Sparks Fly escrita por GreenTop


Capítulo 1
Capitulo Único


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna.

Decidi escrever essa one como hoje é dia dos namorados, ou também dos shipps né, rs. Não sei se ficou boa, mas...
Tem música, cliquem no link quando a letra aparecer, ok?

Boa leitura!



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― Você está bem, Lu-chan? Aconteceu algo?

Que lugar era aquele onde não se podia nem ao menos repousar a cabeça sobre o balcão, com um olhar deprimido no rosto e sem ânimo algum para fazer a mais simples das tarefas que fosse sem que alguém pensasse que havia algo de errado? Bem... Na verdade existia mesmo algo de errado com Lucy, ou melhor, existia a falta de algo...

― Está tudo bem, Levy-chan.

― Tem certeza? Você parece estar tão triste. Já sei, é por causa do Natsu, não é?

Lucy virou o rosto para o lado oposto, tentando esconder a expressão que denunciava a verdade. Fazia apenas algumas horas que o companheiro de time saiu para realizar um trabalho ao lado de Gildarts e já sentia tanta falta dele? Se ao menos fosse um trabalho normal...

― Um ano, Levy-chan! Ele não podia ao menos ter pensado em seus amigos antes de aceitar esse trabalho com duração de um ano?! ― Exclamou, elevando seu tom de voz e erguendo a cabeça, sem se preocupar mais em escondê-lo.

― Sabia que estava assim por causa dele. Alguma vez você já cogitou a possibilidade de estar apaixonada pelo Natsu, Lu-chan? ― Levy perguntou, dando em seguida uma mordida no doce que segurava em sua mão.

― Eu? Apaixonada pelo Natsu? ― Levy acenou positivamente, e logo em seguida Lucy começou a rir da estranha possibilidade imposta por Levy. Apaixonada pelo Natsu? Impossível! ― Levy, o Natsu é despreocupado, bagunceiro, briguento, não é nem de longe o tipo de homem que eu desejaria para mim, na verdade ele é exatamente o oposto disso.

― Mas esqueça esses defeitos do nosso querido Dragon Slayer e pense: Como está se sentindo sabendo que ficará um ano sem poder vê-lo, sem poder falar com ele?

― Horrível. Faz tão pouco tempo que ele saiu e já estou morrendo de saudade. Me sinto vulnerável sem ele por perto, porque apesar de tudo, estar perto dele faz com que eu me sinta protegida ― sorriu, ao se lembrar dos momentos passados ao lado do Dragon Slayer, suas lembranças com ele que, somente por se lembrar faziam seu coração acelerar. ―. E tenho certeza que vou sentir falta dele invadindo minha casa a noite, de todas as risadas que damos quando estamos juntos, daquele seu jeito desleixado de ser, do modo como sempre se preocupa comigo, seja com relação ao aluguel ou outras coisas, do seu sorriso... Eu não acredito, eu estou mesmo apaixonada pelo Natsu?

Não que já não suspeitasse de seus sentimentos pelo amigo, eles apenas não eram tão claros até aquele momento, até alguém expô-los à Lucy. E ter uma confirmação do que sentia... Não sabia se era bom ou ruim.

― Não tenho mais duvidas, não depois de ver o sorriso que se formou no seu rosto apenas por se lembrar dele.

― Como eu fui me apaixonar pelo garoto mais irresponsável da Fairy Tail, Levy-chan? ― perguntou, colocando as mãos sobre a cabeça ― E como vou conseguir ficar todo esse tempo sem vê-lo? Sem saber se ele sente o mesmo?

― Acho que você demorou um pouco para perceber seus sentimentos, Lu-chan. O jeito agora é esperar que esse ano passe rápido, e quem sabe não seja bom para você ter certeza do que sente. Mudando de assunto, e o festival de dia dos namorados de Magnólia, você irá?

― Acho que não estou nem um pouco animada para ir a esse festival, Levy-chan, ainda mais agora. Ficarei em casa mesmo.

“Um ano... Será que passará rápido? Não há nenhum jeito de acelerar o tempo?”.


