D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 125
O Estopim para uma guerra


Notas iniciais do capítulo

Não! Que será que aconteceu com o Sensei Oji que passou 1 mês sem postar? Foi sequestrado? Vai deixar em hiato? Morreu ou abandonou tudo? Voltei! Já sei que estavam chorando, não é? Calma, queridos. Vou falar sobre isso na nota final. Por enquanto, boa leitura.



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Nos capítulos anteriores, Paulo e sua turma entraram na ilha Atlântida a fim de salvarem Mia e Betamon. Tiveram que participar dos Jogos Oceânicos de Sealand; enfrentaram o Shogun da ilha; foram traídos por Splashmon, que resolveu se juntar a Astamon e roubaram a arca de prata; fugiram do governador Leviatã.

Durante a fuga, o brasileiro cai num portal feito pelo cristal neón e vai parar no país das amazonas. Lá é preso e levado para a floresta para ser devorado pelas feras.

Enquanto isso, Mia e os outros continuam presos numa caverna abissal. Leviamon descobre o paradeiro de Paulo e vai no seu encalço.

Um guerreiro salva o rapaz de um monstro e se mostra a verdadeira identidade de Gaia.

 

— Droga. Até parece que vou morrer aqui... Quem está aí? — um barulho na mata assustou o rapaz.

Uma fera enorme apareceu diante do garoto. Era um Cerberusmon gigante que vivia naquela floresta. Paulo congelou de medo ao ver o monstro. Este se aproximou do digiescolhido.

— Socorro!

Algo bastante veloz atingiu o monstro, que saiu correndo atordoado. Uma pessoa grande apareceu diante de Paulo usando uma capa preta. Ele retirou a espada das costas e se aproximou do humano. O garoto fechou os olhos, esperou o pior. A pessoa cortou a corda que amarrava o digiescolhido ao tronco.

— Paulo, amigão — Nashi apareceu ao lado de Knightmon.

— Nashi? Knightmon? O que fazem aqui?

— Ora, viemos te salvar. O Gaia também veio.

— Gaia?

Paulo se virou. Gaia retirou a capa preta e revelou a sua verdadeira aparência. Era um homem leão, alto, musculoso, com cabelos brancos. Usava um casaco preto com botões dourados, uma corrente e por dentro vermelho. Vestia uma calça preta, comcinto, descalço e pés com garras. Ainda utilizava os curativos no abdome e a marca de um X em seu peito que ganhou na queimadura pela chama de sua casa em ruínas.

— Sou da raça BanchoLeomon. Essa é a minha forma verdadeira — disse ele colocando um galho pequeno na boca.

Um tempo após descobrir que Gaia é um BanchoLeomon, Paulo explica tanto a ele quanto Nashi e Kotemon sobre os últimos acontecimentos desde a ilha Atlântida. Os quatro ficaram dentro de uma caverna no meio da floresta. Acenderam uma fogueira e fritaram alguns peixes que pegaram num rio perto.

Gaia retirou o casaco e ficou nu da cintura pra cima. Olhou para Paulo e o viu encarar.

— Que foi?

— Sem querer parecer preconceituoso, porque eu não sou. Mas é difícil acreditar que uma humana se relacionou amorosamente com um digimon. Certo que o meu pai tem namorada, mas ele é primariamente humano.

— Se quer saber se eu tenho tudo o que um homem humano tem? Relaxa, eu tenho exatamente tudo. E ainda tenho pelos. Acontece que os digimons podem se relacionar, mas não o fazem porque existe o processo das digitamas. Mas esse processo só faz nascer aqueles que morrem no digimundo, ou seja, um renascimento. Novas espécies só podem ser feitas com o relacionamento, troca de dados ou quando um digimon absorve dados de outro e assim consegue evoluir.

— Interessante — disse Nashi.

— E como conheceu a Diana, minha tia?

— Eu já era BanchoLeomon desde aquela época. Slash me pediu para cuidar dela quando ainda era criança. Ela cresceu, tornou-se uma mulher e resolveu me beijar — Paulo ficou com os olhos vidrados. — Eu odiava a ideia de me relacionar com um humano, mas aos poucos fui me acostumando. Foi quando eu pedi por conta própria para que o Gennai convertesse os meus dados para que eu ficasse humano igual a ele. Foi daí em diante que nós dois passamos a nos evitar. Só pedi ajuda ao Gennai agora porque o Weiz sequestrou minha mulher e filho. Eu não consegui fazer nada. Agora resolvi voltar a ser digimon e acertar as contas com o Weiz.

— Cara, o Weiz anda aprontando pelas nossas costas. Com todos esses problemas das ilhas, eu acabei me esquecendo dele.

Nashi perguntou o motivo do amigo estar amarrado num tronco de árvore. Paulo explicou que no país das amazonas, homens não são permitidos. Também falou que elas também são hostis com os digiescolhidos.

— Esqueci da Mona-sama! Ela está presa por me ajudar.

— Vai com calma. Enfrentar as amazonas é complicado. Um país fechado, cheio de guerreiras e armas... nem queira bater de frente. Vamos esperar seus amigos vierem e assim, pela manhã, entraremos em Vênus amigavelmente.

