Blackberries escrita por Blue B


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, olá pessoal o/
Segundamente, quero pedir desculpas por ter demorado tanto tempo pra postar, mas realmente estou sem tempo nenhum pra postar
Terceiramente, queria agradecer à Do Bieber pela recomendação. Sério, eu não esperava por isso e fiquei realmente surpresa quando apareceu aqui. Muito, muito obrigada ♥

Então gente, o próximo capítulo vai demorar um pouco pra sair, mas não pensem que eu vou abandonar a fic de novo kk

Enfim, boa leitura e deixem comentários :3 o//



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Shiori, Rin e Nova estavam jogados na clareira onde costumavam treinar com Kakashi. Os três esperavam o homem, que já estava atrasado mais de meia hora. 

—Argh! Sempre é isso! – Rin resmungou, se levantando. – Eu nunca vi esse cara chegar na hora certa para nada. Nunca! 

—Apenas se acalme, Okumura-kun. – Nova pediu, tímido. – Tenho certeza que Kakashi-sensei estará aqui logo. 

Como se fosse algo combinado, Kakashi entrou na clareira, lendo o costumeiro livro de capa laranja sem prestar muita atenção no caminho. 

—Kakashi-sensei! – Shiori gritou, sorrindo alegremente quando viu o homem caminhar na sua direção. O homem abaixou o livro e sorriu. 

—Você está atrasado! – Rin gritou, apontando um dedo na direção do homem. 

—Ah, é que eu encontrei uma velhinha no caminho e... 

—Mentiroso! – Rin gritou, interrompendo o homem, e Kakashi sorriu amarelo, coçando a nuca. 

—Vamos começar logo esse treino? – Nova disse, indo logo ao ponto, como sempre. 

Todos assentiram. 

*** 

Rin e Nova estavam deitados na grama da clareira descansando, enquanto Kakashi e Shiori pareciam ter muito fôlego para continuar a treinar. 

—Eu percebi que você ainda não tem total controle sobre o Raiton e, como coincidentemente eu também sou usuário de Raiton, posso te ajudar. – Kakashi começou. – A primeira coisa que podemos fazer é aperfeiçoar o Chidori. 

Shiori assentiu e fez o jutsu, segurando a bola de chakra em sua mão firmemente, esperando a segunda ordem do sensei. 

—Distribua o chakra sempre igualmente e continuamente, ou ele irá estourar em sua mão e você será jogada como... – Kakashi não terminou de falar, a bola de chakra na mão de Shiori estourou e ela foi arremessada a alguns metros de distancia. - ... como no seu primeiro treino... – Ele completou em voz baixa. – Você está bem? 

—S-Sim... – Shiori gaguejou, levantando seu tronco para olhar para o sensei que a encarava a alguns metros de distancia. Rin e Nova também a encaravam alarmados. – Eu estou bem! 

—Ainda quer continuar a treinar? – Kakashi perguntou preocupando, vendo a garota se por de pé cambaleante. 

—Sim. – Shiori respondeu, caminhando de volta até o homem. – Não há motivos para parar de treinar. 

Kakashi suspirou e assentiu, observando a garota parar na sua frente e tentando não se distrair com a beleza dela. 

—Como eu estava dizendo, você tem que aprender a controlar a distribuição de chakra, ou nunca vai conseguir dominar esse jutsu ou qualquer outro que use o Raiton. – Kakashi disse, enfiando a mão no bolso despreocupadamente. 

Shiori assentiu e fez o jutsu novamente, se concentrando em distribuir o chakra corretamente. Kakashi assistia ao esforço da garota atentamente. 

—Eu acho que consegui. – Shiori sorriu, vendo a bola de chakra soltar algumas faíscas como se fossem pequenos raios em sua mão. 

—Agora vá diminuindo a frequência de chakra igualmente, como uma torneira sendo fechada lentamente. – Kakashi disse e Shiori o fez, vendo a bola de chakra diminuir de tamanho em sua mão até que ela desapareceu. – Conseguiu. – O homem sorriu genuinamente. – Estou orgulhoso de você! 

