Bella Volturi escrita por Carol Swan


Capítulo 5
Sorte ou Azar?


Notas iniciais do capítulo

Só deixar bem claro para todos. Vick é humana e irmã de Renée.
Eu sei, o capítulo tá horrível =/ Vou me dedicar mais nos próximos
Bjoss e continuem mandando reviews!



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 Sorte ou Azar?

 
No dia seguinte, as dores eram mais fracas e mais constantes.
Ainda não contara a Charlie que estava grávida, ainda não tinha surgido o momento certo.
Tomei meu café da manha com Charlie como sempre e ele logo saiu para a delegacia.
Alguns minutos depois meu celular tocou.
Olhei no visor. Era Victória.
- O que é Vick?
Disse resmungando;
- Nossa, é assim que você cumprimenta a sua irmãzinha preferida?
Como se eu tivesse outra opção.
- Talvez seja... Mas diga. O que você deseja me ligando tão cedo?
- Hmm... É que eu preciso da sua companhia.
- Para... ?
- Bem, eu queria que você fosse a um lugar comigo.
Ela hesitou no telefone. Coisa boa não devia ser.
- E esse lugar seria...?
Insisti. De minha irmã, podia se esperar tudo.
- Ham... É em uma cartomante na verdade...
Cartomante?
Não me contive. Cai na gargalhada
- Eiii! Pare de rir de mim! Estou desesperada!
- Ok, ok. Me desculpe
Tive que me controlar. Vick se magoava muito fácil.
- Mas... Porque você quer isso?
- Quero saber algumas coisinhas...
Pensei na única razão que poderia levá-la a esse ponto.
- Essa coisinha se chama James?
- Exatamente.
Caí na gargalhada de novo.
James era um garoto da faculdade dela. Ela era maluca por ele há anos, e agora com a aproximação da festa de formatura seus nervos deviam estar à flor da pele.
- O que eu falei sobre as risadas?
- Oops... Desculpa, é inevitável.
- Se você não está disposta a ir comigo não tem problema!
Disse estressada.
- Relaxa! Eu vou com você.
- Mesmo?
- Aham
- OK! Então eu passo aí daqui a 20 minutos!
Disse animada.
- Está Bem
Desliguei o celular e fui direto para o closet me arrumar. Conhecia minha irmã bem demais para saber que daqui a 10 minutos ela já estaria buzinando em frente ao portão com aquela cara de “anda lerda”.
 
Foi dito e feito.
Lá estava ela impaciente em frente ao meu portão. Apressei-me para não deixá-la mais ansiosa, entrei no carro e ela acelerou.
Minha irmã era completamente diferente de mim, tanto mentalmente quanto fisicamente.
Eu herdara as características de minha mãe, traços delicados, os cabelos castanhos e ondulados, com os olhos chocolate.
Minha irmã tinha os mesmos traços delicados, mas herdara os cabelos lisos e dourados de papai e ainda de quebra os grandes olhos azuis.
- Onde fica essa tal cartomante?
- Em uma colina fora da cidade.
- Colina?
- Na verdade, ela é uma cigana...
- Hmm... Sei... Vou ter que entrar na sala com você?
- Não sei... Acho que não, deve ter algo de atrapalhar as vibrações ou algo assim...
- Ah sim...
Segurei o riso. Aquilo era patético e totalmente desnecessário.
A cidade ia ficando para trás, quando eu avistei várias tendas em uma montanha.
Minha irmã entrou em uma estrada de terra, o que nos levou até metade do caminho. Vick estacionou e tivemos que subir o resto a pé.
Quando chegamos no topo eu mal respirava, sentia pontadas fortes em minha barriga devido ao esforço.
- Vick...
Disse sem fôlego
- Sim?
- Será que isso é... Certo...?
Agora foi a vez dela rir.
- Qual é maninha? Está com medo agora?
Começou a andar mais rápido, aumentei meus passos para acompanhá-la.
Andávamos em direção ao aglomerado de tendas.
- Não seria exatamente medo... Talvez... Receio.
- Relaxe, tudo ficará bem.
Disse me dando um sorriso confiante.
- Espero que sim.
Paramos em frente da tenta que minha irmã indicou.
Já estávamos paradas do lado de fora, quando uma senhora saiu de dentro.
Ela vestia uma saia muito colorida até os pés e os braços eram cheios de pulseiras.
Ela nos analisou.
- Vocês marcaram hora?
Eu e Vick nos entreolhamos. Não estávamos acostumadas com ciganos... A mulher era meio bizarra.
- Sim...
Vick sussurrou, já não parecendo tão corajosa.
- Então entrem.
A mulher suspendeu à parte que deveria ser considerada a porta para que passássemos.
Não devia ter aquele papo sobre vibrações.
Abaixamos a cabeça e entramos.
A estranha casa era maior do que o esperado.
O lugar era muito cheio de cores e de cheiros, vários incensos estavam espalhados pelo lugar.
No lugar mais distante estava uma mesa grande e redonda, onde supostamente ela devia jogar.
- Qual de vocês duas precisa de meus serviços?
Disse a mulher soltando um sorriso simpático
Vick deu um passo á frente.
A mulher logo compreendeu e indicou para que se sentasse em uma das duas cadeiras da mesa redonda.
- A senhorita pode se sentar nesta poltrona ai atrás.
Olhei para trás e vi a poltrona á qual ela se referia.
- Ah sim... Valeu.
Me sentei e esperei. Aproveitei para observar cada detalhe da curiosa casa. Os ciganos deviam ter uma vida interessante.
Meus olhos estavam pesados, então já não agüentando mais os fechei.
O cheiro dos incensos me deixava com sono e extremamente relaxada, era uma sensação maravilhosa.
 