BanchoLeomon deixou os três perto da fogueira, saiu e ficou deitado segurando a espada num galho de árvore.

Mona-sama foi presa na mesma cela em que Paulo foi. Em seguida levaram os Pagumons juntos a ela, como pediu. Não acreditou no que Xena fizera. Foi uma atitude bastante covarde e autoritária.

...

Longe do continente, o governador Leviatã assumiu um importante papel na perseguição aos digiescolhidos. Conseguiu encurralá-los com sucesso, mas ainda insatisfeito de não tê-los destruído quando teve a chance. Descobriu, coincidentemente, que um dos humanos se separou do grupo e foi parar quilômetros de distância dali: no país das mulheres. O monstro sabia onde ficava o país, mas como era longe do seu território, resolveu pedir a autorização do Chanceler.

Os tritões fizeram uma ponte de comunicação holográfica entre os dois. O Chanceler apareceu na imagem.

— O que quer, Leviamon?

— Preciso da sua ajuda para invadir um país fora dos meus domínios. E antes que me pergunte, será no país de Vênus.

— Que eu saiba o governo mundial tem um acordo com elas.

— Mesmo depois que elas decidiram acolher um dos digiescolhidos? — Chanceler se surpreendeu. — Na fuga, um deles foi parar misteriosamente naquele lugar. Preciso mandar capangas para lá averiguar, mas você sabe que aquelas amazonas são bastante fortes numa guerra.

— Não tem problema algum. Enviarei reforços. Pode ficar tranquilo.

Minutos se passaram, as naves com os soldados do Chanceler apareceram no céu. Junto com eles estavam Sanzomon, Tactimon e outro general. O exército do mal foi na direção em que Paulo estava.

Enquanto isso, o restante do grupo ainda estava dentro da caverna. Romena conseguiu libertar Impmon e Betamon das coleiras. Depois disso era apenas questão de tempo para que todos saíssem dali.

Os tritões que vigiavam a entrada da fenda viram dois grandes olhos surgirem. Logo MegaSeadramon apareceu diante de todos. O parceiro de Mia usou um rio elétrico dentro do oceano para atingir os randons de uma vez só.

— Viu. Ele foi até eficiente — disse Mia pilotando o submarino logo atrás.

MegaSeadramon os guiou até a praia do continente. Voltou a ser Betamon depois do esforço que fez.

— Parece que o governador não está por perto. Onde será que ele foi? — indagou LinK.

— Já está noite. Precisamos encontrar um canto pra descansar.

— Negativo — disse Impmon cortando Conceição. — Paulo está em perigo e não vou descansar até encontrá-lo.

— Ele tem razão. Desde que Paulo falou comigo, deixou-me bastante preocupada. Precisamos ir imediatamente para um país estranho que ele foi parar.

Mia acessou o mapa do digimundo no seu Legacy. Encontrou o ponto vermelho do Legacy do namorado. O lugar era um país pequeno, bem longe dali.

— Os dois podem me deixar sozinha e voltar ao mundo humano.

Os dois agentes se despediram de Romena e foram embora. A mulher voltou ao grupo, pegou um aparelho igual um digivice e apertou uma função em que materializava um veículo de transporte parecido com uma van.

— É o máximo que tenho por ora. Vamos chegar nesse país em questão de horas. Vai demorar ainda para chegarmos.

Romena dirigiu o veículo que logo criou asas de avião e começou a flutuar.

— Pensei que a gente ia andar na estrada — disse Mia.

— Em primeiro lugar, impossível dirigir nessa floresta. Em segundo, eu não falei nada em andar em estrada. Sentem-se e ponham seus cintos.

A van voadora saiu com tudo para o próximo destino.

Uma cidadezinha do interior parou todas as suas atividades para ver o céu. Além da Lua, estrelas e nuvens, um bando de digimons voadores, naves e Leviamon eram bem visíveis. O monstro era tão grande que fez uma grande sombra em boa parte da cidade. Os moradores viram toda aquela gente passar pelo céu. Com certeza não era boa coisa.

...

Arca de Prata

Astamon acordou do cochilo que deu sentado na cabine do capitão. Viu uma parte do céu clarear com o dia. Estava bem longe do oceano, haja vista o cenário abaixo ser de um deserto.

Ele ficou com os pedaços da pedra de neón que ganhou para completar a missão nas ilhas.

— Você tem que dar uma olhada naquilo — Splashmon o chamou à proa.

Astamon viu a quinta ilha no chão. Ficou sem palavras para descrever aquilo.

Os demais digiescolhidos foram presos nas celas nos níveis logo abaixo. Lúcia ficou tentando se comunicar com o irmão, mas seu Legacy não pegava. Alguma coisa dentro da arca impedia. Lucas ficou numa cela separada. Aiko e Agumon estavam juntos de Lucas. O digimon dinossauro também tinha uma coleira inibidora. Já Rose, Palmon, Arukenimon e Mummymon ficaram presos numa terceira cela.

