The Big Four - The Rise of Darkness escrita por Nelly Black


Capítulo 7
Um aviso da Filha do Breu


Notas iniciais do capítulo

Tudo joia com vcs? Eu espero que sim, já que são os melhores leitores que eu já vi. :DNovo capitulo galera. Esse tem dois POV'S. Um da Rapunzel e um do Soluço. Espero que curtam e não se esqueçam de comentar. :)



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POV Soluço

Entramos na casa de Jamie, que nos conduziu para uma sala cheia de geringonças diferentes e estranhas. Jack e eu nos sentamos nas coisas que ele chamou de "poltronas", enquanto Rapunzel e Merida se sentaram no tal "sofá" com Jamie.

“Sua casa é... interessante.” Rapunzel disse, olhando para uma caixa estranha que havia em cima de um balcão também estranho. “O que é aquilo?”

“Uma televisão.” Jamie respondeu, confuso.

“Humm... o que ela faz?”

“Hã... ela...”

Um barulho estranho veio de uma mesinha que havia canto. Olhei curioso para aquilo, mas não fui o único. Rapunzel estendeu a mão para a coisa preta de onde vinha o som, mas Jamie a impediu pegando a coisa antes dela. Assim que ele pegou o barulho cessou.

“Alô?” Disse, colocando a geringonça preta no ouvido.

“Por que Jamie está falando sozinho...?” Perguntei a Jack, pelo canto da boca.

“Ele é maluco?” Merida acrescentou num tom baixo.

“Ele não é louco...” Jack respondeu olhando para nós de um jeito estranho. “Ele está falando com alguém do outro lado da linha telefônica.”

“Como?” Rapunzel perguntou, antes de mim.

Jack gemeu.

“Olha, eu não posso explicar cada coisa-” Ele começou a dizer, mas um suspiro de Jamie atraiu sua atenção.

“Tudo bem, eu vou tomar.” Jamie disse e colocou a “coisa preta” de volta no lugar. “Era minha mãe. Ela já está chegando. Acho melhor conversarmos no meu quarto.”

Assentimos e subimos com Jamie para o primeiro andar. Rapunzel ficou maravilhada com o quarto do garoto, que tinha as paredes repletas de livros e desenhos. Enquanto Jamie tomava seu banho, Jack se sentou entediado na cama do garoto, enquanto Merida, Rapunzel e eu começamos explorar aquelo cômodo diferente.

“Que coisa estranha...” Falei mexendo numa coisa molenga e metálica.

"Olhem isso” Merida disse pegando uma caixa barulhenta.

Rapunzel começou a mexer nos desenhos que estavam em cima da escrivaninha de Jamie.

“Olha Soluço.” Ela disse e logo eu apareci ao seu lado.

"Lembra o Bocão.” Comentei observando o desenho de um bárbaro loiro e magricelo. “Só que esse é mais jovem e magro...”

“Agora podemos conversar.” Jamie disse entrando no quarto.

Depois de Jack fazer uma longa explicação para Jamie sobre a volta de Breu, um silêncio irritante invadiu o ambiente. Tipo... eu gostava de silêncio. Mas aquele era entediante.... parecia que alguém tinha morrido.

“Então Breu voltou. E agora tem aliados?” Jamie sussurrou baixinho.

Jack assentiu.

“O que vai acontecer? Como vão combatê-los? Vocês podem combatê-los? Todo mundo vai parar de acreditar de novo? E se eu parar de acreditar?”

“Jamie!” Jack segurou em um dos ombros do garoto. “Acalme-se. Você nunca vai deixar de acreditar em nós e não se preocupe... Vamos nos livrar deles. Mas...”

“Mas...?”

“Não vai ser as crianças que serão afetadas dessa vez. Vai ser o mundo todo.” Jack respondeu sério. “As crianças acreditarem em nós, mantém nossos poderes. Mas há uma razão para o The Big Four ser reunido só agora. É por que essa ameaça vai além dos poderes dos Guardiões!”

Jamie ficou sem fala.

“Jack... esse Breu... tem poder sobre os mortos?” Merida perguntou, hesitante, com a testa franzida

"Não que eu saiba. Por quê?”

“Esse tal urso... minha mãe o matou há algum tempo...”

“E o dragão foi incendiado e morto pelo Banguela há três invernos.” Disse tão confuso quanto Merida.

“Mas como ele pôde trazê-los de volta a vida?” Rapunzel perguntou, compreendo a situação.

“E ainda por cima controlá-los.” Merida acrescentou pensativa, como se estivesse lembrando-se de algo.

“Roubando o meu poder.” Respondeu, uma voz gélida.

Uma figura encapuzada saiu de um canto escuro do quarto e abaixou o capuz de sua capa. Seus olhos eram azuis, seus cabelos eram negros e curtos e ela era um tanto pálida. Do nada, lembrei-me dos pesadelos que tinha quando criança.

“Eu sou Lilith. Sou a filha do Breu.”

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POV Rapunzel

Tudo aconteceu muito rápido.

Jack se pôs na frente de nós e apontou seu cajado de forma ameaçadora para a garota Lilith. Eu agarrei um porta-retrato e Merida preparou seu arco e flecha. Soluço entrou na frente de Jamie, deixando o garoto atrás de si.

