Subarashiki Kono Sekai escrita por Stefany01


Capítulo 11
Anos - Kohaku/Shuichiro


Notas iniciais do capítulo

Certo. Viu? Um pedido de desculpas. Pouco convencional, visto que é de WISH, e WISH deve ser o trabalho menos conhecido da CLAMP... Mas, um pedido de desculpas, de qualquer forma!

E WISH faz sua presença reconhecida. Então, eu acabei de reescrever, porque estava horrível, e os avisos são os seguintes: spoilers, porque se passa pós-fim (mas pré-últimas duas páginas ou algo do tipo) do mangá. Não tem shounen-ai ou shoujo-ai ou heterossexualidade, pra ser muito honesta, porque Kohaku é Kohaku, Kohaku é que nem Mokona, e nenhum deles tem sexo. Obrigada.
Romance, um pouco de drama... bem a cara de WISH, na verdade. Apesar de eu não ter chorado escrevendo a drabble (mas eu nunca choro escrevendo qualquer coisa que seja), então, mais leve, provavelmente.
Espero que gostem.



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Anos e anos numa árvore: o mundo não para — Kohaku

Não havia nada de novo em estar à parte do tempo ao meu redor: como anjo, o tempo corria diferente para mim do que para humanos. Eu não era um ser temporal, eu não era um ser mortal. Eu não era um ser com gênero, ou com idade, ou com morte. Eu era um anjo, um nome e pouco mais.

Mesmo assim, houve algo que me despertou o interesse. Nós não fomos feitos para amarmos uma única pessoa, nós fomos feitos para amarmos a todos igualmente... Mas, assim como Hisui-sama nos abandonou por amar um demônio, eu escolhi um humano a meu lugar nos Céus.

Não havia jeito de ficarmos juntos “para sempre”, como foi seu desejo; eu iria, para sempre, estar vivo, amando você..., mas você, humano, iria morrer cedo ou tarde.

Nenhum “tarde” era tarde o suficiente.

Foram anos para você — foi um piscar dos olhos para mim. Preso por uma centena de anos em minha forma vulnerável, incapaz de proteger a mim mesmo, um lembrete de como nos conhecemos, preso no alto de uma árvore... E ali, sentado em seus ombros, ao seu lado, em seu colo, em suas mãos. Não havia um jeito fácil de dizer adeus, quando a hora chegou. Havia apenas um jeito de chorar e fechar os olhos e desejar pelo agora, pelo de novo.

Foi uma bênção — e uma punição — estar preso na árvore que você tanto admirou. Por um lado, eu só poderia sair quando minha punição estivesse acabada..., por outro lado, eu não poderia chorar sua perda, não poderia ter meu luto em paz, não poderia dar um fim ao que não acabou.

Um e outro humano passou pela nossa árvore. Um e outro humano morreu. Como você, caindo sem vida aos pés de algo sem idade. Como você, apenas mais um no decorrer de um tempo que é mais do que você poderia imaginar.

Em silêncio, em meu sono, havia uma leve presença que me deixava apenas o mais breve choro de saudades. Um ano após o outro, uma dor após a outra. Anos e anos se passaram — cem anos adormecido, preso num mundo em minha própria cabeça.

Cem anos antes de acordar, uma voz familiar despertando um amor que nunca se foi.

Cem anos, mil anos, a eternidade. Pode passar minha vida inteira, você pode morrer de novo e de novo, renascer de novo e de novo..., mas houve apenas um desejo que você me fez, Shuichiro-san, e “para sempre” é algo que humanos não entendem — mas eu sim. E talvez não seja o mesmo, não seja o que você queria...

Mas para sempre é todos os anos que eu lhe amaria.


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Notas finais do capítulo

Vou tentar reescrever outras. Ou escrever uma nova. Não prometo nada.



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