— Precisamos sair logo daqui. Não estou com um bom pressentimento — falou Lucas.

Fora da arca, o Trojamon Galdino observava a ilha no chão. Achou estranho a falta de reação do governador. Será que ele está na ilha Sand mesmo?

— Senhor, dá uma olhada naquilo.

— Grrr o que é aquilo? — ele aumentou o zoom da luneta. — Sério isso? Astamon está vindo ao nosso encontro.

— Aquele mercenário que trabalha para o Supremo Mestre?

— Sim, é ele. O que veio fazer aqui?

A arca de prata se aproximava da ilha Sand.

...

Gaia cochilou por algumas horas sobre um galho firme de uma árvore. Ele acordou quando ouviu algo estranho se aproximar. Suas orelhas se moveram conforme ouvia. Deu um pulo lá de cima para baixo e ficou tentando ouvir melhor.

— Não pode ser. Acordem! Acordem todos.

— Que foi que aconteceu? — balbuciou Paulo sonolento.

— Eles chegaram.

— Meus amigos?

— Não, os inimigos. O governador Leviatã está aqui.

Paulo arregalou os olhos e se levantou imediatamente. Nashi e Kotemon ficaram atentos. Logo a sombra do governador cobriu onde estavam.

— Minha nossa. O governador é enorme — assustou-se Kotemon.

— Como vamos deter um monstro desse? — indagou Nashi.

Gaia ficou só observando. Estava nervoso, pois ainda não tinha certeza que estava forte. Tanto tempo como humano o deixou enfraquecido. Enfrentar um governador logo na primeira batalha será um experiência bastante difícil — principalmente quando seu pensamento estava na mulher e filho.

Leviamon viu o país de cima. As naves ficaram sobrevoando o país. Tactimon e Sanzomon foram os generais enviados pelo Chanceler depois que perdera NeoDevimon.

— Vamos começar — iniciou o governador.

No país das amazonas, Xena fora acordada pelas guardas. Elas contaram sobre o governo mundial inspecionar o país. Ela ficou indignada, mas teve que acatar.

No portão principal, Tactimon e Sanzomon apareceram com os tritões e soldados. Ambos exigiram uma carruagem que levasse até o Chatéau.

Xena os recebeu a contragosto. Seu olhar de desprezo ao vê-los praticamente invadir seu país era bastante perceptível.

— Não se preocupe. Estamos fazendo apenas o nosso trabalho. O Chanceler fora informado que um dos digiescolhidos se escondeu neste país — explicou Tactimon.

— Em outra ocasião a sua presença não era bem-vinda. Eu faria de tudo para expulsá-lo.

— Se isso acontecesse, fracassaria. Sou o general mais poderoso do Chanceler.

— Fufufu... A imperatriz amazona subestimando os generais do Chanceler. Quanta prepotência — Sanzomon.

— Engraçado que vocês se superestimam, mas três governadores já caíram.

Xena falou algo que deixou Sanzomon perturbada. As duas já se conheciam, mas não se davam nada bem.

Os dois generais retornaram para o portão principal e se retiraram assim que souberam da notícia que nenhum soldado encontrara o digiescolhido.

— Precisamos sair daqui e mudarmos o ponto de encontro. Será muito perigoso ficarmos aqui com o governador a poucos metros — aconselhou BanchoLeomon.

— De maneira alguma, Gaia. Mona-sama está presa naquele lugar por minha culpa. Vou soltá-la.

Gaia achou muito arriscado. As amazonas odeiam os digiescolhidos, o governo mundial odeia os digiescolhidos. Eles estavam desfalcados. Era uma situação totalmente desesperadora.

Já era manhã quando os digimaus entraram no país de Vênus. Todos os soldados e tritões vasculharam lugar por lugar. Um Divermon entrou no hotel velho e viu as roupas que Paulo usara em Atlântida. Lembrou-se das roupas, pois fora o Divermon policial que os parou quando ainda visitavam a ilha.

— Mestre! Mestre!

— Shhhhh... O que aconteceu?

— Esta roupa. Ela foi usada por um dos digiescolhidos na ilha. Eu vi pessoalmente!

Leviamon sorriu por saber desse fato. Era verdade que um digiescolhido se escondera no país. Agora não restava mais diplomacia.

— Destruam tudo.

Os soldados e tritões fizeram um grito de guerra. A batalha contra as forças do mal apenas começou.

Continua...


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Notas finais do capítulo

O capítulo saiu bem pequeno mesmo. Eu não estou com tanto tempo este mês, pois participo de um desafio pelo facebook. Aí tenho que ler uma porrada de história, comentar uma porrada de história, responder review, postar todo dia minhas drabbles sem falta... Eu tive que arranjar um tempinho pra atualizar esta aqui, porque sinceramente este mês eu estou desgastado. Acho que voltarei a postar regularmente só em novembro. ACHO.

Por falar em drabble, deem uma passada no meu perfil e curtam as fics: 9mm and TEC-9 e Após Columbine. A primeira fala do Massacre de Columbine e é narrada pelos assassinos, a segunda se passa depois do crime e uma detetive investiga o caso.

Até a próxima.



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