Shiori sentiu suas bochechas corarem e ela abaixou a cabeça para que Kakashi não percebesse, mas a chegada de mais alguém na clareira fez ela levantar sua cabeça novamente. 

Sasuke estava sobre um galho de uma arvore, encarando a todos e especialmente Kakashi, que abaixou um pouco o olhar, mas voltou a encarar o garoto no instante seguinte. 

—Shiori-chan! – Ryuu exclamou ao ver sua domadora. Ele estava agarrado às costas de Sasuke como ele ficava em Shiori, fazendo as entranhas da garota se revirarem com ciúmes, mesmo que ela nunca fosse admitir. 

—Tsunade-sama está nos chamando na sala dela. – Sasuke disse, olhando diretamente para Kakashi com um olhar forte que Shiori não entendeu. – Acho que é para uma missão. 

*** 

Shiori, Ryuu, Kakashi, Rin, Nova, Sasuke, Shikamaru e Naruto estavam de frente à mesa da Hokage, esperando a explicação para a missão. 

—Eu chamei vocês aqui por que recebemos um pedido do Kazekage de Sunagakure-no-Sato para que fossemos ajudar com a onda de crimes que está acontecendo na Vila e que os shinobis de lá não estão conseguindo dar conta. – A mulher começou a explicar com sua voz estridente e Shikamaru piscou. 

—Suna? – O garoto praticamente gritou. – E por que eu preciso ir se são apenas crimes? O Time Kakashi pode muito bem cuidar disso. 

—O Kazekage pensa que algo pode estar sendo planejado contra a Vila e que os crimes são apenas uma distração. – Tsunade respondeu. – Sua inteligência será de grande necessidade nesse momento. 

—Eu me recuso! – Shikamaru gritou emburrado, cruzando os braços contra o peito. 

—Ah, Shikamaru! Eu não sabia que você tinha essa aversão toda à Suna. – Naruto disse com as mãos na nuca e o outro se virou para ele. 

—Não tenho nada contra Suna, mas sim contra a irmã do Kazekage. – Shikamaru rosnou e Naruto piscou. 

—Temari-san? – Naruto encarou Shikamaru. – Ela não é a garota mais gentil que eu já conheci, mas também não merece ser odiada. 

—Mas eu a detesto! – O outro rebateu e a Hokage chiou, irritada. 

—Shikamaru-kun, você irá fazer essa missão e ponto final! Não me importa se você e a irmã do Kazekage tiveram desavenças no passado, a vida dos aldeões de Suna é mais importante! – Tsunade gritou, fazendo o garoto pedir desculpas silenciosamente e fazer uma reverencia à mulher. – Essa é uma missão Rank B então eu espero que o Time 9 esteja sempre atento e sejam prudentes em seus ataques. Não queremos perder shinobis tão novos. 

—Certo! – Shiori, Rin, Nova e Ryuu disseram em uníssono, fazendo uma reverencia à mulher. 

—Vocês partirão amanhã com a chegada de um representante de Suna que irá leva-los até o País do Vento. – A mulher continuou. – Estão dispensados! 

*** 

Sasuke, Shiori e Ryuu jantavam em silêncio, apenas o som dos hashis tocando o fundo das tigelas de lamen e os sons de satisfação que Ryuu soltava enquanto comia sua tigela de carne crua, eram ouvidos em todo cômodo e isso estava irritando ambos os Uchiha. 

—Como foi o treino hoje? – O Uchiha mais novo decidiu começar a conversa. 

—Foi bom. – Shiori respondeu, reprimindo um sorriso. – Kakashi-sensei me ensinou a controlar a distribuição de chakra e eu consegui controlar o Chidori sem que ele explodisse em minhas mãos com o tempo. – Ela abaixou a tigela de lamen, acabando de comer. – E você? Como foi a consulta com o médico? 

