Bella Volturi escrita por Carol Swan


Capítulo 6
Verdades


Notas iniciais do capítulo

Créditos a Lanna Cullen :D me ajudou muito neese capítulo!



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 Verdades

 
 
- Nossa! Essa mulher é louca!
Vick disse assim que me viu ser jogada para fora da tenda.
- É sim, vamos embora?
Perguntei agoniada.
Queria logo sair dali antes que a mulher resolvesse voltar.
- Claro
Vick respondeu.
Fomos andando em direção ao carro, ela abriu a porta do carro pra mim e deu a volta para o lado do motorista. A volta pra casa foi silenciosa e as palavras da cigana ecoavam em minha mente como se estivessem gravadas ali.
Quando o corpo do frio deitou sobre o seu, você se condenou, agora nada mais pode ser feito...
O que ela queria dizer com “... o corpo do frio...”?
E com “... nada mais pode ser feito”?
Me lembrei do livro que ela havia me dado.
Olhei em minhas mãos.
O livro tinha uma aparência bem antiga, mais continha um ar de mistério.
E eu adoro desvendar mistérios, descobrir segredos isso me fascina...
- Chegamos.
Vick me disse assim que parou em frente a minha casa.
- Obrigada por me acompanhar e me desculpe pela louca da cigana falando aquelas coisas estranhas.
Vick disse com olhar inocente.
- Claro. Bom, vou indo... Tenho muito que fazer. Até mais Vick.
Disse a ela enquanto abria a porta do carro e saia andando em direção a porta, sem dar tempo de minha irmã responder. Entrei e antes de fechar a porta pude ouvi o som dos pneus virando a esquina.
Fui em direção da cozinha olhar as horas, parei antes de chegar a porta e olhei novamente o livro em minhas mãos.
Ele quase pedia para ser lido para ser... Desvendado.
Subi correndo as escadas, entrei em meu quarto e me joguei na cama.
Passei a mão sobre a capa do livro para sentir a textura e o abri na primeira folha.
 
O livro não era nada mais que lendas, supertições.
Eu estava lendo sobre uma historia de homens que se transformavam em lobos quando uma parte me chamou a atenção.
 

Lobisomens não são criaturas com as quais você vai querer se encontra em um beco escuro, mas você vai querer menos ainda se encontra com um vampiro...

 

O que são os Vampiros?

 

Ninguém sabe ao certo... Durante os milênios, muitos estudiosos tentaram dar uma resposta exata para esta pergunta, sem sucesso. Todas as culturas do nosso planeta, praticamente, apresentam histórias sobre vampirismo, do Oriente Médio a Europa Oriental, passando pela África e Américas. Em comum entre as muitas histórias de Vampiro pelo mundo, apenas alguns dados fundamentais: Vampiro é uma criatura das trevas, imortal (ou quase), e que se alimenta de sangue.

Quanto à origem dos Vampiros, as divergências começam aqui. Para muitos, Vampiro é o espírito maléfico de um suicida, de alguém que foi condenado pela Igreja ou que tenha levado uma vida má e infeliz. Para outros, é um cadáver reanimado pelo próprio Coisa-Ruim! A história mais surpreendente de todas, entretanto, afirma que os Vampiros são tão antigos quanto a Criação...

A Bíblia nos ensina que, por ter assassinado o irmão, Caim foi condenado por Deus a vagar eternamente, sem descanso, carregando consigo um estigma, uma marca. Muitos afirmam que Caim foi o primeiro e mais poderoso Vampiro, e transmitiu a seus descendentes sua maldição.      Aliás, a grande maioria das histórias confirma este aterrorizante poder: através do sangue, uma pessoa pode ser vampirizada, dando origem a mais um Vampiro!

 

 

Gosto por Sangue

 

Sangue, Sangue e mais Sangue! – A marca principal do Vampiro é, sem dúvida, o seu desejo insaciável por sangue quente! Mesmo disfarçados, Vampiros sempre se perturbam quando alguém se corta e desperdiça algumas saborosas gotinhas do precioso líquido... Para facilitar o trabalho, a maioria dos Vampiros dispõe de caninos proeminentes, utilizados apenas quando necessários, de preferência em humanos. Mas não foram poucos os Vampiros na sarjeta que tiveram de se contentar com outros animais; alguns, encurralados na escuridão do esgoto, chegaram a encarar... ratos! Tudo pelo sangue! Está na Biblia: “A alma da carne está no sangue”. Levítico, XVII, 11.

 

Parei um pouco a leitura após sentir um calafrio.

Eu já havia lido uma boa parte para ter saciado a minha curiosidade, mas ela ainda me atiçava, então continuei a minha leitura.

 

Aspecto Mórbido

 

Vampiros são sempre pálidos, pois detestam a luz do sol, e são notívagos em sua essência, transitando pelo submundo entre as prostitutas, malandros, boêmios e outros seres da noite. Como são vaidosos, procuram ocultar a longevidade com muitos truques à base de sangue novo... Com isso, geralmente se mostram bonitos e sedutores, apesar de um certo tom funesto. Por não estarem mortos nem vivos, também apresentam-se frios ao toque, mas podem facilmente disfarçar esse detalhe com luvas e outros artifícios para aquecer o corpo.

 

 

Sociedade

Assim como na vida dos humanos, existe uma hierarquia.

 

Eles consideram como Lideres os Três Patronos Noturnos das Artes:

 

Caius, Marcus e Aro...

 

 

 

Parei ali.
Eu me lembrava daquele nome muito bem.
Então tudo se encaixou perfeitamente, agora eu sabia do que aquela velha maluca estava falando.
Ela queria dizer que o meu filho era filho do Frio. De um vampiro.
Me lembrava daquela noite perfeitamente.
Os seus olhos, o seu rosto, a sua pele...
O toque frio que eu senti assim que colocou seu corpo rente ao meu...
Mais e se tudo fosse verdade?
O que seria de meu filho? Ou melhor... O que meu filho seria?
Procurei desesperada pelo livro algo sobre relações entre vampiros e humanos. Mas tudo o que encontrei foi:

 

 

“Uma relação muito próxima entre humanos e vampiros é quase impossível, devido à sede que o frio sentiria com isso, podendo assim, matar acidentalmente o humano.”

 

Engoli em seco.

Então eu realmente estive muito próxima do paraíso naquela noite...
Me levantei e me calcei. Ainda estava com a roupa que usara para sair com Victória.
Fui para a garagem e montei na minha lambreta e sai.
O céu já estava negro e não havia ninguém nas ruas. Mas não interessava que horas eram, ela me devia explicações.
Ela mesma dissera para voltar quando fosse à hora.
Não podia ter melhor hora do que essa, a hora da verdade.
A vida do meu filho dependia disso... E a minha também...
Logo eu estava fora da cidade a caminho da colina que se estendia a minha frente.
Parei a lambreta onde horas antes o carro de minha irmã estivera.
Subi a montanha, podendo sentir as lagrimas escorrerem pelo o meu rosto e serem secados rapidamente pelo vento frio.
As tendas estavam escuras, não havia sinal de luz dentro delas, apenas em uma...
Fui em direção aquela que se destacava no meio da escuridão e
entrei sem nenhuma formalidade.
A velha estava sentada em sua cadeira diante da mesa redonda.
Ela deu um largo sorriso para mim.
- Eu sabia que você viria.
Ela indicou a cadeira em sua frente
- Sente-se, vamos conversar.

Obedeci em silêncio, desejando que tudo não passase de um terrível pesadelo... 

 


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