Um Dia Qualquer - Série de One Shot escrita por Lisa Mellark


Capítulo 2
Coisas incríveis continuam acontecendo...


Notas iniciais do capítulo

Oi voltei como prometido, sei que demorei, mas ai esta a one Clato que pediram. Já vou adiantar que o próximo casal é Gale e Glimmer e já esta bastante adiantado.
Desculpem pelos eventuais erros. Boa leitura.



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(Cato e Clove)

Coisas incríveis continuam acontecendo....

CLOVE MALONEY

Abro a torneira da pia do meu banheiro e fico olhando a água escorrer pelo ralo. Para qualquer pessoa o simples ato de escovar os dentes é automático e sem maiores complicações, porém para mim Clove Maloney esta tarefa chega a ser um exercício de paciência. Devido ao aparelho nos dentes tenho vários acessórios de limpeza, acessórios não... Verdadeiros instrumentos de tortura.

Minha mãe entra no quarto e fica a olhar-me, creio que ela sofre tanto quanto eu com a minha aparência.

– Filha, nos poderíamos adiantar a retirada do aparelho se você quiser – Diz ela abraçando-me.

– Acho que desse vez vou concordar com a senhora e retirar isso de mim – aceito sua proposta, afinal hoje tem o baile da garota convida e combinamos Katniss, Gale e eu de irmos juntos e decididamente, não quero ir com isso em minha boca – Mãe o que acha de lentes de contato – minha mãe sorri.

– Eu sempre disse que você ficaria linda de lentes, você que sempre protelou essa alternativa.

– Então chegou á hora da mudança – digo.

– Ai Clove filha você não sabe quanto tempo esperei por essa decisão, vou ligar e marcar e vamos depois da escola – disse ela toda saltitante indo em direção ao telefone.

Minha mãe é gente boa, mas vive querendo tornar-me mais atraente e sou do tipo que acredita em beleza interior, ta você deve estar se perguntando por que agora quero mudar. Eu acredito em beleza interior, mas isso não significa que descarto a exterior, eu realmente estou precisando melhorar minha auto estima e por que não fazer isso agora?

Sigo ate a escola sendo levada por minha mãe em seu carro. É quando lembro-me que hoje é o aniversario de Katniss, minha melhor amiga. Entro e vou direto ate meu armário que fica ao lado do dela.

– Oi amiga feliz aniversário – digo .

– Obrigada - disse ela enquanto fechava seu armário. O sinal toca e preciso seguir para minha aula de matemática.

– Até mais Katniss -digo e sigo para minha primeira aula do dia.

(...)

As aulas transcorreram bem se não fosse pelo mala do Cato Hamilton que ficou todo o tempo falando besteiras me fazendo ser mais grosseira do que já sou. Então seguimos Gale, Katniss e eu para o refeitório e assim passar por mais uma situação que odeio. Comer com esse aparelho. “Clove lembre-se que esse aparelho vai deixá-la com um sorriso lindo” repito como um mantra para mim mesma.

– Aff, confesso que gostaria de comer um suculento pedaço de carne - digo pegando um purê de batatas.

– Quando você vai se livrar desse aparelho? - Será que conto para meus amigos que ainda hoje vou tirar esse aparelho.

– Belo presente de aniversário - disse Katniss e eu aproveito para desviar da pergunta de Gale.

– Que presente? - pergunto.

– Ah minha cara amiga, a ausência das loiras torcedoras é um belo presente para mim – nisso ela tem razão aquelas loucas fazem questão de nos deixar a beira de um ataque de nervos, porém nos já aprendemos a nos controlar e a Madge e Glimmer quase sempre falam sozinhas.

Sentamos para almoçar e Katniss sai desesperada para pegar um pedaço de papel que passei para ela na aula de física, quando aquele chato do Cato veio tirar uma com minha cara, idiota aquele garoto.

– Katniss, você colocou seu nome? – grito, mas acho que ela não me ouviu e saiu correndo.

Continuei meu lento e sem graça almoço junto com Gale ate a volta de Katniss, onde começo a rir depois de ver sua cara que, ela havia se preocupado em vão com aquele pedaço de papel. Sem contar que já dei emoção demais para minha amiga quando a deixei só na aula de biologia e fui fazer dupla com Gale, qual é gente Peeta Mellark, o garoto dos sonhos de minha amiga estava ao seu lado, quem não resistiria em dar uma forcinha.

CATO HAMILTON

– E ai Peeta, vamos comer agora? – meu estomago esta colado nas costas, que fome.

– Cato, o que você acha da...- ih, meu amigo esta escondendo algo, mas primeiro comida.

– O que eu acho de quem? Tá de olho em alguma gatinha? Peeta se a Glimmer souber você esta perdido – Peeta sabe o quanto Glimmer pode ser terrível quando quer.

– Deixa pra lá, nada de importante. Vamos comer – por enquanto eu deixo Mellark, pois realmente estou com fome, mas assim que tiver oportunidade vou descobrir quem é a gatinha.

Chegamos ao refeitório e Peeta esta descontrolado olhando para todos os lados, ele não me engana a garota esta por aqui, depois de uma breve intimação ele confessa que esta caidinho pela Everdeen, eu espero realmente que ele saiba o que esta fazendo, afinal Katniss é o oposto de nós. Não que eu seja uma desses caras que se importam com popularidade. Também nunca estive do outro lado, mas as coisas sempre foram assim por que mudar agora?

