Bella Volturi escrita por Carol Swan


Capítulo 11
(2ª Fase) Bella Swan


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! :D reviews!



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Bella Swan

 

 

Pulei da carteira assustada.

O sinal da escola tocava anunciando a hora do intervalo.

Todos saíram apressados, apenas Jéssica e Ângela me esperaram.

Hoje era dia 13 de Setembro. Meu aniversário. Não tinha a menor pressa para ir pro refeitório. Seria abordada pelos 845 alunos da escola.

Suspirei.

Eu não gostava de ser tão conhecida. Simplesmente não combinava comigo.

Quando vi a cara de impaciência de Jess percebi que não daria mais para adiar, teria que enfrentar a situação mais cedo ou mais tarde.

Sai da sala acompanhada pelas meninas.

Quando chegamos ao refeitório foi exatamente o que eu previra.

Sentamos na nossa mesa de sempre, onde Jess, Ângela, Eric, Mike, Ben, Lauren e eu ficávamos todas as manhas. Mas devido à data, havia mais um monte de rostos que eu não estava acostumada.

- Parabéns Bella

- Felicidades

- Hei! Vai ter festa?

- Ai você está tão linda hoje.

- Quantos anos Bella?

- Nossa só 17? Você parece ser mais velha...

 

Todos falavam ao mesmo tempo na minha cabeça. Respondi a todos com a maior paciência possível. Fazer aniversário tinha seus aspectos negativos.

Isso, com certeza era um desses.

 

A manhã logo terminou para o meu alivio.

Despedi-me do pessoal e subi na minha moto.

Corri um pouco pela estrada q ficava fora da cidade antes de ir para casa. Eu adorava correr. E ter um pai delegado não ajudava em nada.

Graças a minhas habilidades não-naturais, eu conseguia correr a 160 km e não receber nenhuma multa.

Eu não era normal. Eu era algum tipo de aberração.

Na carta que minha mãe deixara para meu pai á 16 anos atrás, ela contava que eu não era filha de Charlie, e sim de um monstro, o Frio. E falava que eu seria especial. Mais nada.

Nenhuma explicação que me fizesse saber quem eu realmente era.

Charlie só me deixou ver essa carta á três dias atrás. Foi um baque para mim papai me esconder aquilo por tanto tempo. De acordo com ele era porque eu precisava ter maturidade para entender.

No inicio fiquei brava com ele, mas logo passou.

Eu sempre soubera que não era filha de Charlie, isso ele nunca me escondeu. Foi ele quem me criou quando minha mãe fugiu.

Se eu tivesse a carta em minhas mãos mais cedo, eu já poderia ter descoberto quem era o Frio. Podia saber a verdade.

Mas agora, eu sabia sobre o que procurar.

Diminui a velocidade quando voltei para cidade á caminho de casa.

Guardei a moto na garagem e entrei em casa me jogando no sofá.

A casa estava totalmente vazia. Charlie estava na delegacia trabalhando como sempre, minha madrasta devia estar no salão ou fazendo outra coisa fútil, e a emprega estava de folga.

Fechei os olhos.

A escuridão me tomou. Fazendo esquecer de tudo o que me preocupava...

 

O vento frio soprava no meu rosto.

Eu estava em uma clareira muito bonita, havia flores espalhadas por todo o campo e o sol aparecia entre as árvores.

Podia ouvir o som do rio, podia ouvir a respiração dos animais ao meu redor.

Enquanto admirava, pude sentir braços fortes e gélidos me envolverem.

- Eu estava esperando por você...

Uma voz aveludada soou no meu ouvido fazendo meu coração bater mais rápido do que nunca.

Virei-me.

Mas assim que me virei, o rosto lindo de antes havia se transformado em um mostro de caninos afiados e olhos vermelhos.

A criatura de repente deu um berro e pulou para cima de mim.

- SURPRESA!

 

 - AAAHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

Cai do sofá.

Vick começou a gargalhar feito uma hiena. Eu gostava dela, mas tinha horas que eu queria matá-la. E essa era uma delas.

- Mais que MERDA Vick!

Me levantei agilmente.

Ela continuava rindo da minha cara.

- Você... Precisava... Ter... Visto... A sua cara!

Disse devagar tentando se recompor da crise.

Bufei.

- Ok, ok! Diga-me, o que está fazendo aqui tia?

