O Pesadelo Ruivo escrita por bubblegumbitch, Jigglepuff, Jigglepuff


Capítulo 2
Reencontros


Notas iniciais do capítulo

Hello Cupcakes! Quem vos fala é a Jigglepuff.
Tudo bom? Então, desculpe pela demora... Sdds criatividade...
Mudando de assunto, já ouviram a música Troublemaker do Olly Murs? Então, eu achei ela super perfeita para a fic!
Para quem nunca a ouviu, aqui está o link: http://www.youtube.com/watch?v=4aQDOUbErNg
Oh, obrigada pelos comentários, eu e a Thamy os adoramos!!!
De qualquer forma, aqui está o capítulo, esperamos que gostem.
Enjoy :3



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Observando melhor o recinto em que estava, Rachel soube tratar-se de uma enfermaria, ou qualquer coisa do tipo. Um grande cômodo circular, com diversas camas forradas por finos lenções de algodão dispostas em fileiras ao longo deste.

Estava sozinha. Com a cabeça latejando e dando voltas. O que faria agora? E se não estivesse onde deveria estar? Perguntas como estas a consumiam internamente causando-lhe náuseas. Decidiu-se por fim, que ficar ali remoendo lembranças de nada adiantaria.

Encaminhou-se para fora do recinto. A forte clareira impediu-lhe de enxergar por alguns breves segundos. Ao longe, o sol se punha graciosamente, deixando o céu com um tom levemente rosado. Era uma linda tarde de verão.

Inúmeros adolescentes passavam por ali.Deviam ter a sua idade aproximadamente. Diversos deles usavam camisetas cor-de-abóbora com os dizeres "Camp Half-Blood". Rachel se perguntara se aquilo não era uma espécie de código que usavam entre si, mas decidiu deixar a ideia de lado.

Caminhou lentamente seguindo o fluxo adolescente.

Andara bastante, de forma que pudera apreciar com clareza o espaço do acampamento: grandes bosques com as mais floridas árvores, a linda praia rodeada por águas cristalinas, campos verdejantes com um aroma único, o extenso lago de canoagem e um conjunto bizarro de construções dispostas em um semicírculo. Contou 12 chalés. Porém, o que mais chamou-lhe a atenção foi a longa colina que extendia-se mais adiante, dominada por um solitário pinheiro sombreado à luz do sol. A garota jurara ter visto escamas de réptil dispostas à base deste, mas depois do episódio com a dracaenae, ela não duvidou.

Depois de incontáveis minutos de caminhada, Rachel encontrara um lugar em que pudesse pedir ajuda. Pelo menos era o que achava.

O lugar não parecia ameaçador, era apenas uma mansão antiga com a pintura de azul. Pensou que aquele parecia um lindo cenário de férias, mas ainda estava temerosa.

Subiu os poucos degraus dispostos à sacada da casa relutante. Imaginando o que falariam dela. Na varanda que rodeava a casa, havia uma mesa de carteado, com dois homens dispostos sobre a mesa. Pigarreou nervosamente para avisar de sua chegada.

– Boa tarde, querida - Disse-lhe um dos homens, que estava confortavelmente sentado em uma cadeira de rodas - Eu sou Quíron. Campista nova?

– Na verdade, sim. Estou confusa...

– Suponho que deve conhecer a história, certo? De deuses e semideuses.

– Sim... Soube dela um pouco antes de chegar, só não me acostumei com a ideia. - Falou a Ruiva

Nesse momento uma bela garota entrou na varanda ofegante. Uma menina alta, de longos e sedosos cabelos loiros, pele bronzeada e lindos olhos cinzentos. Aparentava ter uns 16 anos, talvez 15...

– Quíron, preciso falar com você. - Disse ela.

– Olá, Annabeth, podemos conversar depois? Temos uma nova campista. - disse Quíron.

A loira pareceu só notar a presença de Rachel nesse momento, e disse rapidamente.

– Ah, tudo bem Quíron. E aliás, desculpe interromper.

Annabeth já estava saindo do lugar, quando Quíron disse-lhe.

– Você poderia apresentar o acampamento pra ela?

A loira apenas assentiu, visivelmente decepcionada.

– Sim, claro. - Annabeth pegou a mão de Rachel, e a puxou normalmente para fora.

– Oi, eu sou Annabeth, filha de Atena, deusa da sabedoria. Qual é o seu nome? - se apresentou a loira.

– Rachel.

– Bom, prazer em te conhecer Rachel. Eu vou te mostrar o acampamento e depois te levar para o chalé de Hermes, que é onde os indeterminados, ou seja, os que ainda não foram reclamados por seus pais divinos. Ok? - Perguntou Annabeth, indiferente.

A filha de Atena não esperou por resposta, e foi andando rumo ao tour pelo acampamento.

Rachel e Annabeth andaram por alguns lugares do acampamento, cercadas por um silêncio incomodo, e por algum motivo elas se sentiam desconfortáveis na presença uma da outra.

A ruiva não foi muito com a cara de Annabeth, mas tinham acabado de se conhecer, então tentou não tirar conclusões precipitadas. Com a loira não foi diferente, geralmente sempre estava animada em apresentar o acampamento aos novos campistas, mas por alguma razão, com Rachel, sentia como se estivesse fazendo um esforço enorme para tentar ser agradável.

– ...e nós treinamos aqui. - disse Annabeth, apontando para uma arena, com vários adolescentes com armadura grega completa, tentando se matar, ou pelo menos Rachel achava isso.

