver no legacy.

Os digiescolhidos, unidos, resolveram acatar o conselho do líder.

— Betamon digievolui para... Seadramon. 

— Palmon digievolui para... Togemon.

— Agumon digievolui para... Geogreymon.

— Eu também vou lutar — disse Lucas com uma lança de luz.

Pharaohmon deu a ordem para que seus zumbis atacassem os digiescolhidos. Os mortos-vivos foram com tudo.

 

Nitemare deu um chute em Crusadermon que o fez cair sobre uma montanha vermelha e pontuda. O cavaleiro destruiu a pedra, mas continuou ileso.

O humano que ficou apreensivo com a batalha do seu digimon, mas não se deu conta que espectros estavam perto dele. Eles prenderam Nashi por um tempo e tentaram levar o menino para o mundo das trevas, mas seu legacy fez um brilho que fez os espectros fugirem de medo.

— Quer dizer que eles não gostam da luz?

A batalha deu uma certa vantagem para o esquelético general que com a sua espada conseguia ter uma força ainda maior do que o adversário.

— Agora que estão no purgatório, não conseguirão sair.

— É o que veremos.

— Fala de mais e age de menos — ele tentou golpear com a espada em Crusadermon.

O cavaleiro Royal fez surgir uma espada do seu escudo rosa. Foi com essa arma que ele conseguiu se defender.

— De onde saiu essa espada?

Os dois brandiram as espadas. A arma do herói tinha a base rosa e o fio dourado.

— Mesmo que tenha uma espada forte, jamais irá me derrotar.

— Não fale bobagens! É certo que as forças das trevas vencerão desta vez.

Ambos foram um pra cima do outro.

 

Togemon utilizou os seus espinhos para acertar os zumbis menores como o samurai e a bruxa. Rose, tremendo, torcia para a parceira. Contudo, os inimigos putrefados se levantaram e retiraram os espinhos.

— Não se esqueçam que os nossos inimigos não estão vivos. Isso quer dizer que eles não podem morrer com dor — explicou Aiko.

Arukenimon soltou as suas teias e Mummymon as suas ataduras. Prenderam o palhaço.

— Hihihihihihihi — ele se soltou facilmente, pegou a sua bola vermelha e jogou em Mummymon. Ele caiu no chão.

— Que vergonha, Mummymon. Uma bola de praia te fez cair?

— Não é só uma bola de praia comum. Senti que minha força foi sugada num instante.

Seadramon usou as suas flechas de gelo para congelar Skullgreymon. Porém, o esqueleto voltou ao normal e soltou os dois mísseis. A esplosão fez uma bagunça geral. Os zumbis, que estavam despedaçados por causa da explosão, se juntaram como peças de lego. O espanto foi geral.

— Droga, esses zumbis são imortais? — indagou Beelzebumon ao testemunhar a ressurreição deles.

— Cada um deles são mais fortes que alguns governadores que vocês enfrentaram. — explicou Akenathon. — Até pra mim é difícil acabar com eles, exceto pelo fato de eu controlá-los.

E agora? O que farão os digiescolhidos e digimons? E a luta entre Crusadermon versus Nitemare entrou no seu clímax.

...

Nos capítulos anteriores, Jin, Freddy e seus parceiros entraram por acidente na última ilha e conheceram o líder dos revolucionários, Freezemon. Depois foram bem recebidos e aguardaram no esconderijo dentro de uma montanha. Horas depois, Panjyamon, antigo conhecido dos rebeldes, apareceu diante deles. 

Segundo alguns soldados, os hunters e Reaper estavam perto do esconderijo. Freezemon pediu para os seus homens se esconderem e não tentarem um confronto direto contra os caçadores.

— Preciso invadir o palácio de gelo o quanto antes.

— Panjyamon, eu sei que você está disposto a salvar a princesa Ranamon o mais rápido possível. Não se esqueça, porém, que a capital do governo é o local mais seguro deste mundo. Simplesmente é impossível entrar lá sem um plano.

— Não posso ficar aqui de braços cruzados.

— E é por isso que temos um bom plano que vamos colocar em prática nas próximas horas.