Acordei com Vick me cutucando. A sessão já devia ter acabado. A claridade já tinha diminuído dentro da estranha casa.
Minha irmã agradeceu a cigana com um sorriso de orelha á orelha.
Pelo visto, as previsões tinham sido boas.
 
Já estávamos saindo da tenda, quando a mulher repentinamente agarrou meu pulso.
Assustada, me virei para olhá-la.
Ela olhava horrorizada para minha barriga. A cigana esticou a mão trêmula sobre ela.
Tirei imediatamente suas mãos de cima de mim me livrando de seu aperto.
Ela levantou o olhar, seus olhos estavam sem foco, como se estivesse vendo algo que só ela pudesse ver.
- Você carrega a morte em seu útero... Ela não é fruto de uma relação normal como você pensa, ela é fruto do contato de dois corpos opostos, distintos...
Ela sussurrava.
Seus olhos verdes esmeralda agora me encaravam.
- Quando o corpo do frio deitou sobre o seu, você se condenou, agora nada mais pode ser feito...
Ela se endireitou, voltando ao normal, se é isso o que ela realmente era...
A mulher devia ter algum distúrbio, ou algo parecido.
Mas antes que eu resolvesse sair correndo dali, ela voltou a falar.
- Apenas escute um conselho de uma velha que já viu muitas coisas por esse mundo... Esse bebê é especial.
Ela suspirou, colocando as mãos em meus ombros.
- Ah menina, se você soubesse um terço do que eu sei...
Ela me encarava com o olhar perdido.
- Mas eu acho que posso te ajudar!
A velha ficou animada de repente.
Ela se afastou indo até sua mesa redonda, que agora tinha um baralho esparramado.
Abriu a gaveta, da onde tirou um livro.
Ela voltou e colocou o livro em minhas mãos.
- Leve isto com você, vai compreender melhor as coisas.
Olhei para o livro, era muito grosso e de aparência antiga.
A velha se sentou na poltrona que a momentos atrás eu estava sentada e acendeu um cigarro.
Deu algumas baforadas com o olhar perdido.
- A pele, o cheiro, o rosto... Ah, sim... Perfeitos...
Atônita, comecei a sair de fininho.
Mas senti novamente suas mãos me segurarem.
- Não conte a ele! Não conte a seu marido que está grávida!
A mulher relaxou e tirou as mãos de meu pulso.
- Será mais difícil depois se o fizer...
Ela suspirou.
- Quando acabar de ler o livro, volte. Eu te ajudarei quando chegar à hora... Agora é melhor você ir.
Me empurrou para fora e fechou o zíper da tenda.
Pelo menos, ela sabia como tratar os clientes.
 

 


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