Sorria! escrita por UniversoInfinito


Capítulo 4
Gênio, Bilionário, Playboy, Filantropo




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Ao entrar neste prédio incrível, eu não esperava outra coisa. É exatamente isso que estou vendo. É como um palácio moderno, tecnologia de ponta e muitos funcionários. “E agora? Como chegar até ele?” Olho ao meu redor e vejo os elevadores. Sei que ele mora lá em cima. Porém, ao me dirigir na direção do elevador, um guarda para na minha frente.

— Boa tarde. Está procurando por alguma coisa?

— Sim. Vim falar com o Senhor Stark.

— O Senhor Stark está em uma reunião. Dirija-se à recepção para conferir a sua hora.

É claro que eu não tinha marcado hora com ele. Então, inventei alguma coisa e decidi sair.

— Tudo bem então, volto outro dia.

Ele me acompanha até a porta e me deixa lá fora. Agora tenho que arrumar outro jeito de subir. Não posso aparecer no meio da reunião. Também não sei onde ele estará daqui a algumas horas. Não quero chegar dentro da casa dele em um momento inadequado. Deve haver outra maneira.

Olho à minha volta, e sinto a presença dele chegando. Mas onde? Um belíssimo carro conversível passa por mim. É ele. Pode ser um cara famoso cheio de admiradores e pessoas que o odeiam, mas ele não tem medo de mostrar o seu rosto onde quer que passe. Acho que ele é quem estou procurando. “Vou fazer algo arriscado, mas acho que ele não vai se importar.” Fecho os olhos, abro. Estou no banco do carro ao lado dele. Ele toma um susto e faz um movimento brusco com o volante, depois se estabiliza.

— O - o que… Quem é você?

— Oi Tony, meu nome é Luz.

— Alienígena, sabia.

— Não.

— Ah, então é daqui?

— Não…

— Tá, é alienígena. O que que você quer comigo ein?

Achei ele meio mal educado, mas eu também não fui muito sutil ao aparecer assim no carro dele.

— Me disseram que você estava em uma reunião. Achei que não seria fácil te encontrar.

— Bom, eu deveria estar na reunião, mas estava muito chata e… Espera aí, você é repórter?

— Não! Eu vim aqui para te pedir ajuda!

— Salvar o mundo de novo? Por que o Fury nunca me liga primeiro?

— Não, não tem a ver com ele.

— Então o quê? É uma fã? Esses sobrehumanos…

— Não, não! Você não para de tirar conclusões precipitadas, não pode se calar um pouco para me ouvir?

— Tá… Você que é a esquisita que apareceu no meu carro… - disse desviando da rota.

— Onde está indo?

— Voltando. Não vai querer ir aonde eu estava indo.

— Ah… Tá. Eu só quero falar com você mesmo…

— Então fale logo! Já perdi tempo demais.

— Bom… Acho que só te conhecer já respondeu a minha pergunta…

— Não, agora você vai falar!

— Tá… eu quero saber como é possível para alguém rir do fundo do coração. E imaginei que alguém que tem tudo na vida como você saberia de algo.

Ele parou o carro no canto da rua. Não havia ninguém por perto.

— Veio aqui só para saber sobre isso?

— É… É que você é rico, inteligente, bonito... Bom, você sabe...

— Olha menina, a vida é muito mais complicada do que parece… Não me leve a mal… Mas ter tudo na vida é uma grande bobagem. É tudo uma tremenda ilusão. Nada disso... - disse apontando para o seu prédio ao longe e para o carro que dirigia - ...nada disso é o suficiente para sorrir verdadeiramente.

É claro que eu já sabia, ouvimos isso com frequência no meu mundo, mas algo ainda estava faltando. Eu tenho certeza que tudo o que ele possuía, tinha também significado. Talvez o motivo para sorrir seja diferente para cada um?

— Sabe... - continuou ele - eu poderia falar qualquer coisa para você agora, mas isso não ia te dar a resposta que você precisa. Você tem que encontrá-la sozinha.

— Você tá me despistando né?

Ele fica calado, pinça a testa com os dedos e diz:

— É, tem razão. A minha mãe costumava dizer isto quando eu era criança.

— Ah… Nunca ouvi falar.

— Nem todas as histórias são contadas. Faz o seguinte. Leve isso como uma resposta e me deixe em paz.

— Ok. Acho que você não tem a resposta mesmo. Espero que a encontre um dia também. - disse saindo do carro.

— Se encontrar mando te avisar.

— Mas você nem sabe como me encontrar...

Ele sai com o carro apressado. Posso ter interrompido o trajeto dele para algo importante.

— Procurando motivo para sorrir? - ouço de algum lugar.

— Olho para todos os lados e não vejo ninguém.

— Venha aqui, quem sabe eu não tenho a resposta que você quer?

— Conheço essa voz…

— Venha, vou te contar tudo o que quiser saber.

Neste momento me conectei ao lugar de onde vinha a voz. E o vi.

Não conhecia aquele lugar. Mas o seu sorriso suave era tão fantasmagórico que chegava a ser cativante. Bastou um momento pensando nisso e já me vi de pé, à sua frente. Ele sorriu com mais gosto, mostrando todos os dentes.

— Então é assim que funciona?


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