Freezemon mostrou o mapa da ilha gelada. Apontou para a localização de Capitólio.

— A base central do exército fica ao lado da montanha gelada, perto do palácio, mas o centro da cidade ainda é bem vigiada. Temos que dar um jeito de invadir a matriz do exército. É extremamente difícil.

— Não exatamente. — disse Jin se metendo no meio deles.

Freddy também entrou no quarto que eles estavam. O japonês levou um notebook e botou sobre a mesa.

— Tentei descriptografar e implementar um vírus de computador para interferir na defesa da ilha. Acontece que a capital é exatamente como a ilha Linux, que foi hackeada por uma amiga nossa. Precisamos ir pessoalmente para o quartel general.

— E eu acabei de falar isso.

— Mas é mais fácil do que imaginamos. A defesa externa da capital é como um leitor de código de barras, ou seja, no momento que pisamos naquela cidade, nossos dados são lidos automaticamente, por isso o governo saberá em que local estaremos. Se esconder vai ser impossível.

— Parece que sim. Eu tive contato com digimons em Linux e absorvi dados naquela prisão. De jeito algum eu fui barrado para entrar na ilha. Acha que eu mudei a tal leitura por causa dos dados novos? — disse Panjyamon.

— Esta ilha está programada para ler os dados de quem a pisa. A capital do governo é como o segundo nível, mais sofisticado. Panjyamon jamais poderá entrar com esses dados que você adquiriu pois só quem é autorizado em Capitólio são as pessoas com os dados pré-programados.

— Quer dizer que pra invadir aquela cidade, você precisa ter os dados aceitos? É isso? — perguntou Freddy.

— Estou dizendo que é impossível invadir a menos que burlemos o sistema. Cada habitante possui um número de registro com o código de seus dados. Se ele pisa, por exemplo, pra fora desta ilha e depois retorna, ao pisar de volta, o sistema faz um tipo de scanner em tempo real. Isso é uma tecnologia uns cinquenta anos à frente da nossa época.

Freezemon ficou consternado pelo que Jin revelara. Seria quase impossível penetrar na fortaleza do governo. Jin sorriu, porém.

— Mas Panjyamon conseguiu penetrar na ilha sem ser detectado rapidamente por causa que sugou dados diferentes dos dele. Isso deu um bug no sistema, um delay de alguns minutos.

— É verdade. Quando entrei, os hunters com quarenta minutos começaram a me caçar.

— Quarenta minutos... Por onde entrou?

— Por um portal antigo em forma de televisão. Mas foi perto da capital, talvez uns dez quilômetros. Mas aqueles caras foram incrivelmente rápidos. Uns verdadeiros caçadores.

Jin raciocinou mais um pouco o que Panjyamon dissera. A dedução era a sua maior arma.

— Digamos que nos quarenta minutos, eles levaram meia-hora para detectá-lo e mais dez minutos para alcançá-lo. Digo dez minutos pois você disse que eles são rápidos. Alguém tem caneta?

Uma pessoa arranjou um pincel piloto ao rapaz. Ele pegou um quadro branco e rabiscou.

— Tcharam! Digamos que levou meia-hora para eles detectarem o invasor. Nada garante que teremos esse tempo dentro da capital, acho que a defesa lá é mais sofisticada. Vou chutar que a defesa de capitólio seja dez vezes mais sofisticada que a da ilha toda.

Todos os presentes ficaram surpresos com a declaração do digiescolhido.

— Se Panjyamon entrasse primeiro em Capitólio, ele levaria uns 3 minutos apenas. É impossível invadir a matriz do exército nesse tempo.

— Nós nunca havíamos pensado assim. Garoto, seu intelecto é assombroso — falou Freezemon.

— Meu amigo Jin tem mais coisa. — falou Freddy.

— Antes de voltar para esta ilha, absorveu que tipo de dados?

— Pedaços de digimons máquinas e digimons de níveis entre rookie e champion. Mas todos eram capangas do Chanceler.