Peeta parece tão seguro nesse sentimento, mesmo estando em meio a tantas dúvidas que começo a questionar a mim mesmo sobre minhas próprias expectativas e minhas escolhas nos últimos tempos.

– Como assim você não liga eu vejo o quanto você se preocupa com o que vão dizer e ainda implica com Clove e Gale e eles são os melhores amigos dela - nossa cara essa doeu bem no fundo.

– Cara é só ‘zoação’, nada sério – falo sem jeito.

– Mas, para eles não soa como uma brincadeira - as palavras do meu amigo invadem meu peito e pela primeira vez penso que ele esteja certo.

Então peço que mudemos de assunto, mas não dura muito, pois logo acabamos a falar sobre Everdeen e CIA. O meu amigo esta com aquele olhar de “acorrentado por ela”. Sim ele esta acorrentado por Katniss Everdeen. E como bom amigo que sou eu mesmo trato de providenciar uma festa convenientemente para esta noite e tratei de convidar Katniss, mas acho que aquela amiga dela não vai facilitar as coisas, então serei obrigado a fazer a minha boa ação do dia e ser amigável com aquela Ogra de aparelhos. Não me julguem, não sou pejorativo, nem preconceituoso, mas ela ás vezes me dá medo. É muito brava e destemida e mulheres assim metem medo em qualquer homem... Eu acho.

Termino meu almoço em meio a torpedos e telefonemas, afinal se vou dar uma festa apenas para o Mellark poder pegar a Everdeen, por que não tirar proveito e transformá-la em uma festa de verdade. Sigo para a aula de Quimica, só então percebo que não estudei nada. O professor começa distribuir papel para colocarmos nossos nomes e começo a ficar aflito, as duplas vão se formando e eu termino sozinho, suplicando para que a Ogra de aparelhos fique e me ajude.

– Claro, mas aviso logo – olha porque eu a chamo de Ogra - só vou ajudar, não vou fazer nada para você – nem esperar mais que isso.

Ela regula a altura dos óculos na base do seu nariz com o indicador e só então olho bem em seus olhos, são de um castanho cristalino muito bonito. Ela parece esta alheia a minha descoberta e nesse momento lembro-me das palavras de Peeta durante o almoço e de que ele esta certo, afinal se a Ogra quisesse poderia ter saído e deixado-me numa situação muito complicada, mas mesmo depois de tudo que disse e fiz, ate mesmo hoje na aula mais cedo ela deixou isso de lado e ficou para ajudar-me.

Começamos a fazer essas coisas de química, mistura um troço aqui com aquela coisa ali e pronto. Clove é muito inteligente, disso eu já sabia, só não sabia que ele era de uma inteligência singular. Pessoas nerds tendem a ser ingênuas, mas ela não, de ingênua ela não tinha nada. E ali mais próximo a ela confesso que fiquei intrigado, será que ela e Katniss eram parecidas? Peeta não ficaria apaixonado por qualquer garota. Algo de especial a Everdeen deve ter... Mas e sua amiga?

– Clove podemos assim, de repente. Deixar unas bebidas coloridas? – ela me olha e sei no ato que ela sabe o que eu quero fazer, não sei como sei, só sei que sei... Alguém ai entendeu alguma coisa? Eu também não.

– Pode sim.

– Uma garota inteligente como você sabe exatamente o porque de minha pergunta – a provoco e seus olhos ficam estreitos.

– Pode ate ser que você esteja certo, mas não sei o que isso tem haver com sua pergunta... – esse é problemas com algumas mulheres inteligentes, elas falam demais, questionam demais, então trato de interrompe-la.

– Você fala demais gata, só quero que me ajude a fazer isso sem explodir minha casa – digo e a olho divertidamente.

– O que eu ganho com isso? – wow, e além de tudo gosta de negociar.

– Minha gratidão eterna – digo sem conseguir conter o sorriso – ou ate o semestre acabar.

– Eu só quero que você peça para suas amigas deixarem eu e meus amigos em paz – isso acerta em cheio minhas estruturas e lembro de minha conversa com Peeta no refeitório.

– Clove – graças a Deus foi seu nome que falei, sempre a chamo para mim mesmo de Ogra – sei que nem sempre sou amigável – ela revira os olhos – tudo bem nunca fui, mas prometo que a partir desse momento vou tentar ser legal com você.

– Eu não me importo, nem meus amigos também, mas a Katniss ela já tem... – suas palavras atingem em cheio minhas estruturas e algo dentro de mim quer gritar, correr, se esconder de vergonha de quem eu sou. Mas mesmo querendo tudo isso apenas sorriu, fico feliz em saber que ela preocupa-se assim com sua amiga. Elas devem ser assim como Peeta e eu, seria capaz de carregar o mundo nas costas por meu amigo e ela não é diferente. Gosto disso.

CLOVE MALONEY

Quase tive um ataque cardíaco quando vi Cato Hamilton ao lado de Katniss chamando-a para sua festa e ainda dizendo que Gale eu podíamos ir, algo esta acontecendo de muito errado, primeiro ele zomba de mim na aula de física e agora convida para uma festa. Ta ele não me convidou diretamente, mas acho que vocês entenderam o que eu quis dizer. Espero mesmo que minha amiga ouça meu conselho e fique de olhos bem abertos com esse convite inusitado.