(...)


― Fico feliz de te ter comigo nesse trabalho, Natsu, uma companhia ás vezes é boa.

― Não se esqueça do que me prometeu, Gildarts, sobre me treinar e me deixar mais forte.

― Você já é muito forte, mas se quer mesmo que eu te treine, não tem problema. É uma pena que teremos que perder o festival de Magnólia.

― Nee, Gildarts, o que é esse festival afinal?

― Você não sabe?

― Não, ouvi pessoas falando sobre ele a semana inteira, mas não sei o que é.

― É uma comemoração para os casais, um dia especial para os apaixonados.

― Mas por que você queria ir então? Que eu saiba você não tem namorada, não “fixa” pelo menos.

― Também há muita comida boa, e apresentações. Além disso, a chuva de fogos de artifício é linda, eu me lembro de certa vez tê-la assistido ao lado da Cornélia, a mãe da Cana.

Um festival para casais... Natsu nunca havia ido a um antes na vida. Também nunca estivera apaixonado por alguém.

― Gildarts, como é estar apaixonado? ― Perguntou, enquanto olhava para a paisagem.

― Estar apaixonado? É muito bom, as sensações são estranhas, mas é mesmo bom. Você quer estar ao lado da pessoa em todos os momentos, quer tê-la ao seu lado e quer apenas o melhor para ela. Você sente necessidade de protegê-la e ela se torna a pessoa, ou melhor, se torna o que de mais importante você tem no mundo.

Natsu parou seus passos, era mais do que precisava ouvir.

― Acho... Acho que estou apaixonado pela Lucy. ― Gildarts também parou, moveu seu olhar para o garoto, sem encontrar os olhos dele, entretanto, já que Natsu olhava para o chão ― Será que ela ficará bem durante esse tempo em que ficarei longe?

― Um ano é muito tempo, muitas coisas podem acontecer, quem sabe ela até mesmo encontre um companheiro. ― ver Lucy nos braços de outro homem, apenas aquela ideia já fazia o estomago de Natsu revirar. Ele não aguentaria vê-la em outro lugar senão nos seus braços ― O que é mais importante para você neste momento, Natsu, o treinamento ou a Lucy? Magnólia está um pouco distante, mas se correr acho que consegue chegar antes da meia noite, a noite do festival é uma boa oportunidade para se declarar.

Ele não precisava dizer mais nada. Natsu sabia muito bem o que fazer, atrás do que correr, e corria como nunca correu antes, com toda sua energia concentrada em suas pernas, afinal, para quem já esperou tempo demais, um segundo sequer perdido era muito.


(...)

As estrelas enfeitavam o céu, totalmente limpo, sem nem ao menos uma nuvem para atrapalhar, dando àquela noite um aspecto perfeito para o festival que acontecia no centro da cidade. Uma linda noite, sem dúvida, mas para Lucy era exatamente o contrário, tudo por culpa daquele garoto. Por que ele tinha que ter partido para aquele trabalho?

Baka!

O baka por quem não conseguia mais negar ter fortes sentimentos. Por que ele tinha que abandoná-la na noite em que todos os casais estavam juntos? Certo que ainda não eram um casal, mas ela bem que queria que fossem.

O apartamento ainda estava distante quando pequenas gotas de água começaram a cair do céu, molhando a jovem maga.

Que ótimo!

Pensava que o dia não poderia ficar pior, grande erro. Além de ter Natsu longe de si por um ano teria que ir para casa debaixo de chuva. Estranho que, no centro da cidade o céu continuava limpo, como se houvesse uma nuvem apenas sobre a maga, uma nuvem de azar. Era apenas uma garoa no início, mas logo o tempo piorou, os gotas se tornaram grandes pingos de água. Em pouco tempo Lucy ficou completamente encharcada.

Quando se aproximou do apartamento a chuva tornou a ser apenas uma fina garoa. Não fazia diferença alguma, entretanto.

Se preparava para subir as escadas que levavam à porta, mas algo a parou. Algo não, uma voz.

― Ei! Lucy!

