Bella Volturi escrita por Carol Swan


Capítulo 19
(3ª Fase) Imprintings


Notas iniciais do capítulo

Antes que alguém se desespere, essa fic é Beward (:



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 Imprintings

 

 

Jacob foi meu parceiro de atividades, para a infelicidade do meu nariz.

 

O perfume que ele usava era uma delícia, amadeirado, do tipo selvagem. Combinava com o tipo dele. Mas a coceira que me dava no nariz era insuportável, até parecia alguma alergia.

 

Nos primeiros exercícios as coisas ficaram empatadas entre nós dois. Ele era bom, e eu não forcei muito como sempre para não perceberem minha forcinha extra.

 

Mas na corrida a situação foi outra.

 

Cada fez que eu acelerava e o ultrapassava, ele tomava outro impulso e me passava, decidido á não perder. Acabei tendo que deixá-lo ganhar, para eu não passar do limite.

 

– Nada mal Bells – Ele falou dando um tapinha em minhas costas, com um sorriso no rosto.

 

Revirei os olhos, emburrada.

 

Eu não gostava de perder, ainda mais para humanos. Já bastava ser a mais fraca entre os Cullens.

 

A sirene bateu, anunciando o próximo horário.

 

Jacob deu uma piscadinha para mim, enquanto saia da quadra para o vestiário.

 

 

 

O segundo horário era inglês.

 

Não encontrei nenhum dos Cullens na sala. Então me sentei ao lado de uma menina que se chamava Nina Sommers. Ela tinha os cabelos mel e seus olhos eram bem negros.

Ficamos conversando enquanto o professor recitava Shakespeare.

Evitei falar de mim. Minha vida não era algo muito fácil de ser contada. Então ela me contou praticamente toda a vida dela em poucos minutos. Ela era de Seattle, e morava em Forks á dois anos.

 

Voltar á escola me fez lembrar como eu costumava me dar bem com as pessoas, como eu podia manter amigos que não eram capazes de ouvirem através das paredes.

Também tive a oportunidade de saber qual era a versão que os outros sabiam sobre Isabella Cullen. A adotada que estava estudando na Itália. O que era uma boa para explicar meu leve sotaque.

 

– Animada com a formatura? – perguntou Nina empolgada.

 

Hesitei.

 

Não sabia se ficaria ali até a data. E mesmo se eu ficasse, não ter Charlie seria uma grande decepção.

 

– Se minhas notas colaborarem, com certeza – disse descontraindo.

 

 

O próximo horário era de Biologia.

 

Na sala não havia ninguém conhecido e nem vaga ao lado de outra pessoa, então me direcionei para o fundo e me sentei sozinha.

 

Os pensamentos não me deixaram.

 

Era incrível como todos os assuntos que nos preocupam tendem á voltar quando estamos sentados diante de uma lousa. Mas Edward era o assunto principal que habitava minha mente.

O episódio da noite passada passava várias e várias vezes por meus olhos como um disco arranhado.

 

A sirene tocou, mas a professora nos prendeu uns minutos a mais.

 

 

Assim que ele liberou a turma, catei meus livros e sai da sala em um tempo recorde. Guardei os livros no armário do corredor e corri moderadamente para o refeitório.

 

O refeitório a essa altura já estava cheio, mas consegui ver a mesa ocupada pelos cinco Cullens.

 

Antes de me sentar, entrei na fila e peguei uma bandeja, me servindo de pizza e coca.

 

Fui para a mesa e me sentei ao lado de Edward.

 

Não como se eu quisesse... era apenas o único lugar vago.

 

Edward, Alice, Jasper, Emmett e Rosalie. Todos pareciam mal humorados e com os rostos franzidos, como se a bandeja de comida diante de cada um estivesse podre.

 

– O que está havendo? – perguntei confusa

 

Alice apontou com os olhos.

 

Segui seu olhar até o lugar que ela se referia.

 

Uma mesa bem no centro do refeitório cheio de garotos, incluindo Jacob. Todos tinham o mesmo tipo físico. Altos, fortes e morenos. Eles eram cinco ao todo.

 

Jacob notou meu olhar e acenou sorrindo.