Sigo ate a aula de química, tenho um teste. Entro na sala e procuro o meu lugar de sempre enquanto o professor distribui papeizinhos para colocarmos nossos nomes e ele sorteia formando duplas. Descubro que é nota de reposição e como minhas notas estão ótimas eu posso sair e não fazer o teste. Mas algo completamente fora dos meus planos acontece.

– Clove você poderia ficar e fazer dupla com Hamilton que ficou sem parceiro? – eu sabia desde a hora que esse garoto quis tirar uma comigo e depois apareceu ao lado de nossa mesa todo solicito que algo esta para acontecer.

– Claro, mas aviso logo... Só vou ajudar, não vou fazer nada para você – digo e ele aloja-se ao meu lado.

Assim que começamos a fazer as misturas químicas mais simples, coisa de primário. Ele fica todo empolgado com a possibilidade de uma nota boa de verdade, mas o mais incrível é como se ele tivesse derrubado aquela barreira invisível erguida pelos que se acham melhores que nós. E ate seu sorriso esta mais natural e nem um pouco debochado como de costume. Olho em seu semblante e começo a identificar que algo pode estar surgindo em sua mente.

– Clove, podemos assim, de repente. Deixar unas bebidas coloridas? – eu sabia que algo começava a ser criado em sua mente.

– Pode sim – respondo sentindo-me já arrependida por tê-la respondido – mas porque você esta perguntando isso?

– Uma garota inteligente como você sabe exatamente o porquê de minha pergunta – ele esta certo, eu sei o que ele quer fazer... Colorir as bebidas na festa em sua casa.

– Pode ate ser que você esteja certo, mas não sei o que isso tem haver com sua pergunta...

– Você fala demais gata, só quero que me ajude a fazer isso sem explodir minha casa – disse ele interrompendo minha frase que nem sei mais qual era.

– O que eu ganho com isso? – pergunto e ele me olha surpreso, não um olhar de surpresa desconfortável é, mas aquele olhar de quem teve uma surpresa boa. Ou não.

– Minha gratidão eterna - disse ele – ou ate o semestre acabar.

– Eu só quero que você peça para suas amigas deixarem eu e meus amigos em paz – cuspo essas palavras sem nem perceber e toda aquela empolgação que estava em seus olhos some.

– Clove – ele sabe o meu nome, nossa estamos evoluindo – sei que nem sempre sou amigável – reviro meus olhos – tudo bem nunca fui, mas prometo que a partir desse momento vou tentar ser legal com você – suas palavras me atingem de uma forma que ainda consigo identificar.

– Eu não me importo, nem meus amigos também, mas a Katniss ela já tem... – êxito e acho que ele compreende, pois é do conhecimento de todos que sua mãe a abandonou. Ele olha-me e faço uma nota mental “aumentar meu grau quando for colocar minhas lentes de contato”, pois só pode ser visão distorcida ou se não ele esta me olhando com carinho.

(...)

As aulas terminaram e não sei o que aconteceu mais a Madge e a Glimmer não nos importunaram, será que o troglodita do Cato tem haver com isso? Não importa quem seja o responsável por essa mudança no comportamento delas gostaria de agradecer e dizer que lhe devo um favor.

Katniss pegou uma carona com a mãe de Gale, quanto eu sigo com minha mãe ate o salão que fica no shopping logo depois de passar em minha dentista e retirar os aparelhos. Enquanto estou no salão minha mãe vai buscar minhas lentes que encomendou antes de sair de casa pela manhã e para minha felicidade eles tinham uma lente com meu grau disponível e meu vestido que deixamos separado na loja para pegar hoje. Olho o resultado que a minha equipe no salão fez e quase não acredito no que vejo. Meus cabelos bem sedosos e hidratados, uma maquiagem simples, pois eu disse que não queria uma maquiagem pesada, mas elas carregam no vermelho dos meus lábios para combinar com meu vestido que por sinal é um sonho. Até parece que estou indo ao baile com um garoto de tão empolgada.

Chegamos a minha casa e corro para banhar meu corpo com todo cuidado para não estragar meu cabelo e visto-me.

– Filha você esta linda. – disse minha mãe em uma voz calma.

– Parece que não sou eu é tão estranho.

– Você vai acostumar-se. – disse ela e ouço o barulho de pneus na frente de minha casa e corro pego minha bolsa e saiu, pois sei que Katniss chegou com Gale.

– Clove o que aconteceu com você? – disse Katniss chocada com minha mudança. - O que você fez com minha amiga?”

– Coloquei lentes e retirei o aparelho. Eu já iria fazer isso daqui a um mês mesmo, assim, eu só antecipei – tento parecer o mais casual possível diante de minha mudança para esconder todo o meu nervosismo - Você também está linda! Mas, só pra não fugir a regra, a senhorita não se maquiou.

– Ah Clove, me deixa! E no mais, a pessoa mudada em questão aqui, é você. Gale vai ficar chocado – disse Katniss enquanto íamos ate o carro.

(...)

– Gale, vamos - disse Katniss.

– Clove está uma gata! - Gale as vezes pode ser tão ridículo. - Katniss eu não posso sair agora deixa eu me concentrar e voltar ao meu normal.

– Que historia é essa Gale, voltar ao seu normal? - disse Katniss exacerbada.

– Catnip, acho que estou...

– Eca Gale você esta tendo uma ereção?

– GALE SAI DESSE CARRO AGORA! – gritei sim esse garoto ta passando do limite. - OU SEREI OBRIGADA A TIRÁ-LO DAÍ. – e retiro mesmo com esses saltos me matando só quero um motivo para explodir.