— Dados fracos. Se quisermos mais tempo, precisamos absorver dados mais fortes para penetrarmos naquela cidade. E eu já pensei em quem. Vocês precisam absorver uma quantidade de dados dos hunters, incluindo de um general do Chanceler. Pelo que eu escutei há um tal Reaper por perto.

Freezemon suou frio. Reaper era um adversário poderoso que esteve na guerra do país das amazonas e nunca foi derrotado. Fukuda Jin reafirmou que precisavam desse tipo de dados para burlarem o sistema.

Freddy puxou o amigo para o canto. Ambos conversaram um pouco até o japa soltar outra bomba.

— Sabe aquela pessoa que abriu o portal para nos salvar na ilha anterior?

— Eu me lembro dela, mas até agora nunca a vimos.

— Acho que ela está nesta ilha. Como nenhum desses caras nos conheceram antes, o sujeito que nos salvou... está em Capitólio.

— Caraca, Jin. Como saberemos? Como teremos certeza?

— É um palpite. Minha intuição me diz que essa pessoa é alguém perto do Chanceler que nos chamou para darmos o golpe de estado nele. Um aliado improvável que ainda não se mostrou.

O suspense pairou no ar. Quem é a pessoa que os chamou para a ilha de gelo?

 

Capitólio

Uma carruagem saiu da estrada gelada e passou pelo campo de energia. Imediatamente os cavalos, a carruagem e o seu passageiro fora detectados. Na central perto do palácio, digimons e humanos trabalhavam como call center, em seus computadores, observando em alta resolução os quatro cantos da cidade. Um deles fez a detecção da carruagem e liberou pois era apenas um morador.

Enquanto isso, no lado leste da cidade, os juízes da suprema corte se reuniram. O prédio parecia o Paternon grego em cima de uma colina verde e um pouco afastada do resto da cidade.

Um dos juízes ficou olhando para o relógio de parede no salão da corte. Os outros dois chegaram, vestidos em seus togas pretos.

O juiz supremo Pajiramon e o juiz supremo Shakamon subiram os degraus até ficarem na mesa do juízo — um objeto em forma de lua nova com os dois sentados nas pontas e um no meio. Pajiramon viu Flawizarmon um pouco ansioso à sua direita.

— Nunca vi vossa excelência nesse estado. Pode me dizer se há algo a lhe perturbar?

— Nada. Não se preocupe comigo.

Flawizarmon ficou com pensamentos vagos. Isso chamou a atenção de Shakamon. O digimon de fogo se levantou e avisou que iria espairecer.

— Não se esqueça de que até o horário do meio-dia temos quase mil culpados para julgarmos.

— Se são culpados, por que os julgamos?

— Se gostas tanto dos bandidos, que tal levá-los para casa, alimentá-los.

Pajiramon se levantou. O ovelha centauro, o mais velho dos três, não suportou a troca de farpas dos seus colegas.

— Os dois, chega disso. Vossas excelências não criarão uma altercação neste recinto.

Flawizarmon não deu ouvidos ao que Shakamon falara e saiu do recinto. Do lado de fora, ele ficou em pé na entrada da suprema corte, observando o céu estrelado.

— Cadê vocês?

 

Enquanto isso na ilha Deep, os prisioneiros foram selecionados para um comboio que os levaria até o coliseu do capitólio para a execução. Uma boa parte deles entrou num tipo de ônibus voador.

— Tenham uma boa viagem — disse Anubismon. O veículo foi embora.

O general de Megido coordenou todas as saídas daquela prisão em específico.

Piccolomon continuou preso na mesma cela que pertencia a Astamon. Ele ficou vendo pela grade da parede atrás a partida do comboio da morte. Uma voz chegou até a porta velha.

— Te prepara, baixinho. O seu comboio será o próximo hehehehe.

— Ainda não explicou o motivo dessa pressa nas execuções. E os nossos direitos de defesa?

— O Chanceler deu ordem para executar 100% dos prisioneiros. E essas ordens partiram do próprio imperador. Que azar, amiguinho. Hehehehehe.

O carcereiro saiu zombando da cara do pequeno. Desde que foi capturado pelo Chanceler, a sua única esperança é ser salvo pelos digiescolhidos.

Continua...


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