Bella Volturi escrita por Carol Swan


Capítulo 13
(2ª Fase) O Despertar


Notas iniciais do capítulo

Vou demorar um pouquinho para postar o próximo =/ Bjooos!



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O Despertar

 

Tínhamos apostado quem conseguiria ficar mais tempo dentro de uma das ruínas da cidade.

Não podia negar, eu também estava com medo, aquela cidade era de arrepiar apesar de minhas vantagens.

Pulei a janela do banheiro. Meus pés tocaram a grama do jardim sem nenhum problema, eram apenas quatro andares.

Ai de mim se Charlie soubesse.

Corri para frente do prédio onde eles me esperavam.

Parei entre Mike e Eric que estavam de costas para mim.

- Bú

Sussurrei entre os dois.

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Os rapazes gritaram.

Caí na gargalhada com o escândalo.

Todos olharam para mim revoltados

- Mais que merda Bella!

Aquilo seria muito fácil e muito divertido.

- Ok garotas. Por onde começamos?

Disse desafiadoramente

- Que tal pela torre do relógio?

Perguntou Taylor me encarando.

Taylor era o mais corajoso deles, mais eu daria um jeito de ganhar.

- Okey!

Subimos as ladeiras da cidade até a praça principal.

O lugar estava completamente vazio e fracamente iluminado, as sombras dos prédios se estendiam por todo o pátio.

Paramos em frente á torre.

Os grandes ponteiros do relógio de metal batiam, marcando meia-noite.

Os meninos olhavam assustados.

- Espero vocês lá dentro.

Disse com um sorriso sarcástico.

Fui até o beco ao lado da torre.

A porta da frente estava trancada, então eu teria que dar uma forcinha.

Pulei para uma janela da torre, quebrei o vidro e entrei.

A janela dava para uma escada circular de um carpete vermelho que cheirava mal.

O lugar era muito abafado.

Desci dois lances de escada e dei em um pequeno corredor, a porta principal estava ali.

A iluminação melhorava quando corria até a porta.

Tirei as duas barras de ferro que impediam a entrada e empurrei a porta.

Taylor, Mike, Eric, Ben e Thomas esperavam lá fora.

Thomas era um novato, que topou vir de curioso.

Eles entraram indo ao meu encontro.

- Obrigado Bella.

Disseram em coro.

- Disponha.

Respondi. Logo depois o silêncio se estendeu. Podendo ouvir apenas o barulho de portas rangendo.

Nos entreolhamos.

- Bom... É isso ai pessoal.

Disse Mike andando para o lado esquerdo do pequeno corredor.

- É... Agente se vê por aí.

Disse e comecei a andar na direção oposta de Mike, de volta para escuridão das escadas da onde as costas á Ben, Taylor e Thomas.

Assim que sai da vista deles corri escada abaixo, para mim estava tudo muito claro, mas os rapazes deveriam ter dificuldades ali.

Não sabia que direção os meninos tomariam, só sei que iriam descer até as masmorras do prédio.

Tinha que arrumar algum jeito de surpreender o Taylor, ele seria o meu único desafio.

Acabei de descer os lances de escada, me deparei em um corredor muito comprido.

Ouvi rangidos nas escadas, alguém descia atrás de mim.

Podia ouvir passos, um coração acelerado e o sangue que pulsava em um som agradável de ouvir.

Sentia-me diferente, estranha.

Devia ser a adrenalina.

Era como se a minha natureza, um instinto estivesse acordado e me tomado. Também podia sentir o meu sangue correr mais veloz em minhas veias, podia sentir uma queimação na garganta.

Todos os cheiros agora estavam muito mais aguçados.

Podia sentir o mofo por trás das pesadas cortinas, podia sentir um cheiro... Um cheiro que me causava dor.

Comecei a andar mais rápido, o cheiro diminuiu aliviando a queimação.

Cheguei ao final do corredor, agora só havia uma porta.

Era alta e de madeira maciça.

Peguei nas maçanetas douradas e a abri.

A porta dava em um amplo salão, o piso e as paredes eram de mármore.

No teto, bem no centro, havia um símbolo.

Dentro de uma estrela vermelha, havia um enorme V, onde dentro havia um brasão com duas águias e duas árvores secas.

Sem a estrela, era o mesmo símbolo que enfeitava a enorme jóia que ganhara de presente.

Olhei para a extremidade do salão.

Havia três tronos vermelhos adornados de um dourado muito vivo, de ouro puro.

Enquanto admirava o lugar, o cheiro voltou mais forte do que nunca. Minha garganta ardia.

Taylor se aproximava, ficando a poucos metros de mim.

Virei-me rapidamente para fitá-lo.

Ele se assustou com o meu movimento inesperado.

Mas seus olhos continuavam arregalados, como se estivesse vendo um fantasma.

