Blackberries escrita por Blue B


Capítulo 19
Capítulo 19




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Ela abaixou sua katana para atingir Liberta... Mas Jolly pulou na frente e segurou a lamina da espada entre as duas mãos, como se não fosse um objeto cortante.

“O que... ?”, Shiori pensou antes de ser jogada no chão à alguns metros de distancia, por Jolly. “Como ele conseguiu ser tão rápido? Eu nem o vi se mexer.”, ela tentou se levantar, mas seu tornozelo doía. Ela pediu internamente para que não tivesse o torcido ou quebrado. “Como ele não se cortou na lamina?”

Era verdade, as mãos de Jolly não tinham um arranhão sequer e aquilo assustou Shiori. Pela força que ela colocou no golpe, o impacto deveria ter aberto pelo menos alguns arranhões.

–Shiori-chan! – Ryuu esfregou seu focinho no braço da garota, que tinha conseguido se colocar em uma posição sentada.

–Eu estou bem, Ryuu. – Ela disse, mais para tranquilizar o dragãozinho. Era visível que ela não estava bem. Seu tornozelo começava a inchar, seu braço e perna esquerda sangravam com os arranhões que fez quando Jolly a jogou no chão e sua respiração estava ofegante. – Vá se esconder! Aqui é perigoso.

–Não! – Ryuu choramingou e agarrou a roupa da garota com os dentes.

Shiori se ajoelhou e começou a fazer os selos para um Goukakyuu no Jutsu, mas algo a agarrou, a arrastando tão rapidamente para a arvore atrás dela que quando ela se deu por si, já estava presa por uma rede de aço.

–Shiori-chan! – Ryuu choramingou, preso contra as costas de Shiori e ela entrou em pânico.

–Ryuu, você está bem? – Ela gemeu, ignorando a rede de aço que a apertava cada vez mais.

–Sim. Eu não me machuquei. – Ryuu respondeu, conseguindo se livrar do aperto da rede, mas continuando empoleirado no ombro de Shiori.

–Nunca deixem um Uchiha fazer selos, me entenderam? – Felicita gritou com Liberta e Jolly.

Shiori olhou para onde ela estava lutando antes e viu Shura caída, com um corte ao lado do corpo derramando sangue demais para ela continuar saudável depois.

Rin conseguiu se levantar, ignorando os protestos de Nova, que tentava arrasta-lo para fora da confusão.

Ele se aproximou cambaleante do trio inimigo, que o olharam achando graça do estado e insistência do garoto.

–Você acha mesmo que pode nos vencer? – Liberta o provocou. – Desista garoto! Olhe o que fizemos à você, sua amiga, seu irmão e àquela outra lá!

–Vocês... – Rin disse com puro ódio correndo por suas veias. – Eu nunca irei perdoar vocês! Nunca!

E com o ultimo gritou, Rin desembainhou sua katana, fazendo uma chama azul se formar ao redor de si e da lamina da espada. Sua face mudou, ficando com uma aparência canina e suas orelhas ficaram compridas, assim como seus dentes caninos.

–Ele está... Pegando fogo? – Liberta murmurou, sentindo os pelos de sua nuca se arrepiarem quando Rin levantou a cabeça e soltou um grunhido quase animalesco. O garoto recuou, com medo do que Rin pudesse fazer daquela forma.

–Não. As chamas estão saindo de dentro dele. – Felicita murmurou de volta, de queixo caído, e logo depois falou alto para Rin poder ouvir. – O que é você, garoto?

–Rin... – Shiori murmurou, ficando surpresa e assustada ao mesmo tempo, com a transformação de seu companheiro de Time.

–Shiori-chan, use o Raikiri para cortar essa rede. – Ryuu disse aflito, acordando a garota de seu transe.

–Eu não posso! – Ela disse. – Essa rede é feita de aço. Se eu usar o Raichiri, nós iremos fritar. – Ela tentou forçar a rede, mas ela não se moveu um centímetro. – Kuso! Eu não posso usar nenhum jutsu, droga! Não posso mover minhas mãos.

–Não seja por isso! – Nova estava acima de mim na arvore, uma kunai na mão e no rosto, uma mascara de preocupação.

–Nova! – Shiori sorriu levemente.

O garoto começou a forçar a madeira ao redor do ponto onde estava presa a rede de aço que prendia Shiori. Uma chuva fraca começou a cair, atrapalhando o trabalho de Nova, mas ele não parou.

Enquanto isso, Rin tentava atacar Felicita, Liberta e Jolly, sem nenhuma habilidade ou concentração. Os outros três só se afastavam.

–Se continuar fazendo isso irá quebrar sua espada. – Liberta diz divertido e Rin vai para cima dele soltando sons inumanos.

Liberta pula para o lado e Rin não consegue parar, e acaba atacando uma arvore e enterrando sua katana no tronco. Jolly aproveita o momento de descuido do garoto e lhe dá um chute no rosto, levando Rin ao chão, desacordado. Assim que ele perdeu totalmente a consciência, as chamas azuis e as feições animalescas desapareceram.

–Rin! – Shiori correu na direção de Jolly, assim que Nova conseguiu soltar ela.