Era uma alucinação, não era? Não podia ser mesmo ele. Ou podia?

Parecia ser uma alucinação, porém conforme Natsu se aproximava a realidade mostrava-se mais real do que nunca. Ele estava realmente ali, mas como?

― Natsu? O que está fazendo aqui? Pensei que tinha ido com Gildarts a um trabalho.

― Percebi que tenho algo mais importante do que o trabalho para fazer e voltei.

― Mais importante do que o trabalho? O que?


“And you stood there in front of me just

Close enough to touch

Close enough to hope you couldn't see

What I was thinking of”



Ele encostou sua mão no rosto de Lucy. Estava muito ofegante, por culpa da corrida. Seu cabelo molhado deixava-o ainda mais bonito do que normalmente era. Seu coração acelerou, assim como o de Lucy. As palavras pareciam estar presas em sua garganta, não conseguia tirá-las de lá, mas não podia voltar atrás, aquele era o momento ideal para confessar o que sentia. A ansiedade tomou conta de todo o seu corpo. Em seu estômago parecia que borboletas dançavam. Uma sensação estranha, como Gildarts disse, porém muito boa. Reuniu toda a coragem que possuía, respirou fundo, e tratou de dizer logo aquelas palavras que tanto queria que Lucy ouvisse.

― Você. Você é muito mais importante para mim do que esse trabalho.

― Natsu...

Ele se aproximou aos poucos, sem deixar de olhar para os olhos acastanhados de Lucy. Um centímetro por segundo, estava hesitante, e se Lucy não quisesse ser beijada por ele? Ela não demonstrava querer se afastar, mas...

O garoto estava tão nervoso, tanto quanto estava ansioso. Antes mesmo que percebesse seus lábios encontraram os de Lucy. Ela não se afastou, pelo contrário, as mãos da garota contornaram o pescoço de Natsu, chegando aos seus cabelos rosados, passando seus dedos entre eles e sentindo sua maciez.


“Drop everything now

Meet me in the pouring rain

Kiss me on the sidewalk

Take away the pain”



Ela permitiu a passagem da língua de Natsu, e ele explorava cada canto da boca de Lucy, ambos desfrutando de sensações totalmente únicas, nunca sentidas antes. Sentimentos, sensações, toques, tudo estava misturado.

Lucy não esperava que fosse ver Natsu antes de completado um ano de sua partida, muito menos que ao vê-lo ganharia um beijo do mesmo. Foi uma grande surpresa. A chuva continuava a cair, mas aquilo tornava o beijo ainda melhor.

Quando se afastaram, por culpa do oxigênio, continuaram mantendo as testas encostadas e os olhares direcionados um para o outro. Dizem que os olhos são a janela da alma, então talvez estivessem apenas tentando decifrar o que existia no interior de cada um deles.

O barulho forte de algo estourando foi ouvido ao longe. A curiosidade os levou a mover o olhar. A chuva de fogos de artifício, da qual Gildarts falara, havia começado. O céu tomou várias tonalidades, vermelho, azul, verde, amarelo, roxo, todas as cores possíveis o enfeitavam.

Enquanto isso, Natsu e Lucy continuavam abraçados. Assim que voltaram a se encarar começaram a rir. A única chuva que continuava a cair era a dos fogos de artifício.

― Isso está mesmo acontecendo, Natsu?

― Acho que sim.

― Eu também tenho uma coisa importante para dizer. Não sei desde quando, mas... Eu te amo.

Natsu sorriu. Já havia sentido que seus sentimentos eram retribuídos quando a beijou, mas ouvir aquelas palavras vindas da boca de Lucy era muito melhor.

Não importava o tempo que esperaram, o que sentiam era recíproco, e isso era o que realmente importava.

O último beijo da noite foi acompanhado do último dos fogos de artifício. Um coração de faíscas vermelhas se formou no céu, e junto dele, um sorriso foi formado nos rostos de Natsu e Lucy.

'Cause I see, sparks fly whenever you smile


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Notas finais do capítulo

É isso.
Deixem reviews dizendo o que acharam da one, ok?