 

Tornei a me virar para Alice.

 

– O que têm eles?

 

Edward ao meu lado, se virou para mim.

 

– Lembra sobre os inimigos que eu te falei ontem á noite? – perguntou sem tirar os olhos da outra mesa. Seu olhar me pareceu o de um felino prestes á atacar, um olhar selvagem que me fez tremer da cabeça aos pés.

 

Fiquei analisando seu perfil.

 

A linha do seu nariz reta e perfeita, seu maxilar másculo e seu... 

 

– Sei – falei abruptamente. Lembrando-me de manter o foco – Os lobiso...

 

Arregalei os olhos com a conclusão.

 

Voltei á olhar Jacob.

 

Ele ainda me olhava, mas agora com a expressão séria.

 

– O que eles estão fazendo aqui? Este não deveria ser território de vocês?

 

Edward bufou.

 

– A cidade é neutra. Eles podem ficar aqui quando quiserem – falou amargamente – Um dos integrantes da matilha sofreu imprinting com uma estudante daqui. Então outros tiveram que vir junto e dar cobertura.

 

Franzi o cenho, confusa.

 

Imprinting?

 

Edward olhou para mim.

 

E por um momento seus olhos dourados ficaram opacos e assumiram uma nostalgia profunda. Fazendo-o parecer cansado.

 

Aquela visão do puro sofrimento em seu rosto perfeito consternou meu coração.

 

– É um amor sobrenatural. Quando acontece, eles estão condenados á amar aquela única pessoa para o resto de suas vidas.  – sussurrou com o olhar vago ainda em meu rosto – É isso o que acontece com os lobos – disse desviando o olhar.

 

Mordi o lábio, nervosa.

Aquelas palavras também podiam significar seus reais sentimentos pela garota do passado.

 

– Esses vira-latas estão precisando é de uma boa surra – Emmett falou com sua risada zombeteira, quebrando o clima pesado.

 

– Argh! Eu não vou agüentar esse fedor de cachorro – Rosalie reclamou franzindo o nariz.

 

Levantei as sobrancelhas surpresa, ao compreender a minha ligeira alergia.

 

– Eles não fedem para mim – São bem cheirosos na verdade. Completei mentalmente.

 

Rosalie fez sua cara antipática, como se perguntasse “Você está falando c-o-m-i-g-o?”

 

– Vai ver é porque você fede igual á eles – virou o rosto, jogando os cabelos loiros.

 

Estreitei os olhos, desejando ter o dom de Jane.

 

ARGH! Bruxa dos inferno!

 

Edward soltou uma gargalhada e se virou para mim, com um olhar divertido.

 

– Você retrai seu escudo quando está com raiva – ele sorriu – Eu posso ouvi-la.

 

Rosalie ficou olhando raivosa para nós dois sem entender.

 

Soltei um riso, adorando a confidencialidade.

 

 

 

 

 

 

A próxima aula foi divertida.

Sentei ao lado de um garoto chamado Nick Caine e atrás de Nina, que estava ao lado de Alyson Donovan.

 

Alyson tinha o cabelo tingido de preto do mesmo tom de suas unhas e olhos. E Nick era até bonito, com seus cabelos castanhos jogados e seus olhos verdes. Um tipo fácil para as outras garotas ficarem morrendo de amores.

Não dei bola para os olhares de flerte que me lançava. Ele não tinha nada que realmente me interessava. Não tinha aquela beleza sobre-humana e aquele ar sagaz que só séculos de existência podiam dar.

 

Ficamos conversando em duplas e demos altas risadas, o que fez o professor de História nos convidar para sair de sala várias vezes.

 

 

 

Quando a aula terminou, Nina me acompanhou até a minha outra sala que eu não fazia idéia a onde era.

 

– Mas ele é tão fofo, tão atencioso. Ele não fica se fazendo de difícil que nem a maioria dos meninos. Aiiii mais ele é tão...  – ela vinha me falando pela milésima vez do garoto que ela tinha conhecido no fim de semana passado.

 

Eu apenas assentia sem prestar muita á atenção. Até que ela parou ao meu lado de repente, e começou a me cutucar maniacamente.

 

– Bella! Bella! Olha, Olha! É ele...