– Eles querem se matar? - Perguntou a ruiva.

Annabeth deu uma risada seca, e disse:

– Estão treinando, sabe, para sobreviver. Monstros vivem atrás de semideuses, e se você não souber se defender, você morre. - depois de uma pausa, a loira perguntou. - Você já foi atacada?

– Sim, em um momento a criatura era uma líder-de-torcida do meu colégio, e em outro uma espécie de vampira que queria me matar. - respondeu a ruiva.

– Provavelmente era uma dracaenae. - disse Annabeth dando de ombros. - Mas enfim, vamos continuar.

As duas se viraram para continuar o tour, quando uma voz vinda do além gritou:

– Annie, espera!

Quando a loira se virou, viu Percy e disse:

– Quantas vezes eu tenho que dizer? NÃO ME CHAMA DE ANNIE!

Rachel percebeu que essa voz era extremamente conhecida, e viu que era de Percy Jackson, seu amigo.

A ruiva o analisou mais atentamente. Estava mais alto e robusto, isto era irrevogável. Os cabelos negros caiam-lhe perfeitamente sobre os olhos. Aqueles lindos olhos verdes que tanto a hipnotizavam e, que arrancavam-lhe qualquer verdade estavam com um brilho diferente a luz do sol. Um enorme sorriso estampava-lhe o rosto. Estava prestes a começar mais uma de suas costumeira brigas com Annabeth quando Rachel o interrompeu:

– PERSEU JACKSON! - O garoto que até então não se dera conta da presença da garota, assustou-se com o grito que a mesma deu. - Onde você esteve todo esse tempo? Tem noção do quanto te procurei? O que tinha na cabeça para sair assim, sem mais nem menos?!

A medida que se aproximava, aumentava o tom de voz, deixando uma Annabeth confusa e totalmente fora da situação para trás. Estava vermelha, como sempre ficava quando estava com raiva, o que fazia o garoto recuar dois passos a cada um que ela dava em sua direção.

Gesticulava as mãos em forma de negação e tentava, em vão, dizer algo em sua defesa.

– Rachel... Espera ai Rachel... - disse Percy.

– Espera ai digo eu! - respondeu a ruiva.

– Não, espera ai digo eu! - Gritou Annabeth, que franzia levemente a testa, como se os dois fossem um enigma matemático que precisasse do dobro de atenção - Vocês se conhecem de onde?

– É... É uma longa história... - Começou o garoto.

– Éramos amigos, mas você fugiu sem dizer nada! Eu... Eu estava preocupada - A esse ponto Rachel estava começando a se encolher - Eu senti sua falta, Percy.

E então a garota fez algo que surpreendeu a ambos ali. Ela o abraçou. E foi um longo abraço.

Foi uma cena digna de novela. No momento, parecera que tudo ocorrera em câmera lenta. Ela correu para seus braços e aconchegou-se ali. Mas para surpresa de Annabeth, ele retribuiu igualmente o forte abraço.

– Já que são tão íntimos, talvez possa apresentá-la ao acampamento, Percy. - Exclamou a loira, vermelha de raiva, saindo dali rapidamente pisando duro.


Andavam calmamente pelo acampamento, enquanto Percy fazia questão de contar-lhe sobre suas aventuras ali. Rachel era, em geral, uma boa ouvinte. Exclamava e soltava gritinhos animados nas horas certas. No fundo, o garoto sentira falta dela, e muita. Só restava saber se ele que não queria admitir, ou se era tão lerdo a ponto de não perceber.


Caminharam por quase todo o perímetro do acampamento. Só então Rachel se deu conta do quanto ele era grande. Apesar de suas pernas estarem trêmulas e com câimbras devido o cansaço, ela não se dera ao luxo de reclamar. Afinal, estava ao lado dele e isso bastava.

– E então eu virei um porquinho-da-índia. Se não fosse por Annabeth provavelmente eu ainda estaria assim. - Rachel apenas assentia animadamente, por mais que estivesse enciumada. - Sabe, até daria para conviver com o pelo, mas as pulgas eram terríveis.


Estava anoitecendo quando chegaram a área dos chalés. Percy a explicara que os semideuses eram divididos em chalés, de acordo com seus parentes divinos e, que enquanto ela não fosse reclamada moraria com os Filhos de Hermes.


Não longe dali, viu-se um tumulto e ouviam-se exclamações abafadas por todo lugar. Rachel ignorou a corrente elétrica que correu por seu corpo quando o moreno pegou em sua mão, puxando-a para mais perto da pequena multidão que ali se formava. Da extensa sombra de um alto pinheiro surgira, sabe-se lá como, um menino. A garota recuou um passo, pensando que já vira loucura demais por um único dia.

O garoto era uma figura curiosa e meio ameaçadora para diversos campistas que estavam ali. Seus cabelos e olhos tão negros quanto a noite faziam um contraste brutal com sua pele extremamente pálida. Suas roupas pretas também não ajudavam muito. Não restava dúvidas para ninguém que era ele.

Nico Di Angelo, o campista mais temido do acampamento voltara, depois de meses fora. E Percy sabia muito bem o motivo.


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Notas finais do capítulo

Thamy: E aí? Animadas com o Nico no acampamento? Até o próximo capítulo. E lembrando, reviews nos animam muito a continuar escrevendo!

Jigglepuff: "O que tinha na cabeça para sair assim, sem mais nem menos?!"
Algas Rachel, algas...

Até o próximo capítulo!

Lola e Thamyres.