Com a mão aberta, ela começou a concentrar seu chakra na sua mão, formando uma bola de chakra do tamanho de uma bola de beisebol, e que soltava fagulhas como se fossem raios.

Chidore! – Ela gritou antes de acertar o golpe bem no meio do peito de Jolly, que foi jogado contra o tronco de uma arvore a alguns metros de distancia.

Felicita aproveitou os curtos segundos de distração de Shiori e a atacou, acertando uma kunai em seu ombro. Shiori gritou de dor e surpresa, empurrando Felicita de volta, que caiu abaixada a alguns metros de Shiori.

Ela caiu no chão, de joelhos e Ryuu correu ao seu encontro, esfregando seu focinho no braço sujo do sangue de sua domadora. Sua cara, de negra, ficou vermelha.

–Shiori-chan! – Ryuu choramingou e Shiori levou a mão do braço machucado até sua cabeça, o acariciando, ao mesmo tempo em que segurava firme a kunai de Felicita que ficara encravada em seu ombro, criando coragem para poder arrancá-la.

–Eu... Eu estou bem, Ryuu. – Shiori gaguejou, deixando sua mão escorregar sem querer da cabeça do pequeno dragão.

Ela segurou a kunai com ainda firmeza e a puxou com força e rapidamente, chorando com a dor e não conseguindo evitar que seu corpo se curvasse para frente, a fazendo praticamente deitar no chão.

Mais sangue jorrou para fora do corte profundo, fazendo a visão de Shiori ficar turva. Ela se acomodou no chão, vendo seu sangue formar uma pequena poça no chão.

–Shiori-chan! – Ryuu gritou, deixando lágrimas escorrerem de seus olhos. Shiori sorriu, surpreendida por descobrir só agora que dragões choravam.

–Ryuu... – Ela engoliu em seco, respirando fundo. – Ryuu... Por favor, vá para um lugar seguro... Fuja com Nova.

–Não... – Ryuu choramingou e a chuva começou a engrossar, tornando mais difícil para Shiori respirar. – Eu não vou te deixar. Eu prometi.

–Eu estou pedindo, como sua mestra... – Ela respirou a agua da chuva sem querer, se asfixiando por alguns instantes. – Vá embora! – Shiori sentiu um nó em sua garganta por dizer aquelas palavras. – Vá com Nova e continue vivo. Por favor!

Shiori começou a perder a consciência, e sentiu que a morte também estava à sua espera. Se arrependeu de algumas coisas. De outras se orgulhou. Se preocupou com Rin, Ryuu, Yukio e Nova. Se eles ficariam bem depois de sua partida, se eles iriam conseguir derrotar Felicita, Liberta e Jolly.

Estas eram questões que também se passavam na cabeça de Nova, que agora se via sozinho para derrotar três adversários fortes. Só de pensar que Felicita havia derrotado Shiori – que na opinião dele era invencível –, suas pernas ficavam bambas.

–Parece que só sobrou um. – Felicita cantarolou, como se Nova fosse apenas mais um inseto a ser eliminado. – E é logo um covarde. – Ela riu, fazendo Liberta e Jolly a acompanharem na risada. – Não vamos nem nos divertir.

–Fel, talvez o pergaminho deles seja o que estamos precisando. – Liberta alertou. – Poderemos ganhar mais que uma luta, se obtivermos o pergaminho deles.

–Bem observado, Liberta. – Felicita abaixou a kunai que tinha em mãos e estendeu uma mão para Nova, fingindo uma feição amigável. – Nova, por favor, me entregue seu pergaminho!

O garoto encarou Felicita, primeiro confuso e depois uma raiva começou a crescer dentro dele.

–Nova, nós somos primos! Você não quer que eu seja aprovada no Chuunin Shiken? Você quer que eu seja considerada um fracasso por Mondo, seu tio e meu pai? – Ela choramingou. – Eu sei que você não quer isso.

Nova abaixou sua cabeça, sem conseguir encarar Felicita. Ele podia perceber o veneno em cada palavra que ela dizia, e isso doía muito.

–Nova! – A voz de Felicita agora estava cheia de ódio. Como ela deveria sempre ser, era o que Nova achava. – Se você não me entregar agora o seu pergaminho, eu irei matar seus amigos. Você não quer isso, quer?

–Cale a boca! – Nova gritou ainda de cabeça baixa. A água da chuva descia pelo seu rosto, escorrendo pelo seu nariz e o fazendo respirar pela boca. Felicita piscou e baixou a guarda por um segundo, realmente surpreendida pela reação de seu primo. Nova não era o tipo de pessoa que perdia o controle facilmente. – Eu estou farto de você e de seus jogos. Você não pode me controlar!

Nova levantou a cabeça e encarou Felicita com puro ódio emanando de seu corpo. Felicita recuou, sem saber o que esperar de Nova. Ela nunca o vira assim, mesmo morando com ele desde seus 5 anos de idade.

–Eu estou farto de ser protegido por meus companheiros de Time e estou farto de fugir de lutas! – Ele continuou, encarando não só Felicita, mas Liberta e Jolly também. – Uchiha-chan... Okumura-kun... Está na hora de eu os proteger!

E com essas palavras, Nova sacou sua katana, a apontando para os outros três.


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