“Não irei fazer mal a vocês.” Lilith disse com um sorriso, que não melhorou a situação,

“Por quê?” Jack perguntou apertando seu cajado com força.

“Por que odeio o meu pai tanto quanto vocês. Ele roubou meu poder.”

Eu e os demais nos entreolhamos. De algum jeito, sentia que ela falava a verdade.

“Seu poder?” Merida questionou abaixando o arco. ”Qual é ele?”

“Controlar as mentes. Breu precisou desse poder para controlar seus pesadelos.”

“Nossos pesadelos?” Soluço perguntou parecendo assustado.

“Sim, os seus e o da Merida. Mor’du e o Morte Vermelha atormentam suas mentes dia e noite, vocês não percebem, mas eles estão lá.”

Jack saiu de sua posição de ataque e se encostou no seu cajado. Coloquei o porta retrato de volta no lugar e cruzei os braços, pronta para ouvir Lilith.

“Ele se apoderou dos seus pesadelos e começou a torná-los real. Porém, ambos eram incontroláveis, selvagens. Meus poderes o ajudariam a domá-los. Por isso ele os tomou de mim. Eu só consigo evitar que alguém me veja por causa da minha capa.”

“Ok. Mas... por que você está aqui?” Merida perguntou franzindo a testa.

“Para alertá-los. Breu está mais poderoso do nunca. Ele se aliou a uma bruxa antiga e agora pode fazer magias. Vocês só poderão derrotá-lo juntos. Por isso ele vai tentar separá-los.”

“Por que está nos alertando?” Perguntei desconfiada. Afinal... ela era a filha do nosso inimigo.

“Acho que já expliquei, por que sou inimiga de Breu”

Lilith tirou a capa, olhando de Jamie para Soluço. O viking saiu de frente do garoto dando passagem. A filha do Breu sorriu e estendeu sua capa preta para Jamie.

“Fique. Vai te proteger.” Ela disse, usando um tom de voz simpático.

Jamie engoliu em seco e pegou a capa. Lilith sorriu ainda mais e assentiu levemente, antes de nos olhar com o semblante sério.

“Tomem cuidado com esse garoto e com aqueles que vocês amam. Breu vai usá-los para enganá-los.” Avisou, no mesmo tom gélido de antes.

A garota andou na direção do canto de onde tinha surgiu, parando no meio do caminho, onde sussurrou pelo ombro:

“Cuidado com seus pesadelos. Uma vez alimentados, eles se tornam reais.'

E assim, ela desapareceu nas sombras do quarto. Relaxei automaticamente, sentando na cama ao lado de Jack e Jamie. Merida e Soluço nos rodearam.

“Acreditam nela?” Merida perguntou, franzindo a testa.

“Por que não acreditaríamos?” Retruquei.

“Acha que pode ser uma jogada dele, Jack?” Soluço perguntou.

“Não sei.” Jack respondeu pensativo “Mas o que ela falou faz sentido.”

“Vocês vão voltar para o Norte?” Jamie perguntou, parecendo triste.

Jack assentiu, parecendo engasgado.

“Acha que é seguro ele usar?” Perguntei, olhando para a capa preta.

“Melhor alguém testar primeiro.” Merida sugeriu pegando a capa da mão de Jamie.

Antes que alguém a impedisse, ela colocou a capa e puxou o capuz desaparecendo no ar. Olhamos confusos e assustados para o lugar onde ela devia estar. Breves segundos se passaram, até que finalmente Merida reapareceu no quarto, nos fazendo suspirar de alívio.

“É seguro.” Disse para Jamie, devolvendo-lhe a capa. “Mas sugiro que só use em extrema necessidade. Imagine coisas boas antes de dormir.”

O garoto suspirou, ciente de que aquilo era uma despedida. Merida e Soluço desceram pela janela e se aproximaram de Banguela que dormia no quintal. Já estava prestes a segui-los, quando vi que Jamie estava prestes a choramingar.

“Ei, garoto. O que foi?” Jack perguntou, tocando o ombro do amigo,

Jamie nada disse, apenas fitou seus próprios pés.

“Ei, Jamie olhe para mim.” Falei me agachando e tocando o outro ombro dele.

Jamie olhou e relaxou, enquanto olhava nos meus olhos. Eu não disse nada, meu olhar já mostrava que venceríamos ,apesar de tudo. Sorri alegremente e abracei o garoto.

“Tudo vai ficar bem, Jamie.” Disse, esfregando as costas dele.

“Ei! É para hoje ou para ontem!” Merida gritou de fora da casa.

Afastei de Jamie, que começava a sorrir novamente.

“Você vai aguentar mais um voo?” Jack gritou pela janela.

“É só uma questão de costume.” Ela gritou de volta

Jack balançou a cabeça sorrindo e se virou para mim.

“Está pronta, loira?”

Assenti e juntei meu cabelo num monte, segurando-o com o braço.

“Estou pronta.” Falei, determinada.

“Você não acha que seu cabelo é um pouquinho grande?” Jamie me perguntou rindo.

“Eu vivo dizendo isso pra ela.” Jack respondeu e me abraçou, voando pela janela.

“Até mais Jamie!” Gritamos, enquanto voamos em direção ao Norte.


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Notas finais do capítulo

Queria agradecer a minha beta reader Tothless pelo apoio que ela me deu. Parceira você é demais e eu estou amando sua fic. :D