– Minhas melhores amigas são duas gostosas. – vou te dizer quando o Gale quer ser um tarado ele sabe ser.

– Então, trate de sair daí e nos exibir lá dentro – disse Katniss.

– Você tem razão, vou chegar com duas super gatas. Será que vocês poderiam fingir que estão interessadas em mim?”– esse cara realmente existe.

– Não - dizemos em uníssono.

– Não custa nada - diz ele fazendo bico.

– Não! - reforçamos nossa resposta e entramos no corredor que nos conduz ao ginásio.

Chegamos ao ginásio Katniss pode ate não admitir, mas ela esta fazendo uma varredura pelo ginásio com os olhos a procura de Peeta, enquanto Gale corre atrás de alguma saia, alguma insana que vai dar bola para aquele tarado. Tá peguei pesado agora, mas Gale ás vezes passa do limite.

– Oi Katniss - não acredito! Cato. O que é isso Clove por que essas borboletas em meu estomago, xô vão pra outro lugar. - A Clove veio com você? - Não. Não. Não. O que ele quer comigo? Ei borboletas eu não disse para vocês irem embora, obedeçam.

– O que você quer comigo? - Não acredito consegui falar.

– Clove? – Cato olha-me de cima a baixo - É você mesmo? – Ah! Que saco ele esta chocado e não impressionado.

– Claro! Além de idiota, você também é míope garoto? – digo com um tom grosseiro que eu realmente não queria usar, porque é tão difícil ser delicada perto desse garoto, seus olhos brilhando acabam por tirar de mim um leve sorriso que estou lutando para não mostrar.

– Bem... É... Eu preciso que você veja algo... - diz ele pegando a minha mão e levando-me consigo para o corredor dos armários, entramos na sala de detenção que esta aberta e ele fecha a porta atrás de si.

CATO HAMILTON

Tudo que eu queria era mostrar a Clove o que eu fiz com as bebidas e garantir que esta tudo do jeito que ela ensinou, mas agora não sei nem se consigo pronunciar uma única palavra. Jamais em meu mais remoto sonho imaginaria Clove Maloney linda em um vestido vermelho bem na minha frente. E o pior eu a trouxe para essa sala para que? Se a amostra da bebida esta em meu carro.

– O que você quer mostrar-me? – Sim Cato o que você quer mostrar para ela?

– Bem Clove eu vou ser sincero com você. – digo e seus olhos fixam nos meus. – Eu queria que você conferisse se tudo esta do jeito que você me orientou, mas acontece que esta tudo no meu carro.

– Se esta em seu carro então por que estamos aqui? – Boa pergunta!

– Eu não sei, quer dizer depois que eu te vi nesse vestido, com essa... – giro meus dedos em direção a todo o seu corpo e rosto. – mudança tudo que eu queria erra ficar a sós com você. – Os olhos dela parecem que vão saltar das suas orbes.

– Cato eu não sou...

– Eu sei que você não é e não pense que eu estou querendo tirar vantagem de nada, você sabe... Você é Clove Maloney e eu sou Cato Hamilton, somos tipo assim água e vinho. Preto e branco.

– Já entendi! – Droga Cato você falou besteira, agora ela esta chateada.

– Desculpe não foi isso que eu...

– Eu sei. Eu entendo, você é o jogador de basquete popular com garotas correndo atrás de você e eu sou a nerd que tentara sair do colegial sem muitas traumas para tratar no futuro por causa de pessoas como você e sua namorada e amigos. – Doeu essa, mas ela esta certa somos assim sempre implicando com eles e tornando suas vidas um verdadeiro inferno na escola.

– Desculpe, eu sou um idiota e com certeza depois dessas suas palavras quem vai precisar de um terapeuta no futuro acho que serei eu. – digo e ela revela um pequeno mais lindo sorriso.

– Tudo bem, então o que você quer afinal de contas? – bom eu queria poder beijar você. O que? Como isso pode esta passando por minha cabeça. Ah Cato admita desde que você a viu chamando-o de idiota míope que você quis enterrar sua língua dentro dessa boca linda e vermelha.

– Eu quero fazer algo Gata, mas não vai ser agora ainda esta muito cedo, então venha comigo que te mostrar como ficou. – digo e pego em sua mão e nossa como é macia sua pele e sem contar seu cheiro.

– Você pode não me chamar assim eu tenho nome sabia?

– Eu sei.

Seguimos ate o estacionamento e abro meu carro e a coloco do lado do passageiro e sai expressão é de desconfiança.

– Confie em mim Gata eu não vou ultrapassar sua linha imaginaria só quero que veja o que eu fiz. Com sua ajuda claro. – dou a volta no carro e pego no banco de traz um tubo de ensaio e mostro para ela, este é da cor lilás e ela sorri ao ver o resultado.

– Ficou bom Cato – diz ela logo após sentar-me no banco do motorista, mas antes que eu possa entregar-lhe para que ela verificar de perto ela limpa a garganta abre a porta do carro e sai.

– Gata fiz algo de errado? – Droga o que eu fiz agora?

– Não. Você não fez nada mais preciso voltar e encontrar a Katniss eu a deixei sozinha. – disse ela e voltou correndo para o ginásio.