Ela me deu um sorriso.

- Vim te levar para a cozinha.

Bufei de novo. 

Eu conseguia escutar tudo o que eles estavam armando na cozinha.

Fingi não saber de nada por consideração.

- Para que?

- Você vai ver!

Pegou minha mão e saiu me arrastando pela casa.

Paramos em frente à cozinha que estava com a luz apagada.

Vick acendeu a luz.

- SURPRESA!

Gritaram todos juntos.

Pude identificar todos os rostos.

Charlie e Juliet, minha madrasta. Tio James, Jéssica, Mike, Ângela, Ben, Eric e alguns amigos de meu pai.

 

Em cima da mesa da cozinha havia um bolo de sonho de valsa de 3 andares com uma vela de número 17 no topo. Do lado do bolo, havia um monte de presentes.

Meu mau humor foi embora em um instante, não pude evitar um sorriso.

Agora os aspectos positivos começavam a aparecer.

- Feliz aniversário Bella!

Charlie foi o primeiro a me abraçar.

Após cumprimentar á todos e agradecer pelo presente, pude finalmente servir a todos um pedaço do meu bolo preferido.

A tarde foi se passando e a noite foi chegando. Os amigos de meu pai já haviam ido embora e meus tios também.

Ficaram só meus amigos.

Jogamos umas partidas de truco fazendo a vizinhança reclamar com a gritaria. Logo depois disso todos foram embora ao mesmo tempo.

Já eram onze horas da noite.

Peguei meus presentes e mais um pedaço de bolo e subi para o meu quarto.

A essa altura Charlie já estava dormindo feito uma pedra.

Sentei-me na cama com meu pedaço de bolo e comecei a desembrulhar meus presentes.

Peguei a maior caixa. Ela estava embrulhada com um papel prateado.

Rasguei facilmente a embalagem.

UAU!

Era um note book. Novo MacBook Air da aple preto.

Meu sonho de consumo.

Olhei a etiqueta.

 

De: Vick e James

 

Para: Nossa querida sobrinha.

 

Eu teria que agradecer por dois anos esse presente.

Deixei meu bebe de lado e dei uma garfada no pedaço de bolo.

Peguei outra caixa.

O papel era vermelho com muitos palhaçinhos. Olhei na etiqueta para confirmar se era mesmo de Jéssica.

Eu estava certa.

Rasguei o embrulho.

Era uma câmera digital.

A câmera era preta e super moderna. Eu já estava acostumada a ganhar presentes caros.

Coloquei a câmera em cima do meu note book ainda lacrado.

Ângela havia me dado um estojo de maquiagem.

Mike havia me dado um coração de pelúcia. Não pensei no assunto.

Ben me deu uma caixa de chocolate.

Eric me deu um ipod.

E meu pai havia me dado um cartão de crédito. O que na minha opinião era um dos melhores presentes.

Cansada, coloquei meus presentes em cima da mesa e fui para o banheiro.

Tomei um banho quente e relaxante. Assim que acabei, me enrolei na toalha e voltei para o quarto.

Quando passei pela porta do quarto, o vento frio que vinha da janela aberta tocou em minha pele quente fazendo os pelos do meu braço se eriçarem.

Corri para fechá-la.

Tinha certeza de ter trancado ela mais cedo.

Enquanto a fechava, notei uma caixa no parapeito da janela.

A peguei e analisei.

Era de veludo vermelho. Devia ter me esquecido daquele presente.

Abri a caixa curiosa.

Senti meu queixo cair novamente.

Era uma jóia. Mas não era uma jóia qualquer.

No cordão de prata, havia uma safira enorme em formato de lágrima e pequenos diamantes a contornavam formando uma moldura.

Atrás da jóia havia um brasão, tendo no centro um grande “V”.

Meu Deus! Aquilo devia ter custado uma fortuna.

Procurei na caixa o nome de quem me dera tal peça.

Havia um papel muito velho dentro da caixa.

O peguei e o desdobrei.

 

Um dia bonito e festivo nasceu.

No curso do tempo sua idade avança, transpõe o infinito que nunca previu.

Radiante! Até parece uma magia, um sonho.

 

Parabéns e até breve...

 

Não era nenhuma letra conhecida. Era muito elegante para ser de um de meus amigos. Olhei o verso, mas não havia mais nada.

Que estranho. Não havia nome.


 


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