- Be...Bella... Você... Está legal?

Ele estava muito nervoso, suas pernas trêmulas quase cederam com o peso.

Confusa, perguntei:

- Estou... Por quê?

Ele se aproximou ainda mais me analisando.

- Eu não sei... Você está estranha.

Eu não sabia do que ele estava falando.

Na parede esquerda, havia um espelho.

Caminhei devagar até ele.

À medida que eu me aproximava fui notando o meu reflexo.

Meus olhos... Minha pele...

Eu estava mais bonita... E mais assustadora.

Minhas íris antes chocolate, estavam completamente negras.

Minha pele estava branca, translúcida.

Passei a mão naquele estranho rosto.

- Bella, é melhor irmos logo.

Fiquei perdida naquele espelho.

O que está acontecendo comigo?

Minha face estava perfeita.

Eu já não me parecia tanto com minha mãe.

- BELLA!

Os gritos de Taylor interromperam os meus pensamentos.

Olhei pelo espelho.

Uma figura baixa, loira entrou graciosamente no salão passando por trás dos tronos.

Era uma menina, não devia ter mais de 14 anos.

Virei-me, olhando diretamente para ela.

A menina me fitava com seus grandes olhos cor de sangue. Seus olhos se contraíram ao me notar.

Ela olhou para Taylor que agora estava prestes a correr.

E tudo aconteceu rápido demais.

A menina pulou em direção ao Taylor abrindo sua boca em um estranho sorriso.

No mesmo segundo, atravessei o salão em um único pulo, me jogando contra a garota.

Meu corpo se chocou contra o seu provocando um grande barulho.

Batemos com força na parede do salão.

Caí de costas no chão com a menina em cima de mim, ela me olhava furiosa. A dor tomou todos os meus membros, era como se eu tivesse me jogado na frente de um trem em alta velocidade.

Taylor me olhava chocado.

A menina se levantou e pisou em minha barriga, me deixando imobilizada.

Olhei para Taylor, o que aquele idiota ainda estava fazendo aqui ?!

- CORRA!

Ele balançou a cabeça, se recuperando do transe.

A menina olhou rapidamente para Taylor. Isso foi o suficiente para ele me obedecer.

Entre tropeços Taylor saiu correndo do salão.

Ela tirou o pé de cima de mim se preparando para persegui-lo.

Mas antes que ela começasse a correr, segurei seu tornozelo, a lançando contra os tronos com uma força sobre-humana.

Seu corpo derrubou os tronos, mas seus ágeis pés bateram na parede, lançando-a de volta em minha direção.

Ela caiu agachada á alguns metros de mim.

Seus olhos de sangue me encaravam.

O ódio cresceu dentro do meu peito.

Eu queria arrancar a cabeça dela.

Ficamos nos encarando por alguns segundos.

Seu corpo se curvou, se preparando para me atacar.

Imitei o seu movimento.

Mas antes que eu me lança-se contra ela, pude ouvir uma voz baixa, mas forte como um trovão.

- Jane, Basta.

A menina soltou um som estranho entre os dentes, um som meio felino.

Ela não relaxou, continuava em posição de ataque.

Pude ouvir outro som felino, mais forte.

O suficiente para fazer minhas pernas amolecerem.

Relutante, ela ficou ereta. Obedecendo a voz.

Mas continuou a me encarar com desprezo.

Não relaxei o corpo.

Um homem envolto em um capuz saiu das sombras, aparecendo por trás dos tronos caídos.

Ele era extremamente pálido, com os cabelos negros até o ombro.

Seus olhos analisaram as cadeiras no chão, depois analisaram Jane, e finalmente pousaram em mim.

Seus olhos eram de um vinho profundo.

Seu rosto ficou iluminado por um grande sorriso.

Apesar de medonho, o homem era belíssimo.

- Fascinante.

O Homem sussurrou se aproximando de mim em um andar urgente.

Fiquei reta e levantei o queixo.

Seu sorriso não diminuiu.

Esticou o braço, passando seus dedos frios pelo meu rosto.

Ele soltou uma gargalhada.

Sua voz forte ecoou pelo salão.

Senti os pelos do meu braço se eriçarem.

- O tradicional orgulho Volturi.

Apesar da minha arrogância, ele não se irritou e nem igualou sua postura á minha.

Continuou a passar seus longos dedos no meu rosto, mas logo seu sorriso sumiu. Seus dedos pararam em minhas bochechas.

Tirou as mãos do meu rosto.

Ele me analisou cauteloso.

Seus braços se abriram e me envolveram.

- Seja bem-vinda... Filha.

Havia um tom a mais na voz daquele homem, um tom nada muito amistoso.

Jane soltou um silvo de raiva, que ecoou por todo o salão.

O homem misterioso continuou a me abraçar.

Filha?



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