Sigo meu caminho de volta para o baile e encontro uma Madge furiosa gritando querendo saber onde eu tinha ido com a Clove. Cara essa garota já esta me deixando no limite. Dou um beijo em sua testa e a levo de volta para a festa, enquanto ela abraça-me e beija-me como se quisesse mostrar algo para alguém e isso esta com certeza me incomodando.

– Para Mad. – digo secamente tentando manter suas mãos longe de mim.

– Oh gatinho eu senti sua falta. – disse ela e sua voz me irritou ao um nível que tenho que tentar manter meu controle e não deixá-la sozinha.

– Eu estou aqui não estou.

Vejo Clove á procura de sua amiga e eu simplesmente não consigo desviar minha atenção de seus movimentos. Será que ela vai á festa na minha casa? Ela precisa ir, não estou pronto para deixar de olhar Clove ainda.

Clove entrou no corredor que dá acesso as salas de aula, mas ainda não voltou ou será que voltou, mas eu não a estou vendo por aqui. Calma Cato, você nunca foi assim.

Volto para o corredor mesmo sob os protestos de Madge e encontro Clove na sala de mecânica junto com Katniss e a muito custo pergunto se ela vai para minha casa e Katniss confirma que sim.

Então depois de saber que Clove vai ate minha casa eu pego a Madge e decido que é hora de sair deste baile e começar a festa de verdade.

Ao chegar a minha casa minha agitação é visível, mas eu não aceito a idéia de que ela seja por que estou ansioso com a chegada da Clove por aqui.

– Gatinho, vamos para o seu quarto. – choraminga Madge e eu realmente não estou interessado nisso, não com ela.

– Madge não. Estou esperando o resto do pessoal.

– E desde quando você espera por alguém sempre subimos e fazemos a nossa festa privada. – disse ela desconfiada. – E por causa daquela nerd quatro olhos não é?

– Não a chame assim, por favor, e não é por causa dela. – digo, mas é sim por causa dela e olhando pra Madge agora me pergunto por mais quanto tempo vou protelar aquilo que já devia ter feito á meses. Dispensá-la. - Madge precisamos conversar.

CLOVE MALONEY

Decididamente eu não acho uma boa idéia vir a essa festa, mas a Katniss esta no fundo esperançosa com relação ao Mellark e Gale parece um pinto no lixo de tão feliz.

Vamos ao salão de jogos quando Cato chega e leva-me para ver a sua criação e para meu total espanto duas coisas acontecem: primeiro Cato rende todos os méritos a mim e segundo tudo esta com álcool ao julgar pelas pessoas sorridentes demais por aqui.

Ele mentiu pra mim.

– Eu não acredito - digo entre os dentes - Eu lhe ensinei, por que você disse que ia usar em um ponche especial, se soubesse que era para embebedar metade da escola nunca teria lhe ajudado. – digo e saiu o mais rápido que posso, pois não sei o porque de tanta raiva por isso, ele faz o que quiser e desde quando eu comecei a me importar com o que ele diz pra mim?

– Clove espera, eu não quis... - disse Cato em meu encalço. – Gatinha espera eu não sabia...

– O que você não sabia? Que mais da metade dessas pessoas vai dirigindo pra casa ou que essas meninas nem sequer vão saber seus nomes daqui á uma hora e vão entra no grupo de risco por não se preocuparem com quem vão fazer sexo e se vão lembrar pela manhã? – digo com tanta raiva que chega a ser insano.

– Clove você tem razão na sua lógica, mas Gata eu não posso ser punido nem xingado pelas escolhas dos outros. – disse ele eu estreito meus olhos antes de bufar e sair em direção a lateral do jardim onde fica uma cesta de basquete.

Eu giro nos meus calcanhares e tento passar por ele. – Obrigada pelo convite, mas tenho que ir foi um erro isso tudo. – digo e se não fiquei louca acho que vejo um pouco de desespero em seu olhar.

– Vamos fazer uma aposta. – ela diz eu não resisto e franzo a testa.

– Uma aposta? – indago sem entender aonde ele quer chegar.

– Sim, eu topo qualquer coisa com você e se você ganhar eu retiro todas as bebidas da festa. – diz ele eu me pego pensando a respeito.

– E se eu perder? – claro preciso saber onde estou me metendo.

– Bem... Eu penso em algo. Você escolhe o desfio Gata. – diz ele eu reviro os olhos com o “gata”. E nem lembro-me do que ele pode pedir caso ganhe.

– Basquete, quem fizer três cestas primeiros ganha. – digo olhando a cesta, afinal se ele quer mesmo se desculpar ele vai deixar-me ganhar e assim ter um motivo para justificar a saída das bebidas.

Olho por traz de Cato e vejo uma sombra seguindo ate uma coisa que parece uma estufa e Cato vira-se para verificar o que estou olhando. Estreito os olhos e reconheço a silueta de minha amiga e não apenas ela, mas Peeta esta indo atrás dela.

– Ele gosta dela de verdade – disse Cato olhando de volta para mim.

– Espero mesmo que seja de verdade e não para brincar com ela.

– Vem Gata temos um jogo para começar. – diz ele e eu começo a retirar minhas sandálias. – Boa idéia Gata com saltos seria desvantagem e eu sou muito justo. – disse ele dando uma piscada de olho para mim e um sorriso malicioso.

Retiro meus saltos e inclino meu corpo para frente flexionando meus joelhos, ele esta olhando-me de um jeito que meu coração parece que vai saltar do meu peito.

– Você começa Gata. – diz ele jogando a bola em meus braços. – Como eu disse sou muito justo.