 

Revirei os olhos sem ela notar, antes de seguir seu olhar.

 

Um dos colegas de Jacob estava parado no corredor encostado na parede, como se esperasse por alguém.

 

Ele virou o rosto em nossa direção, e nos viu o encarando sem nenhuma discrição.

 

Ao olhar para Nina, ele abriu um sorriso. E todo o carinho e amor ficaram expostos em suas feições. Seus olhos pareciam não ver mais nada além dela. Ela agora era seu astro, sua guia. Era a lua para qual ele uivava.

 

Compreendi então, o que era Imprinting.

 

Senti meu coração se apertar. E pela primeira vez na vida desejei ter alguém, alguém que me olhasse com aquela intensidade.

 

Assim que ele me notou, todo aquele amor se desfez.

Me olhou de uma maneira ofensiva, deixando bem claro seu desagrado por eu estar perto de Nina.

 

Ele se desencostou da parede e começou a andar em nossa direção.

Seus olhos negros estavam grudados e hostis em mim, enquanto se aproximava com todo o seu tamanho.

 

Por mais que eu me tranqüilizasse pensando que estávamos em um lugar público, e que portando ele não poderia fazer nada comigo, minhas pernas tremiam e meu coração acelerava á cada passada sua.

 

Ele parou á um metro de mim, ainda me olhando ameaçadoramente.

 

Pude sentir quando uma figura esguia e gélida parar atrás de mim, e me envolver pelos ombros.

 

– Bom dia Paul – a voz aveludada de Edward soou por sobre a minha cabeça.

 

Um frio estranho percorreu minha coluna até parar em minha barriga, no mesmo instante que soltei o ar que prendia inconscientemente, aliviada.

 

Paul desviou os olhos de mim, e olhou para Edward sem estar surpreso com a sua presença.

 

Nina me olhou de boca aberta, antes de falar apenas com os lábios: UAU! Tá pegando heim?

 

Senti minhas bochechas queimarem.

 

– Na verdade, é um péssimo dia, Cullen – Paul respondeu cruzando os braços.

 

Edward riu.

Eu conseguia ver seu sorriso torto em sua voz.

 

– Que pena – disse sarcástico – Bem, é melhor a gente ir

 

Nina me lançou um olhar maldoso, como se me acusasse de não ter contado algo para ela, e acenou para Edward, enquanto ele me levava para longe da encrenca.

 

Assim que eles saíram de vista, o braço de Edward escorregou para longe de meus ombros, o que me desanimou.

 

– Bem... É... Eu tenho que ir. Aula de educação cívica – disse olhando para algum outro ponto, longe do rosto de Edward.

 

Pude o ver sorrir pelo canto do olho.

 

– É a minha aula também.

 

AH não...

Eu precisava de um pouco de distancia. Todos aqueles olhares, toques e sensações estavam me deixando tão confusa...

 

– AH... É que eu esqueci um livro – pensei na desculpa – É. Isso. Então eu te vejo na aula, ok? – falei já andando apressada.

 

Estava escrito na minha cara que era mentira, mas ele não falou nada. Apenas ficou olhando enquanto eu andava para longe nos corredores vazios.

 

Guardei todo o material, inclusive a mochila no armário. Sem me importar em levar alguma coisa para casa.

 

Atravessei a propriedade da escola em segundos até chegar onde minha moto estava parada no estacionamento.

 

Uma Guzzi California Classic estava parada ao lado da minha, e ela chegava a cintilar de tão bem cuidada.

 

Me agachei, e analisei suas engrenagens maravilhada.

 

– Gostou?

 

Me levantei rapidamente.

 

Jacob estava parado na calçada me observando.

 

Dei um passo á trás, me afastando.

 

Ele bufou

 

– Eu não vou te machucar. Se eu quisesse, já teria feito isso ontem á noite.

 

A imagem do lobo castanho avermelhado voltou em minha mente.

 

– Então porque não o fez? – perguntei o confrontando.

 

Ele colocou as mãos no bolso, e deu alguns passos se aproximando de mim.

 

– Porque você não é uma vampira.

 

Revirei os olhos.

 

– Mas também não sou humana.

