Bella Volturi escrita por Carol Swan
Notas iniciais do capítulo
Ahh chegando no final da 1ª fase *-* que emoção!
Espero ter mais reviews quando a Bella e o Ed entrar na história!
Logo eu posto mais! Bjoos
A Fuga
Estava realmente aproveitando minhas últimas semanas de vida.
Não ficava muito em casa, passava o dia todo com minha mãe e a noite eu ficava com Charlie.
As tarde quando minha mãe não estava em casa, eu saia com a Vick.
O tempo foi se passando, e eu sem me dar conta do que se aproximava de mim...
A morte.
Duas semanas depois, após chegar em casa de um dia cansativo de compras com a Vick, fui tomar um banho para relaxar e fazer o jantar de Charlie.
Quando sai do banheiro indo para o quarto, parei em frente ao espelho.
Desenrolei a toalha e me olhei.
Eu já podia me passar por uma grávida de cinco meses.
Em toda a barriga, era possível ver grandes hematomas começando a aparecer.
A hora de deixar charlie, a minha família e a minha vida, chegara.
Eu faria isso por meu filho. Daria a vida á ele, mesmo que isso custasse a minha.
Cada vez ficava mais difícil disfarçar a barriga com batas e vestidos.
E a minha saúde, que pouco a pouco eu ia definhando.
Mantinha a maior distância possível de Charlie nos últimos tempos, tentando evitar que percebesse o volume que a cada dia aumentava em meu abdômen.
Mas cedo ou tarde ele descobriria. Eu tinha que agir rápido... E eu não faria isso sozinha.
A velha iria me ajudar... Isso chegava a me dar arrepios, aquela mulher era sinistra.
Pensei em pedir ajuda a minha mãe Marie, e contar a verdade a ela... Mas não daria certo, ela com certeza não agüentaria ver sua filha morrer aos poucos...
Então seria só eu e a velha maluca.
Pensei em minhas opções...
Não demorei a constatar o óbvio, ela era a única que poderia me ajudar.
Ela estava informada sobre a minha situação, seria bom ter ela por perto... Eu acho.
À tarde do dia seguinte, fui atrás da cigana. Eu e ela planejamos como seria a viajem.
E fizemos um acordo: Sem despedidas.
Isso era o que mais me doía.
Eu não poderia dizer adeus ás pessoas que eu tanto amava, eu não poderia dizer o quanto foram especiais em minha vida...
Mas tive que concordar que seria melhor assim.
Eu fugiria hoje à noite com os ciganos. Charlie tinha muitos contatos, o suficiente para conseguir me alcançar em minha lambreta antes que eu chegasse à cidade mais próxima.
Peguei uma mala e a coloquei sobre a cama.
Não peguei muitas coisas, logo eu não precisaria mais delas...
Agora eu já não tinha mais medo da morte. Eu estava preparada para ela.
Esse seria o meu sacrifício.
Quem sabe assim eu não teria um lugar no paraíso? Não que eu estivesse ligando para o que fosse me acontecer depois... Eu só queria que meu filho nascesse.
Fechei a mala. Eu estava pronta.
Peguei a minha bolsa, tirei meu celular e o joguei na cama. Não precisaria mais dele.
Coloquei a mala nos ombros e sai de casa sem olhar para trás.
Andei até o ponto de táxi mais próximo.
Uma coisa que eu sentiria falta era da minha lambreta, fora presente de Charlie...
Entrei no táxi e pedi para que me deixasse no morro do sol. Onde os ciganos estavam morando temporariamente.
Paguei pela corrida e desci indo em direção à tenda principal.
A velha já me esperava do lado de fora, sorrindo ao me ver.
- Eai parceira, pronta para cair na estrada?
- Na verdade, não... Mas é necessário...
Nunca estaria preparada para abandonar a minha gente, a minha cidade, a minha vida.
- Aonde posso deixar minha mala?
- Ah! Me dê ela aqui. Eu vou guardá-la para você.