– Então, prepare-se para perder e pare de me chamar de gata. – digo e ele da de ombros.

– Bem ou eu lhe chamo de Gata ou de Fiona você escolhe.

– Eu não sou Fiona, ela é um ogro... Hei você esta me chamando de ogro?

– Uma Ogra na verdade, você ás vezes consegui ser um pé no saco e sempre me deixa uma patada quando faço um comentário que a senhorita inteligente julga idiota. – disse ele enquanto eu batia a bola girava e fazia minha primeira cesta. – Não fique tão feliz Fiona eu ainda não comecei a jogar.

– Então comece e pare de me chamar de Fiona. – digo e lanço a bola em seu peito. Peitoral definido. Ah Clove fala serio, ate você.

Sigo ate suas costas tentando bloquear sua jogada, mas antes de chegar perto dele a sua primeira cesta já esta sendo feita. – Tem certeza que quer continuar, podemos dar por encerrado e eu vou pensar em que premio você pode me dar. – Enquanto ele fala, eu tomo a bola de sua mão dou três batidas com ela ao solo e arremesso fazendo a cesta e ele fica com o maxilar rijo. – Vamos acabar logo com isso. – disse ele seriamente.

Cato bate a bola duas vezes e gira em seu próprio eixo e lança a bola sem sair do seu lugar e encesta. Empatado. Preciso fazer essa cesta agora.

Enquanto estou batendo a bola pensando numa forma de sair do seu bloqueio que apesar de ser aberto, ainda assim é um bloqueio eu giro e fico de costas para ele. Cato aproxima-se e joga seu corpo sobre o meu e isso leva toda a minha atenção, principalmente quando sinto sua respiração em minha nuca sob meus cabelos.

– Você é cheira bem Gata. – disse ele em um sussurro e eu acho que vou começar a tremer – Eu estava pensando em deixá-la ganhar esse joginho e ser um bom garoto e satisfazer a sua vontade jogando as bebidas. – Senhor eu nem sei como ainda estou quicando essa bola. – Mas acontecendo que eu não sou um bom garoto e estou curioso em ver você satisfazendo o meu desejo. – disse ele e quando dei por mim a bola estava em sua mão sendo lançada para a cesta.

Fico ali parada tentando assimilar o que acabou de acontecer, tomo algum fôlego e enfim caio na realidade... Cato ganhou.

– Diga logo o que você quer pela sua vitoria. – digo tentado não vacilar em minha voz.

– Calma Gata eu ainda não sei, mas vou pensar em algo que seja agradável para nós dois. – disse ele sorrindo e eu reviro meus olhos.

– Deixe de ser idiota garoto... Você ganhou e eu vou cumprir com minha palavra, agora estou indo embora. – digo e sigo para a casa a procura de Gale.

Enquanto procuro Gale, pois Katniss com certeza já tem carona e ao entrar na casa um garoto completamente bêbado esbarra em mim derramando bebida em todo o meu vestido. Obrigada destino acabo de perder um jogo que eu tentei retirar as bebidas e aqui estou eu coberta por elas.

CATO HAMILTON

Clove sai á procura de seus amigos, mas com certeza ela não vai encontrar Katniss, Peeta jamais iria desperdiçar sua chance de deixar sua amiga em casa.

Corro para casa e encontro todos completamente bêbados e ainda nem tocaram na metade das bebidas. Talvez ela esteja certa desta vez acho que exagerei. Vou ate a cozinha e pego alguns sacos de lixo e começo a operação recolher bebidas, volto para a entrada da casa e coloco todos os tubos de ensaio em vários sacos pequenos de lixo e depois entro começo a recolher as garrafas ainda com lacre que estão espalhadas, mesmo sob forte protestos do que estão presentes e em seguida baixo o volume das caixas amplificadoras.

Vasculho o ambiente e acho algumas bebidas e recolho, depois resolvo ir a sala de jantar onde tem um maior numero de bebidas sob a mesa, mas ao olhar melhor velho um vestido vermelho embaixo da mesa de jantar da minha casa. Dou a volta tiro uma das cadeiras para que possa abrir caminho e sento-me ao seu lado depois de colocar os sacos em cima da cadeira que retirei.

– Acho que sua amiga não esta mais entre nós. – digo e ela não faz um menor movimento. – Quero dizer, acho que ela foi embora com Peeta. – Ela continua em silencio por um tempo curto.

– Eu sei. – disse ela finalmente. – Mandei uma mensagem para Gale já que ele não atende o celular e estou esperando sua resposta.

– Lugar estranho você escolheu para ficar.

– Aqui estou protegida de bêbados aleatórios. – disse ela e seu olhar triste cortou meu coração.

– Então acho que devo ficar aqui e protegê-la desses bêbados aleatórios, afinal se eles existem nesse momento a culpa é minha que os abasteci de álcool. – digo colocando uma mexa de seu cabelo atrás de sua orelha. Nossa como seu cabelo é macio.

– Estou bem, vá sua namorada deve esta a sua procura. – disse ela sem olhar-me.

– Que namorada? Eu não tenho mais namorada, tomei coragem e terminei. – digo e ela olha-me como se tivesse surpresa. Mas uma surpresa boa ou ruim? Eu vou descobrir.

