Bella Volturi escrita por Carol Swan


Capítulo 14
(2ª Fase) Divinos


Notas iniciais do capítulo

GEEENTE é Taylor de Tyler, o amigo chato da Bella. Sabe como que é neh... Minha cabeça só fica assim: "Taylor Lautner, Taylor Lautner, Taylor Lautner..." aí acabo confundindo...



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Divinos

 

Filha?

A confusão tomou minha mente.

Me perguntei se ele poderia ser o pai que minha mãe nunca mencionou.

Se ele era o pai que nunca conheci.

- Filha?

Perguntei em um sussurro, com a confusão transpassando minha mente e aparecendo em minha voz.

Ele me soltou de seus braços gélidos e me fitou com seus grandes olhos cor de vinho. Seu olhar profundo insinuava mistérios, segredos. Um mundo de magia, onde tudo era possível.

Em um movimento inesperado, ele se virou e foi até um dos tronos, levantando com agilidade um deles. Ele se sentou e fez um gesto sutil para que eu me aproximasse.

Com seu olhar perdido no chão, ele começou: 

- Há dezessete anos atrás, no festival de aniversário de Roma, conheci uma linda mulher com olhos cor de chocolate e cabelos longos, sua mãe era a mortal mais...

Ele procurava com cautela alguma palavra que descrevesse Renée. Mas antes que ele encontrasse o interrompi.

- Mortal?

Seus olhos pararam de fitar o chão de mármore para fitar meu rosto. 

- Nós somos imortais, querida.

Tuas palavras entraram em minha mente com uma força avassaladora. Apesar de não apresentar nenhuma mudança física á 14 anos, isso ainda podia me impressionar. Para sempre era muita coisa.

- O que exatamente nós somos?

Seus olhos ficaram cautelosos, hesitantes em responder.

- Há uma grande diferença entre eu e você. E para que você entenda o que você realmente é, terá que aprender mais sobre mim.

Dei um passo à frente.

- Me conte.

Seus olhos que antes me encaravam se desviaram de meu rosto, indo parar em algum ponto distante do grande salão. 

- Não há bem uma palavra que nos defina...

Ele se levantou e começou a andar em circulo em volta de mim.

- Somos criaturas divinas, incríveis, magníficas. Resumindo, perfeitas.

Pude ouvir o sorriso em sua voz enquanto passava por trás de mim. 

- Temos uma força insuperável, temos sentidos aguçados, somos velozes, imortais, não precisamos de comida para sobreviver, não precisamos descansar...

A cada item que ele acrescentava á lista sua voz ficava mais empolgada. Talvez impressionado com a própria perfeição ou era outro modo de se gabar.

De repente, ele estava parado á alguns milímetros de mim.

- Você é concepção de duas raças, a união de dois mundos. Você é rara.

Sussurrou em meu rosto. Seus olhos brilhavam como nunca, como se esperasse algo de mim.

Ele se afastou e recomeçou a circular

- Não se sabe muito sobre sua espécie. Mas podemos chamar você de híbrida, mestiça... Seja lá o que for...

As palavras saíam com dificuldade de seus lábios. Como se tivesse receio, nojo.

- Você possui as nossas habilidades. Velocidade, força, inteligência, sentidos apurados. Mas não são tão fortes por você ser uma mestiça.

Seu coração bate em uma velocidade maior do que os humanos, a sangue em suas veias, sua pele é quente...

Ele parou de dizer abruptamente de andar e se virou para mim.

- Do que você se alimenta?

Revirei os olhos como se não fosse obvio

- Comida

Ele ficou pensativo.

- Talvez seja opcional... Como você não sabe de outros meios...

Aquele suspense todo estava começando a me irritar. Eu queria respostas.

- O que você quer dizer?

Perguntei.

Seus olhos estavam mais uma vez fascinados

- Nada... Querida...

Mas antes que eu pudesse insistir por uma resposta, ele continuou:

- Diga, minha cara. Você não gostaria de passar algum tempo em minha humilde morada? A tanto do que você ainda não sabe...

Pensei por um breve instante. Ele estava disposta a me contar... tudo...

Aquela proposta era tentadora demais para ser recusada. Era a minha chance de descobrir a minha origem, de conhecer meu pai.

Era para a felicidade estar me esmagando. O que eu mais sonhara acabara de se realizar. Mas não conseguia sentir nada, nem sequer uma simpatia pelo homem pálido em minha frente.

Entraria de férias em duas semanas, ficar com meu avô em Volterra por um certo tempo não faria mal.

- Como soube de mim?

Ele voltou a se sentar no trono vermelho.

Um sorriso apareceu em seus lábios, mostrando dentes brancos e perfeitos.

- Uma velha amiga...

 

*Aro PDV*

 

As lembranças invadiram meus pensamentos.

 

*Inicio - Flashback*


O treinamento de Jane e Alec não estava sendo muito bem sucedido. Eles andavam meios rebeldes. Ainda não tinham aceitado completamente o fato de pertencerem á nossa espécie.

E ainda havia a saída de Eleazar da guarda.

Tantos problemas.

Se eu ainda fosse humano estaria morrendo de dor de cabeça.

Ouvi passos no corredor ao longe.