 

Ele deu de ombros.

 

– Depende da sua filosofia de vida. Metade do copo cheio, ou metade do copo vazio. Eu prefiro ver as coisas pelo lado positivo.

 

Bufei.

 

– É melhor voltar para a aula Jake – falei montando em minha moto.

 

Ele abriu um sorriso enorme.

 

– Hm... Jake... – falou como se saboreasse a palavra – Ganhando intimidade... Eu gosto disso.

 

Levantei uma sobrancelha, incrédula

 

– Por que está fazendo isso?

 

– Isso o que? – Ele me olhou surpreso, como se não soubesse do que eu estava falando.

 

– Dando claramente em cima de mim, quando acabamos de nos conhecer.

 

Ele fez uma careta e desviou o rosto.

 

 – Encare isso como a minha maneira de fazer novas amizades.

 

Soltei uma gargalhada e dei a partida, me preparando para sair.

 

– Hey – Jacob segurou a moto, colocando suas mãos sobre as minhas.

 

Ele sorriu, me olhando com seus olhos escuros.

 

 – Eu conheço um lugar ótimo para matar aula.

 

 

 

 

 

 

 

Os grãos de areia grudavam em meus pés úmidos à medida que caminhava pela praia. A água salgada subia e descia, encontrando de ora em ora meus pés descalços.

O céu nublado deixava a praia e a areia em tons de cinza, e o ar estava um pouco mais quente do que em Forks. A praia estava silenciosa apesar dos cantos das gaivotas e do som da arrebentação.

 

Eu não sabia como tinha cedido ao convite de Jacob, mas eu não estava arrependida.

Era exatamente daquele lugar que eu estava precisando. Um lugar isolado e silencioso, onde eu podia me esclarecer.

 

Fechei meus olhos enquanto caminhava, tentando absorver toda a energia daquele lugar enquanto o vento brincava com meus cabelos soltos.

 

Eu podia sentir a vida em cada pedacinho daquele lugar. Os sons dos pássaros enchiam meus ouvidos com suas melodias e o cheiro de sal infestava o ar ao meu redor.

Era incrível como aquele lugar me trazia uma sensação maravilhosa de paz e liberdade.

 

Quando abri os olhos, pude ver pelo canto do olho Jacob me observando.

Seus olhos estavam fixos em mim como na noite anterior. Só que agora na forma humana, eu podia ver a intensidade. Como se eu fosse seu...

 

Estanquei, arregalando os olhos.

 

– NÃO! – gritei entrando em desespero.

 

Jacob desviou os olhos para o chão, confirmando minhas suspeitas.

 

Agora eu entendia o motivo por que eu não fora morta na noite anterior. O motivo que fazia Jake se comportar daquela forma tão invasiva, como se me conhecesse á tempos.

 

– Por favor! Diga que NÃO! – implorei

 

 Jacob suspirou.

 

– Eu não tenho culpa Bells. O Imprinting não é algo que se possa controlar.

 

Coloquei as mãos na cabeça em desespero e comecei a andar de um lado ao outro, me arrependendo profundamente de ter desejado por um instante sequer aquela intensidade com que Paul olhou para Nina.

 

– Calma Bella, não vá ter um aneurisma por causa disso – disse rindo com sua voz rouca.

 

Olhei para ele chocada.

 

– Como você pode rir em uma situação dessas!?

 

Ele se aproximou e colocou os braços em meus ombros.

 

– Está tudo bem Bella. Você não é obrigada á corresponder meus sentimentos. O importante é que você saiba que eu sempre estarei aqui por você – disse me olhando daquela maneira.

 

Franzi o cenho, atormentada.

Eu tinha ido ali para entender os meus sentimentos, e todas aquelas sensações que Edward andava despertando em mim.

Mas não.

Eu agora eu estava ali, ouvindo que tinha um escravo amoroso para a vida eterna, que tinha arruinado a vida dele.

 

– Entenda uma coisa – ele continuou – O Imprinting é como a gravidade. Ou seja, eu vou estar feliz por ser apenas seu amigo, mas eu sempre vou querer por mais. A força sempre vai estar me puxando para mais próximo de você, tanto quanto no relacionamento quanto fisicamente.