Ficamos ali por alguns minutos em total silencio e como eu já comuniquei a ela que não sou um bom garoto pego em seu queixo direcionando sua face em minha direção deixando em um ângulo mais que perfeito para o beijo que eu pretendo lhe dar agora. Aqui embaixo da mesa de minha sala de jantar.

– O que é isso. – ela se sobressalta com um barulho de algo parecido com uma sirene. Droga, droga, droga tão perto. – Cato a policia. – disse ela e quando olho, vejo pernas em colisão com outras pernas, todos estão fugindo quando dois pareces de calças escuras entram através da sala de jantar e uma cabeça aparece pela borda.

– Poderiam sair daí meus jovens. – disse o policial e tanto eu quanto Clove obedecemos. Olho pelas vidraças lateral da sala de jantar e para a sala e não há ninguém, todos sumiram. – Surpreso? É impressionante como alguém pode ficar sóbrio ao som de uma sirene. Recebemos uma denuncia de que aqui esta havendo uma festa com o som além do permitido e jovens menor de idade consumindo bebidas alcoólicas.

– Bom seu policial como o senhor vê não estamos com o som alem do permitido e jovens bêbados acho que não nenhum, então o senhor pode ficar a segurado de que se havia uma festa ela acabou a algum tempo. – O policial olha em volta da sala enquanto o outro esta a vasculhar a sala com seus olhos e aponta para seu parceiro os sacos de lixo em cima da cadeira e vai os sacos e os abre.

– Bem meu jovem creio que isso deve ser bebidas não?

– Eu as estava levando para jogar para que ninguém a bebesse, poxa seu policial desde que não há ninguém bêbado aqui, poderiam deixar isso como uma lição, o que acha? – O policial volta para perto de nós só que desta vez passando perto de Clove.

– Minha jovem você consumiu bebida alcoólica? – indaga ele a Clove e ela fica branca.

– Não! – exclama ela desesperada.

– Não é o que seu cheiro me diz, onde esta os proprietários da casa?

– Sou eu, meus pais não estão no momento. – digo.

– Então vamos os dois ate a delegacia e esperar por seus responsáveis. – disse ele pegando Clove pelo cotovelo e dando-me uns cutucões com o cassetete.

A viagem de viatura ate a delegacia é feita rapidamente, mas não tão rápido que eu não percebesse a inflamação sanguinária nos olhos de Clove, realmente espero que ela não esteja armada, pois acho que será o meu fim.

– Você é um idiota garoto sabia disso? Eu nunca tive nenhum problema em minha vida e fico em sua companhia por algum tempo e estou dentro de uma viatura da policia. – Ela fica incrivelmente linda quando esta com raiva, como eu não a percebi antes.

– Pense desta forma gata quando tudo isso acabar teremos uma boa historia para lembrar quando estivermos exaustos de nos beijar sem sentindo.

– Ridículo. – Retruca ela e chegamos a delegacia.

CLOVE MALONEY

– Eu não acredito que estou em uma delegacia. – digo exasperada. – Você é pura encrenca garoto. – digo e olho para Cato e seu olhar pela primeira durante toda a noite parece desolador e isso faz meu coração apertar.

– Desculpe Clove eu só queria que meu amigo Peeta tivesse uma momento para chegar na garota que ele gosta, mas em nenhum momento planejei algo para mim. Desculpe. – Algo para ele, não entendi.

– Algo para você?

– Sim. Você apareceu hoje e ajudou-me, estou acostumado a pessoas que me ajudam por eu ser o popular da escola e não por mim mesmo a não ser por Peeta. Então quando você o fez e eu sabendo que você não gosta de mim, isso foi legal... E eu queria dar a você também uma noite legal, mas o seu conceito de divertimento é bem diferente do meu e só comprovei o quanto eu realmente mereço ser chamado de idiota por você. – Uau, por essa eu não esperava, Cato queria me dar um bom momento.

– Na verdade você não é tão idiota assim e eu... Não é que eu não goste de você...

– Eu sempre agi como um otário com você e seus amigos. – ele confessa com olhos marejados. – Mas...

– Mas? – mas, mas, mas...

– Mas agora eu só sei que tudo que eu quero esta bem aqui comigo e em uma delegacia. – meus joelhos tremem e ele esta aproximando seu rosto do meu, será que ele vai me beijar?

– Clove! – ouço o grito exasperado de minha mãe.

– Mãe! – exclamo com temor na voz.

– Eu não acredito que na primeira noite que você sai acaba em uma delegacia! – meu pai esta furioso.

– Calma querido o que importa é que ela esta bem. – tenta minha mãe argumentar com ele.

– Calma nada ela estava em uma festa com bêbados e seu cheiro é puro álcool, não acredito que você bebeu. – meu pai esta realmente furioso. – E você garoto fique longe da minha filha, são play boys como você que destroem garotas como minha filha. Fique. Longe. Dela.

– Pai! O Cato não tem culpa de nada.

– Senhor Maloney peço desculpas pelo que aconteceu. – Cato levanta-se e tenta pedir desculpa em vão ao meu pai.

– Só fique longe da minha filha. – Esbraveja meu pai. – Vamos Clove em casa conversamos melhor sobre suas escolhas esta noite.

Meu pai pega-me pelo braço e leva-me com ele e eu nem consigo despedir-me de Cato, enquanto ele fica ali parado com os olhos cheios de tristeza e só então dou-me conta de que seus pais não estão na cidade.