Passei minha mala para ela.
Olhei para a cidade, o sol já estava se pondo tornando a paisagem linda.
- Bem... Eu vou dar uma volta pela área... Estarei aqui ao anoitecer.
- Está bem querida.
Sai de perto da velha, subindo para o topo da montanha.
Me sentei na ponta da montanha que dava para um grande barranco, isso me deu uma ótima vista da cidade.
Roma era linda. Eu podia ver o rio Tibre que contornava a cidade, e ao longe eu podia ver o Vaticano.
O sol agora já sumia no horizonte dando sombras á Cidade Eterna.
Suspirei.
O fim de mais um dia e o começo da noite. A minha vida acabára. A cada dia eu ficava mais próxima da morte.
Mas meu filho iria dar sentido ao que eu estava fazendo. Ele seria a continuidade, seria uma parte de mim viva.
E assim fiquei apreciando Roma, até as estrelas tomarem por completo o azul profundo do céu.
E assim que escureceu, eu voltei para o acampamento como foi combinado.
A essa hora Charlie já devia estar me procurando...
Os ciganos já estavam prontos. Tudo estava guardado em carros, algum tipo de caravana.
- Aqui Renée!
Gritou a velha já sentada em uma carroça que era guiada por um burro.
Subi e me sentei ao seu lado. Minha mala já estava no banco a minha espera.
As caravanas iam saindo e a cidade ia ficando para trás, quando pude ouvir sirenes tocando ao longe...
Os dias iam se passando e o meu estado só piorava.
Fazia três dias de estrada, já não fazia idéia onde estava.
Paramos para o almoço e era 16:00 horas da tarde. Essa vida sem rotina estava acabando comigo ainda mais.
Mas o pior veio depois.
Eu e a velha estávamos sentadas em um velho tronco almoçando, quando ela iniciou o assunto:
- René...
Disse sussurrando.
- Sim?
- Eu precisava conversar com você...
- Pode dizer, o que há de errado?
- Bem...
Começou ela.
- Os ciganos estão insatisfeitos com a sua presença aqui...
Me surpreendi. Eu não fazia nada de errado.
- O que foi que eu fiz?
- Bem, não é o que você fez, e sim o que você carrega...
Ela lançou um olhar acusativo para minha barriga.
- O que eles têm contra o meu bebê?
A mulher suspirou e começou a explicar.
- Bem... Como ele é filho de um frio... Eles acreditam que estamos sofrendo algum tipo de... Maldição... Por estarmos ajudando você.
Eu queria rir daquilo. Mas não era engraçado o suficiente para isso.
- Isso tudo é meio ridículo não acha?
Ela me encarou com a expressão séria.
- Talvez seja... Mas os nossos lideres se reuniram ontem à noite e decidiram que não podemos mais poder ajudar você...
Ouvia sem assimilar aquelas palavras.
- Eles resolveram que iremos te deixar em uma vila que chegaremos ao anoitecer... E de lá, você seguira sozinha...
Senti o desespero crescer em meu peito.
- Mas você ira comigo, não é?
Ela desviou os olhos do meu e esperou algum tempo para me responder.
- Eu gosto muito de você Renée, adorei ter sua companhia durante esses dias, mas...
Ela voltou a me olhar
- O meu lugar é aqui. Junto dos ciganos, eu sei que você fará um sacrifício enorme por seu filho, não faço pouco caso disso. Mas não me peça para sacrificar a minha vida também.
Aquilo foi duro para mim. Me senti desamparada, sem mais ninguém a recorrer...
Senti meu mundo cair.
Abaixei minha cabeça, sentindo o desespero bater em meu peito.
- Compreendo. Nunca te pediria uma coisa dessas.
Ela sorriu para mim.
- Obrigada.
Caímos na estrada de novo.
Só que dessa vez a viajem se seguiu silenciosa.
Nunca devia ter confiado em uma cigana. Pois como eles não se apegam a lugar nenhum, o coração deles também não se apega a ninguém.
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