 

Senti minhas bochechas arderem, a ponto de quase entrarem em combustão espontânea.

 

Desviei os olhos para o mar e ele baixou as mãos de meus ombros.

 

– Eu e Nina heim? – falei pensando no infortúnio, pelo menos no meu caso. Nina parecia corresponder á Paul.

 

Jacob riu ao meu lado.

 

– Só quero ver a cara da sua amiga quando Paul contar todas as verdades á ela...

 

Franzi o cenho.

 

– Ele vai contar sobre os lobisomens?

 

– Não só sobre nós, mas sobre seus amiguinhos também – disse acidamente.

 

Então ela ficaria sabendo de tudo. Inclusive sobre mim.

 

– Não acredito que ela vá acreditar tão facilmente... – disse dando alguns passos á frente, entrando no mar até a água bater em meus joelhos. Minha calça estava dobrada e carregava minhas botas na mão.

 

– Ele tem fortes argumentos – disse da areia atrás de mim.

 

Revirei os olhos.

 

Como fosse ser fácil assim. Até mesmo para mim, que sabia que não era normal foi difícil aceitar a existência de vampiros.

 

– Que tipos de argumentos? – perguntei colocando a mão na cintura e admirando o horizonte.

 

Jacob não respondeu.

 

– Jake? – me virei para olhá-lo.

 

Mas ao invés do garoto de duas pernas estava o lobo castanho-avermelhado sentado, com várias tiras de roupas espalhadas pelo chão.

 

Bufei.

 

– Bem lembrado – disse entendendo qual argumento bastaria para Nina acreditar naquele mundo não tão fictício.

 

Ele se levantou e correu até mim com todo o seu tamanho e peso, jogando toda a água para cima de mim me deixando encharcada.

Ele levantou os cantos da boca gigante, o que poderia ser traduzido para seu sorriso malicioso da forma humana.

 

Jake abocanhou as botas que eu segurava e saiu correndo. Jogando uma nova leva de água sobre a minha cabeça.

 

– JACOB! – gritei furiosa.

 

Corri atrás dele, só que dessa vez sem me conter. Eu não era mais rápida, mas também não ficava para trás. E o fato de sermos quase equivalentes melhorou meu humor.

 

Ri comigo mesma ao imaginar o que as outras pessoas pensariam se vissem aquela cena. Uma garota da minha estatura correndo pela areia atrás de um cachorro de 2 metros de altura.

 

Talvez um dia, quem sabe. Jacob e eu pudéssemos ser grandes amigos.

 

 

 

 

 

 

 

 

– OH MEU DEUS! – Alice exclamou – O que fizeram com você? – perguntou desolada, me olhando da cabeça aos pés assim que eu entrei na casa.

 

Minhas roupas estavam amarrotadas por terem sido secas enquanto eu dirigia em alta velocidade e minhas botas foram um tanto estraçalhadas, por terem substituído a corda em um cabo de guerra contra Jacob, enquanto eu tentava inutilmente arrancá-las de sua boca.

E provavelmente eu estava fedendo para eles. Graças ao vento da praia ao meu favor, não tornei a sentir a coceira em nenhum momento na presença de Jake. Mas eu teria que me acostumar com cheiro dele de qualquer forma...

 

Bufei.

 

– Porque você não me contou Ali? – perguntei, sentindo a raiva me tomar – Porque você não me contou que isso ia acontecer?

 

– Isso o que Bella? – Ele levantou as sobrancelhas, e me olhou confusa.

 

– Que um deles ia sofrer Imprinting comigo! – gritei

 

Ela piscou seus olhos, surpresa e atordoada com a notícia.

 

– Eu não consigo ver os futuros dos Lobos... – falou baixinho, como se pedisse desculpas.

 

Seus olhos pequeninos e brilhantes fizeram meu mau humor se recolher na mesmo instante.

 

Suspirei.

 

Fui até ela e a abracei.

 

– Desculpa.

 

Ela apenas assentiu e me abraçou forte.

 

Eu estava culpando a pessoa errada.

 

Soltei-a, e tornei a olhá-la.

 

– Onde está Edward?

 

 


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Notas finais do capítulo

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