Enquanto estamos no carro indo para casa eu pego meu celular e puxo de dentro do meu vestido preso entre meus seios e o sutiã. Mando uma mensagem para Katniss e espero que ela esteja acordada para receber, ou terei que ligar para ela quando chegar a minha casa.

Kat preciso que você ligue para Peeta. Cato esta na delegacia. Precisa de ajuda.

Depois de dois minutos recebo sua resposta.

Katniss: Peeta, meu pai e eu já estamos indo para a delegacia e os pais de Peeta já estão a caminho. Peeta agradece sua ajuda.

Tão rápido será que Peeta estava ainda na casa de Katniss.

Por favor me dê um retorno sobre sua situação.

Katniss: OK.

Chagamos em casa e depois de ouvir uma interminável sessão de quanto o meu comportamento não condiz com minha personalidade minha mãe consegui convencer meu pai de que precisamos descansar. E realmente precisamos, eu estou exausta.

Entro em meu quarto e todos os meus pensamentos estão em Cato, em seu olhar solitário e só então percebo o quanto ele pode ser carente, seus pais longe e ninguém por ele a não ser seu amigo Peeta e cresce em mim uma vontade louca de esta ao seu lado e mostrá-lo que ele não esta sozinho.

Vou tomar um banho ver se consigo desviar meus pensamentos um pouco de Cato. Depois do banho visto meu pijama e jogo-me na cama e pego meu celular parra ver se tem alguma mensagem de Katniss sobre Cato. Nada.

E como se fosse transmissão de pensamento o aparelho vibrar em minha mão avisando-me que tenho uma nova mensagem.

Katniss: Abra a janela...

Ai meu Deus o que será que aconteceu. Katniss e eu temos o costume de fugir a noite e entrar pela janela uma da outra quando as coisas estão difíceis para uma de nós.

Ok. Janela aberta.

Envio a mensagem e vou abrir a janela. Tem uma escada deitada na lateral de casa que deixamos para quando ela precisar entrar.

Ando de um lado para outro preocupada com o que será que ocorreu para que ela precise vir aqui, quando meus pensamentos são cortados por sua chegada a janela.

– Katniss o que acon... – meus olhos não acreditam no que veem. Cato esta em pé dentro do meu quarto. – O que você esta fazendo aqui? – indago com um fio de voz.

– Vim cobrar meu prêmio. – prêmio?

– Que prêmio?

– Você perdeu uma aposta lembra? – droga a aposta.

– E não poderia esperar ate que fosse dia? O que você quer como prêmio?

– Isso. – diz ele puxando-me contra seu corpo e lançando seus lábios aos meus. Sua boca esta firme na minha e tudo o que posso fazer é lhe dar passagem, mesmo correndo o risco que ele descubra que não tenho experiência com beijo. Oh meu Deus esse é meu primeiro beijo e é com Cato Hamilton. Seu beijo é doce suave e forte ao mesmo tempo suas mãos estão mantendo-me firme e eu gosto disso. Seu quadril fica colado ao meu e sinto seu corpo, todo ele sobre mim. Como assim? Estamos em pé não. Não, não estamos ele me tem em minha cama presa ao seu corpo e quando penso que não há lugar melhor para estar ambos precisamos respirar e ele afasta-se tão ofegante quanto eu. – Precisamos apostar mais vezes.

– Idiota. – digo ele sorri e minhas pernas viraram gelatina.

– Obrigado. – diz ele sussurrando em meu ouvido e depois mordisca minha orelha. É muito bom isso.

– Obrigado pelo que? – quase não consigo falar.

– Por preocupar-se comigo. – diz ele alisando meu cabelo. – Peeta apareceu com Katniss e o pai dela e os pais de Peeta chegaram logo depois e isso fez com eu sentisse que não estou sozinho por minha conta e faz muito tempo que eu estou por minha conta. Obrigado.

– Você não precisa ser mais sozinho, quando precisar é só me ligar ou vir a minha janela Katniss eu fazemos isso a todo o tempo.

– Você é tentadora gata, não diga que sua janela esta a minha disposição, seja uma boa garota e retire o convite. – diz ele beijando minha testa e meu nariz.

– Sempre que você quiser. – O que é isso Clove você esta convidando um garoto para entrar por sua janela a hora que ele quiser. Dane-se eu estou.

– Segunda feira vai ser interessante na escola. – disse ele ainda com um lindo sorriso nos lábios que chega ate seus olhos.

– Porque?

– Peeta e Katniss chegaram como um casal. – Eu meio que já esperava por isso, mas o que tem haver com ele e minha janela a sua espera. – E nós também.

– O que? – quase não ouço minha voz.

– Se vou entrar por sua janela a hora que eu quiser, então creio que serei seu namorado, ou você quer apenas usar meu corpo para satisfazer seu prazer. – disse ele com um olhar malicioso.

– É tudo sobre usar seu corpo. – digo sorrindo.

– Ótimo chegamos a um ponto. – disse ele voltando a beijar-me.

Hoje pela manhã eu era um patinho feio e mesmo assim ele falou comigo e atendeu ao meu pedido de deixar meus amigos em paz e agora estou aqui, fisicamente transformada, mas internamente tocada e possuída por esse garoto idiota que acaba de ganhar meu coração e mente em um dia qualquer.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Espero que sim, deixem seus comentários para eu saber se estou indona direção certa e devo continuar a postar. Ah! Recomendação sempre é bem vinda. Gostou deixe review e recomende. By e ate o nosso próximo encontro com Gale e Glimmer. Beijos.



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