Shiori evitava usar as palavras “psiquiatra”, “psicólogo” e até mesmo “analista” perto de Sasuke para não irritar o mais novo. Ela sabia que para ele, esses termos pareciam pejorativos e feriam o ego dele, que já era bastante ferido por conta de todo o acontecido no passado. 

—Normal. – O outro deu de ombros, abaixando sua tigela de lamen como a garota havia feito. – Ele apenas me fez perguntas inúteis e disse que eu estou tendo certo avanço em tudo. Ele disse que possivelmente, em pouco tempo, eu vou estar livre disso tudo. 

—Eu fico feliz por você, Sasuke-kun. – Shiori deslizou sua mão sobre a mesa e a pousou sobre a mão do mais novo, que arregalou os olhos surpreso com a ação da garota. Ela sorriu. – Muito feliz mesmo. 

Ainda com os olhos arregalados, Sasuke puxou sua mão de volta, se levantando da mesa e seguindo para fora do cômodo, deixando Shiori confusa e alarmada ao mesmo tempo. 

Ele abriu a porta que dava pra varanda, mas parou no batente da porta. 

—Obrigado, Shiori! – Ele disse sem se virar, se permitindo corar só agora por conta do toque da garota, e saindo sem dizer mais nenhuma palavra. 

Shiori piscou confusa e encarou Ryuu, que estava alheio à tudo o que acontecia ao seu redor. A garota suspirou e apoiou o queixo na mão. 

“Parece que você vai precisar de mais algumas sessões, Sasuke...”, ela pensou tristemente. “Por favor, melhore logo!” 

*** 

Arcana Sumire adentrou o quarto que dividia com Mondo no hotel do qual a Hokage estava bancando para eles. 

O homem estava na varanda, encarando a Vila à sua frente. Ela foi até lá, abraçando o homem pelos ombros, mas ele não pareceu se surpreender com a aproximação da esposa. 

—O que está fazendo? – A mulher perguntou em seu costumeiro tom carinhoso. 

—Observando essa Vila. – O homem respondeu simplesmente, mas a mulher pôde perceber uma faísca de algum sentimento negativo em seu tom. Nojo, talvez. – Fico imaginando como essa pode ser considerada a maior Vila shinobi do País do Fogo. A Garra é muito mais moderna. 

—As estatísticas não são feitas pela tecnologia, mas sim pelo trabalho shinobi. E Konoha está sempre envolvida quando o assunto é derrotar inimigos e ajudar as pessoas. – A mulher respondeu como se fosse algo obvio e encarou o marido, que permanecia impassível. – Há algo errado? 

—Na verdade, não. – O homem se livrou do abraço de sua esposa e se virou de frente para ela, pousando ambas suas mãos em seus ombros. – Está tudo ocorrendo como o planejado, e logo, logo meu amor, você terá tudo o que deseja. 

—Eu já tenho. – Sumire respondeu imediatamente. – Eu tenho você, Felicita; Nova, meu sobrinho querido que eu considero como um filho; todo esse clã. Eu não poderia pedir mais nada. 

—Há sempre algo mais. – Mondo insistiu. – Poder, por exemplo. 

—Eu não quero poder! – Sumire aumentou o tom de voz, mas logo se acalmou logo depois. – Mondo, poder atrai inimigos e inimigos atrai mortes! O poder que eu tenho... O tarocco Il Giudizio é algo que eu não posso reclamar. Eu gosto de curar as pessoas, mas existem certos tipos de poderes que trazem sofrimento. O tarocco do Nova por... 

—Sumire, não vamos falar sobre isso, ok?! – Mondo interrompeu a mulher, que o olhou nos olhos, o estudando. 

O homem se sentiu incomodado com aquilo. Sabia que sua esposa podia o ler apenas o olhando nos olhos e isso fez o homem desviar o olhar e contornar a mulher, entrando no quarto. 

—Você está tramando algo. – Sumire disse, deixando claro que não era uma pergunta. 

—Não se preocupe com isso. – Mondo disse ao se sentar na cama. – Vai ficar tudo bem.


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