Eram passos fortes, agressivos. Demetri. Mas ao seu lado havia passos mais leves e delicados, como o de uma pequena fada.

Logo a porta de carvalho se abriu.

Alice e Demetri entraram pelo salão, indo ao meu encontro.

Levantei-me da poltrona. Não pude recusar o sorriso. Alice era uma dádiva.

- Ora, ora. Olhe quem veio nos visitar.

Caius e Marcus permaneceram sentados.

A pequena respondeu ao meu sorriso, realçando sua face de traços miúdos.

- É bom revê-lo, Aro.

Sempre tão educada.

Seria ótima em minha família. Os Volturi estavam precisando de uma pessoa assim... Tão intuitiva.

- O que a trás aqui, minha cara?

Era uma pena.

O grupo de Carlisle era um prodígio. Dons que seriam super valorizados em Volterra.

- Certas visões andam me atormentando, e todas estão ligadas a você.

Andei rapidamente em direção á pequena.

- Mostre-me?

Estendi meu braço com a palma de minha mão para cima. Ela imitou meu movimento e tocou em minha mão.

Um jato de informação tomou conta de minha cabeça.

Coisas que ninguém sabia, previsões, profecias que ainda iriam se cumprir.

E então, vi o que ela queria me mostrar.

A imagem de uma humana tomou conta da minha mente.

Era a humana de sete dias atrás. Seus cabelos castanhos caiam em ondas por seu rosto. Uma lagrima de sangue escorreu de seus olhos. A mulher estava nua, mas seu corpo estava deformado. Sua barriga parecia inchada com grandes feridas. Meu rosto apareceu em cima de sua barriga.

Depois, tudo ficou escuro. Não havia mais nada para ver

- A visão para sempre aí. Está incompleta. Acho que o feto me bloqueia, pois não consigo enxergar mais nada.

Se as visões de Alice estivessem certas, aquela criança seria minha. Eu seria pai.

Fiquei realmente muito confuso.

Já ouvira boatos sobre mestiços na América do sul, mas nunca me importei em saber se eram verdadeiros.

- Como isso pode ser possível?

Perguntei a minha pequena.

- Não sei. Mas essa criança é sua e por ter sangue Volturi em suas veias, ela terá dons inimagináveis...


*Fim - Flashback*

 

Interrompi meus devaneios. Ela me analisava com seus olhos chocolate.

- E então, vai passar um tempo comigo?

Ela hesitava pensativa.

- Talvez fosse bom para você. Saber um pouco mais de tudo isso...

Completei.

- Terei que resolver...

Disse indecisa

Mas seus olhos pulavam ansiosos. Aquela batalha já estava ganha. Sua ânsia de saber não a deixaria recusar o meu chamado.

- Pois bem. Volte se quiser.

Esperei que ela se retirasse do salão. Mas ela continuou parada no mesmo lugar.

Olhei para ela confuso.

- Você não me disse seu nome.

- Oh, onde está a minha educação!?

Sorri.

- Meu nome é Aro. E qual seria o seu jovem?

- Isabella... Bella.

- Certo. Estarei esperando seu retorno.

- Eu voltarei

- Assim espero.

Ela atravessou o amplo salão com passos rápidos e graciosos. Ao chegar no portal de carvalho, ela se virou para mim.

- A propósito... Obrigada pelo presente.

Sorri mais uma vez.

- Não há de que...

Ela continuou a andar, sua figura foi desaparecendo pela porta e pouco a pouco o som de seu coração na distância.

Bella era um escudo.

E uma jovem mestiça que procurava desesperadamente por seu pai.

Soltei uma risada sarcástica

Grande tolice.

Havia sua sensibilidade e sua necessidade de uma figura paterna.

Coisas tão humanas que eram fatores ao meu favor.

Escondendo certas verdades, eu a traria para a minha coleção.

Com o tempo e com o treinamento certo, seu poder iria expandir. 

Sendo de grande utilidade na guarda. 

E se esse não fosse seu único dom? 

Tudo podia se esperar da obscuridade de sua mente, onde a minha presença era negada.

Ouvi os passos de Jane ao se aproximarem por trás.

Ela estendeu a mão para que eu a tocasse.

Coloquei a minha mão sobre a dela.

A imagem de mais quatro adolescentes na ala norte. A pergunta ecoava na mente de Jane.

Pensei rapidamente.

- Deixe que partam em paz.

Seus olhos vermelhos me fuzilavam.

Por quê?

A pergunta ecoou mais uma vez em sua mente

- Estamos bem alimentados e não há necessidade.

Há o outro menino... Ele me viu. Estaremos correndo o risco de sermos expostos...

Ela tinha razão. Não podíamos correr riscos... Mas havia Bella... Ela não podia saber o que nós éramos.

Pensei rapidamente.

- Não, deixe-o.

Um silvo de raiva escapou pelos lábios de Jane.

- Ela não está presente... Já pode parar com a sua farsa de bom feitor.

Ela rompeu o contato tirando sua mão trêmula de raiva.

- Paciência Jane, em breve ela voltara. E quem sabe se você se comportar bem até lá... Eu a deixe responsável pelos treinos de Bella?

Seu mau-humor melhorou instantaneamente.

Ela soltou uma risada.

- Não sabe como me faz feliz com essa idéia, Aro.

 

 

 


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